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Banquetes, Rituais e Poder

No Mediterrâneo Antigo

Maria Regina Candido


UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
NÚCLEO DE ESTUDOS DA ANTIGUIDADE

Banquetes, Rituais e Poder


No
Mediterrâneo Antigo

Maria Regina Candido


(Org.)
Rio de Janeiro
UERJ/NEA
2014

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Copryright©2014: Todos os direitos desta edição estão reservados a Maria Regina
Candido, 2014.

Capa: Junio Cesar Rodrigues Lima.


Editoração e Diagramação: Carlos Eduardo da Costa Campos, Luis Filipe
Bantim de Assumpção.
Revisão: Alessandra Serra Viegas, Carla Lavinas e Marina Rockemback.

Conselho Editorial:
Maria Cecilia Colombani – U.M
Gilvan Ventura – UFES
Lourdes Conde Feitosa - USC
Ivan Esperança - UNESP
Margarida de Carvalho - UNESP
Maria do Carmo Parente Santos - UERJ
Fernanda Lemos - UERJ

Assessoria Executiva:
Alair Figueiredo Duarte – NEA/CEHAM/UERJ – PPGHC/UFRJ
Carla Lavinas – NEA/UERJ
Carlos Eduardo da Costa Campos – NEA/PPGH/UERJ
Carolyn Fonseca – NEA/PPGH/UERJ
José Roberto de Paiva Gomes – NEA/CEHAM/UERJ – PPGHC/UFRJ
Junio Cesar Rodrigues Lima – NEA/CEHAM/UERJ
Luis Filipe Bantim de Assumpção – CEHAM/UERJ
Luiz Henrique Bonifácio- NEA/PPGH/UERJ
Marina Rockemback – NEA/PPGHC/UFRJ
Vinicius Moretti Zavalis – NEA/UERJ

A obra integra o Projeto de Publicação Antiguidade, sob direção da Prof.ª Dr.ª


Maria Regina Candido.

CATALOGAÇÃO NA FONTE
UERJ/REDE SIRIUS/CTC/B

CDU 931(063)

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SUMÁRIO

Prefácio 07
Maria Regina Candido
Apresentação 09
Maricí Martins Magalhães

Parte I – Banquetes no Mediterrâneo Antigo 13


1- Banquete, dolor y subjetividad. Las marcas de la philía, 15
María Cecilia Colombani
2- Os gregos, o banquete e a arte da boa mesa, 31
Maria Regina Candido
3- Anacreonte eo komós festivo na cratera de Compenhague 41
José Roberto de Paiva Gomes
4- The banquet of Darius and the transfer of the persian 49
throne to Alexander the Great in the Alexander Romance,
Daniel Ogden
5- O banquete de Tigelino: um topos de corrupção de 61
costumes
Anderson Martins Esteves
6- Os banquetes como discursos de Romanização, 79
Norma Musco Mendes
7- São patrício e a festividade pagã no banquete da 89
província de Tara: religião e sociedade na Early Christian
Ireland a partir da obra de Muirchú Moccu Machteni
Dominique Santos

Parte II – Práticas Rituais no Mediterrâneo Antigo 101


8- Fortuna Muliebris: construindo os limites de Roma, 103
Claudia Beltrão da Rosa
9- GLI SPETTACOLI CONVIVIALI DI ETÀ CLASSICA 117
Documenti archeologici su possibili fatti genetici e
sviluppi,
Mario Torelli
10- Leituras sobre o corpo na Alta Idade Média: rituais e 133
discursos rabínicos entre os séculos IV e V d.C,
Renata Rozental Sancovsky

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Parte III – Relações de Poder no Mediterrâneo Antigo 151
11- El arte de los pisistrátidas: poder, construcción y 153
despliegue ritual en la Atenas Arcaica
Ana Iriarte
12- Atenas y Tebas en el Edipo en Colono: poder político, 175
guerra exterior y sedición internas
Julián Gallego
13- Nicolau de Damasco e Caio Otávio: entre redes sociais e 195
discursos
Carlos Eduardo da Costa Campos
14- Amicitia e commendatio no epistolário pliniano 211
Renata Lopes Biazotto Venturini
15- As transformações no mundo mediterrâneo durante o 231
Baixo Império
Cláudio Umpierre Carlan

Parte IV – Ensino de História Antiga 245


16- O teatro ateniense na formação do historiador 247
José Maria Gomes de Souza Neto

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PREFÁCIO

A obra Banquetes, Ritual e Poder no Mediterrâneo Antigo integra o


conjunto de publicações que foram produzidas em virtude do II
Encontro Internacional e IV Nacional de Estudos sobre o
Mediterrâneo Antigo - XI Fórum de Debates em História Antiga
realizado pelo Núcleo de Estudos da Antiguidade no período de 06 a
10 de Maio de 2013. O evento tornou-se muito especial para a Equipe
do Núcleo de Estudos da Antiguidade por demarcar a comemoração
dos 15 anos do NEA/UERJ. Afinal, a palavra comemorar mantém
estreita relação com o termo memória que expressa à vontade de trazer
ao tempo presente, de forma seletiva, fatos e versões do passado. De
certa forma, a trajetória do núcleo de pesquisa se confunde com a
história acadêmica de seus integrantes que em grande parte ainda estão
presentes e/ou mantêm constante contato. Ao longo desses anos,
muitas vidas atravessaram os nossos caminhos, muitas levaram um
pouco de nós, outras deixaram saudades, algumas nos deram uma lição
de vida outras apenas... passaram.
Voltando ao passado, relembramos que em agosto de 1998, em
parceria com o Prof. Dr. Edgar Leite, registramos na SR-3/UERJ a
formação do segundo grupo de pesquisa de sociedades antigas do Rio
de Janeiro. O núcleo detinha três singularidades: manter interface com
alunos e pesquisadores de unidade de ensino publica e privada como
integrantes da equipe; trabalhar em parceria com as demais instituições
de ensino superior e democratizar o saber produzido pela academia.
Acreditamos na eficácia da proposta e a mantivemos em pratica até a
presente data. Entretanto, toda a ideia tem os seus mentores ao qual
temos a honra de citar, reverenciar e agradecer o apoio, o incentivo, a
amizade e acima de tudo a generosidade: Professora Dr.ª Neyde Theml
/ UFRJ (pelas sugestões, debates e soluções) e do Professor Dr. Ciro
Flamarion Santana Cardoso/UFF (responsável pelo incentivo e pelo
primeiro computador do NEA) aos dois grandes mestres da sabedoria
de vida e de conhecimento, o nosso muito obrigado.
Assim como todo grupo, o NEA tem percorrido um longo
caminho com alguns percalços que nos obrigaram a amadurecer como
equipe, mas tivemos muitos momentos de risos, confraternização e
convivência agradável com pesquisadores da PUCRS, UFRJ, UFF,
UnB, UNICAMP, UFG, UNIRIO, UFOP, UEMA, UNIFAL, UEM,
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USP/MAE, UPE, ULBRA, UFPel entre outras, que contribuíram com
sua inestimável colaboração em forma de amizade e pesquisa. Devemos
registrar também as parcerias e convênios provenientes do exterior
como Protocolo Cientifico com a Universidade de Coimbra através da
Prof. Dr Carmem Soares, a parceria com a Universidade de Exeter com
o Prof. Dr Daniel Ogden e os estágios na EFA/Escola Francesa de
Atenas.
A obra emerge como uma das perspectivas da Equipe
NEA/UERJ, a qual continua acreditando na possibilidade de pesquisar
História Antiga no Brasil, no dialogo e interação entre a graduação e a
pós-graduação, na reciprocidade dos convênios e parcerias, mas acima
de tudo na gentileza, na amizade e solidariedade entre seus integrantes.
Enfim, desejamos repartir com todos os participantes este momento
festivo e de muita emoção. Boa Leitura!!!

Prof.ª Dr.ª Maria Regina Candido – NEA/UERJ

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APRESENTAÇÃO

Profa. Dra. Maricí Martins Magalhães

Início agradecendo ao do Núcleo de Estudos de Antiguidade


(NEA) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ): cercado
de tantos amigos e colegas ilustres que vieram compartilhar um brinde
e abrilhantar uma “festa”, que comemora as suas reluzentes “Bodas de
Cristal”.
Na verdade “período conclusivo” somente porque doravante
se inicia outro, ainda mais frutífero e abundante de novas idéias,
preciosas colaborações e um maior desenvolvimento de identidade
profundamente ancorada à Ciência. De fato, este livro em homenagem
aos 15 anos de incessante, infatigável e apaixonado trabalho da equipe
do NEA e de sua Coordenadora, Profa. Dra. Maria Regina Candido,
constitui a síntese de luta, reunião de esforços, força de vontade e uma
enorme, contagiante simpatia. Sempre visando a desenvolver um
Núcleo de Antiguidade com disciplinas e temas dentre os mais
diversificados, de maneira a contribuir cada vez mais com seriedade
para a formação cultural e acadêmica de seu corpo discente. Por outro
lado, selecionando criteriosamente alunos e orientandos aplicados,
estudiosos, que produzem monografias, dissertações e teses de
altíssimo nível, que podem rivalizar em conteúdo aquelas apresentadas
na Europa e nos USA.
Enfim não gostaria de esquecer aqui de mencionar os créditos
do “corpo” deste Núcleo - seus colaboradores – todos obstinados e
competentes ex-alunos, de educação e dedicação primorosa, e
principalmente de extrema generosidade para com colegas e ainda com
os colaboradores externos. Em resumo, encontrei no NEA-UERJ um
centro de estudos onde a Antiguidade é levada muito a sério: com aulas,
eventos, trabalhos e publicações exemplares, onde vejo abundância e
riqueza de particulares, além de grande perícia nas argumentações.
Digno de nota é ainda o tema escolhido como título deste
Volume: Banquetes, Rituais e Poder no Mundo Antigo, justamente muito
caro à nossa Coordenadora, Profa. Dra. Maria Regina Candido. De
certa forma o título “Banquete” me recorda festa e alegria de viver e de
fazer belas obras, características inerentes à citada Professora e a seu
grupo; os “Rituais” remetem à imensa fé no Outro e à dedicação da

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Professora ao ensino em Academia, tal qual um ritual religioso e
sacrificial de verdadeira Mestra; enfim “Poder” é a síntese da
enormidade de amigos que conquistou durante sua bela carreira
docente e de seus conhecimentos articulados, e extremamente
qualificados de Antiguidade adquiridos ao longo dos anos: e Saber não
é outra coisa que o próprio Poder?... Meus Parabéns, Professora!
Jamais deixaria de enumerar e de atribuir o devido mérito a
todos os prestigiosos colegas que deram uma decisiva contribuição para
enriquecer este Volume. O livro foi dividido de forma instigante em
quatro partes respectivamente: Banquetes no Mundo Antigo, Práticas
Rituais no Mundo Antigo, Relações de Poder no Mundo Antigo e
Ensino de História Antiga. Na parte um contamos com a contribuição
da Profa. Dra. Maria Cecilia Colombani, com o texto Banquete, dolor y
subjetividad - Las marcas de la philía. Uma excelente contribuição para se
pensar as práticas dos banquetes e da philía, nas sociedades helênicas.
Outro artigo que se tornou provocador foi intitulado de Os gregos, o
banquete e a arte da boa mesa. Na produção a Profa. Dra. Maria Regina
Candido, organizadora da obra, nos fornece uma gama teórica para
problematizarmos as práticas alimentares da Hélade. Na exposição
Anacreonte e o Komós festivo na cratera de Compenhague. do Prof.
Doutorando José Roberto de Paiva Gomes, podemos apreciar uma
significativa exposição sobre o komós helênico. Uma colaboração
convidativa foi elaborado pelos Prof. Dr. Daniel Ogden denominado
The banquet of Darius and the transfer of the persian throne the Alexander Great
in the Alexander Romance. Assim podemos observar a questão do
banquete no contexto helenístico e em seu contatos com as sociedades
orientais. Ao passarmos para o mundo romano, nos deparamos com o
texto Os banquetes como discursos de romanização, da Profa. Dra. Norma
Musco Mendes. Na produção a referida historiadora problematiza o
emprego de atividades culturais como elemento ratificador da presença
romana nas áreas provinciais. Ao avançarmos temporalmente podemos
indicar os escritos São Patrício e a festividade pagã no banquete da província de
Tara: Religião e Sociedade na Early Christian Ireland a partir da obra de Muirchú
Moccu Machteni, do Prof. Dominique Santos. Uma produção estimulante
por debater aspectos sobre o processo de interação cultural entre
cristãos e pagãos, na antiga Irlanda.
A parte dois inicia-se com a reflexão Fortuna Muliebris:
construindo os limites de Roma, da Profa. Dra. Claudia Beltrão da Rosa. Um

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texto que nos possibilita compreender melhor as questões do espaço e
seus respectivos rituais. Sem esconder meu entusiasmo, apresento um
caríssimo amigo que tive a honra de conquistar com fadiga ao longo
dos anos, o qual também aceitou com prazer e enorme disponibilidade
meu apelo para reunir-se a nós na “festa” do NEA-UERJ, e que chamo
de “meu convidado especial”: trata-se do Prof. Mario Torelli, o qual
com sua quase inigualável sabedoria e entusiasmo pela Ciência que
sempre o distinguiram, foi eleito por unanimidade, “Catedrático
Emérito Honoris Causa” de toda a comunidade acadêmica e científica
mundial ligada ao nosso métier. Em suas concepções demarcadas como
Gli spettacoli conviviali di età classica - documenti archeologici su possibili fatti
genetici e sviluppi, o autor brilhantemente demonstra os empregos dos
documentos arqueológicos para compreendermos as dimensões dos
espetáculos na era clássica. Ao prosseguirmos cronologicamente
podemos citar ressaltar a produção da Profa. Dra. Renata Rozental
Sancovsky, que foi intitulada Leituras sobre o corpo na Alta Idade Média:
Rituais e Discursos Rabínicos entre os séculos IV e V d.C.. O tema se torna de
grande valor para debatermos sobre os rituais judaicos, nesse Mundo
Mediterrâneo em acentuada transformação.
Na parte três, o livro conta com a participação da Profa. Dra.
Ana Iriarte, com o escrito El arte de los pisistrátidas: poder, construcción y
despliegue ritual en la Atenas Arcaica. Em tal artigo, Iriarte revisou as
reformas urbanísticas e os rituais promovidos em Atenas, no período
de Pisístrato e por seus descendentes, por um viés nem sempre
despótico, como em muitos trabalhos a eles são atribuídos. O Prof. Dr.
Julian Alejandro Gallego observa como na tragédia Édipo em Colono
de Sófocles foi representada as relações entre atenienses e tebanos, pelo
contraste entre unidade e divisão, para pensar o problema da
democracia, como uma questão política que era inerente a pólis. O
doutorando Carlos Eduardo da Costa Campos lança mão de um
documento valioso para novas leituras sobre o princeps romano Caio
Otávio. Desse modo Campos analisa por meio das redes sociais e dos
discursos as relações de poder existentes na biografia de Nicolau de
Damasco, para o seu patrono Caio Otávio. Caminhando pelas
associações romanas e relações de reciprocidade ainda contamos com a
exposição Amicitia e commendatio no epistolário pliniano, da Profa. Dra.
Renata Lopes Biazzoto Venturini. A partir do epistolário de Plínio, o
jovem a romanista busca compreender as práticas de amicitia em Roma,

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por meio de um estudo sobre o papel de tais laços de reciprocidade, os
quais integravam os homens romanos. Para encerrarmos a parte três
contamos com a o artigo As transformações no Mundo Mediterrâneo durante o
Baixo Império, do Prof. Dr. Cláudio Umpierre Carlan. O referido
pesquisador proporciona através dos seus escritos a compreensão sobre
as modificações que o Império Romano perpassou, principalmente a
partir da consolidação de Diocleciano no poder, no século III d.C.. O
livro encerra-se, na parte quatro, com a contribuição do entusiasmante
do Prof. Dr. José Maria Neto, com o texto O teatro ateniense na formação
do Historiador. O texto inquieta e nos induz a problematizarmos o papel
do ensino de História Antiga, em nossa atualidade. Enfim, louvo esta
obra e dedico todo o meu respeito ao Núcleo de Estudos da
Antiguidade.

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PARTE

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