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DINÂMICA VETORIAL
TEORIA
C APÍTULO 1
Seja o sistema xyz da Figura 1.1 fixo num espaço inercial e seja o
movimento em relação a este referencial denominado como movimento absoluto.
O vetor r representa a posição da partícula P no instante t, indicado por r r (t ) , e
P(t´)
r
r
P(t)
r
S
r' r r dr
v lim lim (1.1)
t t t' t t 0 t dt
z v
P(t’)
v
v
v r
v r
P(t)
P
r
S
y
x
Figura 1.2 - Vetores velocidade de uma partícula P.
v' v v dv d 2r
a lim lim (1.2)
t' t t' t t 0 t dt dt 2
ut
z
v
a P
un S
y
Vamos tomar uma dada curva s(t) e duas posições nos instantes t e t’.
Vamos representar o deslocamento escalar sobre a curva entre est es dois instantes
por s e o deslocamento vetorial através de r , conforme já definido.
P s
r s
P s
r
lim 1 (1.3)
t 0 s
r dr
lim ut (1.4)
t 0 s ds
dr
v (1.5)
dt
então
dr ds dr
v v ut (1.6)
dt dt ds
z
S
v
P(t’) s
s
P(t) s
x
Figura 1.5 - Vetor velocidade de uma partícula P.
ds
v (1.7)
dt
5
dv
a (1.8)
dt
dv d dv dut
a (v ut ) ut v (1.9)
dt dt dt dt
dut d s d ut v d ut
(1.10)
dt dt d s d
z
ut
P(t’)
ut
ut s
´ ut
ut’
P(t)
S
y
dut ut
lim (1.11)
d 0
Vamos analisar a Figura 1.5. Verificamos que os versores nos instantes t e t’, e o
vetor da variação entre estes dois instantes, formam um triângulo isósceles tendo
os dois lados iguais de comprimento unitário e a sua base dada por
ut 2 sen u (1.12)
2
onde u é o versor da direção de ut . Substituindo (1.12) em (1.11), obtemos
dut v
un (1.14)
dt
dv d dv v2
( vut ) ut un (1.15)
dt dt dt
dv
a at ut an un (1.16)
dt
onde
dv
at v aceleração tangencial (1.17)
dt
v2
an aceleração normal (1.18)
7
ub ut un (1.19)
r xi yj zk (1.20)
z v
a P
k S
j y
i
dr dx dy dz
v i j k x i y j z k (1.21)
dt dt dt dt
onde i , j e k são os vetores unitários do referencial xyz. A aceleração deste
movimento em relação a este referencial é dada por
dv d 2x d2y d 2z
a i j k x i y j z k (1.22)
dt dt 2 dt 2 dt 2
v v
ut (1.23)
v x 2
y 2 z 2
at a ut (1.24)
e a aceleração normal
an a 2 at2 (1.25)
ou, vetorialmente,
an a at (1.26)
an
un (1.27)
an
9
rP r ur zk (1.28)
z
S
P
rP
z
y
r u projeção de S
x ur
y
u ur
Projeção de P
projeção de S
x
z
drP dr dur dz
v ur r k (1.29)
dt dt dt dt
dur d dur
(1.30)
dt dt d
dur d
u (1.31)
dt dt
drP dr d dz
v ur r u k (1.32)
dt dt dt dt
onde
dr
vr r (1.33)
dt
d
v r r (1.34)
dt
dz
vz z (1.35)
dt
dv d 2r dr dur dr d d2 d du d 2z
a ur u r 2 u r k (1.36)
dt dt 2 dt dt dt dt dt dt dt dt 2
dv d 2r dr d d2 d du d 2z
a ur 2 u r u r k (1.37)
dt dt 2 dt dt dt 2 dt dt dt 2
du d
ur (1.38)
dt dt
dv d 2r dr d d2 d d d 2z
a ur 2 u r u r ur k (1.39)
dt dt 2 dt dt dt 2 dt dt dt 2
ou
2
dv d 2r d d2 dr d d 2z
a 2
r ur r 2 u k (1.40)
dt dt dt dt 2 dt dt dt 2
Assim, em componentes
2
d 2r d
ar 2
r r r 2 (1.41)
dt dt
d2 dr d
a r 2 r 2r (1.42)
dt 2 dt dt
d 2z
az z (1.43)
dt 2
rA xA i yA j z A k e rB xB i yB j z B k (1.44)
12
z'
z
A y'
SA
rB/A
x'
rA
B
rB
y
O
x SB
Vamos tomar um referencial móvel x’y’z’, fixo na partícula A de tal forma que
seus eixos não sofram rotação, isto é, mantém as suas direções fixas ao longo de
todo o movimento. Nós dizemos que este referencial realiza um movimento de
translação em relação ao referencial fixo xyz. Assim podemos escrever
rB rA rB / A (1.45)
vB v A vB / A (1.46)
aB a A aB / A (1.47)
13
C APÍTULO 2
dv
FR 0 0 ou v = constante (2.1)
dt
Segunda lei: Uma partícula se move de maneira tal que a força resultante a
ela aplicada é igual à derivada em relação ao tempo da quantidade de movimento
linear.
A quantidade de movimento linear, ou simplesmente quantidade de
movimento, é definida como o produto da massa pela velocidade, ou seja, igual a
mv. Assim a segunda lei pode ser dada por:
d ( mv )
FR (2.2)
dt
Sendo constante a massa da partícula, então a equação (2.2) pode ser escrita
como:
d (mv )
FR ma (2.3)
dt
Terceira lei: Quando duas partículas atuam uma sobre a outra, as forças
de interação correspondentes situam-se sobre a linha que une estas partículas;
são iguais em módulo e de sentidos contrários.
Esta lei também é conhecida como lei de ação e reação. Indicando por FAB a
força exercida pela partícula A sobre a partícula B e FBA a força que a partícula B
exerce em A, a terceira lei pode ser estabelecida matematicamente por:
15
Newton também propôs uma lei para reger a atração mútua entre duas
partículas, denominada Lei de Newton da Atração Gravitacional, dada por
m1m2
FG G (2.5)
r2
onde
F G é força de atração entre as duas partículas
G = 66,73 (10 -12 ) m 3 /(kg.s 2 ) é uma constante universal de gravitação
m 1 , m 2 são as massas de cada uma das partículas
r é a distância entre as partículas
Analisando a lei dada por (2.5) poderemos considerar como desprezível esta
força quando se trata da atração entre dois corpos sobre a terra. Se considerarmos,
por outro lado, a atração que a terra exerce sobre um corpo em sua superfície,
pode-se mostrar que esta força é dada por
Mm
W G mg (2.6)
R2
onde
W é a força de atração entre a terra e o corpo, denominada peso
M é a massa da terra
R é igual ao raio da terra
m é a massa corpo na superfície da terra
M
g G é denominada aceleração da gravidade
R2
Quando várias forças atuam sobre uma partícula, a equação (2.3) pode ser
escrita como
FR F ma (2.7)
F1
P P
= FR = ma
F2
Fi f ji mi ai (2.8)
onde
F i é a força resultante externa na partícula i
f ji é a força da partícula j sobre a partícula i
m i é a massa da partícula i
Fi f ji mi ai (2.9)
FR Fi mi ai (2.10)
mrG mi ri (2.11)
onde
m mi é a massa total do sistema
maG mi ai (2.12)
FR maG (2.13)
que é uma forma parecida com a equação de movimento para uma partícula, mas
cujos termos devem ser interpretados de forma diferente. A força F R é a força
resultante de todas as forças externas que atuam no sistema de partículas; a massa
m é a soma de todas as massas das partículas e a aceleração a G é a aceleração do
centro de massa do sistema. O centro de massa do sistema está localizado numa
posição que varia com o tempo, em geral não coincidente com nenhuma partícula
do sistema.
18
FR F Fx i Fy j Fz k (2.14)
e a equação do movimento
Fx i Fy j Fz k m (ax i a y j az k) (2.15)
Logo, esta equação vetorial pode ser substituída por três equações escalares
Fx m ax
Fy m ay (2.16)
Fz m az
z
Fz
m
Fy
Fx
x
Figura 2.2 - Componentes Retangulares.
19
FR F Ft ut Fn un Fb ub (2.17)
e a equação do movimento
Ft ut Fn un Fb ub m (at ut an un ) (2.18)
Logo, esta equação vetorial pode ser substituída por três equações escalares
Ft m at
Fn m an (2.19)
Fb 0
A Figura 2.3 mostra os versores das direções tangencial, normal e binormal num
dado instante do movimento de uma partícula P.
z b
O
ub
n t
un ut
P
y
FR F Fr ur F u Fz uz (2.20)
e a equação do movimento
Fr ur F u Fz uz m (ar ur au az uz ) (2.21)
Logo, esta equação vetorial pode ser substituída por três equações escalares
Fr m ar
F ma (2.22)
Fz m az
A Figura 2.4 mostra os versores das direções tangencial, normal e binormal num
dado instante do movimento de uma partícula P.
uz
z
u
P
ur
y
r
u
x
ur
C APÍTULO 3
dU F dr (3.1)
dU F cos ds (3.2)
ds
dr
r’
P
r
S
r2 s2
U1 2 F dr F cos ds (3.3)
r1 s1
r2 s2
U1 2 FC dr FC cos ds FC cos ( s2 s1 ) (3.4)
r1 s1
FC
s
s1 s
s2
r2 r2
U1 2 F dr ( W j ) (dx i dy j dz k ) (3.5)
r1 r1
ou seja
23
y2
U1 2 Wdy W ( y1 y2 ) W y (3.6)
y1
W
r2
r1
x
O trabalho da força de uma mola linear aplicada a uma partícula P que se desloca
ao longo do eixo x pode ser obtido a partir de:
x2
U1 2 Fm dr (3.7)
x1
Fm kx (3.8)
Logo
x2 1
U1 2 k x dx k ( x12 x22 ) (3.9)
x1 2
F ma (3.10)
r2 r2
F dr ma dr (3.11)
r1 r1
r2 r2
F dr ma dr (3.12)
r1 r1
ou seja
r2
U1 2 ma dr (3.13)
r1
v2
U1 2 mv dv (3.14)
v1
v2 1 2 1 2
U1 2 mv dv mv2 mv1 (3.15)
v1 2 2
Definindo a energia cinética de uma partícula de massa m como
1 2
T mv (3.16)
2
e aplicando em (3.15), obtemos o princípio do trabalho e energia para uma
partícula P, da seguinte forma
U1 2 T2 T1 (3.17)
ou
T1 U1 2 T2 (3.18)
25
T1 U1 2 T2 (3.21)
onde
1
T1 mi v12i é a energia cinética do sistema no instante 1
2
1
T2 mi v22i é a energia cinética do sistema no instante 2
2
r2 i r2 i
U1 2 f i dri Fi dri é o trabalho do sistema.
r1i r1 i
Para a definição do trabalho do sistema entre as posições iniciais e finais, foi usada
a notação f para forças internas e F para forças externas ao sistema. Deve-se notar
que em determinadas condições, o trabalho total das forças internas é nulo: isto
ocorre quando todas as partículas têm igual deslocamento (translação) e as
conexões entre elas são rígidas. Estas condições são satisfeitas, por exemplo, para
o caso de corpos rígidos em translação.
Observamos que a equação (3.21) é igual a (3.18), mas cada um de seus
termos tem definição diferente, como visto nesta seção.
26
dU
P (3.22)
dt
F dr
P F v (3.23)
dt
PS
(3.24)
PE
U1 2 W ( y1 y2 ) W y (3.25)
27
Vg Wy (3.26)
U1 2 V1 g V2 g (3.27)
De forma semelhante, como visto em (3.9), o trabalho da força de mola é dado por
1
U1 2 k ( x12 x22 ) (3.28)
2
1 2
Ve kx (3.29)
2
V Vg Ve (3.31)
U1 2 V1 V2 (3.32)
T1 V1 V2 T2 (3.33)
ou
T1 V1 T2 V2 (3.34)
d (T V )
T V C ou 0 (3.35)
dt
onde C é uma constante. Observe-se que, para casos gerais onde há forças
conservativas e forças não conservativas, o princípio geral dado por (3.18) pode
ser escrito como
T1 V1 U1 2 T2 V2 (3.36)
nc
T1 V1 T2 V2 (3.37)
29
C APÍTULO 4
dv
F ma m (4.1)
dt
t2 v2
F dt m dv (4.2)
t1 v1
ou
t2
F dt mv 2 mv1 (4.3)
t1
t1 t2 t
L mv (4.5)
L1 I1 2 L2 (4.6)
t2
m v y1 Fy dt m vy2 (4.7)
t1
t2
m vz 1 Fz dt m vz 2
t1
y fi
G
Fi
rG
ri
t2 t2
mi v1i Fi dt f i dt mi v 2 i (4.8)
t1 t1
t2 t2
mi v1i Fi dt f i dt mi v 2 i (4.9)
t1 t1
Sabendo que a soma de todos os impulsos das forças internas f i é nula, obtemos
32
t2
mi v1i Fi dt mi v 2i (4.10)
t1
m rG mi ri (4.10)
onde
m mi é a massa total do sistema
m vG mi vi (4.11)
onde
v G é a velocidade do centro de massa do sistema
v i é a velocidade da i-ésima massa do sistema
t2
m vG 1 Fi dt m vG 2 (4.12)
t1
4.4 I MPACTO
vA A B vB A B
Linha de impacto
vA vB
a - central b - oblíquo
Impacto Central
A vA1 B vB1
v
Pdt - Pdt Rdt - Rdt
A B AB A B
b - durante o impacto
A vA2 B vB2
mAv A1 P dt m Av (4.16)
e na fase de restituição
m Av R dt m Av A 2 (4.17)
R dt m Av m Av A2 v v A2
(4.18)
P dt m A v A1 m A v v A1 v
mB v B 1 P dt mB v (4.19)
e na fase de restituição
mB v R dt mB vB 2 (4.20)
R dt mB v B 2 mB v vB 2 v
(4.21)
P dt mB v mB v B 1 v vB 1
R dt
e (4.22)
P dt
36
v v A2
e (4.23)
v A1 v
e
vB 2 v
e (4.24)
v vB 1
vB 2 v A 2
e (4.25)
v A1 vB1
ou
e (v A1 v B1 ) vB 2 v A2 (4.26)
Assim temos um sistema de duas equações, (4.15) e (4.25) ou (4.26), que permite
calcular as velocidades das partículas A e B após o impacto, dadas as respectivas
velocidades antes do impacto e o coeficiente de restituição e. São considerados
dois casos limites para este coeficiente.
Impacto elástico: não há perda de energia e os impulsos de deformação e de
restauração são iguais.
R dt P dt e=1
R dt 0 e=0
R dt P dt 0<e<1
37
Impacto Oblíquo
A B
x
vA vB
e
e (v A1 x vB1 x ) vB 2 x v A2 x (4.28)
mAv A1 y mB v B1 y m Av A 2 y mB v B 2 y (4.29)
m Av A1 y m Av A 2 y e mB v B 1 y mB v B 2 y (4.30)
HO r mv (4.31)
y
mv
P
HO
x
O
i j k
HO rx ry rz (4.32)
mvx mvy mvz
onde
H Ox m ( ry vz rz v y )
H Oy m ( rz v x rx vz ) (4.33)
H Oz m ( rx v y ry v x )
HO H Oz m ( rx v y ry v x ) (4.34)
y
x
mv
d
P
HO O x
MO r F (4.36)
MO r ma (4.37)
dH O dr dv
mv r m (4.38)
dt dt dt
40
dH O
r ma (4.39)
dt
dH O
MO (4.37)
dt
M O dt dH O (4.38)
t2 t2
M O dt dH O HO2 H O1 (4.39)
t1 t1
t2
H O1 M O dt HO2 (4.40)
t1
t2 t2
AO 1 2 ( r F ) dt MO dt (4.41)
t1 t1
HO1 AO 1 2 HO 2 (4.42)
H O1 HO2 (4.43)
t2
H O1 M O dt HO2 (4.44)
t1
onde
HO (ri mvi ) é a soma das quantidades de movimento angular de
forças externas aplicadas às partículas, uma vez que o impulso angular resultante de
todas as forças internas é nulo.
Quando a soma de todos os impulsos angulares atuantes neste sistema é
nula, temos que
H O1 HO 2 (4.45)
C APÍTULO 5
P(t)
biela
manivela
pistão
rB rA rB / A (5.1)
44
y´
y
B
rB/A
C
rB x´
A
rA
x
vB v A vB / A (5.2)
também a observação feita acima, uma vez que a velocidade v B/A é de fato a
velocidade de B em relação ao referencial móvel x´y´. Vamos analisar a derivada
do vetor posição relativa. Seja
rB / A xi yj (5.3)
drB / A dx dy di dj
vB / A i j x y (5.4)
dt dt dt dt dt
drB / A
vB / A 0 (5.5)
dt
e
vB vA (5.6)
aB aA (5.7)
Pode-se concluir a partir de (5.6) e (5.7) que todos os pontos de um corpo rígido
em translação possuem velocidades iguais e acelerações iguais em cada instante.
Este resultado permite utilizar todas as equações desenvolvidas na cinemática e
dinâmica da partícula para corpos rígidos em translação. Podemos afirmar que as
equações da mecânica da partícula e do corpo rígido em translação são as mesmas.
y
B(t´)
B(t)
Assim, chama-se velocidade angular média de uma linha AB, num intervalo
de tempo t=t´-t ao quociente
46
m (5.8)
t
d
(5.9)
dt
d d2
(5.10)
dt dt 2
ω k (5.11)
vB v A vB / A vB / A (5.12)
ds d ( r) d
vB / A r r (5.13)
dt dt dt
vB vB / A ω rB / A (5.14)
onde
ω k
rB / A r uB / A
e portanto
vB vB / A ω rB / A r ut
z’
A y’
rB/A ut
B ur
x’
rB/P
P
Observe, a partir da figura 5.5, que para qualquer ponto P pertencente ao eixo de
rotação do movimento, tem-se
vB ω rB / A ω rB / P (5.15)
d 2s d 2 ( r) d
aBt r r (5.16)
dt 2 dt 2 dt
e
v2 2 2
r 2
aBn r (5.17)
r r
dω drB / A
aB aB / A rB / A ω (5.18)
dt dt
ou
aB aB / A α rB / A ω vB / A α rB / A ω ( rB / A ) (5.19)
Sendo
ω k
α k
rB / A r uB / A r un
a Bt α rB / A r ut (5.20)
e
aB n ω (ω rB / A ) 2
r uB / A 2
r un (5.21)
rB rA rB / A (5.22)
A figura 5.6 mostra estes vetores, o referencial fixo xy e o móvel x’y’, preso em A
mantendo-se em qualquer instante paralelo ao referencial fixo.
49
y´
y
B
rB/A
C
rB x´
A
rA
x
vB v A vB / A (5.23)
também a observação feita anteriormente, uma vez que a velocidade v B/A é de fato a
velocidade de B em relação ao referencial móvel x´y´. Vamos analisar a derivada
do vetor posição relativa. Seja
drB / A
vB / A (5.24)
dt
drB / A
vB / A ω rB / A (5.25)
dt
vB v A ω rB / A (5.26)
50
dv B dv A dω drB / A
rB / A ω (5.27)
dt dt dt dt
aB aA α rB / A ω (ω rB / A ) (5.28)
onde
vB / A
a B/ A t α rB / A r é a aceleração tangencial relativa
vB / A
a B/ A n ω (ω rB / A ) 2
r uB / A é a aceleração normal relativa
rB rA rB / A (5.29)
51
A figura 5.7 mostra estes vetores e um referencial fixo XYZ e outro móvel xyz,
preso ao corpo C com origem em A. Seja a velocidade angular do referencial
móvel e, portanto, do corpo rígido C.
y
B x
rB/A
rB
A
rA C
drB
v B é a velocidade do ponto B
dt
drA
v A é a velocidade do ponto A que pertence ao corpo C
dt
rB / A xi y j é o vetor da posição de B no referencial xyz
d
vB vA (x i y j) (5.31)
dt
52
di dj dx dy
vB vA x y i j (5.32)
dt dt dt dt
di i
lim (5.33)
dt t 0 t
di i i i
lim lim lim Ω lim (5.34)
dt t 0 t t 0 t 0 0
i
i(t+ t)
i(t)
2 sin
i 2 i
lim lim j (5.35)
0 0 i
53
Logo
di
j Ω i (5.36)
dt
dj
i Ω j (5.37)
dt
dx dy
vB vA x (Ω i) y (Ω j) i j (5.38)
dt dt
ou
dx dy
vB vA Ω ( xi yj ) i j (5.39)
dt dt
vB vA Ω rB / A v B / xyz (5.40)
onde se definem
vA Ω rB / A velocidade de arraste
dΩ drB / A dv B / xyz
aB aA rB / A Ω (5.41)
dt dt dt
54
drB / A
Ω rB / A v B / xyz (5.42)
dt
e
dv B / xyz
Ω v B / xyz a B / xyz (5.43)
dt
dΩ
aB aA rB / A Ω ( Ω rB / A ) 2 Ω vB / xyz aB / xyz (5.44)
dt
onde se definem
dΩ
aA rB / A Ω ( Ω rB / A ) aceleração de arraste
dt
2 Ω v B / xyz aceleração de Coriolis ou complementar
C APÍTULO 6
y Fi
fji
G
mi
ri C
rG
Fi f ji mi ai (6.1)
j
Fi f ji mi ai (6.2)
i i j i
A relação que define a posição do centro de massa G deste corpo rígido é dada por
mi ri m rG (6.3)
i
mi vi m vG (6.4)
i
mi ai m aG (6.5)
i
Fi f ji m aG (6.6)
i i j
y Fi
C
fji
G
mi
ri
rG
x
P
ri Fi ri f ji ri mi ai (6.8)
j
ri Fi ri f ji ri mi ai (6.9)
i i j i
58
ri Fi ri mi ai (6.10)
i i
ai aP α ri ω (ω ri ) (6.11)
onde
ui é o vetor unitário da direção de r i , sendo ri ri ui , e
y
C
upi ui
G
mi
ri
rG
x
P
ou
ri Fi mi ri a P mi ri 2 k (6.14)
i i i
2 2
pois ri mi ri ui ri ui mi ri ui é nulo. A relação da posição do centro de massa
ri Fi m rG a P mi ri 2 k (6.15)
i i
Lembrando que
M Pk m rG a P IP k (6.16)
i
IP IG m rG2 (6.17)
aG aP α rG 2
rG (6.18)
ou
aP aG α rG 2
rG (6.19)
M Pk m rG aG m rG ( α rG ) m rG 2
rG
i (6.20)
I G k m rG2 k
m rG (α rG ) m rG2/ P k (6.21)
M P k rG m aG IG k (6.22)
i
MGk IG k (6.23)
i
ou
MG IG (6.24)
i
M Pk I P k (6.25)
i
ou
MP IP (6.26)
i
61
e
MG IG (6.29)
i
MP IP (6.30)
i
maGy
y
C
xG
G
maGx
rG
yG
x
P
e
Fin m aGn (6.33)
i
trajetória de G
ut C
y
centro de curvatura G
un
O
x
P
MG IG (6.34)
i
MP IP (6.35)
i
C APÍTULO 7
dm
r C
vP
P x
1 2
T v dm (7.1)
2m
v vP ω r (7.2)
ou
v (vPx y ) i (vPy x) j (7.4)
1
T [( vPx y )2 ( vPy x ) 2 ] dm (7.6)
2m
ou
1 2 1 2
T vP dm vPx y dm vPy y dm r 2 dm (7.7)
2m m m
2 m
1 1
xG x dm e yG y dm (7.8)
mm mm
65
IP ( x2 y 2 ) dm r 2 dm (7.9)
m m
1 1
T m vP2 vPx yG m vPy xG m IP 2
(7.10)
2 2
Esta é a equação geral que permite calcular a energia cinética do corpo rígido C a
partir da velocidade de um ponto P e de sua velocidade angular. Se escolhermos o
ponto P coincidente com o centro de massa G, a equação (7.10) toma uma forma
mais simples
1 1
T m vG2 IG 2
(7.11)
2 2
1
T m vG2 (7.12)
2
No caso do movimento de rotação plana em torno de um eixo fixo z que passa por
um ponto O (a velocidade vO 0 ), a equação (7.10) fica igual a
1 2
T IO (7.13)
2
66
O conceito de trabalho de uma força que atua num corpo rígido, como
definido no Capítulo 3, referente à Mecânica da partícula, está relacionado ao
movimento do ponto onde está aplicada a força. Conforme visto, o trabalho
elementar dU realizado por uma força F é dado por
dU F dr (7.14)
U F dr F cos ds (7.15)
s s
dr
F
S F
C F
r2 x2 , y 2
U1 2 FC dr ( FCx i FCy j ) (dx i dy j ) (7.16)
r1 x1 , y1
onde x x2 x1 e y y2 y1 .
y
C
y2
FC
S FC
y1 C
FC
x1 x2 x
r2 x2 , y 2
U1 2 F dr ( W j ) (dx i dy j ) (7.18)
r1 x1 , y1
ou
y2
U1 2 Wdy W ( y2 y1 ) W y (7.19)
y1
s2
U1 2 Fm dr (7.20)
s1
Fm kx (7.21)
68
s2 1
U1 2 k x dx k ( x22 x12 ) (7.22)
s1 2
x1
x2
Há algumas forças que não realizam trabalho. Forças que atuam em pontos
fixos do corpo e forças normais ao deslocamento do ponto do corpo não realizam
trabalho. Entre as forças mais usuais em aplicações de engenhar ia estão as reações
em apoios, forças normais das reações de superfícies estacionárias sobre os corpos
rígidos e forças de atrito no rolamento, quando não há escorregamento.
Uma consideração especial deve ser feita sobre o trabalho de um binário,
isto é, o trabalho de um par de forças iguais, paralelas entre si, com sentidos
contrários. É fácil observar que o trabalho de um binário durante o movimento de
translação qualquer de um corpo rígido é nulo, pois os deslocamentos de todos os
pontos são iguais e as forças são contrárias. Assim só há trabalho no movimento de
rotação. Para um binário M, o trabalho elementar é dado por
dUM F dr ( F ) ( dr ) 2 F dr (7.24)
b
Sendo b o braço do binário, temos que dr d . Integrando (7.24) obtém-se
2
b
UM 2 F d Md (7.25)
s
2
onde M Fb é a intensidade do binário, isto é, seu módulo com o sinal dado pela
orientação do ângulo de rotação , conforme mostra a Figura 7.5.
F2 d
dr1
dr2 F1
UM M (7.26)
onde 2 1 .
70
T1 U1 2 T2 (7.27)
FAB= - FBA
B2
b
B1 a
FAB
FAB B3
FAB
FBA
A2
FBA A3
A1 a
U1 2 V1 V2 (7.28)
C
T1 U1 2 U1 2 T2 (7.29)
C NC
T1 V1 V2 U1 2 T2 (7.30)
NC
ou
T1 V1 U1 2 T2 V2 (7.31)
NC
T1 V1 T2 V2 (7.32)
C APÍTULO 8
Neste capítulo será analisada a lei de Newton apresentada numa outra forma
integral. Nesta forma integra-se a lei de Newton dada por (6.7) no tempo. Esta
forma se baseia nos conceitos de impulso e quantidade de movimento do corpo
rígido. Ao final deste capítulo estes conceitos são aplicados na teoria de impacto.
y
v
dm
vG
r
G
rG
C
P x
L v dm (8.1)
m
1
rG r dm (8.2)
mm
E, portanto,
m rG r dm (8.3)
m
m vG v dm (8.4)
m
L v dm m vG (8.5)
m
dH P r v dm (8.6)
HP r v dm (8.7)
m
v vP ω r (8.8)
HP r ( vP ω r ) dm (8.9)
m
ou
HP r vP dm r (ω r ) dm (8.10)
m m
HP (x i y j ) dm vP (x i y j) ( yi x j )dm (8.11)
m m
que é igual a
ou, finalmente
ou
vP 0
HP IP (8.15)
e
vP vG ω rP / G vG ω rG (8.17)
vPx vGx yG
(8.18)
vPy vGy x yG
HG IG (8.20)
Lx m vGx
Ly m vGy (8.21)
HG IG
ou
HG 0 (8.23)
HG r v dm (8.24)
m
onde r r rG . Então
HG ( r rG ) v dm (8.25)
m
ou
HG r v dm rG v dm (8.26)
m m
HP HG rG mvG (8.27)
77
HP IG m vG dG (8.28)
onde o sinal da segunda parcela deve ser obtido pelo sinal do produto vetorial.
mvG
G
C
dG
rG
P x
dvG
F maG m (8.29)
dt
t2 v2
F dt m dvG (8.30)
t1 v1
ou
t2
F dt mvG 2 mvG 1 (8.31)
t1
t2
I1 2 F dt (8.32)
t1
t2
mvG 1 F dt mvG 2 (8.33)
t1
ou
L1 I1 2 L2 (8.34)
d
MG IG (8.35)
dt
t2
IG 1 M G dt IG 2 (8.36)
t1
t2
Ω1 2 M G dt (8.37)
t1
IG 1 IG 2 (8.41)
plano de contato B
linha de centros
GB
linha de impacto
A GA
GB
a - antes do impacto: v A1 > v B1
vB1
A GA
vA1
GB
b - impacto - deformação
Pdt
- Pdt
A GA
GB
GB
vB2
A GA
vA2
vB 2 v A 2
e (8.42)
v A1 vB 1
C APÍTULO 9
θ1 θ2 θ2 θ1 (9.1)
1=90
y
z x 2=90
x
1=90
y
2=90
x
dθ
ω (9.3)
dt
ω1 ω2 ω2 ω1 (9.4)
r r (t ) (9.5)
r C
O y
dr
v ω r (9.6)
dt
onde
ω é a velocidade angular do corpo no instante t.
dv dω dr
a r ω (9.7)
dt dt dt
a α r ω (ω r ) (9.8)
onde
dω
α é a aceleração angular do corpo no instante t.
dt
Um importante caso particular de movimento em torno de um ponto fixo
ocorre quando um determinado corpo tem velocidade angular ωP constante em
ω ωP ωS (9.9)
dω dωP dωS
α (9.10)
dt dt dt
α ωS ωP (9.11)
rB rA rB / A (9.12)
Z B
rB/A C
vA
Y
aA y
X A
drB / A
vB vA (9.13)
dt
drB / A
vB / A (vB ) xyz (9.14)
dt
e
vB v A ω rB / A (9.16)
dv B dv A dω drB / A
rB / A ω (9.17)
dt dt dt dt
aB aA α rB / A ω (ω rB / A ) (9.18)
rB rA rB / A (9.19)
A figura 9.4 ilustra estes dois sistemas de referência. Vamos analisar o movimento
do corpo rígido C fazendo a composição a partir dos dados do movimento relativo
entre ambos os referenciais. A origem do referencial móvel xyz está num ponto A
qualquer não necessariamente pertencente ao corpo rígido C. Em muitas aplicações
este referencial representa outro corpo em relação ao qual se conhece o movimento
de C. C
B
z
Z rB/A
rB
y
A
rA
Y
X x
drB / A
vB vA (9.20)
dt
drA / B drA / B
Ω rB / A (9.21)
dt dt xyz
drB / A
v B / xyz vB / A (9.22)
dt xyz
vB v A Ω rB / A v B / A (9.23)
dv B dv A dΩ drB / A dv B / A
rB / A Ω (9.24)
dt dt dt dt dt
dΩ
aB aA rB / A Ω ( Ω rB / A vB / A ) Ω vB / A aB / A (9.25)
dt
dΩ
onde é a aceleração angular do referencial xyz em relação à XYZ. Portanto,
dt
agrupando de forma conveniente, escrevemos
dΩ
aB aA rB / A Ω ( Ω rB / A ) 2 Ω vB / A aB / A (9.26)
dt
90
dΩ
aA rB / A Ω ( Ω rB / A ) aceleração de arraste
dt
2Ω vB / A aceleração de Coriolis ou complementar
Z,z Z , z1
∙
y1
Y,y Y
X,x X
x1
(a) x 1 y 1 z 1 rotação em torno de Z
Z , z1
z2
y2
θ ∙
y1
θ
Y
∙
θ
X
x1 , x 2
Z ,z1
z2 , z3
y3
y2
∙ ψ
θ
ψ∙ θ y1
Y
∙
θ
ψ x3
X
x1 , x2
ω x i y j z k (9.27)
Observando nas Figuras 9.5, podemos escrever esta velocidade angula r em função
dos ângulos de Euler como
Algumas vezes, quando o corpo rígido é dado por um sólido de revolução com
velocidade angular relativa em torno de seu eixo longitudinal denominada spin,
utilizamos o referencial móvel de forma um pouco modificada. O referencial
móvel xyz passa a ser parcialmente preso ao corpo, isto é, tem seu eixo z sempre
coincidente com o eixo longitudinal do corpo rígido, mas não acompanha o
movimento de spin. Assim o referencial móvel está na posição dada por x 2 y 2 z 2 e a
velocidade angular ω do corpo rígido é dada por:
ω Ω ωR (9.29)
dA dA
Ω A (9.39)
dt dt XYZ
94
C APÍTULO 10
z Fi
fji
G
dm
r C
rG
Fi f ji a dm (10.1)
j
Fi f ji a dm (10.2)
i i j m
A relação que define a posição do centro de massa G deste corpo rígido é dada por
m rG r dm (10.3)
m
m vG v dm (10.4)
m
e para a aceleração
m aG a dm (10.5)
m
Fi f ji m aG (10.6)
i i j
Através da lei da ação e reação de Newton sabemos que a segunda parcela do lado
esquerdo de (10.6) é nula. Logo
96
FR Fi maG (10.7)
i
Assim, esta é a forma da lei dos movimentos de Newton para corpos rígidos.
Sua forma é semelhante à forma original enunciada para partículas de dimensões
desprezíveis, que fornece a relação entre a força resultante de todas as forças
externas aplicadas e a aceleração do centro de massa do corpo rígido .
z Fi
fji
G
dm
r C
rG
O y
r Fi ri f ji r a dm (10.8)
j
ri Fi ri f ji r a dm (10.9)
i i j m
97
MR ri Fi r a dm (10.10)
i m
a a0 α r ω (ω r ) (10.11)
MR r [aO α r ω (ω r )] dm (10.12)
m
ou
MR r aO dm r (α r ) dm r [ω (ω r )] dm (10.13)
m m m
MR M x i M y j M z k - momento resultante
Ix ( y2 z 2 ) dm Iy ( x2 z 2 ) dm Iz ( x2 y 2 ) dm
m m m
I xy I yx xy dm I yz I zy yz dm I zx I xz zx dm
m m m
obteremos
Mx yG maOz zG maOy Ix x (I y Iz ) y z
2 2
I yz ( y z ) I xy ( y z x ) I zx ( z x y )
Estas três equações escalares são gerais e muito pouco úteis se tomarmos os
referenciais xyz como fixos, pois neste caso os momentos e produtos de inércia
estariam variando ao longo do movimento. Por outro lado, se escrevermos os
vetores num referencial preso ao corpo rígido, chamado referencial móvel, então
estes parâmetros são constantes, embora a equação (10.14) ainda continue
complexa. Vamos então colocar a origem O do referencial preso ao corpo
coincidente com um ponto fixo (a O =0) ou com o seu centro de massa G (r G =0).
Em ambos os casos, temos que
Mx Ix x (I y Iz ) y z
2 2
I yz ( y z ) I xy ( y z x ) I zx ( z x y )
My Iy y (Iz Ix ) z x
2 2
(10.15)
I zx ( z x ) I yz ( z x y ) I xy ( x y z )
Mz Iz z (Ix Iy) x y
2 2
I xy ( x y ) I zx ( x y z ) I yz ( y z x )
Mx Ix x (I y Iz ) y z
My Iy y (Iz Ix ) z x (10.16)
Mz Iz z (Ix Iy) x y
2
Mx I yz z I zx z
2
My I zx z I yz z (10.17)
Mz Iz z
Mx 0
My 0 (10.18)
Mz Iz z
Estas equações são utilizadas em movimentos planos. Devemos notar que nestes
casos se o eixo z não for um eixo principal de inércia, então, os momentos
resultantes nos eixos x e em z não são nulos, mas dados por (10.17).
100
Ix m rx2 m ( y2 z2 )
Iy m ry2 m ( x2 z2 ) (10.19)
Iz m rz2 m ( x2 y2 )
I xy I yx m rx ry mx y
I yz I zy m ry rz myz (10.20)
I zx I xz m rz rx mzx
rz
m
ry
rx
y
O
Ix rx2 dm ( y2 z 2 )dm
m m
2
Iy r dm
y ( x2 z 2 )dm (10.21)
m m
Iz rz2 dm ( x2 y 2 )dm
m m
I xy I yx rx ry dm xydm
m m
I yz I zy ry rz dm yzdm (10.22)
m m
I zx I xz rx rz dm xzdm
m m
Ip Ig md 2 (10.23)