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Exmo. Sr. Dr.

Juiz de Direito da 03ª Vara da Fazenda Publica do Foro


Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba – Pr.

CONDOMÍNIO CONJUNTO MORADIAS R—CIC I e Outros, já devidamente qualificado


na inicial, nos autos de n.º 25053 de AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO, que lhe move
perante esse respeitável Juízo COMPANHIA DEHABITAÇÃO POPULAR DE CURITIBA
– COHAB-CT, pôr intermédio de seus procuradores judiciais infra assinados, vem muito
respeitosamente perante V.Exa. oferecer IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE
TERCEIRO, pêlos seguintes fatos e fundamentos:

O embargado ingressou com Ação de Cobrança pelo Rito Sumário pleiteando o recebimento de
taxas de condomínio em atraso do imóvel de propriedade da ora embargante, dos meses de
outubro de 2000 até setembro de 2002, mas as vincendas (art. 290 do CPC).

Citados por precatória fls. 99 dos autos, celebraram acordo através de seu procurador na
audiência realizada fls. 100, mas os embargantes não cumpriram o referido acordo.

O embargante ingressou com os presentes embargos alegando em síntese:

- Os embargantes se insurgem, contra a penhora realizada;

- Que existe excesso de penhora;


- Que a penhora recaiu sobre o único bem dos embargantes, bem de família;

- Que nomeou bens outros bens fls. 27 dos autos, e que o valor de sua venda é suficiente para
quitar o débito;

- No final requer a procedência dos embargos, bem como a improcedência da execução, que o
Condomínio - embargado seja obrigado a fazer um novo parcelamento do débito, afirmam o
imóvel objeto da presente execução encontra-se alugado, bem como a produção de todas as
provas em direitos admitidas.

Em que pese o esforço dos Embargantes, nenhum de suas alegações são verdadeiras, como será
amplamente demonstrado nas razões a seguir.

A alegação de que o Condomínio - embargado não respeitou a ordem de nomeação de bens


prevista no CPC, é totalmente improcedente, pois os embargantes não cumpriram o acordo
celebrado, e também não pagou as taxas condominiais vincendas, conforme demonstrativo em
anexo.

Quanto a alegação dos embargantes, de excesso de penhora, também não procede, pois a
penhora recaiu no imóvel gerador das taxas de condomínio, e o Condomínio – embargado,
executou conforme o acordo celebrado na audiência realizada as fls. 100 dos autos.

Quanto a alegação de que o imóvel é bem de família, não retira a responsabilidade dos
embargantes em pagar as taxas de condomínio em atraso, pois sempre será de responsabilidade
do proprietário a responsabilidade pelo pagamento de débitos relativos ao imóvel de sua
propriedade.

O bem penhorado, para garantir débito originado pelo não pagamento de taxas de condomínio,
não estão entre aqueles protegidos pela Lei 8009 de 29 de março de 1990, tendo em vista que o
artigo 3º inciso IV, dispõe:

A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária,


trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
I-
II-
III-
IV -para cobrança de impostos, predial e territorial, taxas e contribuições oriundas em função do
imóvel familiar.

Assim sendo a penhora realizada é legítima e deve prevalecer em razão de ser uma das exceções
previstas na Lei 8.009/1990.
Os valores cobrados pelo Condomínio-embargado são devidos, certos e líquidos, e não há
excesso na execução.

Os valores pleiteados na presente execução são os valores das taxas condominiais impagas pelos
embargantes, na ação de cobrança, devidamente atualizada até a presente data.
A impontualidade dos embargantes acarreta grandes dificuldades para o condomínio-embargado,
gerando com isso, grandes prejuízos aos demais condôminos.

Dever de pontualidade, das despesas, na forma usual (via banco, resgate no escritório do síndico
ou administrador etc...) constitui dever moral de solidariedade, lealdade e honradez de cada
condômino para com os demais, visto que tem por fim o custeio da manutenção do edifício, que
é morada de todos eles. No conceito de pontualidade integra-se o dever de pagar no dia e local
de praxe, de sorte que não fica a critério do devedor pagar sob forma diferente, como por
exemplo, mediante deposito bancário, quando o local estabelecido é o escritório do síndico, ou
outro designado por ele. O pagamento só se considera juridicamente eficaz para elidir a mora se
feito de forma habitual. E o atraso importa em autentico parasitismo, visto que para pagar
despesas inadiáveis tem o sindico de fazer rateio extra junto aos demais condôminos pontuais,
assim forçados a suprir o caixa condominial e a se tornarem fiadores compulsórios dos faltosos.

O presente recurso tem a nítida finalidade de protelar o feito, pois os embargantes, não
cumpriram com o acordo celebrado.

Portanto, como se faz prova com a Certidão do 8º Registro de Imóveis fls. 07 autos em apenso,
os embargantes são os proprietários do imóvel.

Não que se acolher as alegações dos embargantes, pois o autor ao ingressar em juízo buscando a
tutela jurisdicional o fez contra aquele que são os proprietários do imóvel.

Nesse sentido a jurisprudencia é pacífica:

“DESPESAS DE COMDOMÍNIO. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO.


CONDÔMINO COM TÍTULO INSCRITO NO REGISTRO DE IMÓVEIS. A
responsabilidade pelo pagamento das despesas de condomínio é daquele em nome de
quem se encontra registrado o imóvel. A obrigação perante o condomínio é do condômino,
isto é. Aquele que ostenta a condição de proprietário da unidade e contra ele deve ser
dirigida a cobrança de cotas em atraso. E, proprietário, é aquele que tem título de
propriedade registrado em seu nome. (Ac. 4ª Câm. Cível TARJ – Votação unânime – Rel.
Juiz Murillo Fábregas – In. ADV – n.º 14 – p.220 – ementa 27/08/82)”.

“COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS. ILEGITIMIDADE PASSIVA. No sistema


jurídico brasileiro, só se adquire a propriedade imóvel, com o registro do título de
aquisição, no respectivo ofício do Registro de Imóveis da situação do bem. Sem tal
formalidade, não é o titular juridicamente condômino, devendo responder pelos encargos
reclamados aqueles, que tem o imóvel registrado em seu nome, no pertinente Ofício do
R.G.I. (Ac. da 6ª Câm. Cível TARJ – Cód. 93.001.12548 – Votação unânime – Rel. Juiz
Luiz Odilon Gomes Bandeira – n.º ementa 37269 de 14/12/93)”.

“CONDOMÍNIO – TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE – RESPONSABILIDADE


PELAS DESPESAS CONDOMINIAIS. Enquanto não transcrito no Registro Imobiliário
o título de transferência da propriedade do imóvel, continua sendo o transmitente
responsável pelas despesas condominiais que oneram o apartamento. (1ª TACSP – Ac.
Unân. da Câm., 30/03/77, Ap. 23.330 – SP. , Rel. Juiz Hélio Arruda – BJ – ADECOAS
56232)”.

“CONDOMÍNIO – COTAS RESPONSABILIDADE DECORRENTE DO DOMÍNIO. A


obrigação de pagamento das cotas condominiais decorre do domínio e não da posse. (5ª
Câm. TARJ – Ap. 29.304/85 – Ac. Unân. Rel. Juiz Lindemberg Montenegro)”.

Então é indiscutível que os embargantes são os proprietários do imóvel, e como tal tem
obrigação legal de efetuar o pagamento das taxas de condomínio reclamadas na presente ação,
independente de interpelação judicial ou extrajudicial.

E neste sentido, a jurisprudência entende que o condômino é aquele que possui a titularidade
inscrita junto ao Registro de Imóveis, e não da posse, conforme podemos verificar dos julgados.

Portanto não podem ser acolhida as alegações dos embargantes, isto porque agride frontalmente
o Direito Brasileiro

Quanto a alegação de que a execução não esta em conformidade com o acordo celebrado não
corresponde a verdade, pois não há excesso na da execução, pois a divida hoje é muito superior
aquela embargada, conforme demonstrativo em anexo, tal alegação não corresponde a verdade,
e esse também não é o entendimento da doutrina e jurisprudências dominantes, se não vejamos:

“Não perde a liquidez a divida cuja definição depende de cálculos aritméticos, para
excluir parcelas já pagas ou incluir verbas acessórias, previstas na lei ou no contrato” STJ
- 4ª Turma, Resp. 29.661-8- MG, Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar.

Quanto a alegação de cobrança em excesso, não é verdade, pois os embargantes estão em atraso
com as taxas de condomínio dos meses de outubro de 2000 até setembro de 2002, mais as
vincendas (art. 290 do CPC), desta forma não há que se falar em erro na execução, pois os
embargos foram propostos com o fim de protelar o feito.

Dos bens oferecidos a penhora, pelos embargantes, o Condomínio-embargado, não concorda,


pois não é insuficiente, para garantir a presente execução (autos em apenso). Os embargantes
estão usando de má-fé, como se demonstra com a memória de cálculo em anexo, que as taxas
condominiais vincendas não vem sendo quitadas pelos embargantes, ainda, alegam que o imóvel
encontra-se alugado.

Diante do exposto, considerando os documentos juntados aos autos em apenso, e em face disso,
as alegações devem ser rejeitadas, por ser os embargantes, devedores das taxas ora executadas
na presente ação (autos em apenso), devendo no mérito, ser a presente ação julgada
improcedente, com a condenação dos embargantes no pagamento das taxas condominiais
pleiteados na inicial, acrescidos das cominações legais.
Acontece que, os embargantes não apresentaram qualquer elemento que seja para a
apresentação dos Embargos.

POSTO ISTO, requer a V.Exa., que se digne em negar provimento aos presentes
Embargos à Execução e no final julgar improcedente a presente ação, condenando os
Embargantes ao pagamento das taxas de condomínio em atraso, devidamente corrigidas
monetariamente desde o vencimento, juros de mora de 1% ao mês, custas processuais e
honorários advocatícios.

Nestes Termos,
Pede deferimento.

Curitiba 27 de outubro de 2006.

Manoel Alexandre S. Ribas


Advogado

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