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FACULDADE CAPIVARI

ALUNA: CLAUDINÉIA DA SILVA

RESUMO LIVRO FILOSOFIA DO DIREITO – PAULO NADER (PÁGINAS 317-338)

A TRABNSIÇÃO DOS SÉCULOS E A ESCOLA DE RECIFE

Tobias Barreto (1839-1889) nasceu no Estado do Sergipe. Foi filósofo, poeta e


jurista. Estudou Direito na Faculdade de Recife. Tornou-se uma das maiores personalidades do
mundo intelectual brasileiro. É considerado o principal nome da Filosofia do Direito do século
passado.
Embora divulgador das teorias alemãs acerca do Direito, não as acompanhava
incondicionalmente. Para ele Direito era um conjunto de condições existenciais e evolucionais da
sociedade, coativamente asseguradas. Sustentou que o direito é objeto cultural, considerada a
cultura como antítese da natureza. [...] um invento, um artefato, um produto do homem para dirigir
o homem mesmo...
Ele rejeitou a noção de Direito Natural, afirmando que o Direito não é filho do céu,
é simplesmente fenômeno histórico, produto da cultural da humanidade.
Na área de Direito Criminal defendeu a tese de que o conceito de pena não é um
conceito jurídico e, mas um conceito político (ao sujeito que teve seu direito ofendido interessa
apenas o restabelecimento da situação anterior ou indenização).
Nos domínios do direito privado, deixou contribuições significativas sobre direito
autoral. Vislumbrou não um direito real, mas um direito pessoal.

Silvio Romero (1851-1914) oi poeta, filósofo e jurista. Na órbita jurídica deu ênfase
à presença do princípio da historicidade e evolução e princípios do naturalismo. Considerou moral
e Direito irmãos gêmeos que regulam as ações dos homens na sociedade. A moral visa a realização
do bem e disciplina a vontade individual, o Direito tem por alvo o justo e, é uma disciplina da
liberdade.
Defendeu que o Direito podia ser definido como aquele processo pelo qual a força
da razão expele e reprime a força do braço; é a harmonização das lutas sociais pelos ditames dos
justos. Propôs a seguinte definição: Direito é um complexo das condições criadas pelo espírito
das várias épocas que servem para, limitando o conflito de liberdades, tornar possível a
coexistência social.
Clóvis Beviláquia (1859-1944) escritor e jurista. Considerado por Machado Netto o
maior jurista da Escola de Recife. Elaborou, a convite do governo de Campos Sales, aos 40 anos
de idade, o anteprojeto do Código Civil, que se transformou em 1916 na Lei nº 3.071.
Sua experiência foi sedimentada na leitura, elaboração de livros e no magistério. Não
praticava a advocacia e nem fora magistrado. Entre a sua inteligência e o universo das regras e
conceitos jurídicos, nada se interpunha que pudesse toldar a transparência do raciocínio ou
comprometer a objetividade das convicções. Partidário do Evolucionismo concebeu o Direito
como como um fenômeno natural, passível de explicações de explicações por leis naturais.
No plano jurídico vislumbrou planos de técnicas de investigação:
- Técnica jurídica: tem-se o conhecimento prático e o problema da aplicação das
normas aos casos concretos;
- Ciência Geral do Direito: disciplina que explica e disciplina o Direito vigente
- Filosofia do Direito: estudas as condições de aparecimento do Direito e sua
evolução, bem como determina a relação entre ele a vida humana em sociedade.
Quanto a concepção de Direito e Moral, declarou o não convencimento quanto a
afirmação que teriam aspectos distintos, que no futuro, as condutas que são altamente observadas
por imposição legal, serão praticadas por impulso natural. Para ele, seria um dever do home hoje
ampliar o continente moral existente no direito.
Defendeu que: a luta seria o principal fator do direito; ela o cria e o mantém; que o
egoísmo seria o responsável pelo surgimento do direito; a lei tem vantagem de oferecer lucidez e
segurança ao Direito, compensando-lhe a perda de flexibilidade e movimento.

Outros nomes da Jurisfilosofia:


- José Higino Duarte Pereira (1847-1907): aderiu ao positivismo e ao evolucionismo
de Spencer.
- Artur Orlando (1858-1916): um dos principais colaboradores de Tobias Barreto.
- Gumensindo de Araújo Bessa (1859-1915) atribuiu ao Estado não a tarefa de criar
o Direito, mas a de reconhecê-lo. Para ele o direito visa a manutenção do equilíbrio da sociedade
e a garantir a convivência.

SÃO PAULO E SEUS JURISFILÓSOFOS NO SÉCULO XX

Pedro Lessa: filósofo, jurista e professor. Para ele o método científico deveria ser
também o método do direito: “o único método aplicável à formação da ciência do Direito é o
positivo ou científico, combinação dos processos indutivos com a dedução”. Não aderiu ao
positivismo extremado, pois afirmava que o Direito abriga sempre princípios fundamentais
imutáveis.
O Direito foi concebido como um conjunto de condições orgânicas de vida e de
desenvolvimento da sociedade e do indivíduo, dependente da vontade humana, e já garantidas,
ou que é necessário o sejam pela força física do Estado.
José Mendes: afirmou que o Direito é um conjunto orgânico das condições da vida
e desenvolvimento do indivíduo e da sociedade, dependente da vontade humana e garantidas ou
que devem sê-lo, pela força coercitiva do Estado.
Quanto distinção entre Moral e Direito , adotou a teoria dos círculos concêntricos de
Bentham, onde o Direito representaria o círculo menor e a moral, o maior. Quando o fato
apresentar maior gravidade, a norma correspondente deve ser assegurada coercitivamente, e o
âmbito será do Direito. Na hipótese contrária, tratar-se-á apenas de norma moral em sentido
estrito.
Concebeu o Direito como um fenômeno dinâmico, que evolui com o
desenvolvimento do indivíduo e da sociedade.
João Arruda: não negava a existência do Direito Natural. Estabeleceu um
verdadeiro divórcio entre Direito Positivo e Direito Natural. Identificou que as exigências éticas
não são consagradas pelo Direito Positivo e que o Direito Natural se manifestaria apenas diante
de erro do legislador: político ou intelectual.
Cogitou as hipóteses de resistência (se manifestaria entre o indivíduo e a sociedade)
e de revolução (entre as relações da sociedade com o poder).
Quanto a distinção entre Moral e Direto, afirmou que a norma jurídica é coercível,
enquanto que a norma moral é inocoercível. Para ele o Direito era um mínimo ético: só devem
ser exigidos pela força do Estado aqueles deveres que, pela sua importância, quando violados,
trarão grande, profunda perturbação social.
Miguel Reale: Filósofo, jurista, cientista e político. Renomado filósofo do Direito,
seu nome extrapolou os lindes de nosso país e alcançou projeção internacional. Conhecido como
o principal nome da Teoria Tridimensional do Direito (o ponto mais alto da sua elaboração
científica). Procurou superar o hiato entre o mundo do ser e do dever ser, entre a ontologia e a
epistemologia. Concebeu a tridimensionalidade do Direito em fórmula própria, em que os
elementos fato, valor e norma, sem predominância e sem justaposição, se interdependem na
formação do Direito.
A sua preocupação com o concreto com a experiência o afastou de teorias utópicas.
Embora atribua valor a utopia, pensa que se deve dedicar apenas àquilo que é factível, que pode
transformar-se em realidade.
A visão penetrante de filósofo lhe permitiu a compreensão global do Direito e do
Estado, reconhecendo a multiplicidade de fatores que os integram. Quanto ao Direito rejeitou as
teorias reducionistas que identificam o fenômeno jurídico como um ou outro elemento. Quanto
ao Estado, afirmou que este não se formaria apenas como elemento jurídico, pois avulta a
importância do homem em seu conceito. Exaltou a importância dos partidos políticos.
No Estado, segundo Reale, organizado sob seu modelo, valoriza-se o trabalho e
alcança-se o Estado de Direito, que pressupõe a justiça social. As revoluções não pressupõe o
prévio amadurecimento de uma ideia de Direito e de Justiça. O tema fundamental à compreensão
da doutrina jurídica de Reale é a conexão entre a Ciência Política e a Ciência do Direito.
Demonstrou que a atuação do poder é indispensável à formação da norma jurídica, e que não se
configura como uma quarta dimensão do Direito. O significado futuro da norma fica na
dependência das mutações ocorrerem na práxis.
O Direito Positivo foi concebido por Reale como a ordenação bilateral atributiva
das relações sociais, na medida do bem comum. A causa final do Direito – bem comum – consiste
na harmonização do bem de cada pessoa no contexto social. O Direito seria a ordenação
heterônoma, coercível e atributiva das relações de convivência, segundo uma integração
normativa de fatos e valores.
Em relação ao Direito Natural distinguiu duas formas de concepção: transcendente
(contempla o Direito Natural como algo independente e superior ao Direito Positivo) e
Transcendental (O Direito Natural é admitido apenas em função da experiência.
Reale concebe o Direito dentre de uma perspectiva histórica, acorde com a Teoria
Transcendental.
Goffredo Telles Júnior: proclamou na Carta aos Brasileiros (1977) que toda lei é
obviamente legal, mas nem toda é legítima, apenas aquelas que emanam de fonte legítima.
Distinguiu fonte legítima primária (cuja instância é o povo/seria legitimadora também da
secundária) de fonte legítima secundária (representada pelo legislador, que assume a condição de
fonte legitimadora, enquanto representante autorizado do povo). Legítima seria a lei elaborada
segundo o processo escolhido pelos representantes do povo; ilegítima, a que é imposta, que não
tem raízes no povo. A promulgação é fator indispensável à norma jurídica e condição para que
seja autorizante. Promulgação no sentido de norma oficializada pela inteligência governante, não
necessariamente pelos órgãos do Estado.
Afirmou que as leis humanas como as da sociedade cósmica, são leis de
probabilidade.
Renato Cirell Czerna: a sala atividade filosófica é dominada por preocupações
quanto ao concreto, com problemas e soluções que não sejam vazios e estéreis. Buscou
estabelecer as relações entre o Direito e a justiça dentro de um prisma histórico.
Tércio Sampaio Ferraz Júnior: os estudos que envolve, Direito e o estudo da
linguagem, constituem importante contribuição à semiótica jurídica. Distingue as perspectivas
zéticas e dogmáticas no estudo do Direito, enquanto a Zetéica é uma busca do universo do saber,
não pretende dizer o Direito; a Dogmática é conclusiva, pois ensina a doutrina, e as questões são
finitas.
As instituições de ensino jurídico devem cultivar uma visão dogmática, mas tal
opção não significa desinteresse pela Zetética. Ao desenvolver a pesquisa do Direito Positivo, a
análise não deve ser dogmática, mas ética. O estudo da ordem jurídica deve ser crítico, fundado
no conhecimento que vai além das leis e se acha situado nas ciências que estudam a pessoa natural
e a sociedade.
José Pedro Galvão de Souza: Sustenta a tese de que o verdadeiro estado de Direito
pressupõe o Direito Natural. A sua maior contribuição para as ciências sociais foi o Dicionário de
Política (1998).
Aloysio Ferraz Pereira: sua filosofia apresenta afinidades com a filosofia marxista
Wilson se Souza Campos Batalha: expõe que p Direito é uma realidade que se
refere ao valor justo, uma realidade referida aos valores de justiça, de segurança e de bem comum.
André Franco Montoro: destaca-se pela contribuição ao conhecimento da estrutura
lógica das normas jurídicas. Para ele o Direito Positivo é o conjunto de normas elaboradas em
uma sociedade determinada, para reger sua vida interna, com a proteção da segurança social,
enquanto o Direito Natural é constituído pelos princípios que servem de fundamento ao Direito
Positivo. Destaca que a justiça está presente na elaboração da lei, na sua interpretação e na sua
aplicação.
Celso Lafer: afirma que o Direito deixou de ser considerado um produto da razão
comum, pelo qual se qualificam as condutas boas ou más, para ser entendido como ordenamento
posto e positivado pelo poder, variável no tempo e no espeço, o qual distingue o lícito do ilícito e
prevê sanção como garantia de governabilidade.
Paulo Jorge de Lima: em seu Dicionário de Filosofia do Direito traz ricas
informações sobre autores e escolas filosóficas.
Teófilo Cavalcanti Filho: como autor se situa bem tanto em estudos de elevado teor
abstrato, como em voos rasantes, quando por exemplo, investiga a prática judiciária pela ótica da
teoria geral ou desenvolve o tema Pressupostos Filosófico-jurídicos da revisão Institucional.
Irinei Strenger: se preocupou em revelar a contribuição de Ribas à sistematização
do Direito ´pátrio e a divulgação que fez de importantes doutrinas europeias.

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