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Tal conjuntura se dá devido a uma série de fatores, dentre as quais uma maior atuação
dos Estados nacionais e aplicação de políticas pragmáticas por parte do Sul. Isso, contudo,
não significa o fim das desigualdades, uma vez que elas agora existem até mesmo no seio dos
países em desenvolvimento, cujas classes sociais mais elevadas são praticamente iguais às dos
países do Norte. Além disso, o Sul ainda continua mais dependente do Norte do que o
contrário. Desse modo, essa nova configuração do cenário internacional traz consigo uma
série de novos desafios, sobretudo para governança global, tornando a cooperação
internacional entre os países uma necessidade cada vez maior.
Assim, dentro desse contexto, o objetivo desse trabalho é constatar qual é a atual
conjuntura do Brasil no mundo. Faremos isso a partir da análise dos principais índices
utilizados na produção do Relatório do Desenvolvimento Humano 2013, considerando as
principais tabelas apresentadas no anexo do relatório.
Tabela 1
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E SEUS COMPONENTES
A esperança de vida do país é de 73,8 anos, estando dentro da média dos países de
desenvolvimento humano muito elevado, que variou de 83 a 73,6. A média de escolaridade é
de 7,2 anos enquanto que em países do mesmo grupo, como o Azerbaijão, a média é de mais
de 10 anos. No que diz respeito aos anos de escolaridade esperados, o Brasil apresentou uma
média de 14,2 anos, o que é bastante razoável se comparado a outros países com
desenvolvimento humano mais elevado e até mesmo com os do mesmo nível de
desenvolvimento. O Rendimento Nacional Bruto (RNB) per capita foi de 10.152 bastante
abaixo dos países desenvolvidos, os quais em sua maioria variam de 30.000 a 50.000. Já a
diferença de classificação do RNB per capita e a classificação IDH do Brasil deu -8, o que
significa que o país está mais bem classificado no RNB do que no IDH. Por fim, o IDH
somado apenas com base nos indicadores de esperança de vida e educação deu 0,755 em uma
escala de 1.000. O que também é razoável se comparado com os demais países em
desenvolvimento e os já desenvolvidos.
OBSERVAÇÃO 1.1
Segundo o relatório da ONU, há alguns indicadores que ajudam no desenvolvimento
de um país:
TABELA 2
ÍNDICE DE DESIGUALDADE DE GÊNERO
O Brasil ocupa a 85ª posição, atrás de países como Israel na posição 25ª e Maurícia
70ª. Nos países classificados como desenvolvidos, o Índice de Desigualdade de Gênero é de:
0,193, a Taxa de mortalidade Materna (mortes por 100 000 nados vivos): 15, Taxa de
fertilidade Adolescente (nascimentos por 1000 mulheres dos 15 aos 19 anos): 18,7, Assentos
no Parlamento nacional (% do sexo feminino): 25,0, População com pelo menos o ensino
secundário (% com 25 anos ou mais) Feminino: 84,7, Masculino: 87,1, Taxa de participação
na força de trabalho (% com 15 anos ou mais) Feminino: 52,7, Masculino: 68,7.
De uma forma geral podemos observar que a desigualdade de gênero ainda são muito
presentes na realidade brasileira.
Tabela 3
ÍNDICE DE POBREZA MULTIDIMENSIONAL
Com o crescimento que os países do Sul vêm passando, as suas taxas com relação à
pobreza multidimensional vem caindo. Muitos países do eixo Sul continuam passando por
problemas com relação à pobreza, mas o avanço tem sido notório, nesse contexto o Brasil
surge como exemplo na redução da pobreza multidimensional.
Mesmo com esses avanços, o Brasil ainda tem muito com o que se preocupar com
relação a duas taxas, a taxa de pessoas que vivem com menos de 1,25 dólares (linha
internacional de pobreza) por dia que é de 6,1%, e a taxa de linha de pobreza nacional que é
de 21,4%, essas taxas representam juntas a população abaixo do limiar de pobreza. A taxa da
população em pobreza grave é de 0,2%.
Tabela 4
CONTROLE DE RECURSOS
Com um PIB equivalente a países como a França e Reino Unido, o Brasil possui
2.021,3 mil milhões de USD no seu PIB (2011), porém logrando de apenas 10.278 USD no
PIB per capita (2011), está situado abaixo de países como Guiné Equatorial e Gabão no
quesito.
Mantêm-se na média dos países de IDH muito elevado tanto no montante da Despesa
geral de consumo final das administrações públicas, com um percentual obtido em 2011 de
20,7 (contra 19,2 observados no ano 2000, explicitando a constância de tal valor), quanto na
Formação bruta de capital fixo, que representa 19,3% do PIB Brasileiro (2011).
TABELA 5
EDUCAÇÃO
Com base nos dados apresentados na tabela 08, pode-se perceber que, o índice de
professores do ensino primário com formação para o ensino, entre 2005 a 2011 no Níger foi o
triplo da taxa de abandono escolar no ensino primário entre os anos de 2002 a 2011, o que
revela que os professores recebem incentivos por parte do governo. Isso é muito significativo
para o Níger, já que este é um país pobre, economicamente falando. Foi o melhor percentual
apresentado, mostrando que não está bem preparado em tudo, mas que a educação básica deve
ser incentivada. A Noruega e o Brasil não tiveram valores calculados. Já com relação à taxa
de abandono escolar no ensino primário entre 2002 a 2011, os países deixam a desejar, os
dados revelam que, no Níger 30,7% das crianças desistem do estudo ainda no começo da vida
escolar, enquanto no Brasil 24,3%, o que pode-se dizer que, devido a necessidade de
trabalhar, muitos são obrigados a desistir dos estudos ainda no inicio da vida ou ainda que não
recebem estímulos dos pais em casa. Por outro lado, na Noruega esse índice atingiu a marca
de 0,5%, ou seja, o nível de investimento na educação é altíssimo.
Por fim, pode-se argumentar que os três países aqui analisados possuem, cada um, os
seus problemas internos, mas que a educação recebe investimentos altos para que o país se
desenvolva. Os resultados do Brasil poderiam ser ainda melhores, visto que o mesmo é um
país em desenvolvimento, que não somente em termos de educação, como vários outros
setores pode melhorar e muito. Além do que o Brasil mesmo com tantos programas de
incentivo à educação mostrou perante o Níger resultados vergonhosos frente aos inúmeros
desafios de desenvolvimento enfrentados por este último. A Noruega não teve dados
divulgados, mas pode-se notar que a educação por lá é bem estimulada e que o índice de
abandono é baixíssimo, de apenas 0,5%, quase nada.
TABELA 6
FLUXOS FINANCEIROS E MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS
Na tabela 11, os dados apresentados são relativos aos fluxos financeiros e migrações
internacionais em 186 países e territórios do mundo. Analisaremos aqui o comportamento do
Brasil que ocupa hoje a octogésima colocação na classificação do Índice de Desenvolvimento
Humano, o que o configura como país de desenvolvimento humano elevado.
Entre 2007 e 2011, o país teve um IED, que representa o somatório do capital social,
do investimento de receitas e de outros capitais a curto ou a longo prazo, expresso em seu
PIB, de cerca de 2,7 por cento. Enquanto que, no ano de 2010 a ajuda pública ao
desenvolvimento líquida recebida representou 0,0 do Rendimento Nacional Bruto (RNB).
Destarte, os fluxos de capitais privados entre os anos de 2007 e 2011 representaram 4,1% do
Produto Interno Bruto brasileiro, ao mesmo tempo em que nos intermédios dos anos datados,
a entrada de remessas advindas dos processos migratórios caracterizaram valores baixíssimos
de 0,19% e a saída de remessas equivaleu a 0,06%.
O ano de 2012 ficou marcado por os menores saldos de fluxo cambial dos segmentos
financeiro e nacional, em comparação com os anos anteriores. As remessas totais com
exceção do ouro entre 2007 e 2011 foi cerca de 14,1% do PIB brasileiro. Em 2012 os fluxos
de exportação foram reduzidos, juntamente com as remessas físicas.
Tabela 7
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO - 2013
TABELA 8
SAÚDE
Na tabela 08, os dados apresentados são relativos à saúde em 186 países e territórios
do mundo. Nessa tabela o Brasil ocupa a octogésima quinta posição, analisando-se os
indicadores da lacuna entre ricos e pobres; áreas urbanas e rurais; e entre homens e mulheres
de diferentes idades.
Elaboração e organização por: Caio Ferreira Ventura, Gilberto de Almeida Lima Filho,
Ícaro Ferreira de Lima, Igor Henriques Sabino de Farias, Jeniffer Diniz da Silva Leite,
Mariana Barreto, Mércia Cristina Gomes de Araújo, Rebecca Maia Barros, Suellen Patricia
Nascimento e Yona Petrovina Gonçalves Medvedeff.