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Estudo Léxico – Eclesiastes

Acumuladores descontentes
“pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se?”

Eclesiastes 2:25

TEXTO:
Eclesiastes 2.17-26
17Pelo que aborreci a vida, pois me foi penosa a obra que se faz debaixo do sol; sim, tudo é vaidade
e correr atrás do vento.

A vaidade do trabalho
18Também aborreci todo o meu trabalho, com que me afadiguei debaixo do sol, visto que o seu
ganho eu havia de deixar a quem viesse depois de mim.19E quem pode dizer se será sábio ou
estulto? Contudo, ele terá domínio sobre todo o ganho das minhas fadigas e sabedoria debaixo do
sol; também isto é vaidade.20Então, me empenhei por que o coração se desesperasse de todo
trabalho com que me afadigara debaixo do sol.21Porque há homem cujo trabalho é feito com
sabedoria, ciência e destreza; contudo, deixará o seu ganho como porção a quem por ele não se
esforçou; também isto é vaidade e grande mal.22Pois que tem o homem de todo o seu trabalho e da
fadiga do seu coração, em que ele anda trabalhando debaixo do sol?23Porque todos os seus dias são
dores, e o seu trabalho, desgosto; até de noite não descansa o seu coração; também isto é vaidade.
24Nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu

trabalho. No entanto, vi também que isto vem da mão de Deus,25pois, separado deste, quem pode
comer ou quem pode alegrar-se?26Porque Deus dá sabedoria, conhecimento e prazer ao homem
que lhe agrada; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte e amontoe, a fim de dar àquele que
agrada a Deus. Também isto é vaidade e correr atrás do vento.1

ORAÇÃO

1. CONTEXTO:

Eclesiastes não contribui senão indiretamente para o desenvolvimento do propósito histórico de


Deus no Antigo Testamento, pois não contém história em si. O livro serve, todavia, para retratar o
fato do decreto da permissão do mal e a tentativa frequente do homem, como indivíduo, em resolver
e explicar tal problema. A teodiceia de Eclesiastes consiste em demonstrar a impossibilidade
humana de resolver o problema e a necessidade de viver pela fé em um universo onde o Criador
permitiu que o mal existisse até o dia em que Ele vai julgar os justos e os ímpios (3:17).

2. DIVISÃO
I. Demonstrando que os esforços humanos são desprovidos de significado em um mundo que não
traz realização pessoal ao homem (1:2–11).
II. Demonstrando, por meio de sua busca empírica por significado, que o homem não pode derivar
proveito da vida, a não ser que a desfrute sob o temor de Deus (1:12–6:9).

1 Sociedade Bíblica do Brasil. (2003). Almeida Revista e Atualizada, com números de Strong (Ec 2.17–26). Sociedade Bíblica do Brasil.
Estudo Léxico – Eclesiastes
III. Demonstrando que o homem não pode encontrar ou conhecer o significado da vida a não ser
que a desfrute sob o temor de Deus (6:10—11:6).
IV. Exortando seus leitores a desfrutar a vida responsavelmente sob o temor de Deus (11:7 –12:14).

3. PROPÓSITO:

O livro de Eclesiastes compartilha com o livro de Jó uma posição única no cânon, a categoria de
sabedoria especulativa, pois ambos estão ocupados com a busca de uma proposição definitiva com
respeito à natureza da vida. Em tal busca o autor oferece uma apologética para um estilo de vida
teocêntrico em um mundo que perdeu sua racionalidade devido às tentativas humanas de obter
sentido da vida por sua engenhosidade e realização.
O propósito aparente de Eclesiastes, estimular o temor do Senhor como a chave para uma vida
significativa em um mundo que é, em tudo o mais, desprovido de significado, é obtido pela
demonstração da incapacidade humana de obter proveito da vida, isto é, encontrar realização como
indivíduo (1:12– 6:9), e pela demonstração da incapacidade humana de encontrar ou perceber o
sentido da vida (6:10–11:6).

Salomão (Qohelet), ao encerrar sua obra, afirma que “ensinou conhecimento ao povo” (12:9). Seu
propósito parece ter sido didático e estar relacionado a suas exortações finais.
Sua análise dos afazeres do homem levou-o a concluir que o esforço humano, por mais nobre que
seja, não pode dar ao indivíduo realização na vida, que é inapelavelmente deformada pelas muitas
“astúcias” do homem (7:29). Portanto, seu propósito parece ter sido:

Estimular o temor do Senhor como a chave para uma vida significativa em um mundo que é,
em tudo o mais, desprovido de significado.2

4. DESENVOLVIMENTO
II. Desfrutando a vida como um dom de Deus.
Demonstrando, por meio de sua busca empírica por significado, que o homem não pode derivar
proveito da vida, a não ser que a desfrute sob o temor de Deus (1:12–6:9).3

5. ESTUDOS LÉXICOS E VARIANTES TEXTUAIS

Notes for 2:17


74
tn Or “I hated.”
75
tn The term ‫( הַ חַ יִּ ים‬hakhayyim, “life”) functions as a metonymy of association, that is, that
which is associated with life, that is, the profitlessness and futility of human secular achievement.
76
tn Heb “the deed that is done.” The root ‫’( עָשָ ה‬asah, “to do”) is repeated in ‫הַ מַ עשֶׁ ה שֶׁ נַעֲשָ ה‬
(hamma’aseh shenna’asah, “the deed that is done”) for emphasis. Here, the term “deed” does not
refer to human accomplishment, as in 2:1–11, but to the fact of death that destroys any relative
advantage of wisdom over folly (2:14a–16). Qoheleth metaphorically describes death as a “deed”
that is “done” to man.
77
tn Heb “under the sun.”
78
tn Heb “all,” referring here to the relative advantage of wisdom.

Notes for 2:18

2 Pinto, C. O. C. (2006). Foco e Desenvolvimento no Antigo Testamento (p. 565–566). São Paulo: Editora Hagnos.
3 Ibid. 566-570
Estudo Léxico – Eclesiastes
79
tn The phrase “the fruit of” does not appear in the Hebrew text, but is supplied in the
translation for clarity (see the following note on the phrase “hard labor”).
80
tn Heb “I hated all my toil for which I had toiled.” The term ‫’( עמָ לִּ י‬amali, “my toil”) is
repeated throughout 2:18–21. In each case, it functions as a metonymy of cause (i.e., toil) for effect
(i.e., fruit of labor). See, e.g., Ps 105:44; BDB 765 s.v ‫ ָעמַ ל‬3. The metonymy is indicated by several
factors: (1) The 3rd person masculine singular suffix (“it”) on ‫’( אַ נִּ יחֶׁ נּו‬annikhennu, “I must leave
it”) in 2:18, and on ‫( יִּ ְּתנֶׁנּו‬yitténennu, “I must give it”) in 2:21 refer to his wealth, that is, the fruit
of his labor. (2) In 2:21 the 3rd person masculine singular suffix on ‫( שֶׁ ל ֹּא ָעמַ ל־ּבֹו‬shello’ ’amal-
bo, “who did not work for it”) refers to the inheritance that Qoheleth must turn over to his successor,
namely, the fruit of his labor. (3) While he himself enjoyed the fruit of his labor, he despaired that
he had to turn the fruit of his labor over to his successor: “So I loathed all the [fruit of] my labor”
(2:18a) and “I began to despair about the [fruit of] my labor” (2:20a). Although most translations
render ‫ עמָ לִּ י‬as “my toil” in 2:18, the metonymy is recognized by several English translations: “So
I hated all the fruit of my labor for which I had labored” (NASB); “So I detested all the fruits of
my labor” (NAB); “I hated all the things I had toiled for” (NIV); and “So I loathed all the wealth
that I was gaining” (NJPS).
81
tn Qoheleth uses an internal cognate accusative construction (accusative noun and verb from
the same root) for emphasis: ‫’( עמָ לִּ י שֶׁ אנִּ י ָעמֵ ל‬amali she’ani ’amel, “my toil for which I had
toiled”). See IBHS 167 §10.2.1g.
82
tn Heb “under the sun.”
83
tn The relative pronoun ֲֶׁ‫( ש‬she) on ‫( שֶׁ אַ נִּ יחֶׁ נּו‬she’annikhennu, relative pronoun ֲֶׁ‫ ש‬+ Hiphil
imperfect 1st person common singular from ֲַ‫נּוח‬, nuakh, “to leave” + 3rd person masculine singular
suffix) is causal: “Because I must leave it behind.”
84
tn The 3rd person masculine singular suffix on ‫’( אַ נִּ יחֶׁ נּו‬annikhennu, “I must leave it”) refers
to Qoheleth’s wealth, that is, the fruit of his labor (see the note on the phrase “hard labor” in 2:18).
The suffix is rendered literally by nearly all translations; however, a few make its referent explicit:
“I have to leave its fruits” (NEB), “I must leave them [= all the fruits of my labor]” (NAB).
85
tn The verb ֲַ‫( נּוח‬nuakh, “to rest”) denotes “to leave [something] behind” in the hands of
someone (e.g., Ps 119:121; Eccl 2:18); see HALOT 680 s.v. ‫ נוח‬B.2.c. The imperfect functions in
a modal sense of obligation or necessity. At death, Qoheleth will be forced to pass on his entire
estate and the fruit of his labors to his successor.
86
tn Heb “to a man who will come after me.”

Notes for 2:19


87
tn The vav on ‫( וְּ יִּ ְּשלַט‬véyishlat, conjunction + Qal imperfect 3rd person masculine singular
from ‫שָ לַט‬, shalat, “to be master”) is adversative (“yet”).
88
tn The phrase “the fruit of” does not appear in the Hebrew text, but is supplied in the
translation for clarity (see the following note on the word “labor”).
89
tn Heb “my labor.” As in 2:18, the term ‫’( עמָ לִּ י‬amali, “my labor”) is a metonymy of cause
(i.e., my labor) for effect (i.e., fruit of my labor). The metonymy is recognized by several
translations: “he will control all the wealth that I gained” (NJPS); “he will have control over all the
fruits of my labor” (NAB); “he will have mastery over all the fruits of my labor” (NEB); “he will
have control over all the fruit of my labor” (NASB); “he will be master over all my possessions”
(MLB).
Estudo Léxico – Eclesiastes
90
tn An internal cognate accusative construction (accusative and verb from same root) is used
for emphasis: ‫’( שֶׁ ָעמַ לְּ ִּתי עמָ לִּ י‬amali she’amalti, “my toil for which I had toiled”); see IBHS 167
§10.2.1g. The two verbs ‫( שֶׁ ָעמַ לְּ ִּתי וְּ שֶׁ חָ כ ְַּמ ִּתי‬she’amalti véshekhakhamti, “for which I had labored
and for which I had acted wisely”) form a verbal hendiadys (two separate verbs used in association
to communicate one idea): “for I had labored so wisely.” The second verb is used adverbially to
modify the first verb, which functions in its full verbal sense.
91
tn Heb “under the sun.”

Notes for 2:20


92
tn Heb “I turned aside to allow my heart despair.” The term ‫( לִּ ּבִּ י‬libbi, “my heart”) is a
synecdoche of part (i.e., heart) for the whole (i.e., whole person); see E. W. Bullinger, Figures of
Speech, 648.
93
tn The phrase “the fruit of” does not appear in the Hebrew text, but is supplied in the
translation for clarity (see the following note on the word “labor”).
94
tn Heb “all my toil.” As in 2:18–19, the term ‫’( עמָ לִּ י‬amali, “my labor”) is a metonymy of
cause (i.e., my labor) for effect (i.e., the fruit of my labor). The metonymy is recognized by several
translations: “all the fruits of my labor” (NAB); “all the fruit of my labor” (NASB); “all the gains
I had made” (NJPS).
95
tn Here the author uses an internal cognate accusative construction (accusative noun and
verb from the same root) for emphasis: ‫( שֶׁ ָעמַ לְּ ִּתי הֶׁ ָעמָ ל‬he’amal she’amalti, “the toil for which I
had toiled”); see IBHS 167 §10.2.1g.
96
tn Heb “under the sun.”

Notes for 2:21


97
tn Heb “he must give.” The 3rd person masculine singular suffix on ‫( יִּ ְּתנֶׁנּו‬yitténennu, Qal
imperfect 3rd person masculine singular from ‫נָתַ ן‬, natan, “to give” + 3rd person masculine singular
suffix) refers back to ‫’( עמָ לֹו‬amalo, “his labor”) which is treated in this line as a metonymy of
cause for effect, that is, “he must give it” = “he must give his labor” = “he must give the fruit of
his labor.”
sn As in 2:18–19, Qoheleth laments the injustice that a person who works diligently in wisdom
must one day hand over the fruit of his labor (i.e., his fortune and the care of his achievements) to
his successor. There is no guarantee that one’s heir will be wise and be a good steward of this
wealth, or be foolish and squander it—in which case, the former man’s entire life’s work would be
in vain.
98
tn Heb “it”; the referent (“the fruit of his labor”) has been specified in the translation for
clarity.
99
tn Or “he must turn over an inheritance”; or “he must turn it over, namely, an inheritance.”
There are two approaches to the syntax of ‫( חֶׁ לְּ קֹו‬khelqo, “his inheritance”): (1) The 3rd person
masculine singular suffix is a subjective genitive: “his inheritance” = the inheritance which he must
give to his heir. The referent of the 3rd person masculine singular suffix is Qoheleth in 2:21a who
worked hard to amass the fortune. The noun ‫( חֵ לֶׁק‬kheleq, “inheritance”) functions as an adverbial
accusative of state (GKC 372 §118.a) or a predicate accusative (R. J. Williams, Hebrew Syntax,
12–13, §57): “He must give it [i.e., his fortune] as an inheritance.” (2) The 3rd person masculine
singular suffix is an objective genitive: “his inheritance” = the inheritance which the heir will
receive from Qoheleth. The referent of the 3rd person masculine singular suffix is the heir in 2:21b.
The noun ‫“( חֵ לֶׁק‬inheritance”) functions as the accusative direct object in apposition (R. J.
Williams, Hebrew Syntax, 15–16, §71) to the 3rd person masculine singular suffix on ‫יִּ ְּתנֶׁנּו‬
Estudo Léxico – Eclesiastes

(yitténennu, “he must give it”; Qal imperfect 3rd person masculine singular from ‫נָתַ ן‬, natan, + 3rd
person masculine singular suffix): “He must give it, namely, his inheritance, to one who did not
work for it.”
100
tn The noun ‫( ָרעָה‬ra’ah, “evil”) probably means “misfortune” (HALOT 1263 s.v. ‫ ָרעָה‬4)
or “injustice; wrong” (HALOT 1262 s.v. ‫ ָרעָה‬2.b). The phrase ‫( ָרעָה ַרּבָ ה‬ra’ah rabbah) connotes
“grave injustice” or “great misfortune” (e.g., Eccl 2:17; 5:12, 15; 6:1; 10:5). It is expressed well
as: “This too is … a great misfortune” (NAB, NIV, MLB) and “utterly wrong!” (NEB).
sn Verses 18–21 are arranged into two sub-units (2:18–19 and 2:20–21). Each contains a
parallel structure: (1) Introductory lament: “I hated all my toil” and “I began to despair about all
my toil.” (2) Reason for the lament: “I must turn over the fruit of my labor to the hands of my
successor” and “he must hand over the fruit of his work as an inheritance.” (3) Description of
successor: “who knows whether he will be a wise man or a fool?” and “he did not work for it.” (4)
Concluding statement: “This also is fruitless!” and “This also is profitless and an awful injustice!”

Notes for 2:22


101
tn Heb “under the sun.” The rhetorical question is an example of negative affirmation,
expecting a negative answer: “Man acquires nothing” (see E. W. Bullinger, Figures of Speech,
949–51).

Notes for 2:23


102
tn Heb “all his days.”
103
tn The syntax of this verse has been interpreted in two different ways: (1) The phrase “all
his days” (‫כָל־יָמָ יו‬, khol-yamayv) is the subject of a verbless clause, and the noun “pain” (‫מַ כְּ אֹּ בִּ ים‬,
makh’ovim) is a predicate nominative or a predicate of apposition (see R. J. Williams, Hebrew
Syntax, 15–16, §71). Likewise, the noun “his work” (‫עִּ נְּ יָנֹו‬, ’inyano) is the subject of a second
verbless clause, and the vexation” (‫ ַכעַס‬, kha’as) is a predicate nominative: “All his days are pain,
and his work is vexation.” (2) The noun “his work” (‫ )עִּ נְּ יָנֹו‬is the subject of both nouns, “pain and
vexation” (‫מַ כְּ אֹּ בִּ ים‬
‫ ָו ַכ ַעס‬, makh’ovim vakha’as), which are predicate nominatives, while the
phrase “all his days” (‫ )כָל־יָמָ יו‬is an adverbial accusative functioning temporally: “All day long,
his work is pain and vexation.” The latter option is supported by the parallelism between “even at
night” and “all day long.” This verse draws out an ironic contrast/comparison between his physical
toil/labor during the day and his emotional anxiety at night. Even at night, he has no break!
104
tn Heb “his heart (i.e., mind) does not rest.”

Notes for 2:24


105
tn The preposition ְֲּ‫( ּב‬bet) on ‫( ּבָ אָ דָ ם‬ba’adam) has been taken in two ways: (1) locative
with ‫( טֹוב‬tov, “good”) in reference to man’s moral nature: “There is nothing [inherently] good in
man.” (2) advantage with ‫“( טֹוב‬good”) in reference to the enjoyment theme of 2:24–26: “There is
nothing better for a man than …” (this assumes a comparative ‫ ִּמן‬, min, on ‫ ִּמשֶׁ י ֹּאכַל‬,
misheyyo’khal); see text critical note on the word “than” below). The latter is preferred for two
reasons: (1) The preposition ְֲּ‫ ּב‬is used with a similar idiom in 3:12 in collocation with the particle
phrase ‫( ִּאם … כִּ י‬ki … ’im, “except”): “There is nothing better … than to rejoice/be happy” (NASB,
NIV). (2) The theme of 2:1–26 focuses on the futility of human toil, concluding that the only real
reward that man has in his labor is to find enjoyment in it (e.g., 2:10, 24–26). The section says
nothing about man’s inherent sinful nature.
106
tn Heb “man.”
Estudo Léxico – Eclesiastes
107
tc The MT reads ‫( שֶׁ י ֹּאכַל‬sheyyo’khal, “that he should eat”; Qal imperfect 3rd person
masculine singular from ‫אָ כַל‬, ’akhal, “to eat,” with relative pronoun ֲֶׁ‫ש‬, she, “that”). However, the
variant textual tradition of ‫( ִּמשֶׁ י ֹּאכַל‬misheyyo’khal, “than he should eat” (comparative preposition
‫ ִּמן‬, min, “than” + Qal imperfect 3rd person masculine singular from ‫“ אָ כַל‬to eat”) is reflected in
the LXX, Coptic, Syriac, Aramaic Targum, Old Latin, and Jerome. The textual error, an example
of haplography, arose from a single writing of ‫( ם‬mem) from ‫( ּבָ אָ דָ ם ִּמשֶׁ י ֹּאכַל‬ba’adam
misheyyo’khal). The same idiom appears in the expanded form ‫ ִּאם … כִּ י‬followed by ‫טֹוב … אֵ ין‬
(’en tov … ki ’im, “there is nothing better for man than …”) in Eccl 3:12; 8:15.
108
tn Heb “to cause his soul to see good.” The idiom ‫( ָראָ ה טֹוב‬ra’ah tov, “to see good”) is a
metonymy of association, meaning “to find enjoyment” (e.g., 3:13; 5:17; 6:6). In 3:12–13 and
5:17–18 it is in collocation and/or parallelism with ְֲּ‫( ּב‬bet) + ‫( שָ מַ ח‬samakh, “to rejoice in,” or “to
find satisfaction or pleasure in” something). Here, it is used in collocation with ‫( חּוש‬khush, “to
enjoy”). The term ‫( נַפְּ שֹו‬nafsho, “his soul”) is a metonymy of part (i.e., soul) for the whole (i.e.,
whole person), e.g., Num 23:10; Judg 16:30; Pss 16:10; 35:13; 103:1 (see E. W. Bullinger, Figures
of Speech, 640–41).
109
tn Heb “his.”
110
tn The phrase “ability to find enjoyment” is not in the Hebrew text, but is supplied in the
translation for clarity.
111
tn Heb “is from the hand of God.”
sn The phrase “from the hand of God” is an anthropomorphism (depicting God, who is an
invisible spirit, in the form of man with hands) or anthropopatheia (depicting God performing
human-like actions). The “hand of God” is a figure often used to portray God’s sovereign
providence and benevolence (see E. W. Bullinger, Figures of Speech, 878). The phrase “the hand
of God” is often used to connote the favor or grace of God (2 Chr 30:12; Ezra 7:9; 8:18; Neh 2:8,
18; see BDB 390 s.v. ‫ יָד‬1.e.2).

Notes for 2:25


112
tn Heb “For who can …?” The rhetorical question is an example of negative affirmation,
expecting a negative answer: “No one can!” (see E. W. Bullinger, Figures of Speech, 949–51).
113
tn The phrase “and drink” is not in the Hebrew text, but is supplied in the translation for
stylistic harmonization with v. 24.
114
tn The verb II ‫( חּוש‬khush, “to enjoy”) is a hapax legomenon which BDB defines as “to
feel; to enjoy [with the senses]” on the basis of the context, and the cognates: Arabic “to feel; to
perceive [by senses]”; Aramaic ‫“ חוש‬to feel pain,” and New Hebrew ‫“ חוש‬to feel pain” (BDB
‫)חֹּ ּוש‬. HALOT relates the Hebrew root to Akkadian havavu “to be delighted with”
301 s.v. II
(HALOT 300 s.v. II ‫ חוש‬1). The Vulgate renders this term as “to enjoy.” The Greek versions (LXX,
Theodotion) and the Syriac Peshitta, however, did not understand this hapax; they rendered it as
“to drink,” making some sense of the line by filling out the parallelism “to eat [and drink]” (e.g.,
Eccl 8:15).
115
tc The MT reads ‫( ִּממֶׁ נִּ י‬mimmenni, “more than I”). However, an alternate textual tradition
of ‫( ִּממֶׁ נּו‬mimmennu,“apart from him [= God]”) is preserved in several medieval Hebrew MSS, and
is reflected in most of the versions (LXX, Syriac, Syro-Hexapla, and Jerome). The textual deviation
is a case of simple orthographic confusion between ‫( י‬yod) and ‫( ו‬vav) as frequently happened, e.g.,
MT ‫( צו לצו צו לצו‬tsv ltsv tsv ltsv) versus 1QIsaa 28:10 ‫( צי לצי צי לצי‬tsy ltsy ts ltsy); see P. K.
Estudo Léxico – Eclesiastes
McCarter, Jr., Textual Criticism, 47. It is difficult to determine which reading is original here. The
MT forms a parenthetical clause, where Qoheleth refers to himself: no one had more of an
opportunity to experience more enjoyment in life than he (e.g., 2:1–11). The alternate textual
tradition is a causal clause, explaining why the ability to enjoy life is a gift from God: no one can
experience enjoyment in life “apart from him,” that is, apart from “the hand of God” in 2:24. It is
possible that internal evidence supports the alternate textual tradition. In 2:24–26, Qoheleth is not
emphasizing his own resources to enjoy life, as he had done in 2:1–11; but that the ability to enjoy
life is the gift of God. On the other hand, the Jerusalem Hebrew Bible project retains the MT
reading with a “B” rating; see D. Barthélemy, e.d., Preliminary and Interim Report on the Hebrew
Old Testament Text Project, 3:570. The English versions are split on the textual problem: a few
retain MT ‫“( ִּממֶׁ נִּ י‬more than I”), e.g., KJV, ASV, YLT, Douay, NJPS, while others adopt the
alternate reading ‫ ִּממֶׁ נּו‬, “apart from him” (NEB, NAB, MLB, NASB, RSV, NRSV, NIV, Moffatt).

Notes for 2:26


116
tn Heb “for to a man who is good before him.”
117
sn The phrase the task of amassing wealth (Heb “the task of gathering and heaping up”)
implicitly compares the work of the farmer reaping his crops and storing them up in a barn, to the
work of the laborer amassing wealth as the fruit of his labor. However, rather than his storehouse
being safe for the future, the sinner is deprived of it.
118
tn The word “wealth” does not appear in the Hebrew text, but is supplied in the translation
for clarity.
119
sn The three-fold repetition of the Hebrew word translated “give” in the first part of this
verse creates irony: God “gives” the righteous the ability to prosper and to find enjoyment in his
work; but to the wicked He “gives” the task of “giving” his wealth to the righteous.
120
tn The word “it” (an implied direct object) does not appear in the Hebrew text, but is
supplied in the translation for clarity.
121
tn The antecedent of the demonstrative pronoun ‫( זֶׁה‬zeh, “this”) is debated: (1) Some refer
it to the enjoyment which Qoheleth had just commended in 2:24–26. However, this is inconsistent
with the enjoyment theme found elsewhere in the book. It also ignores the fact that 2:24–26 states
that such enjoyment is a good gift from God. (2) Others refer it to the term “toil” ( ‫ ָעמָ ל‬, ’amal)
which is repeated throughout 2:18–26. However, Qoheleth affirmed that if one is righteous, he can
find enjoyment in his toil, even though so much of it is ultimately futile. (3) Therefore, it seems
best to refer it to the grievous “task” (‫עִּ נְּ יָן‬, ’inyan) God has given to the sinner in 2:26b. Consistent
with the meaning of ‫( הֶׁ בֶׁ ל‬hevel, “futile; profitless; fruitless”), 2:26b emphasizes that the “task” of
the sinner is profitless: he labors hard to amass wealth, only to see the fruit of his labor given away
to someone else. The righteous man’s enjoyment of his work and the fruit of his labor under the
blessing of God (2:24–26a) is not included in this.
122
tn The phrase “task of the wicked” does not appear in the Hebrew text, but is supplied in
the translation for clarity.4

6. TRADUÇÃO

ֲָ ‫ת־הַ֣חַ ִּ֔ ִּיים ִּ ַ֣כי ַ ַ֤רע עָ לַיֲ ַ ַֽהמַ עשִֶּׁ֔ ה שֶׁ נַע‬
‫שה ַ ַ֣תחַ ת הַ ָ ָּׁ֑שמֶׁ ש ִּ ַֽכי־הַ ֹּ֥ ֹּכל ֶׁהבֶׁ ל ּו ְּרעֹּ֥ ּות ַֽרּוחַ ׃‬ ַ ֶׁ‫אתיֲ א‬
ִּ ‫ֲ ֲוְּ שָ ֵֵ֨נ‬12
‫יחנּו לָאָ ָדם שֶׁ יִּ הְּ יֶׁ ֹּ֥ה אֲַח ָ ַֽרי׃‬
ֶׁ ִּ֔ ִּ‫ַ֤אתי אנִּ יֲ אֶׁ ת־כָל־עמָ לִִּּ֔ י שֶׁ א ִּנֹּ֥י ָע ֵמל ַ ַ֣תחַ ת הַ ָ ָּׁ֑שמֲֶׁש ֶׁ ַ֣שאַ נ‬
ַֽ ִּ ֵ‫ֲוְּ שָ נ‬ 18

4Biblical Studies Press. (2006). The NET Bible First Edition Notes (Ec 2.17–26). Biblical Studies
Press.
Estudo Léxico – Eclesiastes

‫יֹוד ֲַע ֶׁ ַֽהחָ כָ ַ֤ם יִּ הְּ יֶׁהֲ ַ֣אֹו סָ ִָּ֔כל וְּ יִּ ְּשלַטֲ ּבְּ כָל־עמָ לֲִִּּ֔י ֶׁ ַֽש ָע ַ ֹּ֥מלְּ ִּתי וְּ שֶׁ חָ כַ ְּמ ִּתי ַ ַ֣תחַ ת הֲַ ָ ָּׁ֑שמֶׁ ש גַם־זֶׁ ה‬
ֵ ֵ֗ ‫ּומי‬ ַ֣ ִּ ֲ 19
‫ָ ַֽהבֶׁ ל׃‬
‫ָל־ה ָע ִּ֔ ָמל שֶׁ ָע ַמלְֲּ ִּתי ַ ֹּ֥תחַ ת הַ ָ ַֽשמֶׁ ש׃‬
ֲֶַׁ֣ ‫ֹותי א ִּני לְּ י ֵ ַַ֣אש אֶׁ ת־לִּ ִּ ָּּׁ֑בי עַַ֚ ל כ‬
ַֽ ִּ ‫ֲוְּ סַ ֹּּ֥ב‬ 20

‫ֲכִּ י־יֵ ַ֣ש אָ ֵ֗ ָדם שֶׁ עמָ לֹ֛ ו ּבְּ חָ כְּ ָ ֹּ֥מה ּובְּ ַד ַעת ּובְּ כִּ ְּש ָּׁ֑רֹון ּולְֲּאָ ָ֞ ָדם שֶׁ ַ֤ל ֹּא ָ ַֽעמַ ל־ּבֹוֲ יִּ ְּתנֶׁ ַ֣נּו חֶׁ לְֲּקִֹּּ֔ ו גַם־זֶׁ ֹּ֥ה‬ 21
‫ֶׁהבֶׁ ל וְּ ָרעָ ֹּ֥ה ַר ָ ַּֽבה׃‬
‫ֲכִִּּ֠ י ֶׁ ַֽמה־הֹּ וֶׁ ַ֤ה ָ ַֽלאָ דָ םֲ ּבְּ כָל־עמָ ִּ֔לו ּובְּ ַרעְּ יֹון לִּ ּבָֹּּׁ֑ ו שֶׁ ֹּ֥הּוא ָע ֵמל ַ ֹּ֥תחַ ת הַ ָ ַֽשמֶׁ ש׃‬ 22

‫ֲ ִּ ִּ֧כי כָל־י ָ ַָ֣מיו מַ כְּ אֹּ ִֵּ֗בים ָו ֵַ֨כעַ סֲ עִּ נְּ ָי ִֹּּ֔נו גַם־ּבַ לַ יְּ לָה ל ֹּא־שָ כַ ַ֣ב לִּ ּבָֹּּׁ֑ ו גַם־זֶׁ ה ֶׁהֹּ֥בֶׁ ל ַֽהּוא׃‬ 23

‫יתי ִּ֔ ָאנִּ י ִּ ֲֹ֛כי ִּמיַ ֹּ֥ד‬


ִּ ‫ין־טֹוב ּבָ אָ דָ םֲ שֶׁ י ֹּאכַ ַ֣ל וְּ שָ ִּ֔ ָתה וְּ הֶׁ ְּר ָ ִּ֧אה אֶׁ ת־נַפְּ שֹֹּ֛ ו טֹוב ּבַ עמָ לָּׁ֑ ו גַם־זֹּ הֲ ָר ִּ ַ֣א‬
ַ֤ ‫ֲ ֵ ַֽא‬ 24
‫ֱלהים ִּ ַֽהיא׃‬ ִּ ‫הָ א‬
‫ּומי יָחּוש ֹּ֥חּוץ ִּמ ֶׁ ַֽמנִּ י׃‬
ֹּ֥ ִּ ‫ֲ ִּ ַ֣כי ִּ ֹּ֥מי י ֹּאכַ ֹ֛ל‬ 25

ֲ‫ם שֶׁ ַ֣טֹוב לְּ ָפ ִָּ֔ניו נ ַ ָֹ֛תן חָ כְּ ָ ֹּ֥מה וְּ ַד ַעת וְּ ִּש ְּמ ָחָּׁ֑ה וְּ לַחֹוטֶׁ אֲ נ ֵ֨ ַָתן עִּ נְּ ָָ֜ין ֶׁל ֱא ַ֣סֹוף וְּ לִּ כְּ נֵ֗ ֹוס לָתֵ ת‬ ֲ ָ‫ֲ ִּ ַ֤כי לְּ אָ ד‬ 26
5‫ּורעֹּ֥ ּות ַֽרּוחַ ׃‬ ְּ ‫להים גַם־זֶׁ ֹּ֥ה ֶׁהבֶׁ ל‬ ִִּּ֔ ֱ‫לְּ טֹובֲ לִּ פְּ נֵ ַ֣י ָ ַֽהא‬

7. VERSÕES e PARÁFRASES
RA/RC/NTLH/NVT

8. DIVISÃO DA UNIDADE TEXTUAL:


III. Primeira investigação – A busca empírica de Qohelet por significado demonstra que o
homem não pode extrair proveito da vida a não ser que a desfrute sob o temor de Deus (1:12–
6:9).
IV. Segunda investigação – A busca empírica de Qohelet por significado demonstra que o
homem não pode encontrar ou conhecer o significado da vida a não ser que a desfrute sob o
temor de Deus (6:10–11:6).
V. Conclusão – A vida deve ser desfrutada responsavelmente sob o temor a Deus (11:7–12:14).

9. SENTENÇA EXEGÉTICA:

Todo esforço humano é desprovido de significado se a vida não for vivida como uma dádiva
a ser desfrutada sob o temor de Deus, não como um enigma a ser resolvido.6

11. BIBLIOGRAFIA:

Comentários Exegéticos e Expositivos


Software Logos 5

Comentários Expositivos e Devocionais

5 Biblia Hebraica Stuttgartensia: with Werkgroep Informatica, Vrije Universiteit Morphology; Bible. O.T. Hebrew. Werkgroep Informatica, Vrije
Universiteit. (2006). (Ec 2.17–26). Logos Bible Software.
6 Pinto, C. O. C. (2006). Foco e Desenvolvimento no Antigo Testamento (p. 571). São Paulo: Editora Hagnos.
Estudo Léxico – Eclesiastes
MacDonald, Comentário Bíblico Popular. São Paulo, Mundo Cristão
Wiersbi W.W., Comentário Expositivo, Geográfica

Suplementos
Pinto, C.O.C, Foco e desenvolvimento do Novo Testamento. São Paulo. Editora Hagnos.
Strong, J. (2002; 2005). Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Sociedade Bíblica do Brasil.

12. ESBOÇO DO SERMÃO:

TEXTO
Eclesiastes 2:17-26

LEITURA PRÉVIA
Filipenses 4.10-20; Mateus 6

SENTENÇA HOMILÉTICA
As bênçãos comuns a todos os homens assumem uma nova dimensão à medida que são seladas
com a boa mão de Deus sobre as nossas vidas.

INTRODUÇÃO v.12

Incapaz de encontrar satisfação na sabedoria ou prazer, o Pregador se volta para o mundo do


trabalho, em busca de "satisfação no trabalho".

Vida na esteira (v. 17)

Por que ele está enojado com a vida? Por causa da aparente moagem inútil de tudo isso. O filósofo
francês Cioran escreve com o ar trágico e desesperado de alguém com uma mentalidade sob o sol:
"Afligidos pela existência, cada homem suporta como um animal as consequências que provêm
dela.

Seu ódio também é um produto de seu coração pecaminoso natural - foi despertado nele através de
sua contínua busca pelo sentido da vida sem Deus. Isso revela a loucura final de sua posição. Ele
é pego em uma esteira - odiando a vida, mas com medo de morrer (v. 18).

METODOLOGIA EXPOSITIVA

SI. O Pregador está encontrando o mesmo problema durante toda a sua investigação. Por mais
promissora que cada área se mostre em cumprir seu desejo de significado e propósito, é sempre
levada a uma conclusão fútil e abrupta pela morte. Por que eu trabalho?

A questão não é o trabalho em si. Mas minha motivação em trabalhar. E isso varia muito.

ST. A área governada por essa passagem não é diferente, pois ele encontra duas características
contrastantes à medida que se lança em seu trabalho.

DESENVOLVIMENTO

I. O acúmulo leva ao descontentamento (v. 18-23)


Estudo Léxico – Eclesiastes
O pregador trabalhou muito e muito para ganhar muitas coisas ao longo de sua vida. Ele agora
reconhece a futilidade de tudo isso.
O trabalho pode se tornar uma coisa consumidora. Leva o nosso tempo, nossa energia e nosso
interesse. Para alguns, pode ser motivado por um desejo de contribuir para o bem-estar dos outros
- mas há aqueles que acreditam que seja o único meio pelo qual eles podem ganhar posição e
respeito.
Quaisquer que sejam nossos motivos não-materialistas para o trabalho, é um fato gritante da
vida que todos nós temos que ganhar a vida. A dificuldade é quando dizer "Basta" e voltar nossa
atenção para coisas mais importantes - nossa adoração e serviço para Deus, nossas famílias, amigos
e descanso.

O trabalho é uma demanda sem fim (v. 18-22)

Ensino
É difícil fazer isso em uma sociedade voltada para realizações materiais e sociais. Somos instados
a adquirir mais e nossa natureza aquisitiva, muitas vezes grita um alto "Amém". Jesus alertou sobre
isso quando disse: "Você não pode servir a Deus e às riquezas" (Mt 6:24). É interessante observar
como ele dá ao materialismo um status divino! Martyn Lloyd-Jones fala da "demanda totalitária"
que essas coisas fazem sobre nós.
Ele continua dizendo: "Como elas tendem a agarrar toda a personalidade e nos afetam em todos os
lugares! Elas exigem toda nossa devoção; elas querem que vivamos absolutamente para elas”. Essa
visão poderosa dos perigos do materialismo não é exclusiva dos cristãos evangélicos. A ganância
é a consequência natural do materialismo.

Ilustração
O psicoterapeuta humanista Erich Fromm descreve-o como "um poço sem fundo que esgota a
pessoa em um esforço infinito para satisfazer a necessidade sem jamais alcançar a satisfação.
Alguém comparou a busca das riquezas do mundo à coleta de nozes. As roupas rasgam-se para
obtê-las, os dentes se quebram ao mastigá-las e o estômago nunca é preenchido ao comê-las.

Aplicação
Este é o sofrimento de todos que estão nas garras do materialismo. Infelizmente, há cristãos que se
tornaram tão envolvidos em seu trabalho - por razões materialistas ou outras - que perderam o senso
de prioridade e perderam a alegria que conheciam. Ao perseguir essa avenida de significado e
propósito, o pregador descobriu que isso é verdade.

À luz disso, o que pode ser obtido por acumular coisas? Mesmo se pudéssemos dizer "o suficiente",
o que ganharíamos no final? Como sempre, Jesus bate o martelo na parábola do rico tolo (Lucas
12: 16-21). Aqui está um homem que parece mais do que satisfeito com seus trabalhos - até mesmo
ecoando as palavras do pregador: "coma, beba e seja feliz" - mas sua autossatisfação é meramente
uma trágica ilusão porque Deus exigirá sua alma naquela mesma noite! "Então", diz Jesus, "E,
então, quem ficará com o fruto do seu trabalho?" (Lucas 12:20).

Isso nos leva à próxima conclusão do Pregador.

Você não pode levar nada com você (vv. 21-23)

Ensino
O que acontecerá com o seu trabalho e riqueza quando você deixar para trás? Após a morte de
Salomão, seu filho, Roboão, herdou tudo o que o rei havia trabalhado. Mas ele não tinha a sabedoria
Estudo Léxico – Eclesiastes
do pai, então o poder e a riqueza logo se dissiparam. Em uma escala menor, vemos repetidamente
isso se repetir outras vezes.

Aplicação
Há incontáveis histórias de viúvas, viúvos, filhos e filhas herdando negócios que amorosa e
sacrificialmente foram construídos pelo trabalho de um homem ou uma mulher, apenas para ver
todo o edifício destruído em um curto período devido à incompetência, irresponsabilidade, falta de
interesse ou simplesmente em ter outras prioridades.

"Sim, é loucura acumular riquezas terrenas e não ser rico para com Deus". Lucas 12.21

II. O contentamento leva a alegria (vs. 24-26)

Esses versículos indicam um ponto de virada na perspectiva niilista desesperadora do pregador.


Embora sua conclusão final seja a mesma, ele introduz duas admissões impressionantes que
mostram que seu cinismo original sobre a vida não ter nenhum significado e propósito é falho.

Em primeiro lugar, ele olha acima do sol. Deus, que é mencionado no capítulo 1:13, agora se torna
um fator na equação.

Em segundo lugar, ele admite que é possível encontrar alegria sob o sol. O primeiro ponto permite
o segundo. Podemos ver isso claramente quando olhamos para a passagem com mais detalhes.
Uma nova perspectiva (v. 24-25)
Na seção anterior, ele está preocupado com a aquisição - uma vida voltada para reunir para si toda
a alegria possível alcançável nesta terra - neste caso particular, a alegria obtida do fruto do trabalho
de uma pessoa. Tendo abandonado isso como fútil, ele agora assume a posição oposta e
simplesmente aceita a vontade de Deus. Aqui está uma nota esperançosa na escuridão.
Nós vemos uma série de contrastes com o que ele disse antes.
O problema não está nas coisas, mas no pensamento.
Ele agora admitiu que o que ele havia encontrado anteriormente sem sentido era "da mão de Deus"
(v. 24), e ele começa a ver as coisas sob uma luz diferente. Embora ele ainda esteja longe de estar
fora da escuridão, ele revela que há raios de luz aparecendo.
Quando as bênçãos desta vida são vistas como produtos de nosso próprio trabalho, elas são frágeis.
Quando os vemos como sendo da mão de Deus, eles assumem uma nova dimensão.
Eles ficarão despojadas de sua vulnerabilidade e nós não ficamos com medo de perdê-las.
De fato, o próprio ato de concordar com a vontade de Deus, e regozijar-se com o que ele escolheu
nos conceder, nos permite desfrutar das bênçãos materiais de uma maneira que nunca fizemos
antes.
Como o escritor de hinos coloca:

O céu acima é mais azul,


A terra ao redor é mais verde;
Algo vive em todos os matizes;
Os olhos sem Cristo nunca viram;
Estudo Léxico – Eclesiastes
Pássaros com músicas mais felizes fluem,
Flores com belezas mais profundas brilham,
Desde que eu sei, como agora eu sei,
Eu sou dele e ele é meu.

Nós vemos a mudança no pensamento do pregador pela maneira em que ele fala de sabedoria e
conhecimento.
Anteriormente, ele se referiu a eles como algo adquirido - "Eu alcancei ... e ganhei" (1:16). Agora
ele reconhece que eles são um presente de Deus (v. 26).
Ao fazê-lo, ele destaca a diferença entre as duas perspectivas. Anteriormente, a sabedoria lhe trouxe
muita tristeza, e o conhecimento só aumentou sua tristeza. Agora ele adota a visão oposta - a
sabedoria e ao conhecimento agora lhe acrescentam dão alegria!
Uma nova posição (v. 26)
Existem dois fatores que compõem a nova posição do pregador.
Seja o que for que o Pregador signifique, uma perspectiva bíblica geral nos mostra que a única
maneira certa e certa de agradar a Deus e realmente desfrutar de suas bênçãos é entrar em um
relacionamento vivo com ele!
Em primeiro lugar, ele vê a mão dominadora de Deus em tudo. Ele está ciente da soberania de
Deus ao dar alegria ao lado dos benefícios materiais que ele concede aos homens.
Em segundo lugar, ele reconhece o abismo entre o homem que é bom e o homem que é pecador.
É difícil saber exatamente o que ele quer dizer com isso. Ele está simplesmente se referindo à
soberania de Deus no assunto, ou ele está escrevendo sobre aqueles que são simplesmente bons ou
maus em sua atitude para com tal bênção? Existem aqueles que veem a vida com uma dimensão
total "sob o sol" - enquanto outros olham para o temporal e veem a mão de um Criador trabalhando
no mundo. Ao fazê-lo, eles agradam a Deus e desfrutam de sua bênção no processo?
"Sem fé é impossível agradá-lo, pois quem vem a Deus deve crer que é e que é galardoador
daqueles que o buscam diligentemente" (Hb 11:6).

CONCLUSÃO
As bênçãos comuns a todos os homens assumem uma nova dimensão à medida que são seladas
com a Sua graça.
Isso é exemplificado pela exortação de Paulo: "Portanto, se você come ou bebe, ou o que quer
que faça, faça tudo para a glória de Deus" (1Co 10:31).
O pecador não sabe nada disso. Sua vida é uma rodada interminável de aquisições, sem nunca
verdadeiramente ganhar seu trabalho.
De fato, o pregador mostra que até mesmo seus trabalhos são direcionados para o bem dos
piedosos (v. 26).
Se nossas vidas estão no espírito de contentamento diante a Deus, ganhamos tudo o que
precisamos neste mundo - e mais! (Efésios 3:20).
Aqui reside um dos grandes princípios bíblicos para a felicidade.
Estudo Léxico – Eclesiastes
PENSAR E DISCUTIR

1. O Pregador é o "homem que tem tudo". Leia a passagem e escolha as palavras negativas que
ele usa para descrever sua resposta à vida. Por que ele odeia tanto a vida?

2. Como os versículos 24–26 indicam uma mudança no pensamento do pregador? O que você
acha que provocou essa mudança (cf. 1 Reis 3: 1–15; 11: 1–13)?

PENSAR E DISCUTIR

1. São nossas circunstâncias ou nossa atitude que determina nossa aquiescência à obra de Deus
em nossas vidas (cf. Filipenses 4: 10-13)?

2. Você consegue se identificar com a desilusão do pregador em qualquer área de sua vida?
Que passos positivos você pode tomar para corrigir o problema?

3. Sugira o maior número de exemplos de pessoas que se desiludiram na vida. Como a desilusão
deles se mostrou?
Estudo Léxico – Eclesiastes

O Chamado do Alto
Se Deus tem chamado você para que seja verdadeiramente como Jesus com todas as forças de seu
espírito, Ele o estimulará para que leve uma vida de crucificação e de humildade e exigirá tal obediência
que você não poderá imitar aos demais cristãos, pois Ele não permitirá que você faça o mesmo que
fazem os outros, em muitos aspectos.
Outros, que aparentemente são muito religiosos e fervorosos, podem ter a si mesmos em alta estima,
podem buscar influência e ressaltar a realização de seus planos; você, porém, não deve fazer nada disso,
pois, se tentar fazê-lo, fracassará de tal modo e merecerá tal reprovação por parte do Senhor, que você
se converterá em um penitente lastimável.
Outros poderão fazer alarde de seu trabalho, de seus êxitos, de seus escritos, mas o Espírito Santo não
permitirá a você nenhuma dessas coisas. Se você começar a proceder dessa forma, Ele o consumirá
em uma mortificação tão profunda que você depreciará a si mesmo tanto quanto a todas as suas boas
obras.
A outros será permitido conseguir grandes somas de dinheiro e dar-se a luxos supérfluos, porém Deus
só proporcionará a você o sustento diário, porque quer que você tenha algo que é muito mais valioso
que o ouro: uma absoluta dependência Dele e de Seu invisível tesouro.
O Senhor permitirá que os demais recebam honras e se destaquem, enquanto mantém você oculto na
sombra, porque Ele quer produzir um fruto seleto e fragrante para Sua glória vindoura, e isso só pode
ser produzido na sombra.
Deus pode permitir que os demais sejam grandes, mas você deve continuar sendo pequeno; Deus
permitirá que outros trabalhem para Ele e ganhem fama, porém fará com que você trabalhe e se
desgaste sem que nem mesmo saiba quanto está fazendo.
Depois, para que seu trabalho seja ainda mais valioso, permitirá que outros recebam o crédito pelo que
você faz, com o fim de lhe ensinar a mensagem da cruz: a humildade e algo do que significa participar
de Sua natureza. O Espírito Santo manterá sobre você uma estrita vigilância e, com zeloso amor, lhe
reprovará por suas palavras, ou por seus sentimentos indiferentes, ou por malgastar seu tempo, coisas
essas que parecem não preocupar aos demais cristãos.
Por isso, habitue-se à idéia de que Deus é um soberano absoluto que tem o direito de fazer o que Lhe
apraz com os que Lhe pertencem e que não pode explicar-lhe a infinidade de coisas que poderiam
confundir sua mente pelo modo como Ele procede com você. Deus lhe tomará a palavra; e se você se
vende para ser Seu escravo sem reservas, Ele o envolverá em um amor zeloso que permitirá que outros
façam muitas coisas que a você não são permitidas. Saiba-o de uma vez por todas: você tem de se
entender diretamente com o Espírito Santo acerca dessas coisas, e Ele terá o privilégio de atar sua
língua, ou de colocar algemas em suas mãos ou de fechar seus olhos para aquilo que é permitido aos
demais. Entretanto, você conhecerá o segredo do reino. Quando estiver cheio do Deus vivo de tal
maneira que se sinta feliz e contente no íntimo de seu coração com essa peculiar, pessoal, privada e
zelosa tutoria e com esse governo do Espírito Santo sobre sua vida, então haverá encontrado o
chamado do alto, de Deus.7

7(Autor conhecido somente por Deus)


Título do original em espanhol:
El Llamado de lo Alto
© 2002 Editora dos Clássicos
Esta mensagem foi traduzida do espanhol de um folheto encontrado na Colômbia, sem direitos autorais, assinado por um "autor conhecido somente
por Deus", e publicada por esta editora no livro O Homem Que Deus Usa.
Tradução: Gerson Lima
Cooperação na Redação: Paulo César de Oliveira

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