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Secularização e Dessecularização
CSO-MA4
2013
A visão de Berger da dessecularização trata-se do declínio da religião, em suas
práticas sociais e individuais, em razão do avanço da modernidade. Ele defende a ideia
de que o mundo está cada vez menos secularizado, a modernidade enfraqueceu a
religião, porém ao mesmo tempo, ele afirma que em certos lugares do mundo se
tornaram mais religiosos. Mas o que ele quer dizer quando afirma que alguns lugares
estão mais secularizados ainda existem movimentos de contrassecularização mesmo
nesses lugares, é que apesar de algumas instituições estarem enfraquecidas, suas crenças
e práticas continuaram por existir.
Berger chama sua tese de neutra, pois mostra os dois lados, tanto o bom quanto o
ruim. O autor acredita que os movimentos de secularização ainda serão afetados, em
parte por seu envolvimento de forças não religiosas, como o poder político. Por
exemplo, a elevação do grau de qualificação educacional e da condição econômica do
pentecostalismo levará a um questionamento das características religiosas e morais de
sua crença.
O catolicismo passa a ser uma exceção, por que apesar de estar bastante presente
no ocidente, a religião rejeita a postura moderna como, por exemplo, relações
homoafetivas, aborto e sexo antes do casamento. Ainda sobre a religião católica Berger
faz menção à postura conservadora do Vaticano que trouxe “resultados interessantes”
para a Igreja, que trouxe um entusiasmo renovador principalmente fora do ocidente.
O autor comenta as principais diferenças entre o Islamismo e o Evangelismo,
sendo o primeiro por sua cultura e política e afirma que as práticas tradicionais estão
presentes sim entre as elites intelectuais, diferente do que se acreditava. Porém, para ele,
os modelos ortodoxos estão completamente dissociados das elites secularizadas. Quanto
ao evangelismo as características mais importantes são sua transformação cultural no
campo educacional. Isso mostra as distinções existentes entre Islamismo e Evangelismo
como movimentos de dessecularização, ou seja, cada movimento religioso tem sua
relação com a modernidade.
Rodney Stark inicia sua crítica à chamada secularização nos dizendo que a única
maneira de dar alguma credibilidade a ela sempre foi dependente de visões contrapostas
da maneira como a religião se dá nos momentos atuais com a forma que ela se dispunha
em épocas passadas, fazendo menção a uma antiga idade da fé.