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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Secularização e Dessecularização

Alunos: Marco Antônio Cardoso


Gabriella Munhon
Disciplina: Introdução ao Pensamento Teológico I
Professor: Edin Sued Abumanssur

CSO-MA4
2013
A visão de Berger da dessecularização trata-se do declínio da religião, em suas
práticas sociais e individuais, em razão do avanço da modernidade. Ele defende a ideia
de que o mundo está cada vez menos secularizado, a modernidade enfraqueceu a
religião, porém ao mesmo tempo, ele afirma que em certos lugares do mundo se
tornaram mais religiosos. Mas o que ele quer dizer quando afirma que alguns lugares
estão mais secularizados ainda existem movimentos de contrassecularização mesmo
nesses lugares, é que apesar de algumas instituições estarem enfraquecidas, suas crenças
e práticas continuaram por existir.

O autor apresenta certa ambiguidade em sua fala, porque ao mesmo tempo em


que ele assume a dessecularização, ele afirma não haver declínio das religiões, ou seja,
ele também afirma que houve uma secularização. Isso exige uma analise detalhada de
cada caso, porque se pensarmos em religiões como o Islamismo e o Evangelismo é
possível afirmar uma secularização.

Berger chama sua tese de neutra, pois mostra os dois lados, tanto o bom quanto o
ruim. O autor acredita que os movimentos de secularização ainda serão afetados, em
parte por seu envolvimento de forças não religiosas, como o poder político. Por
exemplo, a elevação do grau de qualificação educacional e da condição econômica do
pentecostalismo levará a um questionamento das características religiosas e morais de
sua crença.

Desta forma, segundo Berger, podemos apontar duas maneiras de encarar a


dessecularização: a rejeição que pode acontecer através de uma revolução religiosa que
ele chama de criação de subculturas religiosas, ou seja, grupos que rejeitam a influência
do meio em suas culturas e a adaptação que se daria por meio de práticas religiosas à
modernização. Ele critica as instituições religiosas que tentam se adaptar à
modernidade, pois estão em declínio, em contrapartida as religiões marcadas pelo
conservadorismo são as que mais crescem.

O catolicismo passa a ser uma exceção, por que apesar de estar bastante presente
no ocidente, a religião rejeita a postura moderna como, por exemplo, relações
homoafetivas, aborto e sexo antes do casamento. Ainda sobre a religião católica Berger
faz menção à postura conservadora do Vaticano que trouxe “resultados interessantes”
para a Igreja, que trouxe um entusiasmo renovador principalmente fora do ocidente.
O autor comenta as principais diferenças entre o Islamismo e o Evangelismo,
sendo o primeiro por sua cultura e política e afirma que as práticas tradicionais estão
presentes sim entre as elites intelectuais, diferente do que se acreditava. Porém, para ele,
os modelos ortodoxos estão completamente dissociados das elites secularizadas. Quanto
ao evangelismo as características mais importantes são sua transformação cultural no
campo educacional. Isso mostra as distinções existentes entre Islamismo e Evangelismo
como movimentos de dessecularização, ou seja, cada movimento religioso tem sua
relação com a modernidade.

A Europa é uma exceção ao movimento de dessecularização, por haver um caso


de secularização onde houve uma redução de práticas ortodoxas. Porém justamente
onde teria uma tradição pagã foi onde houve redução dessas práticas. Podemos colocar
em questão a perspectiva eurocêntrica com a qual pode ter sido analisada a questão da
secularização, já que é um fenômeno em maior parte Europeu. Talvez haja uma
generalização ao acreditar que ele faça parte do planeta todo.

Rodney Stark inicia sua crítica à chamada secularização nos dizendo que a única
maneira de dar alguma credibilidade a ela sempre foi dependente de visões contrapostas
da maneira como a religião se dá nos momentos atuais com a forma que ela se dispunha
em épocas passadas, fazendo menção a uma antiga idade da fé.

Como podemos ver em outros autores, a tese da secularização, em sua essência,


seria a superação da crença em mitos, deuses e religiões, uma negação daquilo que é
sobrenatural e que, para aqueles que estudavam e tentavam predizer este acontecimento,
não levaria mais que algumas décadas para que a secularização se estabelecesse.
Segundo os adeptos da teoria da secularização, um dos motivos principais para a morte
do pensamento sobrenatural seria a evolução da ciência. Stark nos diz que a ciência,
com o passar de seu desenvolvimento, foi ocupando muito espaço dentro dos currículos
educacionais, espaço que antes era dedicado ao ensino religioso. Como ela enxerga o
mundo com uma visão completamente desmistificada, o conteúdo de cunho sagrado que
anteriormente era ensinado aos estudantes passou por um processo de dessacralização.
Dessa forma, ele nos mostra que a ciência causava uma grande ameaça ao pensamento e
ao mundo religioso vigente, ou pelo menos é isso que os teóricos da secularização
imaginavam. Mas em seguida, Stark desconstrói essa visão de rivalidade entre a ciência
e a religião, dizendo que era um conflito muito fictício, pois os cientistas não são tão
afastados da religião como eles pensavam, e que frequentavam a igreja na mesma
medida que a população em geral. Mais incrível ainda é o fato de que aqueles cientistas
que investigavam a natureza, como físicos, astrônomos e matemáticos, possuíam uma
propensão à religião muito maior que cientistas voltados ao comportamento humano e
social, como antropólogos e psicólogos.

“O futuro evolutivo da religião é a extinção”, e enquanto ele admitia que isso


exigiria “diversos séculos” para o processo se completar, já estava bastante em
curso nas nações desenvolvidas.

Há uma concordância universal de que a modernização é o motor causador qye


conduz os deuses em retirada.

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