Sie sind auf Seite 1von 4

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

CURSO DE HISTÓRIA

Resumo do texto "Movimento Estudantil e Ditadura Militar: 1964 -1968" de João Roberto
Martins Filho

Beatriz do Piauí Barbosa

SÃO CRISTÓVÃO

JUNHO/2018
O trabalho de Martins Filho visa debater e criticar, do ponto de vista histórico, a
propensão de se perder o caráter das mobilizações estudantis a depender do
contexto histórico e social em que estão situadas.

O aumento da classe média nas universidades toma o lugar das camadas


superiores, assim o movimento estudantil transforma-se, a partir dos anos 60 com o
início do segundo governo de Vargas, em predominantemente da classe média. A
predominância da classe média no ensino superior logo transforma a maior parte
das mobilizações estudantis em mobilizações da classe média.

Entretanto, ainda que haja a ideia de “popularização” do ensino superior com o


aumento da classe média nas universidade e mobilizações, não se deve confundir
isso com o alinhamento da classe média com a classe trabalhadora.

Segundo Décio Saes (“Classe médias e Políticas de classe...”, p.101, apud.


MATINS FILHO, 1987, p.30): o possível alinhamento estudantil com a
classe trabalhadora “não significa a sua fusão com a classe operária, já que
os objetivos políticos reais desses grupos se acomodam a limites
ideológicos (...) que não são os da luta política da classe operária.”

A partir de 62, o movimento estudantil iria se deslocando para as atividades mais


politizadas, sob a influência das diretrizes da “vanguarda”. O redirecionamento teve
incentivo do aumento das lutas sociais, onde a UNE passou a apresentar um papel
mais ativo. Assim, a Ação Popular foi formada em 1963.

Encerrada a greve de 1962, o movimento estudantil presenciava a formação


de duas grandes posições no nível de sua direção – enquanto os militantes
do PCB passavam a defender a concentração nas “lutas específicas”, a
corrente filiada à Ação Popular “empolgava-se com a tese de que a luta pela
reforma universitária estaria sendo travada mais fora da universidade (...) do
que dentro dela (p. 60).

Com o início do golpe militar de 1964, as mobilizações estudantis passam a tomar


uma posição antiditatorial, assim há a busca da retomada à democracia e as
conquistas populares alcançadas ao longo dos anos por parte do sindicalismo
estudantil.

No “[...] contexto social de progressivo domínio militar sobre o aparelho de


Estado, de repressão às organizações populares e definição de uma política
de desenvolvimento favorável ao grande capital monopolista [...] que o
movimento universitário retomou suas atividades políticas no pós golpe,
voltando-se paulatinamente para a luta antiditatorial e procurando retomar
algumas bandeiras que motivaram sua mobilização da fase precedente”
(p. 77).
Com o aumento da repressão ideológica na ditadura, em 1966 ocorre a proibição do
funcionamento da UNE associação civil. Esta proibição posteriormente se estende a
qualquer entidade estudantil com a publicação do “Decreto Aragão”. Porém, os
estudantes buscaram a clandestinidade para conseguir sobreviver à repressão.

“[...] a UNE mostrou-se capaz de sobreviver aos objetivos da “Lei Suplicy”,


realizando seu último congresso legal em julho de 1965 e, a partir daí
desenvolvendo intensa atividade clandestina [...] A sobrevivência da
autonomia organizativa do movimento estudantil e a permanência da UNE,
mesmo na clandestinidade, marcaram o fracasso das expectativas
autoritárias de controle do meio estudantil” (p. 98).

Por fim, o autor conclui o trabalho afirmando que a vitalidade dos movimentos
estudantis aconteciam em 1968, sendo considerada a fase mais marcante e
significativa da ação estudantil. No entanto, com o passar dos anos e a instituição do
AI 5, o movimento estudantil perde sua força e acaba tornando-se um figurante na
luta contra o autoritarismo ditatorial.

Quando me propus iniciar o estudo que ora termina, corria o ano de 1978 e
os protestos estudantis contra a ditadura militar retomavam sua vitalidade,
apontando para um novo e irresistível crescimento. No entanto, nos anos
seguintes, as coisas não se passaram assim e a luta contra a ditadura
encontrou seus adversários mais decididos em outros setores sociais (p.
204).
Perguntas:

1) Qual a posição da classe média diante da militarização do Estado e da política


autoritária de desenvolvimento? (MARTINS FILHO, p. 78)

2) Quais as medidas de "sobrevivência" tomadas pela UNE para driblar a AI de


1965?

3) O que os "liberais elitistas" que o autor cita visavam em sua relação com a
UNE? E de que forma essa finalidade foi representada no meio-estudantil pós 1964?

Das könnte Ihnen auch gefallen