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UFERSA

AULA 05
GERAÇÃO DE VIAGENS

DISCIPLINA: ENGENHARIA DE TRANSPORTES


PROFESSORA: M.S.C. MARÍLIA C. SANTIAGO
UFERSA
INTRODUÇÃO
No processo de planejamento de transportes, para plano a médio e longo prazos, usa-se o MODELO
SEQUENCIAL, também denominado MODELO DE QUATRO ETAPAS.

Este modelos e baseia nas relações, de médio e longo prazos, do transporte com as características
socioeconômicas da região.

Este modelo compreende quatro etapas:

Dados atuais e
Geração de Distribuição de Alocação de Alternativas de
projeções Divisão modal
Viagens Viagens viagens transportes
futuras

Denomina-se sequencial porque o estudo da demanda se desenvolve numa sequencia de análise cujo
resultado de uma etapa é o ponto de partida da etapa seguinte.
GERAÇÃO DE VIAGENS
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Tem como objetivo fazer uma estimativa do número total de viagens que se iniciam ou terminal em cada zona de
tráfego da região em estudo, para um dia típico do ano de projeto

GERAÇÃO = PRODUÇÃO = ATRAÇÃO

O tráfego gerado ou atraído pode ser medido em termos de:

✓ Viagem por carro por unidade de tempo


✓ Viagem de pessoas por unidade de tempo

É importante a elaboração de um zoneamento baseado em características de homogeneidade nas zonas de tráfego.

A existência de elementos heterogêneos nas zonas de tráfego implicará em falhas do número futuro de viagens
GERAÇÃO DE VIAGENS
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Conceitos diferenciados de viagens produzidas e atraídas:

Conceito usual –
✓ viagens produzidas numa zona de tráfego são as que se iniciam, ou seja, têm como origem a
zona de tráfego
✓ Viagens atraídas são aquelas que têm como destino a zona de tráfego.

Conceito diferente –

✓ Viagens produzidas são consideradas aquelas com origem ou destino em residências(BR)


✓ Viagens atraídas não têm origem e nem destino em residências (NBR)
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CARACTERIZAÇÃO DAS VIAGENS

Comércio interno,
exterior, distribuição
urbana, etc

Nivel de renda,
propriedade de Tipo de Trabalho,
indivíduo
VIAGENS Propósito
veículos, tipo e compras, escola,
tamanho da lazer, etc
residência,
estrutura
familiar, etc
Pico da manhã,
da tarde; fora de
pico
GERAÇÃO DE VIAGENS
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O número de viagens geradas ou atraídas em uma zona de tráfego em data presente pode ser
determinada através de pesquisas O/D ( origem/destino).

Porém o planejamento exige este dado em época futura: previsão de demanda.

Esta previsão pode ser realizada através de:

✓ Análise de regressão
✓ Análise de categorias

A escolha de uma ou outra análise dependerá dos elementos disponíveis quando da realização do
estudo.
ANÁLISE DE REGRESSÃO
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Este método visa construir uma função linear entre o número de viagens existentes (variável
dependente) e os vários fatores que influenciam essas viagens ( variáveis independentes).

A previsão desses valores para o futuro, de variáveis envolvidas no sistema de transporte, não é
absolutamente precisa devido ao grande número de variáveis.
Algumas dessas variáveis possuem ainda um processo evolutivo ou comportamento difícil de ser
estimado ao longo do tempo, favorecendo a existência de erros.

Os modelos de previsão tentam relacionar a demanda por transportes a variáveis explicativas da


demanda:
𝑦 = 𝑓 𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 → 𝑦 = 𝑓 𝑥𝑖

Variável de pendente – Variáveis explicativas ( independentes) – renda,


numero de viagens geradas população, número de automóveis, escoals,
nos dias atuais empregos, etc
ANÁLISE DE REGRESSÃO
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As funções de demanda mais utilizadas são:

Linear → 𝑦 = 𝑎 + 𝑏𝑥
Linear Múltipla → 𝑦 = 𝑎0 + 𝑎1 𝑥1 + 𝑎2 𝑥2 + ⋯ + 𝑎𝑛 𝑥𝑛
Segundo Grau → 𝑦 = 𝑐 + 𝑏𝑥 + 𝑎𝑥 2
Potência → 𝑦 = 𝑎0 𝑥1 𝑎1 . 𝑥𝑥 𝑎2 . … . 𝑥𝑛 𝑎𝑛
Exponencial → 𝑦 = 𝑎𝑏 𝑥
𝑏 𝑥
Gompertz → 𝑦 = 𝑎
𝑎0
Logística → 𝑦 = 𝑎−𝑏𝑥
1+1
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ANÁLISE DE REGRESSÃO

No ajustamento da função aos dados, utiliza-se a técnica de regressão pelo


método dos mínimos quadrados.

Curva é ajustada a um conjunto de pontos de modo que o somatório do


quadrado das distâncias dos pontos à curva seja mínimo.

A análise de regressão visa a obtenção de um relacionamento matemático entre


o número de viagens produzidas em determinada zona de tráfego e os vários
fatores que contribuem para aprodução dessas viagens.

Hipóteses:
1. Todas as variáveis independentes são independentes entre si e;
2. A relação entre as variáveis independentes e dependentes deve ser linear.
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ANÁLISE DE REGRESSÃO

Dados um conjunto de pares ordenados (x,y), dispostos em um diagrama de


dispersão:

Procura-se justar a melhor função que


expresse o relacionamento entre as
variáveis do método dos mínimos
quadrados (mmq)
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ANÁLISE DE REGRESSÃO
O MMQ procura ajustar uma função ao diagrama de dispersão de modo que o somatório do
quadrado dos desvios da função aos pontos do diagrama seja mínima:
ANÁLISE DE REGRESSÃO
ANÁLISE DE REGRESSÃO
GERAÇÃO DE VIAGENS
ANÁLISE DE REGRESSÃO
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO
EXEMPLOS

1. Para efeitos de estudo de transportes, uma área foi dividida em quatro zonas de tráfego, segundo as
características de uso do solo. Utilizando técnicas de regressão, determine:

1. A equação de geração de viagens


2. O coeficiente de Correlação

Dados:
ZONA POPULAÇÃO VIAGENS PRODUZIDAS
PARA O TRABALHO
1 20 10
2 12 8
3 8 7
4 10 9
EXEMPLOS
Solução:

Definição das variáveis:

Independente – população 𝑥𝑖
Dependente – viagens produzidas 𝑦𝑖

A equação será da forma: 𝑦𝑖 = 𝑎0 + 𝑎1 𝑥𝑖

Coeficientes :
Zona 𝒚𝒊 𝒙𝒊 ഥ
𝒚𝒊 − 𝒚 ഥ
𝒙𝒊 − 𝒙 ഥ . 𝒙𝒊 − 𝒙
𝒚𝒊 − 𝒚 ഥ ഥ 𝟐 ഥ 𝟐
𝒙𝒊 − 𝒙 𝒚𝒊 − 𝒚
1 10 20
2 08 12
3 07 08
4 09 10
Σ 34 50

Calculo do coeficiente de correlação 𝑦ത = 8,5


Zona 𝒚𝒊 𝒙𝒊 𝒚𝒊 ´ ഥ
𝒚𝒊 ´ − 𝒚 𝟐 ഥ
𝒚𝒊 − 𝒚 𝟐 𝑥ҧ = 12,5

1 10 20
2 08 12
3 07 08
4 09 10
Σ 34 50
EXEMPLOS

2. O volume de carga transportada pelas ferrovias brasileiras entre 1958 e 1967, apresentou o
comportamento da tabela a seguir. Determine:
a) A equação da reta
b) O coeficiente de correlação
c) O volume de tráfego para 1968

Observações:
𝑦𝑖 é o volume de carga transportada pelas
ferrovias ( variável dependente)
𝑥𝑖 é o tamanho da amostra, ou seja a
quantidade de anos.
ANÁLISE DE CATEGORIA

✓ Desenvolvida com o intuito de superar algumas desvantagens associadas à


Análise de Regressão;

✓ Ao invés de utilizar zonas de tráfego como unidade de agregação, são


utilizados os domicílios como unidade básica de viagens;

✓ A cada categoria está associada uma taxa de geração de viagens realizadas


pelos modos de transporte disponíveis e com objetivos específicos;

✓ A superposição básica deste modelo é que as taxas de viagens permaneçam


constantes ao longo do tempo e com isso o comportamento futuro do
residente quanto à realização de viagens pode ser descrito pela categoria em
que ele se encontra atualmente.
ANÁLISE DE CATEGORIA

Conhecendo-se as taxas de geração de viagens de uma dada categoria domiciliar e


estimando-se o número de famílias para uma data futura, torna-se possível a
determinação do número de movimentos a serem gerados por cada categoria.

HIPÓTESES BÁSICAS

✓ A residência é a unidade básica no processo de geração de viagens;


✓ A quantidade de viagens realizadas pelos indivíduos de uma dada residência
depende das características dos membros da família;
✓ A quantidade de viagens geradas por dia por família de uma determinada
categoria é estável no tempo.
ANÁLISE DE CATEGORIA

TIPOS DE CATEGORIAS

✓ Renda familiar:
✓ Dependendo da variação entre o menor e o maior salário, pode-se
ter até 6 classes de salários;
✓ Propriedade de veículos: Não possui carro / possui 1 carro / possui
mais de 1 carro;
✓ Estrutura familiar: Refere-se ao número de adultos empregados ou
não na residência considerada.
ANÁLISE DE CATEGORIA

MÉTODO

✓ As taxas de geração de viagens por categoria são obtidas na fase de


coleta de dados;
✓ Projeta-se o número de domicílios em cada categoria para o ano
horizonte (Di);
✓ Multiplicando-se a taxa de geração de viagens (t) pelo número de
domicílios previstos para cada categoria e fazendo o somatório
destes produtos, para todas as categorias, obtém-se o número de
viagens geradas para cada zona no futuro.
ANÁLISE DE CATEGORIA
EXEMPLO

Exercício1.

Determine o número de viagens em uma determinada cidade para o ano de 2020,


utilizando análise de categorias.

Categorias adotadas:

a) Pessoas por domicílios (P/D): 1, 2, 3, 4, 5, 6+;


b) Carros por domicílios (C/D): 0, 1, 2+.

Dados:
Através de coleta de dados, foram obtidas as informações dos quadros 1, 2 e 3.
DADOS
Quadro 1: Número de domicílios na categoria (Di)

O/D 1 2 3 4 5 6+
0 828 1341 652 549 389 443
1 344 2793 2472 2472 2046 1189
2+ 5 294 2220 1022 726 870

Quadro 2: Número total de viagens produzidas por Quadro 3: Número de domicílios previstos para
categoria (Pi) 2020 (Difuturo)
O/D 1 2 3 4 5 6+ O/D 1 2 3 4 5 6+
0 255 1231 1149 1111 827 1081 0 1556 1682 1104 998 708 886
1 301 4844 5781 7466 4956 4879 1 608 5186 4544 4464 4292 2378
2+ 8 644 2220 3231 2424 3002 2+ 12 598 4140 1844 1652 1740
SOLUÇÃO

Taxa de geração de viagem por domicílio (tc) :

𝑃𝑖 Total de viagens produzidas na zona i


𝑡𝑐 = 𝑛
σ𝑐=1 𝐷𝑖 𝑐 Número de domicílios de categoria
“c” na zona i

Quadro 4: Taxa de geração de viagens por domicílio - t(c)

O/D 1 2 3 4 5 6+
𝑃𝑖 255
t 𝑐 = = 0 0,308 0,92 1,76 2,03 2,13 2,44
𝐷𝑖 𝑐 828
1 0,875 1,73 2,34 2,41 2,42 2,58

2+ 1,6 2,19 3,1 3,16 3,34 3,45


SOLUÇÃO

Quadro 5: Número de viagens previstas para 2020 – Pi2020

O/D 1 2 3 4 5 6+
𝑛

𝑃2020 = 𝑡 𝑐 . ෍ 𝐷𝑖 𝑐 = 0,308 𝑥 1556 0 479 1547 1943 2026 1508 2126


𝑐=1
1 532 8972 10633 10758 10387 6135

2+ 19 1310 12834 5827 5518 6003

Portanto, conhecendo-se a taxa de geração para cada categoria de domicílios e o


número de domicílios para alguma data no futuro, pode-se obter sucessivas estimativas
da futura geração de viagens.
VANTAGENS DA ANÁLISE DE CATEGORIA

1. O uso de dados desagregados (modelos baseados nas pessoas residentes e suas


características sócioeconômicas) pode representar mais realisticamente o
comportamento humano do que os valores zonais;

2. Não existe nenhum tipo de relacionamento pré estabelecido entre as categorias


e as viagens geradas ou entre as categorias;

3. Conhecendo-se a taxa de geração para cada categoria de domicílio e o número


de domicílios para alguma data no futuro, pode-se obter sucessivas estimativas
da futura geração de viagens.
DESVANTAGENS DA ANÁLISE DE CATEGORIA

1. Não possui nenhuma forma de testar a significância estatística das variáveis


escolhidas;

2. Não permite extrapolação além das categorias definidas;

3. Por considerar que as taxas de geração de viagens são imutáveis com o tempo, não
leva em conta possíveis mudanças na demanda por transporte;

4. Não leva em consideração funções comportamentais dos indivíduos.

O mais recomendado é a utilização de funções de regressão para obtenção da geração


de viagens, devendo-se ter o cuidado de analisar de que modo as modificações que
ocorrem no sistema de transportes poderão afetar o comportamento das variáveis
explicativas no futuro.

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