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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Gestão de Recursos Florestas e Faunísticos

Licenciatura em Administração e Gestão Hospitalar

Cadeira: Arquitetura Hospitalar

Ano de Frequência: 4o

Tema: Condições Ambientais

Discente:

Delcino Phaunde Esquinar

Docente:

Dr. Juvêncio Ernesto Bilali

Lichinga, 31 de Maio de 2018


Índice

Introdução ............................................................................................................................... 3

1. Condições Ambientais ........................................................................................................ 4

1.1. Conforto Térmico ............................................................................................................ 4

1.2. Conforto Acústico ............................................................................................................ 5

1.3. Iluminação ....................................................................................................................... 6

1.4. Cores ................................................................................................................................ 7

1.5. Ergonomia ........................................................................................................................ 8

1.6. Sinalização ....................................................................................................................... 9

Conclusão.............................................................................................................................. 10

Referencias Bibliográficas .................................................................................................... 11


INTRODUÇÃO
Neste serão abordados assuntos relacionados com condições de ambiente no local de trabalho,
as arquiteturas hospitalares têm vindo a se preocupar em proporcionar os ambientes agradáveis
aos usuários deste espaço, compreendidos como humanizados. Observa-se que na actualidade
para dar cumprimento à transformação de espaços hospitalares, a arquitetura se faz presente em
tentar proporcionar qualidade de vida, respeitando e atendendo às necessidades dos mesmos em
vários fatores, seja fisiológico, sociológico ou psicológico

O objetivo geral deste trabalho é de verificar de que forma o estudo da percepção as condições
ambientais, podem contribuir na eficácia e eficiência dos projectos arquitetônicos dos hospitais.

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I. Condições Ambientais

Os hospitais que pretendam requalificar os edifícios existentes ou construir novas instalações


devem considerar os critérios de conforto, nas seguintes vertentes:

 Ambientais;
 Conforto e Qualidade
 Funcionais;
 Construção;
 Atenção aos doentes.

Na avaliação do conforto devem ser avaliadas ambas as dimensões: dimensões físico e


dimensões emocional.

Para Oliveira & Ribas, (1995) existem diversos estudos sobre a forma como uma arquitetura
hospitalar pode influenciar favoravelmente o conforto das pessoas, assim como estudos sobre
psicologia das cores, iluminação e ventilação natural, qualidade do ar, temperaturas e níveis de
humidade relativa do ar nos diversos serviços, níveis de ruído, acessibilidades, atividades de
entretenimento, etc.

II. Conforto térmico

Bestetti, (2014) salienta que qualquer atividade humana exige gasto de energia. A energia é
inesgotável? Durante muito tempo realizamos nossas atividades sem preocupação com os
gastos energéticos, entretanto; a partir da década de 1980, a população brasileira vivenciou a
experiência da crise energética. As questões relacionadas à escassez de energia ocasionam
diferentes problemas de cunho ambiental, social e econômico.

Para o autor citado, esses problemas afetam toda a sociedade prejudicando o fluxo de negócios
em todas as áreas. Os empreendimentos imobiliários dependem do fornecimento de energia
para seu funcionamento, além disso, gastam muita energia para sua produção. Para minimizar
os gastos energéticos excedentes em um imóvel é importante planejar estratégias que
possibilitem maior eficiência energética à edificação.

Para um desempenho energético adequado, a arquitetura deve respeitar as condições climáticas


de cada local, além das demais necessidades dos seus usuários. A forma e a função não são
mais os únicos objetivos de uma edificação. Agora a eficiência energética e os requisitos

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ambientais também devem ser considerados nos empreendimentos que pretendem atingir
elevados níveis de satisfação dos seus clientes. Segundo Oliveira & Ribas (1995) o projeto
eficiente sob o ponto de vista energético deve garantir uma perfeita interação entre o homem e
o meio em todas as escalas da cidade: global, regional e local.

Oliveira & Ribas (1995) acrescentam que as condições climáticas de cada região fornecem os
subsídios para as decisões sobre a forma arquitetônica a ser projetada, os materiais utilizados e
a distribuição funcional dos espaços em relação à orientação solar mais favorável para cada
ambiente. Quando estamos trabalhando com conceitos da eficiência energética na arquitetura,
não significa dizer que o edifício deve ser desprovido de iluminação e condicionamento
artificial. As estratégias são utilizadas para minimizar o uso de recursos artificiais, diminuindo
gastos com a conta de energia elétrica, tanto nas edificações residenciais, como nas comerciais
e industriais.

III. Conforto acústico

De acordo Oliveira & Ribas (1995) O conforto acústico está relacionado com a qualidade do
som produzido no ambiente, ou seja, se esse som produzido é audível satisfatoriamente pelos
seus ocupantes, e com a não interferência de ruídos que atrapalhem ou incomodem essas
pessoas. Observar as condições locais de conforto acústico contribui para confrontar o tipo de
atividades potenciais ao empreendimento em relação às atividades permitidas pelo plano diretor
da cidade.

Segundo Bestetti (2014) O desempenho da edificação sob o aspecto de conforto acústico se faz
necessário para promover ao homem o adequado desenvolvimento das suas atividades diárias
(descanso, lazer ou trabalho). Além disso, o conforto acústico eficiente nos ambientes pode
minimizar a incidência de estresse no homem, pois ambientes mais silenciosos facilitam a
concentração.

Segundo o autor, para medir o desempenho acústico das edificações é necessário realizar
medições em condições complexas, pois tal medição envolve a escala urbana. A localização do
empreendimento é fator determinante para que a edificação apresente ou não qualidades
acústicas, devido principalmente à intensidade do fluxo de veículos. A poluição sonora é usada
como critério de planejamento de uso e ocupação do solo das cidades, conforme o plano diretor
urbano. Dessa forma, as atividades propostas no plano diretor seguem critérios para o

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zoneamento, de acordo com a compatibilidade entre as atividades e as áreas industriais. Excesso
de ruído e poluição não é adequado ao uso residencial, por exemplo.

Um exemplo típico de área urbana que tem restrições de ocupação devido a problemas acústicos
é o entorno de aeroportos. Essa área é prejudicada pela poluição sonora gerada pela decolagem
e pouso de aeronaves, o que não é compatível com atividades que exigem mais concentração
como hospitais, por exemplo.

Controlar o Ruído

Segundo Bestetti (2014), contra o ruído exterior, o arquiteto dispõe dos seguintes meios de
proteção: distância, não utilização de zonas de som dirigido, utilização de barreiras contra os
ruídos, posicionamento das aberturas e utilização de materiais isolantes. Para os ruídos gerados
dentro do edifício os mesmos autores listam as seguintes medidas a serem consideradas:
redução na fonte do ruído; isolamento da fonte através de barreira absorvente; zoneamento das
atividades, redução dos ruídos produzidos por impacto; utilização de superfícies absorventes;
utilização de construções herméticas com isolamento acústico, redução da transmissão sônica
pelas estruturas mediante descontinuidades.

IV. Iluminação

Com relação à iluminação, além da quantidade de luz ter que ser adequada para que a realização
de tarefas visuais aconteça de maneira satisfatória, é fundamental que não haja ofuscamento –
grande quantidade de luz que atinge o olho prejudicando a qualidade da visão – nem grandes
contrastes, para não causar desconforto nem cansaço visual. (Bestetti, 2014)

É importante também prever uma distribuição homogênea de luz no ambiente, preocupando-se


na elaboração do projeto, com a localização, a orientação, o tipo, o tamanho e a forma
geométrica das aberturas, o tipo e a cor dos vidros que serão utilizados, as cores que serão
usadas nos caixilhos, nas superfícies internas como teto, paredes e piso e nas superfícies
externas, como muros, piso e construções adjacentes, lembrando sempre que as cores claras
refletem mais e difundem melhor a luz e que as cores escuras, além de absorverem mais
diminuindo assim a quantidade de luz disponível, transformam essa energia em calor, que será
emitido por essas superfícies escuras para o ambiente. Não devemos esquecer ainda as

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características formais do local a ser iluminado, como a relação comprimento e largura e a altura
do pé-direito, que interferirão na quantidade de luz disponível. (Lima, 2013).

Para projetar levando em consideração a iluminação natural, é importante conhecer


primeiramente as condições climáticas locais, a disponibilidade de luz proveniente da abóbada
celeste e o entorno.

A presença da luz natural em um ambiente proporciona modificações dinâmicas no espaço, pois


ao longo do dia existe uma alteração de sua cor, contraste e intensidade. Outra vantagem,
segundo Oliveira & Ribas (1995), é o contato com o exterior. As aberturas, para a passagem da
luz natural, propiciam aos ocupantes uma vista do exterior, do céu, que interfere no seu estado
de espírito.

No caso da iluminação artificial, a quantidade de luz disponível no interior e o conforto visual,


vão depender, além das preocupações com o projeto do ambiente já vistas anteriormente, do
tipo de luminária e lâmpada escolhida, da quantidade de luz por ela emitida, da temperatura da
cor, transmitindo ao ambiente sensações mais relaxantes, aconchegantes, como as cores quentes
(temperaturas de cor mais baixa, cores mais amareladas), ou excitantes, que induzam a uma
maior produtividade, como as cores mais frias (temperaturas de cor mais alta, cores mais
brancas).

V. Cores

Cor, para Oliveira & Ribas (1995), é uma resposta subjetiva para um estímulo luminoso que
penetra nos olhos. Quando a luz incide sobre um objeto, parte das ondas luminosas é refletida
e parte é absorvida. A cor que enxergamos desse objeto é a que foi refletida por ele, após a
incidência da luz, e que penetrou nos olhos causando o estímulo e a resposta a ele. Ela depende
da cor da luz incidente, se natural, mais branca, se artificial, mais avermelhada, modificando
assim a cor com que o objeto é visto. Uma luz vermelha sobre uma parede branca, o olho
enxergará como uma parede vermelha. A cor resulta então da existência da luz, variando de
acordo com a sua fonte, com a ausência de luz não existem cores. A luz natural é considerada
o melhor tipo para uma adequada percepção das cores, pela composição do seu espectro,
resultando uma boa qualidade na percepção dos objetos.

Para Oliveira & Ribas (1995), a cor atrai a atenção de acordo com a sua visibilidade e depende
do contraste e da sua pureza. Para que elas atraiam a atenção, sejam bastante visíveis, elas

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devem ser usadas juntamente com as suas complementares, porém suavizadas (com o branco)
ou escurecidas (com o preto), porém, para atenção permanente, tornam-se cansativas, pois são
vibrantes (amarelo em fundo azul, verde em fundo magenta ou vermelho em fundo cian).

A cor interfere, de acordo com vários estudos realizados, no estado emocional, na produtividade
e na qualidade das atividades desenvolvidas.

A cor é considerada um estimulante psíquico de grande potência que pode afetar o humor, a
sensibilidade e produzir impressões, emoções e reflexos sensoriais muito importantes, podendo
perturbar o estado de consciência, impulsionar um desejo, criar uma sensação de ambiente,
ativar a imaginação ou produzir um sentimento de simpatia ou repulsa, atuando como uma
energia estimulante ou tranquilizante. Seu efeito pode ser quente ou frio, aproximativo ou
retrocessivo, de tensão ou de repouso. (Bestetti, 2014).

Tem cores que sugerem calor, alegria, satisfação, como o vermelho, laranja e amarelo, que para
Bestetti (2014) eram as cores do lado positivo, por serem estimulantes vivazes e altivas e tem
cores que sugerem frio, como o verde, azul e cian, que para Goethe, eram as cores do lado
negativo, por estimularem a inquietação, a ternura e a nostalgia. O preto, sozinho, pode
deprimir, pois sugere melancolia.

VI. Ergonomia

De acordo com Franceschi (2013). O termo Ergonomia vem do grego ergon, que significa
“trabalho”, e nomos, que quer dizer “leis ou normas”. Nesse passo, pode-se dizer que a
Ergonomia é o estudo científico das relações entre “homem e máquina” e se preocupa com a
segurança e eficiência do modo com que aqueles dois interagem entre si e com o meio.

Também conhecida como a “Engenharia dos Fatores Humanos”, a Ergonomia visa o


desenvolvimento e aplicação de técnicas de adaptação do homem ao seu ambiente de trabalho;
técnicas eficientes e seguras de desempenhar as atividades laborais, visando à otimização do
bem-estar do trabalhador e, por conseguinte, aumento da produtividade e eficiência das tarefas
realizadas. (Franceschi, 2013).

Para o autor, a ergonomia busca a maneira que melhor se adequa a cada situação, melhorando
o conforto, saúde e até a produtividade do homem. As adaptações ergonômicas têm como

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objetivo, "arrumar" as barreiras criadas por algo mal projetado ou que não havia sido pensado
naquela situação.

Dentre alguns de seus objetivos básicos estão: oferecer conforto ao trabalhador e prevenir a
ocorrência de acidentes de trabalho, bem como de patologias específicas para determinado tipo
de tarefa laboral. Os procedimentos ergonômicos contribuem também para a diminuição do
cansaço, bem como tornam eficientes os procedimentos que se propõem a evitar lesões ao
trabalhador.

VII. Sinalização

Oliveira & Ribas, (1995) diz que uma sinalização que seja amigável ao paciente é importante
para aumentar a satisfação e contribuir para uma experiência positiva dele e dos visitantes de
um edifício de saúde. Também é importante remover os diversos sinais de distração para reduzir
a desordem visual. (

Uma concepção de layout de hospitais mais fácil de se navegar pode melhorar a experiência do
paciente, pois um hospital pode ter configurações confusas para os pacientes e suas famílias.

Segundo Oliveira & Ribas (1995) os programas de sinalização devem ser planejados, criados,
desenvolvidos e implantados de acordo com cada caso particular. Cada sistema de sinalização
integra e valoriza as características de cada entorno e lhe aponta elementos de identidade,
diferenciação e personalidade.

O conhecimento do espaço, as localizações, acessos, percursos e saídas, o estudo dos fluxos e


necessidades de informação, a previsão das relações dos usuários, o tipo de usuário, as
atividades que se desenvolvem nestes espaços e a personalidade com que se identificam,
conformam o resultado final, tanto funcional como estético, destes sistemas de sinalizações.

Em geral, a sinalização deve ser pensada para todos os públicos, mas em especial para os
usuários que não nunca visitaram o ambiente que receberá a sinalização.

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Conclusão
A qualidade e conforto do ambiente hospitalar reflete-se na produtividade, eficiência e
rendimento dos profissionais e no bem-estar, tranquilidade e satisfação dos doentes assim
como, na eficácia dos tratamentos. Por isso, torna-se importante que quando da requalificação
de instalações hospitalares estas sejam adaptadas a soluções que promovam estes aspetos. Deve
ter-se em conta também, que estas instalações necessitam frequentemente de adaptações para
integrar novas técnicas que surgem, sendo assim necessária a possível flexibilidade e
extensibilidade das construções. E é no projeto arquitetônico que se lança o desafio aos
projetistas no sentido de harmonizar os diferentes critérios e indicadores do conforto na busca
da melhor solução de conjunto,

Conclui-se que a arquitetura pretende adaptar as construções ao ambiente, adequando-as ao


clima e tornando-as compatíveis com os recursos naturais, econômicos e sociais de cada região.
Assim, são utilizados materiais e técnicas de construção próprias de cada região, adaptadas às
características de cada local e tendo em conta as características saudáveis de cada tipo de
material (evitando os prejudiciais à saúde);

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Bestetti, M. L. T. (2014). Ambiência: espaço físico e comportamento. Rio de Janeiro:
Rev. Bras. Geriatr. Gerontol.

Material disponível: www.scielo.br/pdf/rbgg/v17n3/1809-9823-rbgg-17-03-00601.pdf

2. Kowaltowski, D. C. C. K. et al. (1998). A visualização do conforto ambiental no


Projeto arquitetônico. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina

Material disponível: www.dkowaltowski.net/1090.pdf

3. Lima, L. V. P. (2013). Arquitetura sustentável. 5ª Edição. Goiânia: Revista


Especialize On-line IPOG

Material disponível: https://www.ipog.edu.br/revista-especialize-online/edicao-n5-


2013/arquitetura-sustentavel/

4. Oliveira, T. A. e Ribas, O. T. (1995). Sistemas de controle das condições ambientais


de conforto. Brasília: Ministério da Saúde

Material disponível: https://pt.scribd.com/document/80778310/Sistemas-de-Conforto-


Ambiental

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