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REDAÇÃO

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Dissertação
Dissertar é:
I. Expor um assunto, esclarecendo as verdades que o envolvem, discutindo a problemática que nele
reside;
II. Defender princípios, tomando decisões
III. Analisar objetivamente um assunto através da sequência lógica de idéias;
IV. Apresentar opiniões sobre um determinado assunto;
V. Apresentar opiniões positivas e negativas, provando suas opiniões, citando fatos, razões,
justificativas.

Sendo a dissertação uma série concatenada de idéias, opiniões ou juízos, ela sempre será uma tomada de
posição frente a um determinado assunto - queiramos ou não.
Procurando convencer o leitor de alguma coisa, explicar a ele o nosso ponto de vista a respeito de um assunto,
ou simplesmente interpretar um idéia, estaremos sempre explanando as nossa opiniões, retratando os nosso
conhecimentos, revelando a nossa intimidade. É por esse motivo que se pode, em menor ou maior grau, mediar
a cultura (vivência, leitura, inteligência...) de uma pessoa através da dissertação.
Podemos contar um estória (narração) ou apontar características fundamentais de um ambiente (descrição) sem
nos envolvermos diretamente. A dissertação ao contrário, revela quem somos, o que sentimos, o que pensamos.
Nesse ponto, tenha-se o máximo de cuidado com o extremismo. Temos liberdade total de expor nossas opiniões
numa dissertação e o examinador salvo raras exceções - sabe respeitá-las. Tudo o que expusermos, todavia,
principalmente no campo político e religioso, deve ser acompanhado de argumentações e provas fundamentais.
Para fazer uma boa dissertação, exige-se:
a) Conhecimentos do assunto (adquirido através da leitura, da observação de fatos, do diálogo, etc.);
b) Reflexões sobre o tema, procurando descobrir boas idéias e conclusões acertadas (antes de
escrever é necessários pensar);
c) Planejamento:

1. Introdução: consiste na proposição do tema, da idéia principal, apresentada de modo a sugerir o


desenvolvimento;
2. Desenvolvimento: consiste no desenvolvimento da matéria, isto é, discutir e avaliar as idéias em
torno do assunto permitindo uma conclusão;
3. Conclusão: pode ser feita por uma síntese das idéias discutidas no desenvolvimento. É o
resultado final.

d) Registrar idéias fundamentais numa sequência (ESQUEMA)


e) Acrescentar o que faltar, ou suprimir o que for supérfluo, desnecessário (RASCUNHO)
f) Desenvolvimento do plano com clareza e correção, mantendo sempre fidelidade ao tema.

Como construir um texto dissertativo


Procedimentos Básicos
01. Interpretação do tema
Devemos interpretar cuidadosamente o tema proposto, pois a fuga total a este implica zerar a prova de redação;
02. Levantamento de idéias
A melhor maneira de levantar idéias sobre o tema é a auto-indagação;
03. Construção do rascunho
Construa o rascunho sem se preocupar com a forma. Priorize, nesta etapa, o conteúdo;

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04. Pequeno intervalo
Suspenda a atividade redacional por alguns instantes e ocupe-se com outras provas, para que possa desviar um
pouco a atenção do texto; evitando, assim, que determinados erros passem despercebidos;
05. Revisão e acabamento
Faça uma cuidadosa revisão do rascunho e as devidas correções;
06. Versão definitiva
Agora passe a limpo para a versão definitiva, com calma e muito cuidado!
07. Elaboração do título
O título deve ser urna frase curta condizente com a essência do tema.
Orientação para Elaborar uma Dissertação
• Seu texto deve apresentar tese, desenvolvimento (exposição/argumentação) e conclusão.
• Não se inclua na redação, não cite fatos de sua vida particular, nem utilize o ainda na 1ª pessoa do
plural.
Seu texto pode ser expositivo ou argumentativo (ou ainda expositivo e argumentativo). As idéias-núcleo
devem ser bem desenvolvidas, bem fundamentadas.
• Redija na 1ª pessoa do singular ou do plural, ou fundamentadas. Evite que seu texto expositivo ou
argumentativo seja urna sequência de afirmações vagas, sem justificativa, evidências ou
exemplificação..
• Atente para as expressões vagas ou significado amplo e sua adequada contextualização. Ex.: conceitos
como “certo”, “errado”, “democracia”, “justiça”, “liberdade”, “felicidade” etc.
• Evite expressões como “belo”, “bom”, “mau”, “incrível”, “péssimo”, “triste”,“pobre”, “rico” etc.; são
juízos de valor sem carga informativa, imprecisos e
subjetivos.
• Fuja do lugar-comum, frases feitas e expressões cristalizadas: “a pureza das crianças”, “a sabedoria dos
velhos”. A palavra “coisa”, gírias e vícios da linguagem oral devem ser evitados, bem como o uso de
“etc.” e as abreviações.
• Não se usam entre aspas palavras estrangeiras com correspondência na língua portuguesa: hippie, status,
dark, punk, laser, chips etc.
• Não construa frases embromatórias. Verifique se as palavras empregadas são fundamentais e
informativas.
• Observe se não há repetição de idéias, falta de clareza, construções sem nexo (conjunções mal
empregadas), falta de concatenação de idéias nas frases e nos parágrafos entre si, divagação ou fuga ao
tema proposto.
• Caso você tenha feito uma pergunta na tese ou no corpo do texto, verifique se a argumentação responde
à pergunta. Se você eventualmente encerrar o texto com uma interrogação, esta pode estar corretamente
empregada desde que a argumentação responda à questão. Se o texto for vago, a interrogação será
retórica e vazia.
• Verifique se os argumentos são convincentes: fatos notórios ou históricos, conhecimentos geográficos,
cifras aproximadas, pesquisas e informações adquiridas através de leituras e fontes culturais diversas.
• Se considerarmos que a redação apresenta entre 20 e 30 linhas, cada parágrafo pode ser desenvolvido
entre 3 e 6 linhas. Você deve ser flexível nesse número, em razão do tamanho da letra ou da
continuidade de raciocínio elaborado. Observe no seu texto os parágrafos prolixos ou muito curtos, bem
corno os períodos muito fragmentados, que resultam numa construção primária.
Seguem alguns modelos
TEMA: “DENÚNCIAS, ESCÂNDALOS, CASOS ILÍCITOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA,
CORRUPÇÃO E IMPUNIDADE... ISSO É O QUE OCORRE NO BRASIL HOJE.”
Uma nova ordem
Nunca foi tão importante no País uma cruzada pela moralidade. As denúncias que se sucedem, os escândalos

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que se multiplicam, os casos ilícitos que ocorrem em diversos níveis da administração pública exibem, de forma
veemente, a profunda crise moral por que passa o País.
O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como se estes fossem símbolos de todos os males. As instituições
normativas, que fundamentam o sistema democrático, caem em descrédito. Os governantes, eleitos pela
expressão do voto, também engrossam a caldeira da descrença e, frágeis, acabam comprometendo seus
programas de gestão.
Para complicar, ainda estamos no meio de uma recessão que tem jogado milhares de trabalhadores na rua,
ampliando os bolsões de insatisfação e amargura.
Não é de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o que vêem e sentem, procurem
manifestar sua posição com o voto nulo, a abstenção ou o voto em branco. Convenhamos, nenhuma democracia
floresce dessa maneira.
A atitude de inércia e apatia dos homens que têm responsabilidade pública os condenará ao castigo da história.
É possível fazer-se algo, de imediato, que possa acender uma pequena chama de esperança.
O Brasil dos grandes valores, das grandes idéias, da fé e da crença, da esperança e do futuro necessita,
urgentemente da ação solidária, tanto das autoridades quanto do cidadão comum, para instaurar uma nova
ordem na ética e na moral.
Carlos Apolinário, adaptado
Comentário:
O primeiro parágrafo constitui a introdução do texto (tese).
Os parágrafos segundo, terceiro e quarto constituem o desenvolvimento (argumentação — exemplificação com
análise e crítica).
O último parágrafo é a conclusão (perspectiva de solução).

TEMA:
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena
(Fernando Pessoa)
Sonhar é preciso
“Nós somos do tamanho dos nossos sonhos. Há, em cada ser humano, um sebastianista louco, vislumbrando o
Quinto Império; um navegador ancorado no cais, a idealizar ‘mares nunca dantes navegados’; e um obscuro D.
Quixote de alma grande que, mesmo amesquinhado pelo atrito da hora áspera do presente, investe contra seus
inimigos intemporais: o derrotismo, a indiferença e o tédio.
Sufocado pelo peso de todos os determinismos e pela dura rotina do pão-nosso-de-cada-dia, há em cada homem
um sentido épico da existência, que se recusa a morrer, mesmo banalizado, manipulado pelos veículos de massa
e domesticado pela vida moderna.
É preciso agora resgatar esse idealista que ocultamente somos, mesmo que D. Sebastião não volte, ainda que
nossos barcos não cheguem a parte alguma, apesar de não existirem sequer moinhos de vento.
Senão teremos matado definitivamente o santo e o louco que são o melhor de nós mesmos; senão teremos
abdicado dos sonhos da infância e do fogo da juventude; senão teremos demitido nossas esperanças.
O homem livre num universo sem fronteiras. O nordeste brasileiro verde e pequenos nordestinos, ri sonhos e
saudáveis, soletrando o abecedário. Um passeio a pé pela cidade calma. Pequenos judeus, árabes e cristãos,
brincando de roda em Beirute ou na Palestina.
E os vestibulandos, todos, de um país chamado Brasil, convocados a darem o melhor de si no curso superior
que escolheram.

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Utopias? Talvez sonhos irrealizáveis de algum poeta menor, mas convicto de que nada vale a pena, se a alma é
mesquinha e pequena.”
Comentário:
A introdução encontra-se no 1° parágrafo, que faz uma espécie de síntese do texto, funcionando como uma
espécie de índice das idéias e elementos que aparecerão no desenvolvimento (sebastianista, o navegador, o D.
Quixote).
O desenvolvimento está nos cinco parágrafos seguintes, que retomam e explicam cada uma das idéias e
elementos apresentados no inicio.
A conclusão realiza-se no último parágrafo, reafirmando a tese de que somos do tamanho de nossos sonhos e de
nossas lutas por nossos ideais, sem os quais a alma seria mesquinha e pequena (e a vida não valeria a pena).
TEMA: “À busca do Brasil de nossos sonhos, travar-se-á uma longa jornada.”
Em busca do Brasil de nossos sonhos
Utopia, talvez seja este o termo que resuma os anseios de um povo que, há mais de quatro séculos, alimenta
esperanças de ver seu país constituir-se em um Estado forte e humanitário.
Transformações drásticas e rápidas não correspondem ao caminho a se seguir que será árduo e penoso,
entretanto os júbilos alcançados serão tão doces e temos que terão valido cada gota de sangue e suor derramado.
Muitos são os problemas (corrupção, injustiça, desigualdades...) e suas soluções existem, só não fazem parte do
plano político-econômico e social a ser seguido, pois este não há. Generalizar chega a ser infantil e prematuro,
mas atualmente não se tem tido conhecimento sobre uma reforma concreta e séria que vise à melhoria de vida
da população e que não esteja “engavetada”, ainda em “processo de viabilização”, tal como as reformas agrária
e tributária, por exemplo. A justiça no Brasil, além de paradoxal, vem a ser ilusória.
Diversidade de solos, climas, costumes, gente, vários povos misturados em um só, tantos méritos e nenhuma
vitória que não tenha sido mais do que temporária. O amor à pátria a cada dia fica mais frágil quando deveria se
fortalecer, então o que fazer?
Lutar, não travando guerras ou impondo violência. Reivindicar direitos e estipular deveres requer sabedoria, a
liberdade de expressão foi conquistada com muito esforço e perseverança por brasileiros que queriam gritar e
não se calar diante da destruição lenta e contínua de seu país.
Valorizas o nosso e melhorar o Brasil depende não da vontade de cada um, isoladamente, mas sim do desejo de
todos, afinal são mais de cento e trinta milhões de pessoas com interesses diversos ocupando um mesmo país, e
muitas querem vê-lo progredir, no entanto como isso será possível? Optando por um nacionalismo extremado?
Talvez. Para haver mudanças é preciso que se queira mudar, um Estado politicamente organizado, quem sabe,
este Estado: o Brasil.
Tatiana R. Batista

Como melhorar o Brasil


“E nas terras copiosas, que lhes denegavam as promessas visionadas, goravam seus sonhos de redenção”. Com
estas palavras José Américo de Almeida, em seu livro “A Bagaceira”, conseguiu caracterizar um Brasil que, há
quinhentos anos, mantém-se o mesmo: injusto e desigual.
Fome e miséria em meio à fartura e pujança, descontentamento e inércia presentes em um mesmo povo. Tantas
contradições advêm de um processo histórico embasado em inserir o Brasil no contexto sócio-econômico
mundial como um Estado dependente economicamente, subdesenvolvido tecnologicamente, sendo por isso
frágil perante a soberania de um sem-número de países que desde sempre deteve o controle supremo de o quê, e
como tudo deve ser direcionado.
De colônia à república, sendo monarquia ou não, a aristocracia se mantém presente, forte e imponente, segura

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habilidosamente “as rédeas” deste “carro desgovernado” chamado, anteriormente, de Terra brasilis. É estranho
pensar que um vasto território, em que se afirma vigorar o “governo de todos e para todos” pertença na
realidade a um restrito grupo que não deseja alterações de qualquer tipo, por considerar a atual situação do
Brasil ideal. O ideal seria desconsiderar tais argumentos, sendo estes inválidos e inadmissíveis, uma vez que
altos níveis de desemprego, corrupção, carência nos diversos setores públicos..., não correspondem ao que se
espera para haver uma elevação no padrão de desenvolvimento de um país.
A globalização, tão comentada em todo o mundo, só ratifica ainda mais um processo que, aos olhos de todos,
parece inevitável: a colonização do mundo, a preponderância de uns poucos Estados politicamente organizados
sobre o resto do planeta. O Brasil virando colônia, principalmente, dos Estados Unidos da América. A
submissão completa.
Deste ponto de vista (que pode ser o único), a situação se apresenta de forma grave. Alarmante, porém é a falta
de soluções.
Pior, talvez seja a falta de interesse em mudanças. Já foram privatizadas a (Companhia Vale do Rio Doce, a
Siderúrgica Nacional, logo em breve a Petrobrás e o Banco do Brasil, símbolos da soberania nacional. Vivemos
em um mesmo espaço o qual cada vez mais deixa de nos pertencer, estamos enfraquecidos, o nacionalismo se
enfraquece se a nação única deixa de existir. Não se pode afirmar que uma atitude revolucionária seja o melhor
caminho ou o caminho certo, no entanto a passividade neurastênica da população jamais resolverá nada. O
exercício da cidadania é necessária para implantar a verdadeira cidadania. Consciência política e senso de
justiça o pior obstáculo a ser contornado é a alienação, conseqüência da ignorância que cerca a maior parte da
população, sem acesso à cultura.
O primeiro passo já foi dado: conhecer os problemas e, mesmo que superficialmente, pensar a respeito.
Ufanismo, utopia, sonho, perseverança e luta. A coragem precisa de esperança, o homem precisa de ambas para
sobreviver e lutar. Se o povo brasileiro é naturalmente corajoso, lutemos agora para seguir em frente e firmar
este país como soberano e forte que é.
Tatiana R. Batista

A corrupção no Brasil
Durante todo o processo de formação cultural do povo brasileiro, o trabalho nunca foi considerado uma
atividade digna, a riqueza, mesmo ilícita era a grande nobreza e a comprovação da superioridade.
No período colonial, o trabalho para o português recém-chegado toma-se um ato ignóbil, explorar o bugre e o
negro é a maneira de se viver numa terra nova, onde a “esperteza” de sempre tirar lucros e ganhar, mesmo
através da trapaça, é considerada uma virtude.
No império e na república oligárquica, a história se repete e sempre está a favor de uma aristocracia, que
desrespeita a condição humana, com suas atitudes nepóticas e de extrema fraternalidade entre os iguais
mineiros e paulistas.
Nos períodos seguintes, a rede de corruptos se mostra e toma contorno urbanos, onde a população adquire
maior intelectualidade e passa a exigir um maior respeito e que pelo menos se disfarcem os roubos contra nossa
população de miseráveis e condicionados.
Já cansada pelos quinhentos anos de “falcatruas” justificadas e pela explosão de novas “bombas”, a cada dia a
população apercebe-se. em fim, do maquiavelismo político e rejeita as soluções prontas e maternais da pátria
mãe gentil.
Esperamos que, nos próximos anos, a política brasileira tome-se mais séria, rejeite o dito maquiavélico e trate o
trabalho como um meio de ascensão e de dignificação do homem e não como um ato oprobriante.
Tiago Barbosa

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A Estética de uma Redação
No nosso primeiro contato com a redação, podemos achar que é muito fácil mas, na realidade, surge algo que
torna importante o nosso ato de escrever que se mantém na forma de passar a mensagem ao nosso leitor e a
estética do trabalho redacional, que mostra o quanto estamos interessados em que nosso pensamento seja bem
compreensível com lógica e clareza.
Surge então a busca por um trabalho mais limpo e com estética para a estrutura. Observando os exemplos de
redações da dica passada, podemos notar que a estética não é tão ordenada, por isso a seqüência lógica se perde
no meio do caminho e fica sem sentido no que diz respeito ao desenvolvimento de seus argumentos centrais e
finais para uma conclusão mais segura e estruturada.
Lembre-se sempre que, ao formar um Plano de Trabalho para escrever sua redação, você deve visualizar
também a sua ESTÉTICA:
• Nunca comece uma redação com períodos longos. Basta fazer uma frase-núcleo que será a sua idéia
geral a ser desenvolvida nos parágrafos que se seguirão;
• Nunca coloque uma expressão que desconheça, pois o erro de ortografia e acentuação é o que mais tira
pontos em uma redação;
• Nunca coloque hífen onde não é necessário como em penta-campeão ou separação de sílabas
erroneamente como ca-rro (isto só acontece em espanhol e estamos escrevendo na língua portuguesa);
• Nunca use gírias na redação pois a dissertação é a explicação racional do que vai ser desenvolvido e
uma gíria pode cortar totalmente a seqüência do que vai ser desenvolvido além de ofender a norma culta
da Língua Portuguesa;
• Nunca esqueça dos pingos nos "is" pois bolinha não vale;
• Nunca coloque vírgulas onde não são necessárias (o que tem de erro de pontuação !);
• Nunca entregue uma redação sem verificar a separação silábica das palavras;
• Nunca comece a escrever sem estruturar o que vai passar para o papel;
• Tenha calma na hora de dissertar e sempre volte à frase-núcleo para orientar seus argumentos;
• Verifique sempre a ESTÉTICA: Parágrafo, acentuação, vocabulário, separação silábica e principalmente
a PONTUAÇÃO que é a maior dificuldade de quem escreve e a maioria acha que é tão fácil pontuar !
• Respeite as margens do papel e procure sempre fazer uma letra constante sem diminuir a letra no final
da redação para ganhar mais espaço ou aumentar para preencher espaço;
• A letra tem que ser visível e compreensível para quem lê;
• Prepare sempre um esquema lógico em cima da estrutura intrínseca e extrínseca;
• Não inicie nem termine uma redação com expressões do tipo: "... Eu acho... Parece ser... Acredito
mesmo... Quem sabe..." mostra dúvidas em seus argumentos anteriores;
• Cuidado com "superlativos criativos" do tipo: "... mesmamente... apenasmente." . E de "neologismos
incultos" do tipo: "...imexível... inconstitucionalizável...".
Se você prestou atenção nas redações da dica anterior, percebeu que elas estavam seguindo a estrutura
redacional intrínseca (interior) quanto a INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO, mas não
obedeciam a parte extrínseca (exterior) que é a apresentação da Redação, ou melhor, a aparência da escrita
mostrando um conteúdo limpo e claro.
O que notamos é que nas redações faltaram parágrafos e respeito às margens (estética do trabalho) e a
DISSERTAÇÃO do estudante que colocou várias idéias na introdução sem definir uma geral e tornou o
desenvolvimento confuso, pois faltou dissertar sobre as tais conveniências comerciais do ovo de páscoa da
introdução e centrou muito na História da Figura do Cordeiro sem explicar o que a ver a malhação de Judas e o
Domingo de Páscoa. A conclusão começa a ficar em apuros e o fechamento das idéias da introdução e do
desenvolvimento terminam prejudicadas. Nosso desafio é escrever esta dissertação usando todas as dicas para
uma redação boa.
• Como disse meu colega, o Professor Rogério: "A melhor dica para Redação: é Pensar. Penso logo

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escrevo" O segredo é simples: EU ESCRITOR TAMBÉM SOU LEITOR . ( Tudo que estou escrevendo
vem do que penso e preciso montar um bom plano para entender o que escrevo e deixar minha leitura
mais compreensível para os demais leitores )
A LÓGICA ESTRUTURAL: FRASE-NÚCLEO
Observe o texto dissertativo e analise a sua parte lógica na introdução, desenvolvimento e conclusão:
A PÁSCOA CRISTÃ
A Páscoa é uma festa cristã. Nela celebramos a Libertação dos Hebreus por Móises e Javé (Jeová - verbo
hebraico para Ser) como também a Ressurreição de Cristo.
A Bíblia relata no Velho Testamento a saída do povo hebreu perseguido pelo Faraó e libertos pelo Senhor na
passagem do Mar Vermelho, mas no Novo Testamento a Ressurreição abre uma idéia de salvação, de vida nova,
de libertação do corpo pela vida eterna após a morte e eleva o sonho de um mundo novo: A Nova Jerusalém.
Por estes eventos comemoramos a Páscoa.
Em todo mundo cristão comemora-se a Páscoa como a festividade mais significativa de libertação e
ressurreição por dois momentos bíblicos que marcam a mesma esperança de encontrar a Nova Jerusalém.
• Nota-se claramente que além da estética exterior e da simples idéia de seguir a estrutura interna, o
escritor prezou pela lógica de sua redação e não só pelo segmento da introdução, desenvolvimento e
conclusão mas nota-se uma definição muito clara de uma idéia geral (central) na introdução que
fortaleceu o encadeamento das idéias e protegeu o sentido argumentativo do contexto e fechou a
conclusão trazendo ao leitor a visão do que o tema pediu a Páscoa Cristã e que foi mencionada no
núcleo frasal: "... A Páscoa é uma festa cristã...".

Veja o esquema lógico montado em cima da estrutura redacional: TEMA: A Páscoa Cristã; Núcleo ou Tópico-
frasal: A Páscoa é uma festa cristã (idéia geral) Desenvolvimento (idéias encadeadas ou periféricas que
sustentam a idéia central)

• Saída do povo hebreu (EXODUS)


• Ressurreição de Cristo (PROMESSA DE DEUS)
• Promessa de Vida Eterna (NOVA JERUSALEM) Conclusão (Conversão das idéias proclamadas na
redação)

"... todo mundo cristão..." "... festividade significativa..."(puxa a idéia central da introdução)
"...dois momentos bíblicos..." "... Nova Jerusalém..." (puxa o argumento do desenvolvimento)
O que ocorreu na dissertação anterior a esta foi a confusão de idéias e isto complicou a estrutura então podemos
dizer que dentro da introdução surge a primeira idéia a ser construída na redação e a conclusão termina a
montagem de nosso pensamento escrito. E como fica o desenvolvimento ? Isto vamos mostrar em suas formas
de ordenações que é o mais simples de se fazer dentro de um tópico frasal bem estruturado e vamos mostrar
todas as formas de ordenações do desenvolvimento. Não percam!
Montamos em nossa tela mental o que vamos fazer no papel:
TEMA: Os brasis do Brasil Frase-núcleo: O Brasil por suas variadas diversidades possui vários brasis que se
moldam no território nacional e determinam algo que vai além de suas fronteiras regionais.
Desenvolvimento:
• A divisão territorial;
• A formação regional;
• Os diferentes brasis.
Conclusão:

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Cada região territorial é um Brasil diferente não só por sua divisão fronteiriça mas por sua diversidade cultural,
geográfica e muito mais política fortalecendo o Brasil como Nação e Governo.
Temos um Brasil que se forma de diversas maneiras em cada região e possui uma forma diferente de observar o
País como meio de sobrevivência de um povo ou de fortalecimento político das massas emergentes em suas
áreas de atuações territoriais, regionais, culturais e políticas.
Quase preparamos a redação só na esquematização da lógica inicial da introdução.

Exemplo de Dissertação

1. Páscoa é a festa espiritual da libertação, simbolizada por objetos incorporados em nossas vidas como o
ovo de páscoa, que está ligado a um ritual egípcio e, por conveniências comerciais, ganhou seu lugar nas
festividades do Domingo de Páscoa assim como outra tradições que surgiram do anseio popular (a malhação do
Judas em Sábado de Aleluia).
Mas, a verdadeira Páscoa está narrada em Exodus e depois a Nova Páscoa está descrita no Evangelho de Jesus
Cristo como a vitória do Filho do Homem. A primeira Páscoa da História foi celebrada pelos hebreus no século
13 a.C. para que todos lembrassem que Moisés, com a ajuda do Senhor, salvou o seu povo das mãos do Faraó.
Assim, o cordeiro foi o sinal de aliança e o anjo podia saber quem estava com Javé ou Jeová.
E com a ceia vieram os pães ázimos sem fermento e as ervas amargas comidas com o cordeiro pelos hebreus
com os cinturões cingidos aos rins, prontos para ir embora do Egito, ao amanhecer. Depois temos o anúncio do
Cordeiro de Deus por João Batista e a revelação do Filho do Homem até a sua crucificação e a Ressurreição.
Somente a partir deste período, os cristãos das catacumbas começam a usar o Ovo como símbolo de vida nova,
além do que depois do jejum da Quaresma e da Semana Santa era o alimento para a preparação da festa, entre
22 de março a 25 de abril, variando de ano para ano.
A origem das tradições pascais variam de civilização a civilização e de tudo que pode ser incorporado como os
ovos egípcios ganhou afeição dos teutônicos e na China, na Festa da Primavera, distribuíam ovos coloridos. Os
missionários trouxeram o costume que se ocidentalizou-se e a Igreja concordou e oficializou no século XVIII.
No mundo todo, a cerimônia religiosa da Páscoa varia conforme as tradições e costumes, mas seus significados
de Libertação e Vida Nova ainda são traduzidos nas festividades pascais e nas suas formas de comemorações
até mesmo com a malhação do Judas no Sábado de Aleluia e a Missa de Páscoa de Domingo, tudo faz parte da
civilização cristã ocidental e da história da vida, morte, paixão e ressurreição de Cristo narrada no Antigo e
Novo Testamento.

2.
• "A fim de aprender a finalidade e o sentido da vida, é preciso amar a vida por ela mesma, inteiramente;
mergulhar, por assim dizer, no redemoinho da vida. Somente então apreender-se-á o sentido da vida,
compreender-se-á para que se vive. A vida é algo que, ao contrário de tudo criado pelo homem, não
necessita de teoria, quem aprende a prática da vida também assimila sua teoria".
Wilhelm Reich. A Revolução Sexual. Rio de Janeiro, Zahar, 1974.

3. Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. (...) Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que
salva. Não estou me referindo a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se
transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do
qual é quase possível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação. Salva a alma presa, salva a pessoa que
se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar

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entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas
vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada... Lembrando-me agora com
saudade da dor de escrever livros."
Clarice Lispector. A Descoberta do Mundo.
Exemplo de dissertação publicada em jornal:

Comerciais exibidos na televisão recorrem a estereótipos para criar a sensação de desejo no inconsciente do
telespectador. A linguagem da propaganda, em qualquer meio de comunicação, é sempre a da sedução, a do
convencimento. (introdução)

Na TV, seu discurso ganha um reforço considerável: a força das imagens em movimento. Assim, fica muito
difícil resistir aos seus apelos: o sanduíche cujos ingredientes quase saltam da tela com sua promessa de sabor,
o último lançamento automobilístico – que nenhum motorista inteligente pode deixar de comprar – deslizando
em uma rodovia perfeita como um tapete, a roupa de grife moldando o corpo esguio de jovens modelos.
A publicidade funciona assim nas revistas, nos jornais, no rádio e nos outdoors, mas suas armas parecem mais
poderosas na televisão. Se é verdade, como dizem os críticos, que a propaganda tenta criar necessidades que
não temos, os comerciais de TV são os que mais perto chegam de nos fazer levantar imediatamente do sofá para
realizar algum desejo de consumo – e às vezes conseguem, quando o objeto em questão pode ser encontrado na
cozinha.

Aprender a “ler” as peças publicitárias veiculadas pela TV tem a mesma importância, na formação de um
telespectador crítico, que saber analisar os noticiários e as telenovelas. A parte mais óbvia desse trabalho de
conscientização refere-se, claro, à identificação das estratégias usadas para criar o apelo ao consumo.

Entre as armas da publicidade para seduzir o telespectador destacam-se a nudez, a inocência infantil e a
plasticidade quase irreal das imagens. Independente do apelo ao consumo, os comerciais exibidos pela televisão
também se prestam a análises mais amplas de conteúdo.
(desenvolvimento)

Ao difundir modelos de comportamento, os comerciais exercem tanta influência sobre os telespectadores


quanto os personagens de novelas. E, ao reforçar estereótipos associados a raças e classes sociais, por exemplo,
contribuem decisivamente para que imagens distorcidas da sociedade continuem a ser propagadas.
(Conclusão)

Exemplos de dissertação
Através de dois textos distintos, a dissertação pode ser exemplificada:

"A fim de aprender a finalidade e o sentido da vida, é preciso amar a vida por ela mesma, inteiramente;
mergulhar, por assim dizer, no redemoinho da vida. Somente então apreender-se-á o sentido da vida,
compreender-se-á para que se vive. A vida é algo que, ao contrário de tudo criado pelo homem, não necessita de
teoria, quem aprende a prática da vida também assimila sua teoria".
Wilhelm Reich. A Revolução Sexual. Rio de Janeiro, Zahar, 1974.
O texto expõe um ponto-de-vista (finalidade da vida é viver) sobre um assunto-tema (no caso, o sentido e a
finalidade da vida). Além de apresentar um ponto-de-vista do autor, o texto faz também a defesa deste ponto-
de-vista: onde ele defende os motivos que fundamentam a opinião de que a prática intensa de viver é que revela
o sentido da vida.

"Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. (...) Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que
salva. Não estou me referindo a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se
transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do

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qual é quase possível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação. Salva a alma presa, salva a pessoa que
se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar
entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas
vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada... Lembrando-me agora com
saudade da dor de escrever livros."
Clarice Lispector. A Descoberta do Mundo.

Dissertação - Exercícios resolvidos

Dissertação - Exercícios resolvidos

Texto para as questões 01 a 05

O pensamento ecológico: da Ecologia Natural ao Ecologismo

Para entender o desenvolvimento do pensamento ecológico e a maneira como ele

chegou ao seu atual nível de abrangência, é necessário partir da constatação de que o campo

da Ecologia não é um bloco homogêneo e compacto de pensamento. Não é homogêneo

porque nele vamos encontrar os mais variados pontos de vista e posições políticas, e não é

compacto porque em seu interior existem diferentes áreas de pensamento, dotadas de certa

autonomia e voltadas para objetos e preocupações específicas. Podemos dizer que, a grosso

modo, existem no atual quadro do pensamento ecológico pelo menos quatro grandes áreas,

que poderíamos denominar Ecologia Natural, Ecologia Social, Conservacionismo e

Ecologismo. As duas primeiras de caráter mais teórico-científico e as duas últimas voltadas

para objetivos mais práticos de atuação social. Essas áreas, cuja existência distinta nem

sempre é percebida com suficiente clareza, foram surgindo de maneira informal na medida em

que a reflexão ecológica se desenvolvia historicamente, expandindo seu campo de alcance.

A Ecologia Natural, que foi a primeira a surgir, é a área do pensamento ecológico que

se dedica a estudar o funcionamento dos sistemas naturais (florestas, oceanos etc.),

procurando entender as leis que regem a dinâmica de vida da natureza. Para estudar essa

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dinâmica de vida da natureza, a Ecologia Natural, apesar de estar ligada principalmente ao

campo da Biologia, se vale de elementos de várias ciências como a Química, a Física, a

Geologia etc. A Ecologia Social, por outro lado, nasceu a partir do momento em que a reflexão

ecológica deixou de se ocupar do estudo do mundo natural para abarcar também os múltiplos

aspectos da relação entre os homens e o meio ambiente, especialmente a forma pela qual a

ação humana costuma incidir destrutivamente sobre a natureza. Essa área do pensamento

ecológico, portanto, se aproxima mais intimamente do campo das ciências sociais e humanas.

A terceira grande área do pensamento ecológico - o Conservacionismo - nasceu justamente

da percepção da destrutividade ambiental da ação humana. Ela é de natureza mais prática e

engloba o conjunto das idéias e estratégias da ação voltadas para a luta a favor da

conservação da natureza e da preservação dos recursos naturais. Esse tipo de preocupação

deu origem aos inúmeros grupos e entidades que formam o amplo movimento existente hoje

em dia em defesa do ambiente natural. Por fim, temos o fenômeno ainda recente, mas cada

vez mais importante, do surgimento de uma nova era do pensamento ecológico, denominada

Ecologismo, que vem se constituindo como um projeto político de transformação social,

calcado em princípios ecológicos e no ideal de uma sociedade não opressiva e comunitária.

A idéia central do Ecologismo é de que a resolução da atual crise ecológica não poderá ser

concretizada apenas com medidas parciais de conservação ambiental, mas sim através de

uma ampla mudança na economia, na cultura e na própria maneira de os homens se

relacionarem entre si e com a natureza. Essas idéias têm sido defendidas em alguns países

pelos chamados "Partidos Verdes", cujo crescimento eleitoral, especialmente na Alemanha

e na França, tem sido notável.

Pelo que foi dito acima, podemos perceber que dificilmente uma outra palavra terá

uma expansão tão grande no seu uso social quanto a palavra Ecologia. Em pouco mais de um

século, ela saiu do campo restrito da Biologia, penetrou no espaço das ciências sociais,

passou a denominar um amplo movimento social organizado em torno da questão da proteção

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ambiental e chegou, por fim, a ser usada para designar toda uma nova corrente política. A

rapidez dessa evolução gerou uma razoável confusão aos olhos do grande público, que vê

discursos de natureza bastante diversa serem formulados em nome da mesma palavra

Ecologia. Que relação pode haver, por exemplo, entre um deputado "verde" na Alemanha,

propondo coisas como a liberação sexual e a democratização dos meios de comunicação, e

um conservador biólogo americano que se dedica a escrever um trabalho sobre o papel das

bactérias na fixação do nitrogênio? Tanto um como o outro, entretanto, se dizem inseridos

no campo da Ecologia. A chave para não nos confundirmos diante desse fato está justamente

na percepção do amplo universo em que se movimenta o uso da palavra Ecologia.

(LAGO, Antonio & PÁDUA, José Augusto, O que é Ecologia, 8.


ed. São Paulo: Brasiliense, 1989)

01. Com relação à construção do texto, é correto afirmar que:

a) o primeiro parágrafo introduz o assunto, apresentando-o em linhas gerais;

b) o segundo parágrafo retoma, cronologicamente, cada um dos temas apenas mencionados no

primeiro parágrafo;

c) o fato de as áreas da preocupação ecológica aparecerem citadas no primeiro parágrafo serve como

argumento para afirmação de que o campo da Ecologia é um bloco homogêneo e compacto;

d) ele não está construído logicamente, não sendo possível o leitor reconstruir esquematicamente o

caminho seguido pelos autores;

e) n.d.a.

RESPOSTA: B

02. Dentre as afirmativas a seguir, que versam sobre o uso de alguns elementos coesivos do primeiro

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parágrafo do texto, é incorreto afirmar que:

a) "ele" e "seu" (linhas 2 e 3) remetem a "pensamento ecológico";

b) "nele" (linha 4) e "seu" (linha 5) se relacionam a "campo da Ecologia" e "bloco homogêneo",

respectivamente;

c) "As duas primeiras" (linha 9) se relaciona a "Ecologia Natural" e "Ecologia Social";

d) "as duas últimas" (linha 9) faz remissividade a "Conservadorismo" e "Ecologismo";

e) "Essas áreas" (linha 10) remete a "Ecologia Natural", "Ecologia Social", "Conservadorismo" e

"Ecologismo".

RESPOSTA: B

03. Com relação aos elementos intratextuais abaixo destacados, é correto afirmar que:

a) "Essas idéias (linha 35) faz remissividade a todo o exposto no período imediatamente anterior;

b) "acima" (linha 38) remete a todo o exposto anteriormente no texto, ou seja, a todo o exposto nos

dois primeiros parágrafos;

c) "Tanto um como o outro" (linha 48) deve ser preenchido com os termos "deputado verde" e

"conservador verde";

d) "Ela" (linha 24) é um pronome pessoal do caso reto que deve ser lido como "Conservadorismo";

e) Todas as alternativas estão corretas.

RESPOSTA: E

04. Com relação aos conectivos conjuntivos abaixo destacados, é incorreto afirmar que:

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a) o "porque" (linha 4) introduz uma oração que estabelece uma relação de causa com a oração "Não

é homogêneo";

b) o "Para" (linha 1) inicia uma oração que estabelece uma relação de finalidade com aquela a que se

subordina;

c) o "portanto" (linha 22) faz a oração em que está constituir-se uma conclusão ao exposto no período

anterior;

d) o "apesar de" (linha 16) introduz uma oração que estabelece uma relação de concessão com a

principal do período em que está;

e) o "mas" (linha 33) está interposto entre orações de sentidos contraditórios, introduzindo, portanto,

uma oração adversativa.

RESPOSTA: E

05. Certos elementos lingüísticos contribuem para deixar pressupostos certas informações. Assim sendo,

é correto afirmar que:

a) "nem sempre" (linha 10-11) permite deduzir que, embora muitos não percebam os limites entre as

áreas do pensamento ecológico, há quem as conheça e perceba;

b) "apenas" (linha 34) deixa entrever que, para a atual crise ecológica possa ser resolvida, deverão ser

tomadas medidas outras, que não só as de conservação ambiental;

c) "especialmente" (linha 36) deixa pressupor que o crescimento eleitoral dos Partidos "Verdes" tem

ocorrido em outros países, além de na França e Alemanha;

d) "principalmente" (linha 16) permite concluir que a Ecologia Natural tem uma ligação íntima com a

Biologia e com outras ciências;

e) todas são corretas.

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RESPOSTA: E

06. (FUVEST)

"Além de parecer não ter rotação, a Terra parece também estar imóvel no meio dos céus.

Ptolomeu dá argumentos astronômicos para tentar mostrar isso. Para entender esses

argumentos, é necessário lembrar que, na Antigüidade, imagina-se que todas as estrelas (mas

não os planetas) estavam distribuídas sobre uma superfície esférica, cujo raio não parece ser

muito superior à distância da Terra aos planetas. Suponhamos agora que a Terra esteja no

centro da esfera das estrelas. Neste caso, o céu visível à noite deve abranger, de cada vez,

exatamente a metade da esfera das estrelas. E assim parece realmente ocorrer: em qualquer

noite, de horizonte a horizonte, é possível contemplar, a cada instante, a metade do zodíaco.

Se, no entanto, a Terra estivesse longe do centro da esfera estelar, então o campo de visão à

noite não seria, em geral, a metade da esfera: algumas vezes poderíamos ver mais da

metade, outras vezes poderíamos ver menos da metade do zodíaco, de horizonte a horizonte.

Portanto, a evidência astronômica parece indicar que a Terra está no centro da esfera de

estrelas. E se ela está sempre nesse centro, ela não se move em relação às estrelas."

(Roberto de A. Martins, Introdução geral ao


Commentarius de Nicolau Copérnico)

Os termos além de, no entanto, então, portanto estabelecem no texto relações, respectivamente de:

a) distanciamento - objeção - tempo - efeito

b) adição - objeção - tempo - conclusão

c) distanciamento - conseqüência - conclusão - efeito

d) distanciamento - oposição - tempo - conseqüência

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e) adição - oposição - conseqüência - conclusão

RESPOSTA: E

07.

"As palavras, paralelamente, iam ficando sem vida.

Já a oração era morna, depois fria, depois inconsciente..." (Machado de Assis, Entre santos)

"Nas feiras, praças e esquinas do Nordeste, costuma-se ferir a madeira com o que

houver à mão: gilete, canivete ou prego. Já nos ateliês sediados entre Salvador e o Chui,

artistas cultivados preferem a sutileza da goiva ou do buril." (Veja, 17/08/94, p. 122)

"Ele só se movimenta correndo e perdeu o direito de brincar sozinho na rua onde mora - por

diversas vezes já atravessou-a com sinal fechado para pedestres, desviando-se de motoristas

apavorados." (Veja, 24/08/94, p. 60)

Nos textos acima, o termo já exprime, respectivamente, a idéia de:

a) tempo, causalidade, intensificação

b) oposição, espaço, tempo

c) tempo, oposição, intensificação

d) intensificação, oposição, tempo

e) tempo, espaço, tempo

RESPOSTA: C

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08. (MACKENZIE)

"É comum, no Brasil, a prática de tortura contra presos. A tortura é imoral e constitui crime.

Embora não exista ainda na leis penais a definição do 'crime de tortura', torturar um preso ou

detido é abuso de autoridade somado à agressão e lesões corporais, podendo qualificar-se

como homicídio, quando a vítima da tortura vem a morrer. Como tem sido denunciado com

grande freqüência, policiais incompetentes, incapazes de realizar uma investigação séria, usam

a tortura para obrigar o preso a confessar um crime. Além de ser um procedimento covarde,

que ofende a dignidade humana, essa prática é legalmente condenada. A confissão obtida

mediante tortura não tem valor legal e o torturador comete crime, ficando sujeito a severas

punições." (Dalmo de Abreu Dallan)

Pode-se afirmar que esse trecho é uma dissertação:

a) que apresenta, em todos os períodos, personagens individualizadas, movimentando-se num espaço e

num tempo terríveis, denunciados pelo narrador, bem como a predominância de orações

subordinadas, que expressam seqüência dos acontecimentos;

b) que apresenta, em todos os períodos, substantivos abstratos, que representam as idéias discutidas,

bem como a predominância de orações subordinadas, que expressam o encadeamento lógico da

denúncia;

c) que apresenta uma organização temporal em função do pretérito, jogando os acontecimentos

denunciados para longe do momento em que fala, bem como a predominância de orações

subordinadas, que expressam o prolongamento da idéias repudiadas;

d) que consegue fazer uma denúncia contundente, usando, entre outros recursos, a ênfase, por meio da

repetição de um substantivo abstrato em todos os períodos, bem como a predominância de orações

coordenadas sindéticas, que expressam o prolongamento das idéias repudiadas;

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e) que consegue construir um protesto persuasivo com uma linguagem conotativa, construída sobre

metáforas e metonímias esparsas, bem como com a predominância de orações subordinadas,

próprias de uma linguagem formal, natural para esse contexto.

RESPOSTA: B

09. (MACKENZIE)

"Acho que não pode haver discriminação racial e religiosa de espécie alguma. O direito de um

termina quando começa o do outro. Em todas as raças, todas as categorias, existe sempre

gente boa e gente má. No caso particular dessa música, não posso julgar, porque nem

conheço o Tiririca. Como posso saber se o que passou na cabeça dele era mesmo ofender os

negros? Eu, Carmen Mayrink Veiga, não tenho idéia. Mas o que posso dizer é que se os

negros acharam que a música é uma ofensa, eles devem estar com toda razão." (Revista Veja)

a) A argumentação, desenvolvida por meio de clichês, subtende um distanciamento entre o eu /

enunciador e o ele / negros.

b) A argumentação revela um senso crítico e reflexivo, uma mente que sofre com os preconceitos e,

principalmente, com a própria impotência diante deles.

c) A argumentação, partindo de visões inusitadas, mas abalizadas na realidade cotidiana, aponta para a

total solidariedade com os negros e oprimidos.

d) O discurso, altamente assumido pelo enunciador, a ponto de autocitar-se sem pejo, ataca

rebeldemente a hipocrisia social, que mascara os preconceitos.

e) Impossível conceber, como desse mesmo enunciador, essa frase: "Sempre trabalhei como uma

negra", publicada semanas antes na mesma revista.

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RESPOSTA: A

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