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INSTITUTO DE TEOLOGIA PRÁTICA

MÓDULO: PANORAMA DO ANTIGO TESTAMENTO


Prof. Rodrigo R. Sonsino1
Material Base do Modulo2

ASSUNTO 5 - PERÍODO 5 – PERÍODO DE TRANSIÇÃO


A ameaça do domínio filisteu pairava sobre Israel. Estabelecidos na planície marítima
ao sudoeste da Palestina, eles começaram a invadir as terras israelitas nos dias de
Sansão. O povo de Deus carecia de uma liderança nacional centralizada e não
conseguia expulsar os invasores.
Embora Sansão tivesse recebido poder sobrenatural, fracassou quando tentou usá-lo
para o bem da nação de Israel.
A superioridade dos filisteus sobre Israel pode ser mais bem explicada com o fato
de que eles detinham o segredo da fundição do ferro. Embora os hititas, na Ásia
Menor, já trabalhassem com esse material antes de 1200 aC., os filisteus foram os
primeiros a manufaturá-lo na Palestina. Eles preservavam o monopólio da fundição
do ferro cuidadosamente e, por causa disso, tinham Israel à sua mercê: "... em toda a
terra de Israel nem um ferreiro se achava..." (1Sm 13.19-22). Consequentemente, os
israelitas dependiam dos filisteus para a confecção de lanças e espadas, bem como
para a afiação de suas ferramentas agrícolas.
No campo político, os filisteus ocupavam pelo menos cinco cidades na planície
marítima, que eram governadas independentemente por um senhor". Os nomes
dessas cidades Ascalom, Asdode, Ecrom, Gaza e Gate figuram nos registros bíblicos

As Escrituras refletem essa luta entre israelitas e filisteus durante várias gerações.
Sob a liderança de Eli, Samuel e Saul, as tribos de Israel conseguiram se unir até
certo ponto para resistir aos filisteus. Houve tempos, porém, em que parecia que o
povo de Deus não conseguiria evitar o cativeiro. Por volta de 1000 a.C., sob o
comando de Davi, o poderio dos filisteus foi aniquilado

ELI COMO SACERDOTE E JUIZ


Os fatos relatados em 1Samuel 1-4 ocorreram durante o período de liderança de Eli.
Podemos resumi-los da seguinte maneira:

O nascimento de Samuel 1Samuel 1.1-2.11


O serviço no tabernáculo 2.12-26
Duas advertências a Eli 2.27-3.21
O julgamento de Eli 4.1-22

1 Pastor/Missionário, colabora com o ensino teológico no Ministério Fonte de Vida. Bacharel em


Teologia. Pós-graduado em Teologia para o Diálogo Inter-religioso.
2 SCHULTZ J. Samuel, GARY V. Smith, Curso Vida Nova de Teologia Básica: Panorama do Antigo

Testamento, São Paulo: Vida Nova, 2008


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Siló, onde o tabernáculo permaneceu nos dias de Josué (Js 18.1) aparentemente
continuou sendo o centro religioso de Israel. Era nessa cidade que Eli servia como
sumo sacerdote e liderava o povo nos assuntos civis e religiosos. Embora a narrativa
bíblica passe a enfocar mais a vida de Samuel, a condição que prevalecia durante os
dias de Eli é descrita com detalhes.

Apostasia religiosa
A religião de Israel havia alcançado seu nível mais baixo quando Eli estava no
comando. Ele fracassou em ensinar seus filhos a reverenciar a Deus, da maneira
como Moisés havia claramente instruído os israelitas (Dt 4-6). Os filhos de Eli Hofni e
Fineias com o SENHOR" (1Sm 2.12). Não obstante essa omissão, era-lhes permitido
assumir responsabilidades sacerdotais, com o que eles tiravam vantagem do povo
que vinha sacrificar e adorar a Deus. Eles não apenas roubavam de Deus ao exigir as
porções sacerdotais antes que o sacrifício fosse entre gue, mas também se portavam
de tal maneira que as pessoas passaram a evitar ir a Siló para sacrificar ao Senhor.
Hofni e Fineias profanaram o santuário com atos imorais e vulgares, comuns na
religião dos cananeus. Consequentemente, não é de surpreender que Israel
continuasse a se envolver com práticas religiosas cada vez mais corruptas não se
importavam.
Era essa a atmosfera religiosa que reinava na cidade de Siló na época em que Samuel
para lá foi levado quando ainda criança. Deixando o cuidado de sua mãe, mulher
temente a Deus, Samuel ficou sujeito ao mal e à influência degradante dos filhos do
sumo sacerdote, no centro religioso da nação. Para o bem de Israel, Samuel reagiu
contra as atitudes ímpias dos filhos de Eli e tornou-se consciente do chamado de Deus
desde a juventude

Julgamento iminente
A fraqueza de Eli instigou o julgamento de Deus. Ele foi advertido em duas ocasiões.
Um profeta anônimo declarou-lhe claramente que ele estava honrando mais a seus
filhos do que a Deus (1Sm 2.30). Sua falta de disciplina se estendia ao seu oficio
sacerdotal, à medida que seus filhos assumiam responsabilidades no tabernáculo.
Com o chamado de Samuel, Eli recebeu seu segundo alerta (1Sm 3)
No dia em que o julgamento divino se manifestou, toda a nação foi afetada. Durante
uma batalha contra os filisteus, os filhos de Eli cederam à pressão do povo e retiraram,
do Santo dos Santos, a arca da aliança. Eles a levaram ao campo de batalha, na
esperança de que isso forçasse Deus a lhes dar vitória
A derrota de Israel foi devastadora. A arca foi roubada, os filhos de Eli foram mortos,
e o relato das perdas de Israel chocou Eli de tal maneira, que ele desmaiou e morreu.
É bem provável que a cidade de Silo tenha sido destruída. Quando trouxeram a arca
de volta, esta permaneceu numa residência particular. Não há mais nenhuma menção
na Bíblia com respeito a Siló ou ao tabernáculo. Depois disso, os profetas passaram
a oficiar os rituais em Nobe (1Sm 21.1)
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A derrota de Israel foi tão desmoralizante que, quando a nora de Eli deu à luz um filho,
ela o chamou Icabode, porque sentiu que a bênção de Deus havia sido retirada de
Israel.

SAMUEL COMO PROFETA, SACERDOTE E JUIZ


Sucintos, mas significativos, são os capítulos em 1Samuel que demonstram as
mudanças políticas e religiosas ocorridas durante a liderança daquele profeta.
Vejamos o seguinte resumo:
A arca retorna a Israel 1Samuel 5.1-7.2
Avivamento e vitória 7.3-14
Resumo do ministério de Samuel 7.15-83
O povo pede um rei 8.4-22
Saul ungido rei 9.1-10.16
Aclamação pública e vitória 10.17-11.11
A coroação de Saul e a promessa de Samuel 11.12-12.25

Samuel teve uma importância singular na história de Israel. Ele foi o último dos juízes
a exercer autoridade civil sobre o povo. Embora não pertencesse à linhagem de Arão,
oficiava os rituais como principal sacerdote oi também reconhecido como profeta e
criou escolas de profetas que influenciaram as futuras gerações dos reis de Israel.

Uma liderança eficiente


Samuel erigiu um altar em sua cidade natal Ramá. Embora a houvesse retornado,
havia sido guardada na casa de Abinadabe, e permaneceu até os dias de Davi.
Samuel estabeleceu um circuito de cidades através de toda a terra de Israel para
realizar suas tarefas sacerdotais e desenvolver um ministério de ensino eficiente.
Os lugares mencionados no relato bíblico são Mispa, Ramá, Gilgal, Belém, Betel e
Berseba. Com o passar do tempo, grupos de profetas passaram a acompanhar
Samuel, e todo o Israel, desde Dã até Berseba, tornou-se ciente do fato de que ele
havia estabelecido como profeta do Senhor
A extinção dos rituais de adoração cananeia das fileiras de Israel também aconteceu
por ordem de Samuel. Quando ele reuniu o povo numa convocação de oração, jejum
e sacrifício em Mispa, os filisteus atacaram. Em meio à batalha, eles foram
confundidos e fugiram ao serem atingidos por uma tempestade muito grande.
Samuel reconheceu a ajuda de Deus e sua intervenção, ao erigir uma pedra, a que
chamou Ebenézer, que significa "até aqui nos ajudou o Senhor" (1Sm 7.12). Essa foi
a última vez que os filisteus atacaram Israel enquanto Samuel estava no comando.

O povo pede um rei


Relutante, Samuel deu ouvidos ao povo e, finalmente, consentiu que não impusesse
sobre si uma instituição cananeia estranha ao seu modo fosse escolhido um rei para
Israel. De maneira eloquente, implorou que povo de vida. Sensível à liderança divina,
Samuel concordou e delegou os deveres de chefe de estado a um novo líder (1Sm
8.7-22).
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SAUL, O PRIMEIRO REI DE ISRAEL


Saul foi o escolhido por Deus para ser o primeiro rei de Israel, depois que o povo
exigiu um líder como os das nações vizinhas. Saul foi ungido em particular e aclamado
publicamente em uma convocação em Mispa, quando o povo bradou com entusiasmo:
"Viva o rei!". A natureza do reinado em Israel, no entanto, é descrita singularmente por
meio da afirmação de Saul seria "...príncipe sobre a sua herança [de Deus]." (1Sm
9.16; 10
A libertação de Jabes-Gileade do controle dos amonitas, sob a liderança de Saul,
conferiu projeção nacional ao novo monarca. Em uma reunião com o povo, em Gilgal,
depois dessa vitória, Samuel reconheceu publicamente Saul como rei. O profeta
entregou ainda ao povo a advertência de que a prosperidade da sua nação dependia
da obediência a Saul, bem como da sua sujeição à Lei de Moisés. Essa mensagem
foi confirmada por uma repentina chuva acompanhada de trovões durante a colheita
do trigo entre 15 de maio e 15 de junho. Isso foi considerado um milagre, uma vez
que, normalmente, não chove na Palestina, entre abril e outubro. Samuel, porém,
assegurou ao povo o seu sincero interesse pelo bem-estar da nação, ao afirmar
publicamente:"... longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por
vós..." (1Sm 12.23)
Os capítulos restantes do livro de 1Samuel relatam, com detalhes vividos e
dramáticos, a liderança de Saul em Israel. Para fins de estudo, podemos dividi-los em
três unidades, como indicado nas próximas páginas.
Saul erra ao não esperar por Samuel 1Samuel 13.1-15a
Os filisteus derrotados em Micmás 13.15b-14.46
As nações vizinhas são subjugadas 14.47-52
Desobediência em uma vitória contra os amalequitas 15.1-35

Saul liderou a nação em várias campanhas militares bem-sucedidas. Em uma colina


que ficava cerca de 5 quilômetros ao norte de Jerusalém, ele estabeleceu Gibeá como
um palácio fortificado, que aparentemente permaneceu como capital enquanto ele foi
rei de Israel. Saul expulsou os filisteus em Micmás e derrotou várias outras nações,
além dos amalequitas (1Sm 14.47, 48)
Saul desfrutava de muitas vantagens quando assumiu o reinado. Tinha sido um líder
militar bem-sucedido, pelo que havia conquistado o reconhecimento de seu povo, em
nível nacional. Tinha ainda o apoio espiritual de um profeta renomado em todo o Israel
– Samuel --, que assegurou ao rei e ao povo que intercederia por eles. Infelizmente,
o sucesso e o reconhecimento público não conseguiram esconder as fraquezas de
caráter de Saul. Estas ficaram evidentes quando, por impaciência, ele se mostrou
incapaz de esperar por Samuel em Gilgal e apossou-se da responsabilidade
sacerdotal.
Além disso, desobedeceu à ordem de Deus dada pelo profeta de destruir totalmente
os amalequitas. Samuel repreendeu duramente Saul, com a advertência de que ".. o
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obedecer é melhor do que o sacrificar...". Por ter deixado de reconhecer esse dever
sagrado, Saul recebeu a notícia de que havia perdido o direito de reinar sobre Israel.

A ASCENSÃO DE DAVI E SEU


RECONHECIMENTO NACIONAL
Saul não tinha conhecimento de que Samuel havia ungido Davi.
Com essa experiência, o profeta Samuel havia aprendido que o homem tende a olhar
para o exterior, mas o Senhor avalia o coração. Em sua juventude Davi recebera um
preparo completo. Naquela época, ele não apenas aprendeu a tocar instrumentos,
mas também desenvolveu sua força e engenhosidade, ao lutar com leões e ursos. Ao
mesmo tempo, aprendeu a depositar sua de confiança em Deus e a buscar a ajuda
divina. Em uma missão a serviço seus irmãos mais velhos que estavam no exército,
Davi ficou sabendo que Golias vinha desafiando os israelitas. Ele estava certo de que
Deus o ajudaria a matar o gigante. Com essa façanha, Davi foi imediatamente
reconhecido por todo o povo. Embora houvesse comparecido perante o rei em outras
ocasiões para, com sua música, acalmar o espírito atribulado de Saul, agora Davi
atuava definitivamente na corte real.
A ascensão de Davi e seu reconhecimento nacional 1Samuel 16-17
Saul prepara armadilhas para Davi 18-19
A amizade de Davi e Jônatas 20
A fuga de Davi e suas consequências 21-22
Davi perseguido por Saul 23-26

Saul tomou-se de ciúme quando viu o reconhecimento que toda a nação revelou ter
por Davi. Ao ver que seus estratagemas para matar Davi fracassaram um após o
outro, Saul passou a persegui-lo. Nesse interim, surge, entre Davi e Jônatas, uma das
amizades mais belas do Antigo Testamento.
O relacionamento dos dois amigos tornou possível que Davi tivesse constante
conhecimento dos intuitos maliciosos do rei.
Finalmente, Davi foi obrigado a se refugiar no deserto da Judeia. Durante o período
em que Saul perseguiu Davi e seus homens, teve duas oportunidades de tirar a vida
do rei, mas em ambas se recusou a fazê-lo, afirmando que não tocaria no ungido do
Senhor.
O conflito entre israelitas e filisteus:
Os filisteus concedem refúgio a Davi 1Samuel 27.1-28.2
Saul busca ajuda em En-Dor 28.3-25
Davi recupera suas posses 29.1-30.31
A morte de Saul 31.1-13

Davi receava que Saul o pegasse de surpresa. Isso fez com que buscasse refúgio na
terra dos filisteus. Durante o último ano e meio do reinado de Saul, Davi recebeu
permissão de Aquis para morar na cidade filisteia de Ziclague. Entretanto, foi proibido
de unir-se aos filisteus em sua luta contra Saul.
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Quando os filisteus foram à guerra contra os exércitos israelitas acampados no monte


Gilboa, Saul tinha mais a temer do que qualquer inimigo que ele já tivesse derrotado.
Há muito ignorado por Saul, Samuel não se dispôs a ser consultado. Então, acometido
de pânico, o rei de Israel voltou-se para Deus. Dele, porém, não recebeu resposta
alguma através de sonho, do Urim ou de um profeta. Desesperado, Saul buscou a
ajuda de médiuns, a quem ele mesmo expulsara.
Como Samuel havia previsto, a vida de Saul terminou em trevas, quando ele se
encontrou novamente com os filisteus. Os invasores obtiveram vitória decisiva,
conseguindo o controle do vale fértil de Megido, desde a costa até o Jordão, e
ocuparam várias cidades. O fim do primeiro rei de Israel foi trágico. Embora tivesse
sido escolhido e ungido por Deus por intermédio do profeta Samuel, Saul fracassou
por não ter percebido que a obediência era essencial para que levasse adiante a tarefa
que Deus lhe concedera de ser "... príncipe sobre a sua herança..." (1Sm 10.1).

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