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DIREITO

PROCESSUAL PENAL
Professor Leandro Ernesto
DIREITO PENAL EDITAL ESQUEMATIZADO
PARTE GERAL DO CP
1. Princípios básicos;
2. Aplicação da lei penal (art. 1º ao 12 CP);
2.1 A lei penal no tempo e no espaço (art. 2º ao 7º CP)
2.1.1 Tempo e lugar do crime (art. 4º e 6º CP)
2.1.2 Territorialidade e extraterritorialidade da lei penal (art. 5º e 7º CP);
3. O fato típico e seus elementos (art. 13 a 20 CP)
3.1 Crime consumado e tentado (art. 14 CP)
4. Ilicitude e causas de exclusão (art. 23 CP)
4.1 Excesso punível (art. 23 § único CP)
DIREITO PENAL
EDITAL ESQUEMATIZADO

PARTE ESPECIAL DO CP
5. Crimes contra a pessoa (art. 121 a 154-B);
6. Crimes contra o patrimônio (art. 155 a 183 CP);
7. Crimes contra a fé pública (art. 289 a 311-A CP);
8. Crimes contra a Administração Pública (art. 312 a 337-A e 338 a 359 CP).
QUESTÕES DIREITO PENAL – BANCA CESPE

Crimes contra a pessoa

46%
54%
Crimes contra o patrimônio
QUESTÕES PARTE GERAL – BANCA CESPE

Crimes contra a pessoa

22% Crimes contra o patrimônio


40%

Crimes contra a fé pública

26%
12% Crimes contra a
Administração Pública
QUESTÕES PARTE ESPECIAL – BANCA CESPE

Crimes contra a pessoa

22% Crimes contra o patrimônio

40%
Crimes contra a fé pública

26%
Crimes contra a
12%
Administração Pública
DIREITO PENAL
PARTE GERAL – APLICAÇÃO DA LEI PENAL

Lei penal no tempo (art. 2º ao 4º CP)

Prof. Leandro Ernesto


@ProfessorLeandroErnesto
# Quando (no tempo) um crime se considera
praticado?

@ProfessorLeandroErnesto
Tempo do crime

1) Teoria da atividade:
2) Teoria do resultado:
3) Teoria mista/ubiguidade:

Ex: A com 17 anos, 11 meses e 29 dias atira contra B. Este morre 10


dias depois.

@ProfessorLeandroErnesto
# Qual das três teorias adotou o CPB?

@ProfessorLeandroErnesto
O Código penal adotou a teoria da atividade
para o tempo do crime.
Tempo do crime

“Art. 4º C.P. - Considera-se praticado o crime no momento DA


AÇÃO OU OMISSÃO, ainda que outro seja o momento do
resultado.”

@ProfessorLeandroErnesto
Lei penal no tempo
Lei vigente na
REGRA Atividade
data do crime

Aplica-se a fatos
Retroatividade antes de sua
vigência

Aplica-se mesmo
EXCEÇÃO Extra-atividade Ultra-atividade após a sua
revogação

Utiliza as duas
Lei Intermediária
anteriores
@ProfessorLeandroErnesto
Lei penal no tempo: RETROATIVIDADE benéfica

De sua
vigência; ou
Mesmo ANTES
Lex mitior Sempre Art. 2º § único
RETROAGE CP
LEI NOVA ou
para
mais benéfica Novatio legis O trânsito em
BENEFICIAR
in mellius o réu julgado
Mesmo APÓS
Art. 2º § único
CP

@ProfessorLeandroErnesto
RETROATIVIDADE BENÉFICA: espécies

Abolitio criminis
(art. 2º caput CP)
RETROATIVIDADE
BENÉFICA
Novatio legis in mellius
(art. 2º § único CP)

@ProfessorLeandroErnesto
Lei penal no tempo – Ultra-atividade

Aplica-se
EXCEÇÃO Extra-atividade Ultra-atividade mesmo após a
sua revogação

Lei A Lei B
+ benéfica + gravosa

FATO SENTENÇA

@ProfessorLeandroErnesto
Lei penal no tempo – LEI INTERMEDIÁRIA
✓É extra-ativa;
✓É aquela que deverá ser aplicada porque beneficia o réu,
muito embora não fosse a lei vigente ao tempo do fato,
tampouco seja a lei vigente no momento do julgamento.
Em relação ao
Retroatividade tempo da
ação/omissão
Duplo-efeito
Em relação ao
Ultra-atividade tempo do
julgamento

@ProfessorLeandroErnesto
Lei penal no tempo – LEI INTERMEDIÁRIA
Extra- Lei Retroage e
EXCEÇÃO
atividade intermediária Ultra-age.

Lei A LEI B Lei C


+ gravosa + benéfica + gravosa
Pena: 2 a 4 anos Pena: 1 a 2 anos Pena: 4 a 6 anos

FATO SENTENÇA
(Ação) (Julgamento)

@ProfessorLeandroErnesto
# A lei intermediária pode ser utilizada no caso
concreto?

@ProfessorLeandroErnesto
# A lei intermediária pode ser utilizada no caso
concreto?

STF: “Dada a garantia constitucional de retroatividade da lei


penal mais benéfica ao réu, é consensual na doutrina que
prevalece a norma mais favorável, que tenha tido vigência
entre a data do fato e a da sentença.”

@ProfessorLeandroErnesto
Sucessão de leis penais no tempo
TEMPO DO FATO LEI POSTERIOR (IR)RETROATIVIDADE
FATO ATÍPICO CRIMINALIZA Novatio legis incriminadora
IRRETROATIVIDADE

FATO TÍPICO PREJUDICA Novatio legis in pejus


IRRETROATIVIDADE

FATO TÍPICO DESCRIMINALIZA Abolitio criminis


RETROATIVIDADE

FATO TÍPICO BENEFICIA Novatio legis in mellius


RETROATIVIDADE
@ProfessorLeandroErnesto
Princípio da continuidade normativo-típica
✓Não se confunde com a abolitio criminis, que representa a
supressão formal e material da figura criminosa.

✓A continuidade normativo-típica, por sua vez, mantém o caráter


proibido da conduta, porém transfere-o para outro tipo penal.

✓ Conforme o STJ, ocorre quando uma norma penal é revogada, mas


a mesma conduta continua sendo crime no tipo penal revogador.
(5ª turma-HC 187.471 -Rel. Ministro Gilson Dipp - DJE 04/11/2011)
@ProfessorLeandroErnesto
Princípio da continuidade normativo-típica
✓Um exemplo é o art. 214 do CP (atentado violento ao pudor) que foi
revogado pela Lei 12.015/09, porém seus efeitos foram transferidos
para o estupro (art. 213 do CP), tornando-se um crime misto ou
alternativo (conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso diverso da
conjunção carnal).

@ProfessorLeandroErnesto
# A partir de quando iniciam os efeitos da lei
penal?

@ProfessorLeandroErnesto
# Durante a “vacatio legis” pode-se aplicar a
lei penal?

@ProfessorLeandroErnesto
# E se a lei não disser o dia em que entrará
em vigor?

@ProfessorLeandroErnesto
Resumindo

Na data
A lei diz a data
INÍCIO DOS prevista em lei
EFEITOS DA LEI
PENAL A lei não diz a Em 45 dias
data da publicação

@ProfessorLeandroErnesto
CRIMES PERMANENTES

✓São aqueles cuja consumação se prolonga no tempo, por vontade


do agente.

✓Logo, o ordenamento jurídico é agredido reiteradamente.

Consequência: cabe prisão em flagrante a qualquer momento.

@ProfessorLeandroErnesto
Jurisprudência
SÚMULA 711 – STF
"A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente,
se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Início da Fim da
permanência permanência

Lei A Lei B
Novatio legis Novatio legis
in mellius in pejus
@ProfessorLeandroErnesto
Lei excepcional ou temporária
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o
período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
vigência.

@ProfessorLeandroErnesto
Lei excepcional ou temporária
Art. 3º CP.

a) Lei temporária: Tem prazo determinado;


Ex: Lei 12.663/12 (FIFA)

b) Lei excepcional: evento transitório (situação de


anormalidade).
Ex: Estado de Guerra, calamidade.

@ProfessorLeandroErnesto
Lei excepcional e temporária

Início da lei Revogação


da lei

@ProfessorLeandroErnesto
Lei excepcional ou temporária
Consideram-se
revogadas assim que
encerrado o prazo
AUTORREVOGAÇÃO
fixado ou cessada a
situação de
anormalidade.
CARACTERÍSTICAS

Alcançam fatos
praticados durante a
ULTRA-ATIVIDADE
sua vigência, ainda
que revogadas.

@ProfessorLeandroErnesto
Questão 1 (CESPE/2014/Polícia Federal/Agente de Polícia Federal)

No que se refere à aplicação da lei penal o item abaixo apresenta


uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.

Sob a vigência da lei X, Lauro cometeu um delito. Em seguida,


passou a viger a lei Y, que, além de ser mais gravosa, revogou a lei X.
Depois de tais fatos, Lauro foi levado a julgamento pelo
cometimento do citado delito. Nessa situação, o magistrado terá de
se fundamentar no instituto da retroatividade em benefício do réu
para aplicar a lei X, por ser esta menos rigorosa que a lei Y.
( ) Certo ( ) Errado
.
Lei penal no tempo – ULTRA-ATIVIDADE

Aplica-se
EXCEÇÃO Extra-atividade Ultra-atividade mesmo após a
sua revogação

Lei X Lei Y
+ benéfica + gravosa

FATO SENTENÇA

@ProfessorLeandroErnesto
Questão 2 (CESPE/2013/Polícia Federal/Escrivão de Polícia Federal)

Julgue o item subsequente , relativo à aplicação da lei penal e seus


princípios.

No que diz respeito ao tema lei penal no tempo, a regra é a


aplicação da lei apenas durante o seu período de vigência; a
exceção é a extra-atividade da lei penal mais benéfica, que
comporta duas espécies: a retroatividade e a ultra-atividade.

( ) Certo. ( ) Errado
Lei penal no tempo
Lei vigente na
REGRA Atividade
data do crime

Aplica-se a fatos
Retroatividade antes de sua
vigência

Aplica-se mesmo
EXCEÇÃO Extra-atividade Ultra-atividade após a sua
revogação

Utiliza as duas
Lei Intermediária
anteriores
@ProfessorLeandroErnesto
Questão 3 (CESPE/2018/STJ/Analista Judiciário-Judiciária)

Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais


superiores, julgue o item a seguir, acerca de crimes, penas,
imputabilidade penal, aplicação da lei penal e institutos.

Tratando-se de crimes permanentes, aplica-se a lei penal mais grave


se esta tiver vigência antes da cessação da permanência.

( ) Certo. ( ) Errado
Jurisprudência
SÚMULA 711 – STF
"A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente,
se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Início da Fim da
permanência permanência

Lei A Lei B
Novatio legis Novatio legis
in mellius in pejus
@ProfessorLeandroErnesto
DIREITO PENAL
PARTE GERAL – APLICAÇÃO DA LEI PENAL

Lei penal no espaço (art. 5º ao 7º CP)

Prof. Leandro Ernesto


@ProfessorLeandroErnesto
Lei penal no espaço - LUGAR DO CRIME

Art. 5º CP: Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de


convenções, tratados e regras de direito internacional, a crime
cometido no TERRITÓRIO NACIONAL.

@ProfessorLeandroErnesto
# O que é território nacional?

@ProfessorLeandroErnesto
Lei penal no espaço

É o espaço (geográfico e jurídico) onde o Brasil exerce


soberania:

Terrestre:
Aéreo:
Marítimo:
Fluvial:
@ProfessorLeandroErnesto
Território Marítimo
Território Marítimo

@ProfessorLeandroErnesto
Território Fluvial

@ProfessorLeandroErnesto
Território fluvial

@ProfessorLeandroErnesto
TERRITÓRIO NACIONAL POR EQUIPARAÇÃO (extensão do território nacional)

Art. 5º - [...]

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como EXTENSÃO DO


TERRITÓRIO NACIONAL as EMBARCAÇÕES e AERONAVES brasileiras,
de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer
que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

@ProfessorLeandroErnesto
# O QUE É O TERRITORIO NACIONAL POR
EQUIPARAÇÃO?

@ProfessorLeandroErnesto
@ProfessorLeandroErnesto
Território nacional por equiparação
• Diz respeito às embarcações e aeronaves brasileiras que estejam fora do
território nacional.

PÚBLICAS Aplica-se a lei Não importa Princípio da


(ou em serviço) Brasileira onde estejam territorialidade
EMBARCAÇÕES
E MAR Princípio da
AERONAVES TERRITORIAL territorialidade
Aplica-se a lei
PRIVADAS
brasileira Princípio da
bandeira, do
ALTO-MAR
pavilhão ou da
representação
@ProfessorLeandroErnesto
Território nacional por equiparação
PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO (pavilhão ou bandeira): deve ser
aplicada a lei brasileira aos crimes cometidos em aeronaves e
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
quando estiverem em território estrangeiro e aí não sejam
julgados.
PÚBLICAS Princ.
EMBARCAÇÕES
(em serviço) Territorialidade
e
AERONAVES
Princ.
(brasileiras) PRIVADAS
Representação
@ProfessorLeandroErnesto
# E SE FOR AERONAVE OU EMBARCAÇÃO
ESTRANGEIRA?

@ProfessorLeandroErnesto
TERRITÓRIO NACIONAL POR EQUIPARAÇÃO (extensão do território nacional)

Art. 5º - [...]

§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a


bordo de aeronaves ou embarcações ESTRANGEIRAS de
propriedade PRIVADA, achando-se aquelas em pouso no território
nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em
porto ou mar territorial do Brasil.

@ProfessorLeandroErnesto
Territorialidade: território nacional por equiparação
(extensão do território nacional)
POUSO no
TERRITÓRIO
NACIONAL
AERONAVES
VOO no
ESPAÇO AÉREO
EMBARCAÇÕES correspondente
ESTRANGEIRAS Aplica-se a lei
e
PRIVADAS brasileira PORTO
AERONAVES
do BRASIL
EMBARCAÇÕES
MAR
TERRITORIAL
do BRASIL
@ProfessorLeandroErnesto
TERRITÓRIO NACIONAL POR EQUIPARAÇÃO (extensão
do território nacional)

EMBARCAÇÕES Princípio
Aplica-se a TERRITÓRIO
e ESTRANGEIRAS PRIVADAS da
lei brasileira NACIONAL
AERONAVES Territorialidade

@ProfessorLeandroErnesto
Lugar do crime
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no LUGAR em que
ocorreu a AÇÃO OU OMISSÃO, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o RESULTADO.

@ProfessorLeandroErnesto
Tempo do crime x lugar do crime

Art. 6º - Considera-se praticado o crime


no LUGAR em que ocorreu a ação ou
L ugar do crime U biguidade omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria
produzir-se o resultado.

Art. 4º - Considera-se praticado o crime


no MOMENTO da ação ou omissão,
T empo do crime A tividade ainda que outro seja o momento do
resultado.

@ProfessorLeandroErnesto
Lugar do crime
✓Com a adoção da teoria da ubiguidade resolvem-se diversos
problemas, especialmente os relacionados aos crimes a distância,
também conhecidos como crimes de espaço máximo.

✓Crimes a distância: são aqueles em que a conduta é praticada num


país e o resultado vem a ser produzido em outro. Exige-se
pluralidade de países.

✓Para a incidência da lei brasileira, é suficiente que um único ato


executório atinja território nacional ou que o resultado ocorra no
Brasil.
@ProfessorLeandroErnesto
Lugar do crime
Teoria da
Crimes à distância Crime percorre ubiguidade
2 países
(art. 6º CP)

Teoria a
Crime percorre
Crimes em trânsito ubiguidade
mais de 2 países
(art. 6º CP)

Crimes percorre Teoria do


Crimes plurilocais 2 ou mais comarcas resultado
(mesmo país) (art. 70 CPP)

@ProfessorLeandroErnesto
Lugar do crime
Não se aplica a teoria da ubiguidade:
1. Crimes dolosos contra a vida: Teoria da atividade.
2. Crimes conexos: são aqueles que de algum modo estão relacionados entre
si. Não aceitam a ubiquidade uma vez que não constituem unidade jurídica.
Deve cada um deles ser processado e julgado no país em que foi cometido .
Teoria da atividade.
3. Infrações de menor potencial ofensivo: Teoria da atividade.
4. Atos infracionais: Teoria da atividade.
5. Crimes plurilocais: são aqueles em que a conduta e o resultado ocorrem em
comarcas diversas, mas no Brasil. Teoria do resultado.
6. Crimes tentados: local do último ato executório (art. 70 CPP).
7. Crimes falimentares: Local da decretação da falência. @ProfessorLeandroErnesto
P lurilocais
Lugar do crime
I MPO
C onexos
NÃO se aplica
da teoria da A tos Infracionais
ubiguidade
FALI mentares
T entados
V ida (dolosos) @ProfessorLeandroErnesto
Extraterritorialidade
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de
Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira,


ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. @ProfessorLeandroErnesto
Lei penal no espaço
Crime contra
REGRA TERRITORIALIDADE vida
liberdade
do PR
Crime contra
patrimônio
PRINCÍPIOS público
INCONDICIONADA do Brasil;

Crime contra a
Administração
EXTRATERRITORIALIDADE Pública;
EXCEÇÃO
Art. 7º CP
CONDICIONADA
Genocídio

@ProfessorLeandroErnesto
Questão 4 (CESPE/2012/Polícia Federal/Agente de Polícia Federal)

Será submetido ao Código Penal brasileiro o agente, brasileiro ou


não, que cometer, ainda que no estrangeiro, crime contra
administração pública, estando a seu serviço, ou cometer crime
contra o patrimônio ou a fé pública da União, de empresa pública ou
de sociedade de economia mista. A circunstância de a conduta ser
lícita no país onde foi praticada ou de se encontrar extinta a
punibilidade será irrelevante para a responsabilização penal do
agente no Brasil.

( ) Certo . ( ) Errado
Lei penal no espaço
Crime contra
REGRA TERRITORIALIDADE vida
liberdade
do PR
Crime contra
patrimônio
PRINCÍPIOS público
INCONDICIONADA do Brasil;

Crime contra a
Administração
EXTRATERRITORIALIDADE Pública;
EXCEÇÃO
Art. 7º CP
CONDICIONADA
Genocídio

@ProfessorLeandroErnesto
Extraterritorialidade
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de
Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira,


ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. @ProfessorLeandroErnesto
Lei penal no espaço - Princípios
PRINCÍPIO REAL, DA DEFESA OU DA PROTEÇÃO:

Estende a aplicação da lei para fora dos limites do território, se o bem lesado
for da nacionalidade do Estado, independente da nacionalidade do infrator, a
fim de proteger bens jurídicos considerados essenciais, bem como os
interesses do Estado além-fronteiras.

CP, art. 7º: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado,
de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista,
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço. @ProfessorLeandroErnesto
Questão 5 (CESPE/2016/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo-Direito)

No Código Penal brasileiro, adota-se a teoria da ubiquidade,


conforme a qual o lugar do crime é o da ação ou da omissão, bem
como o lugar onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

( ) Certo . ( ) Errado
Questão 6 (CESPE/2018/PC-MA/Delegado de Polícia Civil)
Com relação a lugar do crime e territorialidade e extraterritorialidade da lei penal,
conforme previstos no CP, assinale a opção correta.
a) Nos crimes tentados, o lugar do crime será onde o agente pretendia que tivesse
ocorrido a consumação do delito.
b) Nos crimes conexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, devendo cada crime ser
julgado pela legislação penal do país em que for cometido..

c) No concurso de pessoas, o lugar do crime será somente aquele em que ocorrerem os


atos de participação ou coautoria, independentemente do local do resultado.
d) No crime continuado, somente será aplicada a lei nacional quando todos os fatos
constitutivos tiverem sido praticados em território brasileiro, por se tratar de delito
unitário.
e) Nos crimes complexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, mesmo que o delito-
meio tenha sido cometido em território brasileiro.
Questão 6 (CESPE/2018/PC-MA/Delegado de Polícia Civil)
Com relação a lugar do crime e territorialidade e extraterritorialidade
da lei penal, conforme previstos no CP, assinale a opção correta.

a) Nos crimes tentados, o lugar do crime será onde o agente pretendia


que tivesse ocorrido a consumação do delito.
Lugar do crime P lurilocais
I MPO
C onexos
NÃO se aplica
da teoria da A tos Infracionais
ubiguidade
FALI mentares
T entados
V ida (dolosos)
Lugar do crime
Não se aplica a teoria da ubiguidade:
1. Crimes dolosos contra a vida: Teoria da atividade.
2. Crimes conexos: são aqueles que de algum modo estão relacionados entre
si. Não aceitam a ubiquidade uma vez que não constituem unidade jurídica.
Deve cada um deles ser processado e julgado no país em que foi cometido .
Teoria da atividade.
3. Infrações de menor potencial ofensivo: Teoria da atividade.
4. Atos infracionais: Teoria da atividade.
5. Crimes plurilocais: são aqueles em que a conduta e o resultado ocorrem em
comarcas diversas, mas no Brasil. Teoria do resultado.
6. Crimes tentados: local do último ato executório (art. 70 CPP).
7. Crimes falimentares: Local da decretação da falência. @ProfessorLeandroErnesto
Código penal
Art. 70 [...]

§ 2º “Quando o último ato de execução for praticado fora do


território nacional, será competente o juiz do lugar em que o
crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia
produzir seu resultado.”
Questão 6 (CESPE/2018/PC-MA/Delegado de Polícia Civil)
Com relação a lugar do crime e territorialidade e extraterritorialidade
da lei penal, conforme previstos no CP, assinale a opção correta.

b) Nos crimes conexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, devendo


cada crime ser julgado pela legislação penal do país em que for
cometido. .
Lugar do crime P lurilocais
I MPO
C onexos
NÃO se aplica
da teoria da A tos Infracionais
ubiguidade
FALI mentares
T entados
V ida (dolosos)
Crime conexo

É aquele praticado Exemplo: furto


para assegurar: cometido na
- a execução, Argentina e
CRIME receptação
- ocultação,
CONEXO praticada no Brasil.
- impunidade ou
Aqui somente será
- vantagem julgada a
de outro crime receptação.

@ProfessorLeandroErnesto
Lugar do crime
Não se aplica a teoria da ubiguidade:
1. Crimes dolosos contra a vida: Teoria da atividade.
2. Crimes conexos: Deve cada um deles ser processado e julgado no país em
que foi cometido . Teoria da atividade.
3. Infrações de menor potencial ofensivo: Teoria da atividade.
4. Atos infracionais: Teoria da atividade.
5. Crimes plurilocais: são aqueles em que a conduta e o resultado ocorrem em
comarcas diversas, mas no Brasil. Teoria do resultado.
6. Crimes tentados: local do último ato executório (art. 70 CPP).
7. Crimes falimentares: Local da decretação da falência.
@ProfessorLeandroErnesto
Questão 6 (CESPE/2018/PC-MA/Delegado de Polícia Civil)
Com relação a lugar do crime e territorialidade e extraterritorialidade
da lei penal, conforme previstos no CP, assinale a opção correta.

c) No concurso de pessoas, o lugar do crime será somente aquele em


que ocorrerem os atos de participação ou coautoria,
independentemente do local do resultado.
Lugar do crime P lurilocais
I MPO
C onexos
NÃO se aplica
da teoria da A tos Infracionais
ubiguidade
FALI mentares
T entados
V ida (dolosos)
Questão 6 (CESPE/2018/PC-MA/Delegado de Polícia Civil)
Com relação a lugar do crime e territorialidade e extraterritorialidade
da lei penal, conforme previstos no CP, assinale a opção correta.

d) No crime continuado, somente será aplicada a lei nacional quando


todos os fatos constitutivos tiverem sido praticados em território
brasileiro, por se tratar de delito unitário.
Lugar do crime P lurilocais
I MPO
C onexos
NÃO se aplica
da teoria da A tos Infracionais
ubiguidade
FALI mentares
T entados
V ida (dolosos)
Questão 6 (CESPE/2018/PC-MA/Delegado de Polícia Civil)

Com relação a lugar do crime e territorialidade e extraterritorialidade


da lei penal, conforme previstos no CP, assinale a opção correta.

e) Nos crimes complexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, mesmo


que o delito-meio tenha sido cometido em território brasileiro.
Lugar do crime P lurilocais
I MPO
C onexos
NÃO se aplica
da teoria da A tos Infracionais
ubiguidade
FALI mentares
T entados
V ida (dolosos)
Questão 6 (CESPE/2018/PC-MA/Delegado de Polícia Civil)
Com relação a lugar do crime e territorialidade e extraterritorialidade da lei penal,
conforme previstos no CP, assinale a opção correta.
a) Nos crimes tentados, o lugar do crime será onde o agente pretendia que tivesse
ocorrido a consumação do delito.
b) Nos crimes conexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, devendo cada crime ser
julgado pela legislação penal do país em que for cometido..

c) No concurso de pessoas, o lugar do crime será somente aquele em que ocorrerem os


atos de participação ou coautoria, independentemente do local do resultado.
d) No crime continuado, somente será aplicada a lei nacional quando todos os fatos
constitutivos tiverem sido praticados em território brasileiro, por se tratar de delito
unitário.
e) Nos crimes complexos, não se aplica a teoria da ubiquidade, mesmo que o delito-
meio tenha sido cometido em território brasileiro.
DIREITO PENAL
PARTE ESPECIAL – DOS CRIMES EM ESPÉCIE

✓ Crimes contra a pessoa. (Arts. 121 a 154-B CP)


✓Crimes contra o patrimônio. (Arts. 155 a 183 CP)
✓ Crimes contra a fé pública (Arts. 289 a 311-A CP)
✓Crimes contra a Administração Pública. (Arts. 312 a 359
CP)

@ProfessorLeandroErnesto Prof. Leandro Ernesto


QUESTÕES PARTE ESPECIAL – BANCA CESPE

Crimes contra a pessoa

22% Crimes contra o patrimônio

40%
Crimes contra a fé pública

26%
Crimes contra a
12%
Administração Pública
DOS CRIMES CONTRA
A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Prof. Leandro Ernesto


@ProfessorLeandroErnesto
Crimes contra a Administração Pública
FUNCIONÁRIO Contra a
PÚBLICO ADM. EM GERAL

Contra a
ADM. EM GERAL
PARTICULAR
CRIMES CONTRA A Contra a
ADMINITRAÇÃO Praticado ADM. PÚBLICA
PÚBLICA ESTRANGEIRA

Contra a
ADM. DA JUSTIÇA

Contra as
@ProfessorLeandroErnesto
FINANÇAS PÚBLICAS
DIREITO PENAL
PARTE ESPECIAL

Dos crimes praticados por funcionário


público contra a Administração em Geral
Arts. 312 a 327 CP
Prof. Leandro Ernesto
@ProfessorLeandroErnesto
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Praticados por PARTICULAR Praticados por FUNCIONÁRIO PÚBLICO
Usurpação de função pública – 328 CP Peculato – 312 CP
Concussão – 316 CP
Corrupção ativa – 333 CP Corrupção passiva – 317 CP
Excesso de exação – 316 §1º CP
Contrabando (334-A CP) e descaminho (334 CP) Facilitação de contrabando ou descaminho – 318 CP
Resistência – 329 CP Prevaricação – 319 e 319-A CP
Desobediência – 330 CP Condescendência criminosa – 320 CP
Desacato – 331 CP Advocacia administrativa – 321 CP
Tráfico de influência – 332 CP Violência arbitrária – 322 CP
Sonegação de contribuição previdenciária – 337-A CP Abandono de função – 323 CP
Violação de sigilo funcional – 325 CP
@ProfessorLeandroErnesto
CRIME FUNCIONAL: praticado por funcionário
público contra a Administração Pública

Desaparecendo a O fato passa a ser


PRÓPRIO qualidade de Ex: prevaricação
servidor ATIPICO
CRIME
FUNCIONAL Desaparecendo a O fato passa a ser Ex: peculato furto
IMPRÓPRIO qualidade de
OUTRO CRIME x furto
servidor

@ProfessorLeandroErnesto
# Quem é considerado funcionário público para
fins penais?

@ProfessorLeandroErnesto
Funcionário público para fins penais
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os
efeitos penais, quem, embora TRANSITORIAMENTE ou
SEM REMUNERAÇÃO, exerce cargo, emprego ou
função pública.

@ProfessorLeandroErnesto
Funcionário público POR EQUIPARAÇÃO
Art. 327 – [...]

§ 1º - EQUIPARA-SE A FUNCIONÁRIO PÚBLICO quem exerce


cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem
trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou
conveniada para a execução de atividade TÍPICA da
Administração Pública.

@ProfessorLeandroErnesto
Funcionário público: MAJORANTE
Art. 327 – [...]

§ 2º - A PENA SERÁ AUMENTADA DA TERÇA PARTE quando


os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem
ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção
ou assessoramento de órgão da administração direta,
sociedade de economia mista, empresa pública ou
fundação instituída pelo poder público.

@ProfessorLeandroErnesto
# E se os autores forem ocupantes de cargos em
comissão ou de função de direção ou
assessoramento de autarquia, a pena será
majorada?

@ProfessorLeandroErnesto
# É possível a imputação de um crime funcional
(próprio ou impróprio) a um particular, ou seja, a
uma pessoa que não ostenta a posição de
funcionário público?

@ProfessorLeandroErnesto
Crimes funcionais e concurso de pessoas
Resposta: Sim.

Concurso de pessoas
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas
penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

Circunstâncias incomunicáveis
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de
caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
@ProfessorLeandroErnesto
Questão 7 (CESPE/2013/Polícia Federal/Delegado
de Polícia Federal)
O peculato é conceituado doutrinariamente como crime funcional
impróprio ou misto, porquanto na hipótese de não ser praticado por
funcionário público, opera tipicidade relativa, passando a constituir
tipo penal diverso.

( ) Certo . ( ) Errado
CRIME FUNCIONAL: praticado por funcionário público contra a
Administração Pública
É aquele que só
subsiste quando
houve concurso com
PRÓPRIO funcionário público

Desaparecendo a O fato passa a


ser Ex:
qualidade de
prevaricação
CRIME servidor ATIPICO
FUNCIONAL
É aquele que subsiste
sem o concurso com
funcionário público
IMPRÓPRIO
Desaparecendo a O fato passa a
ser Ex: peculato
qualidade de
furto x furto
servidor OUTRO CRIME @ProfessorLeandroErnesto
CRIME FUNCIONAL: praticado por funcionário público contra a
Administração Pública
CRIME FUNCIONAL
PRÓPRIO IMPRÓPRIO
Subsiste sem o Não Sim
concurso com
funcionário público?
E se desaparecer a O fato passa a ser O fato passa a ser
qualidade de servidor? ATÍPICO OUTRO CRIME
Exemplo Prevaricação Peculato-furto x furto
@ProfessorLeandroErnesto
Peculato Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro
bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou
desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse
do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em
proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a
qualidade de funcionário.
Peculato culposo
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença
irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena
imposta.
Peculato mediante erro de outrem
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo,
recebeu por erro de outrem:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Inserção de dados falsos em sistema de informações
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar
ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados
da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem
ou para causar dano:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de
informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação
ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.
@ProfessorLeandroErnesto
Peculato – art. 312 a 313-B
PECULATO
1 – APROPRIAÇÃO art. 312, caput, 1ª parte
PRÓPRIO
2 – DESVIO art. 312, caput, 2ª parte
3 – FURTO art. 312, § 1º IMPRÓPRIO
4 – CULPOSO art. 312, § 2º
5 – ESTELIONATO art. 313
6 – ELETRÔNICO art. 313-A e 313-B

@ProfessorLeandroErnesto
Questão 8 (CESPE/2018/STJ/Analista Judiciário-
Judiciária)
É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes
contra a administração pública, desde que o prejuízo seja em valor
inferior a um salário mínimo.
( ) Certo ( ) Errado
.
Princípio da Insignificância

@ProfessorLeandroErnesto
DIREITO PENAL
PARTE ESPECIAL

Dos crimes contra a Administração da Justiça

Arts. 388 a 359 CP


Prof. Leandro Ernesto
@ProfessorLeandroErnesto
Praticados por PARTICULAR ou por FUNCIONÁRIO PÚBLICO
Reingresso de estrangeiro expulso Art. 338
Denunciação caluniosa Art. 339
Comunicação falsa de crime ou de contravenção Art. 340
Auto-acusação falsa Art. 341
Falso testemunho ou falsa perícia Art. 342
Corrupção ativa de testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete Art. 343
Coação no curso do processo Art. 344
Exercício arbitrário das próprias razões Art. 345
Fraude processual Art. 347
Favorecimento pessoal Art. 348
Favorecimento real Art. 349
Evasão mediante violência contra a pessoa Art. 352
Patrocínio infiel Art. 355
Patrocínio simultâneo ou tergiversação Art. 355, § único
@ProfessorLeandroErnesto
Exploração de prestígio Art. 357
Questão 9 (CESPE/2012/Polícia Federal/Agente de
Polícia Federal)
Juan, cidadão espanhol, que havia sido expulso do Brasil após
cumprimento de pena por tráfico internacional de drogas, retornou
ao país, sem autorização de autoridade competente, para visitar sua
companheira e seu filho, nascido no curso do cumprimento da pena.
Nessa situação, para que o simples reingresso de Juan ao Brasil
configurasse crime, seria necessário que ele praticasse nova infração,
de natureza dolosa, em território nacional.
( ) Certo ( ) Errado
.
Reingresso de estrangeiro expulso
Art. 338 - Reingressar no território nacional o estrangeiro que dele
foi expulso:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo de nova


expulsão após o cumprimento da pena.

OBS: Para que o crime se caracterize, basta que o estrangeiro tenha sido
oficialmente expulso do país, não importando o motivo.
DIREITO
PROCESSUAL PENAL
Professor Leandro Ernesto
DIREITO PROCESSUAL PENAL
EDITAL ESQUEMATIZADO

1 Inquérito policial (art. 4º a 23 CPP)


2. Provas (art. 155 a 250 CPP)
3. Restrição de liberdade
3.1 Prisão em flagrante (art. 301 a 310 CPP)
QUESTÕES DIREITO PROCESSUAL PENAL – BANCA CESPE

Inquérito Policial

30%
39%
Prova

Prisões
31%
PROCESSO PENAL

INQUÉRITO POLICIAL

Prof. Leandro Ernesto


O QUE MAIS CAI EM PROVA?

✓Características do Inquérito Policial;


✓Notícia-crime e instauração do Inquérito Policial;
✓Encerramento do Inquérito Policial.
O QUE MAIS CAI EM PROVA?

✓Características do Inquérito Policial;


✓Notícia-crime e instauração do Inquérito Policial;
✓Encerramento do Inquérito Policial.
Inquérito Policial – Noções introdutórias
1) Conceito
✓Procedimento administrativo preliminar;
✓Presidido pela autoridade policial;

✓Tem por objetivo apurar:

✓Visando: contribuir na formação da opinio delicti do titular da ação


penal.
Inquérito Policial – Características
2) Características do Inquérito Policial: DOIIDO Também PESA
D ispensável T emporário
O ficialidade
I nquisitivo P rocedimento Escrito
I ndisponível S igiloso
D iscricionário A utoritariedade
O ficiosidade
Súmula Vinculante 14 - STF
É direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.
Art. 14 CPP
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e
o indiciado poderão requerer qualquer diligência,
que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
3) Inquérito Policial – Valor probatório

PROVA:

ELEMENTOS INFORMATIVOS:
# O reú pode ser condenado com base
exclusivamente no inquérito policial?
Código de Processo Penal
Art. 155, CPP. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da
prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar
sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.

As provas cautelares, não repetíveis e antecipadas são informações produzidas na


fase investigatória que possuem natureza jurídica de prova e podem, portanto,
servir, ainda que isoladamente, para fundamentar uma condenação.

Diz-se que possuem natureza jurídica de prova, pois submetem-se ao


contraditório.
São aquelas que podem
desaparecer pelo decurso de
CAUTELARES tempo e postas ao contraditório
DIFERIDO (autorização judicial)
EX: Interceptação Telefônica

São aquelas que uma vez


produzidas não poderão ser
coletadas devido ao
desaparecimento da fonte e
PROVAS NÃO REPETÍVEIS postas ao contraditório
DIFERIDO. (sem autorização
judicial)
Ex: Exame de Corpo de Delito

São antecipadas por urgência e


postas ao contraditório
ANTECIPADAS REAL. (autorização judicial)
EX: ver art.225 CPP
# O juiz pode absolver ou condenar o réu
com base em decisão fundamentada
exclusivamente em elementos informativos
colhidos na investigação?
# O juiz pode absolver ou condenar o réu com base em
decisão fundamentada exclusivamente em elementos
informativos colhidos na investigação?
Pode.
ABSOLVER (in dubio pro reu e
Com base favor rei)
exclusivamente nos
Decisão Judicial
elementos
informativos do IPL
CONDENAR
Não pode.
(art.155 CPP)
4) Formas de instauração do IPL
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:

I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

§ 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal


em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade
policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.

§ 4o O inquérito, nos crimes em que a AÇÃO PÚBLICA DEPENDER DE REPRESENTAÇÃO,


não poderá sem ela ser iniciado.

§ 5o Nos crimes de AÇÃO PRIVADA, a autoridade policial somente poderá proceder a


inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
4) Formas de instauração do IPL
✓ Deve, antes, verificar qual espécie de ação penal é para aquele crime.

INCONDICIONADA

PÚBLICA

AÇÃO PENAL CONDICIONADA

PRIVADA
4) Formas de instauração do IPL
✓ Deve, antes, verificar qual espécie de ação penal é para aquele crime.

Incondicionada
REPRESENTAÇÃO
PÚBLICA
do ofendido
Condicionada Prévia
REQUISIÇÃO
AÇÃO PENAL do MJ

REQUERIMENTO
PRIVADA Prévio
do ofendido
✓ Deve, antes, verificar qual espécie de ação penal é para aquele crime.

De ofício Portaria

Autoridade
Requisição Judiciária
Art. 5º II CPP
MP
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
Ofendido
Requerimento
(representante legal)

Notitia
Qualquer do povo
Criminis

Auto de Prisão
em flagrante
5) Notitia Criminis
✓ É o conhecimento, espontâneo ou provocado, por parte da autoridade policial,
acerca de um fato delituoso.
De cognição
IMEDIATA Por suas atividades rotineiras.
(direta ou Ex: encontra cadáver
espontânea) Por meio de expediente escrito
Ex: requisição do MJ ou representação da vítima
NOTITIA De cognição É uma espécie de notitia criminis.
DELATIO
CRIMINIS MEDIATA
CRIMINIS FEITA POR QUALQUER DO POVO ( e não pela vítima)
(espécies) (indireta ou
provocada) Autoridade
NOTITIA CRIMINIS policial deve,
INQUALIFICADA Denúncia
antes, realizar
anônima
(apócrifa) uma investigação
preliminar
De cognição Auto de Prisão em
COERCITIVA Flagrante
# Se o delegado indeferir requerimento do
ofendido para instaurar o Inquérito Policial,
caberá recurso a quem?
# Se o delegado indeferir requerimento do ofendido para instaurar o
Inquérito Policial, caberá recurso a quem?
Art. 5º [...]

§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de


inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
Código de Processo Penal
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a
chegada dos peritos criminais;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste
Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua
folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros
elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
Inquérito Policial: prazo
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se
o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso
preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir
do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de
30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
Inquérito Policial – Prazo
PRESO 10 dias IMPRORROGÁVEIS
ESTADUAL
(PCs)
SOLTO 30 dias Prorrogáveis
PRAZO
DO IP

PRESO 15 dias + 15 dias Prorrogáveis


FEDERAL
(PF)
SOLTO 30 dias Prorrogáveis
INQUÉRITO PRESO 20 dias IMPRORROGÁVEIS

POLICIAL
MILITAR SOLTO 40 + 20 dias Prorrogáveis

PRAZO
PRESO 30 + 30 dias Prorrogáveis
DO IP LEI DE DROGAS
(Lei 11.343/2006)
SOLTO 90 + 90 dias Prorrogáveis

CRIMES CONTRA PRESO 10 dias IMPRORROGÁVEIS

ECONOMIA
POPULAR SOLTO 10 dias IMPRORROGÁVEIS
Inquérito Policial – Prazos especiais

CRIMES
HEDIONDOS E PRESO 30 + 30 dias Prorrogáveis
PRAZO
EQUIPARADOS
DO IP (Prisão temporária
decretada)
SOLTO
Código de Processo Penal
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se
o indiciado tiver sido preso em FLAGRANTE, ou estiver preso
PREVENTIVAMENTE, contado o prazo, nesta hipótese, a
partir do dia em que se EXECUTAR A ORDEM DE PRISÃO, ou
no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou
sem ela.
Inquérito Policial – Prazo

Da prisão em
Flagrante
flagrante
PRESO
Da execução da
Preventivamente
ordem de prisão
Lei 12.830/2013 (Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo
delegado de polícia)

Art. 2° [...]

§ 6° O indiciamento, privativo do delegado de


polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante
análise técnico-jurídica do fato, que deverá
indicar a autoria, materialidade e suas
circunstâncias.
Indiciamento
✓ Indiciar é atribuir a autoria (ou participação) de uma infração penal a
uma pessoa.
Suspeito Há frágeis indícios (há
possibilidade de
(investigado) autoria)

Há indícios
convergentes (há
Diferença Indiciado
probabilidade de
autoria)

Após o recebimento
Acusado
denúncia
Indiciamento
Pressupostos:
✓ Exige a presença de elementos informativos acerca da autoria e
materialidade;
✓ É ato formal;
✓ Deve ser fundamentado;
✓ É ato privativo de Delegado de Polícia;
LEI Nº 12.830, DE 20 DE JUNHO DE 2013.
Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado
de polícia.
Art. 2o [...]
§ 4o O inquérito policial ou outro procedimento previsto em
lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído
por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado,
por motivo de interesse público ou nas hipóteses de
inobservância dos procedimentos previstos em regulamento
da corporação que prejudique a eficácia da investigação.
Art. 10 CPP
Art. 10. [...]

§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver


sido apurado e enviará autos ao juiz competente.

§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar


testemunhas que não tiverem sido inquiridas,
mencionando o lugar onde possam ser encontradas.
# Em quais situações o inquérito policial
pode ser arquivado?
# Em quais situações o inquérito policial pode ser
arquivado?
Insuficiência de
Súmula 524-STF
Provas

Ausência de
pressupostos
processuais

O IPL PODE SER Ausência de condição


ARQUIVADO POR da ação penal

Não há indícios de
Falta de justa causa
autoria e
para a ação penal
materialidade

Existência manifesta
de causa de
STF: HC 125101/SP
excludente de
ilicitude
Arquivamento do Inquérito Policial

PODE SER
Faz coisa julgada DESARQUIVADO e
ARQUIVAMENTO DO IPL REGRA
FORMAL rediscutir o assunto, caso
surjam NOVAS PROVAS
# Delegado pode mandar arquivar o
inquérito policial?
Código de Processo Penal
Art. 17. A autoridade policial não poderá
mandar arquivar autos de inquérito.
# Se o juiz discordar do pedido de
arquivamento feito pelo MP?
# Se o juiz discordar do pedido de arquivamento feito pelo
MP?
Delegado
Envia para o Juiz abre
RELATA o
JUIZ vistas ao MP
Inquérito

Oferecer Concordar ARQUIVA


denúncia
MP
Requerer o Concordar
JUIZ Requer o
Arquivamento com o
ARQUIVAMENTO
Promotor
Encaminha ao
Discordar PROCURADOR- PG-MP oferece
GERAL do MP denúncia
pessoalmente
Discordar do
Promotor PG-MP designa
outro Membro do
MP para oferecer
denúncia
Código de Processo Penal
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do
inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências,
imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
Código de Processo Penal
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito
pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia,
a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se
de outras provas tiver notícia.”
Jurisprudência
Súmula 524 - STF
Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a
requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal
ser iniciada, sem novas provas.
Trancamento do Inquérito Policial
✓ É medida de força que acarreta a extinção do Inquérito Policial;
✓ É medida de natureza excepcional;
✓ Determinada por habeas corpus;
✓ Utilizado no caso da investigação ser abusiva, causando
constrangimento ilegal ao investigado
QUESTÃO 1 (CESPE/2014/Polícia Federa/Agente de Polícia
Federal)
Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal, a autoridade policial
deverá determinar, se for caso, a realização das perícias que se mostrarem
necessárias e proceder a acareações.
( ) Certo
. ( ) Errado
Código de Processo Penal
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a
autoridade policial deverá:
(…)
VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de
delito e a quaisquer outras perícias;
QUESTÃO 2 (CESPE/2013/PRF/Policial Rodoviário Federal)

O Ministério Público pode oferecer a denúncia ainda que não disponha do


inquérito relatado pela autoridade policial.
( ) Certo
. ( ) Errado
Inquérito Policial – Características
2) Características do Inquérito Policial: DOIIDO Também PESA
D ispensável T emporário
O ficialidade
I nquisitivo P rocedimento Escrito
I ndisponível S igiloso
D iscricionário A utoritariedade
O ficiosidade
QUESTÃO 3 (CESPE/2014/Polícia Federal/Agente Administrativo)

A respeito da investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia, julgue


o item abaixo.
Suponha que um delegado da Polícia Federal, ao tomar conhecimento de um
ilícito penal federal, instaure inquérito policial para a apuração do fato e da
autoria do ilícito e que, no curso do procedimento, o seu superior hierárquico,
alegando motivo de interesse público, redistribua o inquérito a outro delegado.
Nessa situação, o ato do superior hierárquico está em desacordo com a
legislação, que veda expressamente a redistribuição de inquéritos policiais em
curso.
( ) Certo ( ) Errado
.
LEI Nº 12.830, DE 20 DE JUNHO DE 2013.
Dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado
de polícia.
Art. 2o [...]
§ 4o O inquérito policial ou outro procedimento previsto em
lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por
superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por
motivo de interesse público ou nas hipóteses de
inobservância dos procedimentos previstos em regulamento
da corporação que prejudique a eficácia da investigação.
QUESTÃO 4 (CESPE/2013/Polícia Federal/Escrivão
de Polícia Federal)
O valor probatório do inquérito policial, como regra, é considerado relativo,
entretanto, nada obsta que o juiz absolva o réu por decisão fundamentada
exclusivamente em elementos informativos colhidos na investigação.
( ) Certo . ( ) Errado
# O juiz pode absolver ou condenar o réu com base em
decisão fundamentada exclusivamente em elementos
informativos colhidos na investigação?
Pode.
ABSOLVER (in dubio pro reu e
Com base favor rei)
exclusivamente nos
Decisão Judicial
elementos
informativos do IPL
CONDENAR
Não pode.
(art.155 CPP)
QUESTÃO 5 (CESPE/2018/ABIN/Oficial Técnico de
Inteligência)
É vedado à autoridade policial negar ao defensor do investigado o acesso a
documentos e outros elementos de prova constantes dos autos de inquérito
policial.
( ) Certo. ( ) Errado
Súmula Vinculante 14 - STF
É direito do defensor, no interesse do
representado, ter acesso amplo aos elementos
de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.
LEI Nº 13.245 DE 12.01.2016
Altera o art. 7º da Lei nº 8.906, de 4/07/1994 (Estatuto da Ordem dos Advogados
do Brasil).

XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação,


mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer
natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo
copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital;
.....
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob
pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e,
subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele
decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da
respectiva apuração:
a) apresentar razões e quesitos;
QUESTÃO 6 (CESPE/2018/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência)

A autoridade policial poderá instaurar inquérito policial de ofício nos crimes


cuja ação penal seja de iniciativa privada.
( ) Certo ( ) Errado.
Código de Processo Penal
Art. 5 [...]

§5º - Nos crimes de ação privada, a autoridade


policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem
tenha qualidade para intentá-la.
Formas de instauração do IPL
De ofício Portaria

Autoridade
Judiciária
Requisição
Art. 5º II CPP
MP

AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA


Ofendido
Requerimento (representante
legal)

Qualquer do
Notitia Criminis
povo

Auto de Prisão
em flagrante
PROCESSO PENAL
DAS PROVAS

Prof. Leandro Ernesto


Previsão legal das Provas:

a) Exame de Corpo de Delito. (Capítulo II, art. 158 à 184, do CPP)


b) Prova Testemunhal. (Capítulo VI, art. 202 à 225, do CPP)
c) Interrogatório do Acusado (Capítulo III, art. 185 à 196, do CPP)
d) Interceptação Telefônica. (Lei nº 9.296/96)
e) Confissão. (Capítulo IV, art. 197 à 200, do CPP)
Provas: princípios
✓ São muito importantes em matéria de provas.
1) PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (presunção de não culpabilidade)

✓Consiste no direito de não ser declarado culpado, senão após o trânsito


em julgado de sentença penal condenatória, ao término do processo, no
qual tenham sido observadas todas as garantias fundamentais.
# É possível o início da execução da pena
condenatória após prolação de acórdão
condenatório em segundo grau?
# É possível o início da execução da pena condenatória após
prolação de acórdão condenatório em segundo grau?
✓ Sentença condenatória confirmada em 2º grau: após esse momento exaure-
se o princ. da não culpabilidade.
✓ No STF e STJ não se discute fatos e provas, mas apenas matéria de direito
(não tem efeito suspensivo: não obsta a execução provisória da pena)
1) PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (presunção de não culpabilidade)
✓ Desse princípio, derivam 2 regras fundamentais:

A) Regra probatória: recai sobre a acusação o ônus da prova da culpabilidade;


✓ Daí surge o in dubio pro reo (mais vale a absolvição de um possível culpado
do que a condenação de um inocente)

B) Regra de tratamento: diz respeito às prisões cautelares


✓ A privação da liberdade é medida excepcional;
✓ Se você é considerado não culpado até o trânsito em jugado, eu não posso
admitir jamais a execução antecipada da pena.
Exame de corpo de delito
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o
exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a
confissão do acusado.

Exame de corpo de delito INDIRETO


Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Exame de corpo de delito
Direto
Deixou Exame de
obrigatório
vestígios corpo de delito
INFRAÇÃO Prova
Indireto
PENAL testemunhal
NÃO deixou Exame de
Dispensável
vestígios corpo de delito

✓Corpo = conjunto de vestígios (não se restringe ao corpo humano)


✓A confissão do acusado = não supre o exame de corpo de delito, quanto a
infração penal deixar vestígios.
Das perícias
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados
por perito oficial, portador de diploma de curso superior.

§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas)


pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior
preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame.
Das perícias

PERITO Diploma
1 de nível
OFICIAL
superior

PERÍCIA Preferencialmente
Diploma na área específica
Pessoas
idôneas de nível
PERITO superior
2
NÃO OFICIAL Prestar Habilitação técnica
compromisso
Exame de corpo de delito
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão
minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos
formulados.
Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de
10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a
requerimento dos peritos.

Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia
e a qualquer hora.
Exame de corpo de delito

Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou


rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Comunicações telefônicas

Autorização
INTERCEPTAÇÃO judicial? Interlocutores não
Terceiro grava LÍCITA
TELEFÔNICA sabem
SIM

Autorização
ESCUTA judicial? Interlocutores não
Terceiro grava LÍCITA
TELEFÔNICA sabem
SIM

Autorização Um dos
GRAVAÇÃO judicial? Um dos
interlocutores LÍCITA
TELEFÔNICA interlocutores sabe
NÃO grava
QUESTÃO DE PROVA

Obrigar o suspeito a colocar seu celular em


“viva voz” no momento de uma ligação é
considerado prova ilícita?

ProfessorLeandroErnesto
STJ. 5ª Turma. REsp 1.630.097-RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em
18/4/2017 (Info 603).
• Sem consentimento do réu ou prévia autorização judicial, é ilícita a prova,
colhida de forma coercitiva pela polícia, de conversa travada pelo
investigado com terceira pessoa em telefone celular, por meio do recurso
"viva-voz", que conduziu ao flagrante do crime de tráfico ilícito de
entorpecentes.
• Ex: policiais fizeram a abordagem de um indivíduo suspeito; quando estava
sendo feita a revista pessoal, tocou o telefone do suspeito; os policiais
obrigaram que ele atendesse no “viva voz” e, então, ouviram a conversa na
qual a mãe do indivíduo afirmou que haveria droga em sua residência. A
partir dessa informação houve a apreensão do entorpecente. Tal prova é
nula e, por via de consequência, a apreensão da droga também foi ilegal.
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
Art. 241 - Quando a própria autoridade policial ou judiciária não a
realizar pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser precedida da
expedição de mandado.
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
Art. 201 [...]

§ 2º - Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo


justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade.
Condução coercitiva

“É inconstitucional levar pessoas à força para


interrogatórios.”
ADPF 395 e 444 (14/06/2018-Plenário-STF)
Constituição Federal
art. 5º. LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
meios ilícitos;

Código de Processo Penal


art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do
processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação
a normas constitucionais ou legais.
Provas ilícitas x ilegítimas
PROVAS ILÍCITAS (8 letras) --> Direito Material (8 letras),
desentranhamento, fere o CP

PROVAS ILEGÍTIMAS (10 letras) --> Direito Processual (10 letras),


nulidade, fere o CPP
Existe nonem juris desse
meio de prova.
Ou no CPP ou na
Aquela que se encontra Legislação extravagante.
prevista em lei, com ou
NOMINADA
sem procedimento
probatório previsto.
Ex: Recontituição de fato
delituoso (art. 7º CPP)

PROVAS ADMITIDAS
É desdobramento do
princ. da busca a
verdade
Aquela que NÃO se
INOMINADA
encontra prevista em lei.
Desde que lícita e
moralmente legítima, é
válida.
ILÍCITAS
(art. 5º LVI CF)
PROVAS NÃO
ADMITIDAS
Teoria dos frutos da
DERIVADAS DAS ILÍCITAS
árvore envenenada
Provas ilícitas podem ser admitidas no
processo penal?
Provas ilícitas podem ser admitidas no processo penal?
➢ REGRA: não;
➢ EXCEÇÃO: sim.

1ª EXCEÇÃO - Provas derivadas das ilícita


✓ Teoria da fonte independente;
✓ Teoria da descoberta inevitável.
✓ Teoria da limitação da mancha purgada

2ª EXCEÇÃO - Provas ilícitas em favor do réu


✓ Princ. da proporcionalidade.
✓ Princ. da presunção de inocência.
✓ Conflito entre: proibição da prova ilícita x presunção de inocência (esta prepondera).
QUESTÃO 7 (CESPE/2014/Polícia Federa/Agente de Polícia
Federal)
A confissão do acusado suprirá o exame de corpo de delito, quando a infração
deixar vestígios, mas não for possível fazê-lo de modo direto.
( ) Certo ( ) Errado
.
Código de Processo Penal
O exame de corpo de delito, nas infrações que deixam vestígios,
deverá ser realizado, nos termos do art. 158, ainda que de forma
INDIRETA:

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o


exame de corpo de delito, direto ou INDIRETO, não podendo supri-lo
a confissão do acusado.

Como vemos, ainda, a CONFISSÃO do acusado não poderá suprir a


ausência do exame de corpo de delito.
QUESTÃO 8 (CESPE/2013/PRF/Policial Rodoviário Federal)

A prova declarada inadmissível pela autoridade judicial por ter sido obtida por
meios ilícitos deve ser juntada em autos apartados dos principais, não
podendo servir de fundamento à condenação do réu.
( ) Certo ( ) Errado .
Constituição Federal
art. 5º. LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
meios ilícitos;

Código de Processo Penal


art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do
processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação
a normas constitucionais ou legais.
PROVAS ILÍCITAS (8 letras) --> Direito Material (8 letras),
desentranhamento, fere o CP

PROVAS ILEGÍTIMAS (10 letras) --> Direito Processual (10 letras),


nulidade, fere o CPP
QUESTÃO 9 (CESPE/2018/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência)

Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a gravação de


conversa telefônica feita por um dos interlocutores sem o conhecimento do
outro não é considerada prova ilícita, desde que ausente causa legal específica
de sigilo.
( ) Certo
. ( ) Errado
Comunicações telefônicas
Autorização
INTERCEPTAÇÃO judicial? Interlocutores não
Terceiro grava LÍCITA
TELEFÔNICA sabem
SIM

Autorização
ESCUTA judicial? Interlocutores não
Terceiro grava LÍCITA
TELEFÔNICA sabem
SIM

Autorização Um dos
GRAVAÇÃO judicial? Um dos
interlocutores LÍCITA
TELEFÔNICA interlocutores sabe
NÃO grava
RESTRIÇÃO DE LIBERDADE
(PRISÕES)
✓ Prisão em flagrante.
✓Prisão preventiva.
✓Lei nº 7.960/1989 (prisão temporária).
✓Alterações da Lei nº 12.403/2011.

Prof. Leandro Ernesto


PRÓPRIO
Cometendo ou acabou de cometer
(Propriamente dito)
IMPRÓPRIO É perseguido, logo após, a infração.
(Quase Flagrante)

Preso, logo depois da infração, em situação que faça presumir ser


PRESUMIDO ele o autor da infração, por ser encontrado com objetos.
COMPULSÓRIO
Pela polícia
(Obrigatório)
FLAGRANTE
FACULTATIVO Qualquer do povo
(Espécies)
PREPARADO
(Provocado)
CRIA UMA CILADA. ILEGAL
A autoridade policial CRIA UMA SITUAÇÃO DE FLAGRÂNCIA no
FORJADO sentido de incriminar uma pessoa. ILEGAL
DIFERIDO Ação controlada.
(Postergado ou retardado)

ESPERADO Campana.
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável
no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso.
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
Art. 283 CPP. [...]

§ 2º A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora,


respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio.
Prisão em flagrante

Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus


agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em
flagrante delito.
# O acesso às conversas do whatsapp pela
polícia, sem autorização judicial, de celular
de pessoa que foi presa em flagrante delito
é prova lícita?
JURISPRUDÊNCIA
Sem prévia autorização judicial, são nulas as provas obtidas pela
polícia por meio da extração de dados e de conversas registradas
no whatsapp presentes no celular do suposto autor de fato
delituoso, ainda que o aparelho tenha sido apreendido no
momento da prisão em flagrante.
STJ. 6ª Turma. RHC 51.531-RO, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em
19/4/2016 (Info 583).
Prisão temporária x prisão preventiva
PRISÃO TEMPORÁRIA PRISÃO PREVENTIVA
ESTÁ PREVISTA NO CPP? NÃO SIM
(Lei nº 7.960/89) (art. 311 e ss)
PRISÃO CAUTELAR? SIM SIM
CABIMENTO? IPL IPL e PROCESSO
PRAZO? Crimes comuns: 5 + 5 DIAS SEM PRAZO
Crimes hediondos: 30 + 30 DIAS
JUIZ PODE DECRETAR DE OFÍCIO? NÃO SIM
(apenas na fase processual)
QUEM PODE PROVOCAR O JUDICIÁRIO? • MP • MP
• Autoridade Policial • Autoridade Policial
• Querelante
Lei 7960/89 (LEI DA PRISÃO TEMPORÁRIA)
Art. 1° Caberá prisão temporária:
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria
ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270,
caput, combinado com art. 285);
l) associação criminosa (art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;
n) tráfico de drogas
o) crimes contra o sistema financeiro
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei nº 13.260, de 2016)
Comunicação da prisão

Juiz competente
PRISÃO
+ Prazo:
COMUNICAÇÃO IMEDIATAMENTE
MP
LOCAL
(onde se encontre) Ou pessoa por
Família do preso
ele indicada
Comunicação da prisão

Até 24H Encaminhar APF JUIZ


COMPETENTE
(após a prisão)

Caso o autuado
NÃO INFORME O DEFENSORIA
NOME DO seu COPIA INTEGRAL PÚBLICA
ADVOGADO
Código de Processo Penal
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar
quando o agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis)
anos de idade ou com deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o ÚNICO responsável pelos cuidados do filho de
até 12 (doze) anos de idade incompletos.
QUESTÃO 10 (CESPE/2014/Polícia Federa/Agente de Polícia
Federal)
Nos crimes de tráfico de drogas, em caso de necessidade extrema comprovada,
poderá ser decretada a prisão temporária pela autoridade policial, que terá o
prazo de vinte e quatro horas para comunicar a prisão e encaminhar a
representação pertinente ao juiz competente.
( ) Certo ( ) Errado
.
Código de Processo Penal
A prisão temporária somente pode ser decretada pelo JUIZ, nos termos
do art. 2º da Lei 7.960/89:
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da
representação da autoridade policial ou de requerimento do
Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por
igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

A autoridade policial jamais poderá decretar a prisão temporária ou


preventiva
Prisão temporária x prisão preventiva
PRISÃO TEMPORÁRIA PRISÃO PREVENTIVA
ESTÁ PREVISTA NO CPP? NÃO SIM
(Lei nº 7.960/89) (art. 311 e ss)
PRISÃO CAUTELAR? SIM SIM
CABIMENTO? IPL IPL e PROCESSO
PRAZO? Crimes comuns: 5 + 5 DIAS SEM PRAZO
Crimes hediondos: 30 + 30 DIAS
JUIZ PODE DECRETAR DE OFÍCIO? NÃO SIM
(apenas na fase processual)
QUEM PODE PROVOCAR O JUDICIÁRIO? • MP • MP
• Autoridade Policial • Autoridade Policial
• Querelante
QUESTÃO 11 (CESPE/2017/TRF-1/Analista Judiciário-Área
Judiciária)
A decretação de prisão temporária é cabível quando houver fundadas razões
de autoria e participação em qualquer crime doloso punível com pena privativa
de liberdade superior a quatro anos de reclusão e quando for imprescindível às
investigações do inquérito policial.
( ) Certo ( ) Errado
.
Código de Processo Penal
Art. 1° Caberá prisão temporária:
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes
crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940)
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940)
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940)
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei nº 13.260, de 2016)

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