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CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO

Este capítulo tem por finalidade introduzir, além de revisar, alguns assuntos necessários ao se iniciar no
universo da eletrônica analógica básica. Para isso, revisaremos o denominado circuito RC série submetido à
aplicação de uma fem contínua (c.c.), para verificar questões relativas ao processo de carga (carregamento) e
descarga (descarregamento) do capacitor. Na seqüência, veremos o teorema de Thevenin, o qual permite
determinar a tensão e a corrente de um dispositivo em um circuito, este em muitas vezes complexo, com imensa
facilidade e elegância, quando comparado ao método que emprega as leis de Kirchhoff. Em seguida,
abordaremos o conceito de corrente alternada do tipo senoidal, da qual se baseia os retificadores de média que
serão estudados mais adiante. Por fim, revisamos o conceito de um transformador monofásico ideal, incluindo o
fusível de proteção para seu primário.

Circuito RC série – Processo de Carga de um Capacitor

Consideremos o circuito RC série da Figura 1.1, o qual consiste de uma fonte (ideal) de fem ε, um
resistor R e um capacitor C.

Figura 1.1 – Circuito de carga para um capacitor. Com a chave interruptora S na posição de repouso, o circuito está
desligado. Quando a chave for conectada ao ponto a, o circuito é então ligado. Então, a quantidade de carga no capacitor
cresce exponencialmente com o tempo.

Supomos que o capacitor esteja inicialmente descarregado (isto é, com quantidade de carga líquida nula) e que a
chave interruptora S esteja na posição de repouso. Ao conectarmos a chave S na posição a, fechamos o circuito.
Neste instante (inicial), no qual t = 0, a corrente no circuito será máxima, sendo esta dada por

ε
I max = , (1.1)
R

e a carga do capacitor será nula. Passado o momento inicial, onde t > 0, a corrente elétrica que percorre o circuito
passa a decrescer exponencialmente com o tempo, sendo esta dada por

I = I max ⋅ e − (t / τ ) , (1.2)

onde e é o número exponencial ou, ainda, o número de Euler1. Como a tensão no resistor é proporcional a
corrente, então a mesma também decresce exponencialmente com o tempo, sendo esta dada por

1
Na matemática, o número de Euler (pronuncia-se óilar), assim chamado em homenagem ao matemático suíço Leonhard
Euler, é a base dos logaritmos naturais (ln). O número e é também conhecido como: número de Napier, número neperiano e
número exponencial, etc. O número e é um número irracional e transcendental (como o π). O número de Euler e com as
cinco primeiras casas decimais é 2,71828.

1
V R = ε ⋅ e − (t / τ ) . (1.3)

Porém, a quantidade de carga elétrica no capacitor passa a crescer exponencialmente com o tempo, sendo esta

[
Q = Qmax ⋅ 1 − e −(t / τ ) , ] (1.4)

na qual Qmax é a carga máxima com a qual o capacitor poderá ser carregado (também conhecida como a carga
de equilíbrio), a qual é dada por

Qmax = C ⋅ ε . (1.5)

Como a carga é proporcional a tensão, então a tensão no capacitor também cresce exponencialmente com o
tempo, sendo esta dada pela relação

[
VC = ε ⋅ 1 − e − (t / τ ) . ] (1.6)

Das relações apresentadas acima, vimos que a corrente I, a carga Q e as tensões do resistor VR e do
capacitor VC são funções exponenciais do tempo. A letra (grega) τ, que aparece nos expoentes dessas equações,
representa a denominada constante de tempo capacitiva ou tempo de relaxação do circuito, sendo esta
matematicamente determinada por

τ = R ⋅C . (1.7)

A constante de tempo capacitiva, normalmente/simplesmente denominada como constante de tempo2,


representa o tempo necessário para que o capacitor seja carregado com aproximadamente 63% da sua carga
máxima ou, então, para que a corrente no circuito decresça até a aproximadamente 37% do seu valor máximo. A
partir dessa definição, vemos que a constante de tempo, dada pelo produto resistência vezes capacitância, em
(1.7), tem dimensões de tempo. Em unidades SI, teremos então, por (1.7), que o tempo de um segundo
corresponderá ao produto de um ohm por um farad, ou seja, 1s = (1Ω)⋅(1F). Isto também pode ser
entendido/visto pelo fato do termo t/τ, nos expoentes das equações exponenciais acima, ser adimensional (isto é,
sem unidade de medida), pois tempo (t) dividido por tempo (τ) resulta em um valor numérico (sendo este o
expoente para o qual o número de Euler é a base), isto é, sem unidade de medida (devido ao cancelamento das
mesmas). Há também a denominada meia vida do circuito, denotada por tm. Esta corresponde ao tempo
necessário para a corrente no circuito decrescer até a metade (50%) do seu valor máximo ou, então, para o
capacitor adquirir metade da sua carga total (máxima).
Após um tempo suficientemente longo (idealmente infinito), no qual t = ∞, a corrente do circuito cai
(idealmente) a zero. Ao mesmo tempo, a quantidade de carga no capacitor atinge seu valor máximo. Resumindo:

t Q(t) I(t)
0 0 Imax
∞ Qmax 0

Tabela 1.1 – Valores extremos em um processo de carga para um capacitor em um circuito RC série.

Como um exemplo da natureza deste tipo de circuito, analisemos um circuito RC série, tal como o da
Figura 1.1, formado por uma bateria (ideal) com fem de 10V, um resistor de 33kΩ e um capacitor de 1000µF.
Os gráficos da Figura 1.2 ilustram a tensão no resistor e no capacitor, bem como a corrente do circuito e,

2
Deve ser levado em conta que também existe a constante de tempo de natureza indutiva.

2
também, a carga no capacitor durante o processo de carregamento do mesmo. Perceba que em qualquer instante
de tempo, a soma das tensões do resistor e do capacitor satisfaz a lei da malhas. Note, também, que para um
tempo suficientemente longo, após ter sido ligado o circuito (tempo este que corresponde, por exemplo, a quatro
ou cinco constantes de tempo, no mínimo), a corrente e, conseqüentemente, a tensão no resistor caem idealmente
a zero. Por outro lado, vemos que no transcorrer desse tempo, a tensão no capacitor e a carga no mesmo atingem
seus máximos valores previstos.

Figura 1.2 – Processo de carga para um capacitor em um circuito RC série, sendo este formado por uma bateria (ideal) com
fem de 10V, um resistor de 33kΩ e um capacitor de 1000µF. (a) Gráfico da corrente elétrica do circuito em função do
tempo. (b) Gráfico da quantidade de carga elétrica no capacitor em função do tempo. (c) Gráfico da tensão no resistor em
função do tempo. (d) Gráfico da tensão no capacitor em função do tempo. Em cada um dos gráficos, o tempo considerado
para a medida das grandezas plotadas (corrente, carga e tensão) é de pouco mais que quatro constantes de tempo.

Pode-se perceber, após todas essas análises, que, no momento em que o circuito é ligado, em t = 0, o
capacitor atua idealmente como uma chave interruptora fechada, sendo a corrente do circuito então máxima e
dada pela relação (1.1). Neste instante, o circuito (aparentemente) consiste simplesmente de um resistor
conectado a fonte de fem. Após um tempo suficientemente longo, no qual t = ∞, o capacitor atua idealmente
como uma chave interruptora aberta, sendo a corrente do circuito então nula. Neste caso, a tensão sobre o
capacitor se igualará a fem aplicada ao circuito. No intervalo de tempo 0 < t < ∝, podemos considerar que o
capacitor atua como uma resistência variável, tal como um potenciômetro, por exemplo. Idealmente, pode-se
entender o capacitor como uma resistência variável, a qual varia de zero ohm a até infinitos ohms. Desse ponto
de vista, pode-se dizer que, no momento em que o circuito é ligado, em t = 0, a resistência variável do capacitor
é nula. Logo depois de ligado o circuito, para t > 0, a resistência do capacitor passa a aumentar de valor. Assim,

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quando o tempo t for suficientemente longo (t = ∝), a resistência do variável do capacitor apresentará um valor
extremamente alto, idealmente infinito (∝). Neste caso, o capacitor comporta-se idealmente como uma chave
interruptora aberta, sendo impossível que circule corrente elétrica pelo circuito.

Circuito RC série – Processo de Descarga de um Capacitor

Consideremos novamente o circuito RC série da Figura 1.1, o qual consiste de uma fonte (ideal) de fem
ε, um resistor R e um capacitor C. Supomos que o capacitor esteja inicialmente carregado com uma determinada
quantidade de carga elétrica líquida Qo, correspondendo esta a

Qo = C ⋅ Vo , (1.8)

onde Vo é a tensão com a qual o capacitor está, inicialmente, carregado. Dependendo do caso, a quantidade
inicial de carga Qo pode, inclusive, ser a quantidade máxima de carga Qmax prevista para o capacitor no referido
circuito. Também, supomos que a chave interruptora S esteja na posição de repouso e que o capacitor esteja com
uma determinada carga inicial (Qo). Ao ser conectada na posição b, fechamos o circuito. Neste instante (inicial),
no qual t = 0, a corrente inicial no circuito será dada por

Vo
Io = . (1.9)
R

A partir deste momento, onde t > 0, a corrente elétrica que percorre o circuito passa a decrescer
exponencialmente com o tempo, segundo a relação

I = I o ⋅ e − (t / τ ) . (1.10)

Como a tensão no resistor é proporcional a corrente, então a tensão no mesmo também passa a decrescer
exponencialmente com o tempo, sendo esta dada por

V R = Vo ⋅ e − (t / τ ) . (1.11)

Também, a quantidade de carga elétrica no capacitor decresce exponencialmente com o tempo, de acordo com

Q = Qo ⋅ e − (t / τ ) . (1.12)

Como a carga é proporcional a tensão, então esta (no capacitor) também decresce exponencialmente com o
tempo, sendo a mesma dada por

VC = Vo ⋅ e −(t / τ ) . (1.13)

Nas relações apresentadas de (1.8) a (1.13), a constante de tempo capacitiva continua a ser determinada
pela relação (1.7). No presente caso, da descarga do capacitor, a constante de tempo representa o tempo
necessário para que a carga no capacitor e a corrente no circuito decresçam até a aproximadamente 37% dos seus
valores iniciais. A meia vida do circuito, denotada por tm, continua sendo o tempo necessário para a corrente
decrescer até a metade do seu valor inicial ou, então, para o capacitor perder metade da sua carga total (inicial).
Após um tempo suficientemente longo, no qual t = ∞, a corrente do circuito cai a zero, bem como a
quantidade de carga no capacitor. Resumindo:

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t Q(t) I(t)
0 Qo Io
∞ 0 0

Tabela 1.2 – Valores extremos em um processo de descarga para um capacitor em um circuito RC série.

Como um exemplo da natureza deste tipo de circuito, analisemos um circuito RC série, tal como o da
Figura 1.1, formado por uma bateria (ideal) com fem de 10V, um resistor de 33kΩ e um capacitor de 1000µF; o
mesmo analisado anteriormente para o processo de carga no capacitor. Os gráficos da Figura 1.3 ilustram a
tensão no resistor e no capacitor, bem como a corrente do circuito e, também, a carga no capacitor durante um
processo de descarga do capacitor neste circuito. Para tanto, supomos que o capacitor estivesse inicialmente
carregado com a sua carga máxima prevista (Qmax). Perceba que, em qualquer instante de tempo, a soma das
tensões do resistor e do capacitor satisfaz a lei da malhas. Note que para um tempo já suficientemente longo,
após ter sido ligado o circuito – tempo este que corresponde, por exemplo, a quatro ou cinco constantes de
tempo, no mínimo – a corrente e, conseqüentemente, a tensão no resistor e no capacitor, juntamente com a carga
nesse último, caem idealmente a zero.

Figura 1.3 – Processo de descarga para um capacitor em um circuito RC série, sendo este formado por uma bateria (ideal)
com fem de 10V, um resistor de 33kΩ e um capacitor de 1000µF. (a) Gráfico da corrente elétrica do circuito em função do
tempo. (b) Gráfico da quantidade de carga elétrica no capacitor em função do tempo. (c) Gráfico da tensão no resistor em
função do tempo. (d) Gráfico da tensão no capacitor em função do tempo. Em cada um dos gráficos, o tempo considerado
para a medida das referidas grandezas (corrente, carga e tensão) é pouco maior que aproximadamente quatro constantes de
tempo.

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Pode-se perceber, após todas essas análises, que no momento em que o circuito é ligado, em t = 0, o
capacitor atua idealmente como uma chave interruptora fechada, sendo a corrente inicial do circuito então
máxima e dada pela relação (1.9). Após um tempo suficientemente longo, no qual t = ∞, o capacitor atua
idealmente como uma chave interruptora aberta, sendo a corrente do circuito então nula.

EXEMPLOS

1. Anteriormente, analisamos o circuito RC série, de diagrama igual ao da Figura 1.1, composto por uma
bateria (ideal) com fem de 10V, um resistor de 33kΩ e um capacitor de 1000µF, o qual considerou-se
inicialmente descarregado. Os gráficos referentes aos processos de carga e descarga do capacitor foram
ilustrados nas Figuras 1.2 e 1.3. Sendo assim, com relação ao processo de carga do capacitor neste
circuito (ligação do interruptor: a-S), determine:

a) A constante de tempo do circuito, em segundos (s).

A constante de tempo do circuito, para o capacitor em processo de carga, é, de acordo com (1.7),

τ = R ⋅ C = (33kΩ) ⋅ (1000µF ) = (33000Ω) ⋅ (1000 × 10−6 F ) = 33s .

b) A carga máxima acumulada no capacitor, em milicoulombs (mC).

A quantidade de carga máxima do circuito, para o capacitor em processo de carga, é, de acordo


com (1.5),

Qmax = C ⋅ ε = (1000 µF ) ⋅ (10V ) = (1000 × 10 −6 F ) ⋅ (10V ) = 1 × 10 −2 C = 10mC .

c) O instante de tempo, em segundos (s), para que a carga armazenada no capacitor seja igual à
metade do seu valor máximo.

O tempo requerido neste cálculo consiste no denominado tempo de meia vida do circuito (tm). A
meia vida do circuito, denotada por tm, corresponde ao tempo necessário para a corrente no
circuito decrescer até a metade (50%) do seu valor máximo ou, então, para o capacitor adquirir
metade da sua carga total (máxima). Assim, neste instante de tempo, a quantidade de carga no
capacitor deve ser

Qmax 10mC
Q= = = 5mC .
2 2

Logo, por (1.4),

[ ]
Q = Qmax ⋅ 1 − e −(t / τ ) ,

teremos que

[ ]
5 = (10) ⋅ 1 − e − (t / 33) ,

5
= 1 − e −(t / 33) ,
10

6
0,5 = 1 − e − (t / 33 ) ,

0,5 − 1 = −e − (t / 33) ,

− 0,5 = −e − (t / 33) ,

0,5 = e − (t / 33 ) ,

Aplicando o logaritmo natural (ln) de ambos os lados da última equação acima, teremos que

ln 0,5 = ln e − (t / 33) ,

onde, nessa última equação, usaremos a regra ln e a = a . Assim,

t
− 0,6932 = − ,
33

t
0,6932 = ,
33

t = (0,6932) ⋅ (33) = 22,87 s .

d) O instante de tempo, em segundos (s), para que a tensão no capacitor seja igual à metade da fem
da fonte.

O tempo será o mesmo do exercício anterior (meia vida), pois como a carga é proporcional a
tensão, essa mesma (no capacitor) também cresce exponencialmente com o tempo. Assim,
ambas as grandezas (carga e tensão), no capacitor, apresentam expressões matemáticas
semelhantes, tal como se verifica nas equações (1.4) e (1.6).

e) O instante de tempo, em segundos (s), para que a tensão no capacitor seja igual à 88% da fem da
fonte.

A tensão no capacitor como sendo de 88% da fem da fonte é dada por

VC = 88% ⋅ ε = (0,88) ⋅ (10V ) = 8,8V

Logo, por (1.6),

[
VC = ε ⋅ 1 − e − (t / τ ) , ]
teremos que

[
8,8 = (10) ⋅ 1 − e − (t / 33 ) , ]

7
8,8
= 1 − e −(t / 33) ,
10

0,88 = 1 − e − (t / 33 ) ,

0,88 − 1 = −e − (t / 33) ,

− 0,12 = −e − (t / 33) ,

0,12 = e − (t / 33 ) ,

Aplicando o logaritmo natural (ln) de ambos os lados da última equação acima, teremos que

ln 0,12 = ln e − (t / 33) ,

onde, nessa última equação, usaremos a regra ln e a = a . Assim,

t
− 2,1212 = − ,
33

t
2,1212 = ,
33

t = (2,1212) ⋅ (33) = 70 s .

f) A corrente máxima do circuito.

A corrente máxima do circuito, para o capacitor em processo de carga, é, de acordo com (1.1),

ε 10V
I max = = ≅ 0,303mA = 303µA .
R 33kΩ

g) O instante de tempo, em segundos (s), para que a corrente elétrica na resistência decaia à metade
do seu valor máximo.

O tempo será o mesmo dos itens (c) e (d) anteriores pois, como se viu, a meia vida do circuito
corresponde ao tempo necessário para a corrente no circuito decrescer até a metade (50%) do seu
valor máximo (ou, então, para o capacitor adquirir metade da sua carga máxima).

2. Considere que, depois de ligado o circuito RC série do exemplo anterior, após um tempo muito grande
(onde consideramos t = ∝), o capacitor seja colocado em um processo de descarga (ligação do
interruptor: b-S). Sendo assim, determine:

a) A constante de tempo do circuito, em segundos (s).

Como o circuito usado para a descarga do capacitor consiste no mesmo resistor de 33kΩ (sem a
inserção de demais resistores) e no mesmo capacitor (sem a inserção de demais capacitores), a
constante de tempo do processo de descarga do capacitor é a mesma do processo de carga deste,

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determinada no exemplo anterior. Isto porque o capacitor foi carregado com sua máxima carga
prevista, sendo esta a sua carga inicial, além da tensão deste ser igual a sua fem.

b) A carga inicial acumulada no capacitor, em milicoulombs (mC).

A carga inicial do capacitor consiste na carga máxima determinada para o mesmo, no exemplo
anterior.

c) O instante de tempo, em segundos (s), para que a carga inicial armazenada no capacitor decaia à
metade do seu valor inicial.

Este tempo corresponde a meia vida do circuito, determinada no exemplo anterior.

d) O instante de tempo, em segundos (s), para que a tensão no capacitor seja igual à metade da sua
tensão inicial.

Este tempo corresponde a meia vida do circuito, determinada no exemplo anterior.

e) O instante de tempo, em segundos (s), para que a tensão no capacitor seja igual à 88% da sua
tensão inicial.

A tensão inicial no capacitor corresponde, idealmente, à própria força eletromotriz da fonte de


fem que foi desligada do circuito (quando a tensão sobre o capacitor, em seu processo de
carregamento, se igualou à fem da fonte, idealmente), isto é,

Vo = ε = 10V

A tensão no capacitor como sendo de 88% da fem da fonte é dada por

VC = 88% ⋅ ε = (0,88) ⋅ (10V ) = 8,8V

Logo, por (1.13),

VC = Vo ⋅ e − (t / τ ) ,

teremos que

8,8 = (10) ⋅ e − (t / 33) ,

8,8
= e −(t / 33) ,
10

0,88 = e − (t / 33 ) ,

Aplicando o logaritmo natural (ln) de ambos os lados da última equação acima, teremos que

ln 0,88 = ln e − ( t / 33) ,

onde, nessa última equação, usaremos a regra ln e a = a . Assim,

9
t
− 0,1278 = − ,
33

t
0,1278 = ,
33

t = (0,1278) ⋅ (33) = 4,22 s .

Note: em aproximadamente 4s, o capacitor já perdeu 88% da sua carga armazenada inicialmente.

f) A corrente inicial do circuito.

Esta corrente corresponde a corrente máxima determinada no exemplo anterior, visto que a
tensão inicial no capacitor corresponde a fem da bateria que o carregou até sua máxima carga.

g) O instante de tempo para que a corrente elétrica no resistor decaia à metade do seu valor inicial.

Este tempo corresponde a meia vida do circuito, determinada no exemplo anterior.

Circuito RC série – Constantes de Tempo Distintas para Carga e Descarga de um Capacitor

Nem sempre a constante de tempo de carga do capacitor deverá ser a mesma para a descarga do referido
capacitor, no circuito considerado. Para tanto, por exemplo, analisemos um caso, em particular, para o circuito
da Figura 1.4. Neste circuito, a constante de tempo de carregamento τC do capacitor é dada em termos do resistor
R1 e pelo capacitor C, isto é, τC = R1⋅C. Já a constante de tempo de descarregamento τD do capacitor é dada em
termos da resistência equivalente resultante da associação em série dos resistores R1 e R2, e pelo capacitor C, isto
é, τD = (R1 + R2)⋅C.

Figura 1.4 – Processo de descarga para um capacitor em um circuito RC série formado por uma bateria (ideal) com fem ε,
dois resistores R1 e R2, e um capacitor C. Com a chave interruptora S na posição de repouso, o circuito está desligado.
Quando a chave for conectada ao ponto a, o circuito é então ligado, sendo o mesmo constituído de uma malha (fechada)
formada pelo resistor R1 e pelo capacitor C. A partir deste instante, a quantidade de carga no capacitor cresce
exponencialmente com o tempo. A constante de tempo de carga é então dada pela relação τC = R1⋅C. Quando a chave for
conectada ao ponto b, o circuito é então desligado da fonte de fem, sendo o mesmo constituído de uma malha (fechada)
formada pelos resistores R1 e R2, e pelo capacitor C. A partir deste instante, a quantidade de carga no capacitor decresce
exponencialmente com o tempo com uma constante de tempo, de descarga, então dada pela relação τD = (R1 + R2)⋅C.

EXEMPLOS

3. Um circuito RC série, de diagrama igual ao da Figura 1.4, consiste de uma fonte (ideal) de fem de 18V,
um resistor R1 de 1,8MΩ, um resistor R2 de 560kΩ e um capacitor de 22µF, inicialmente descarregado.
Sendo assim, em um processo de carga do capacitor (ligação do interruptor: a-S), determine:

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a) A constante de tempo do circuito de carga do capacitor, em segundos (s).

A constante de tempo para o capacitor em processo de carga, é, de acordo com (1.7),

τ C = R1 ⋅ C = (1,8MΩ) ⋅ (22µF ) = (1,8 × 10 6 Ω) ⋅ (22 × 10 −6 F ) = 39,6 s .

b) O instante de tempo, em segundos (s), para que a tensão no capacitor, durante seu processo de
carregamento, seja igual a 22% da sua tensão máxima possível.

A tensão no capacitor como sendo de 22% da fem da fonte é dada por

VC = 22% ⋅ ε = (0,22) ⋅ (18V ) = 3,96V

Logo, por (1.6), teremos que

[ ]
VC = ε ⋅ 1 − e − (t / τ C ) ,

[ ]
3,96 = (18) ⋅ 1 − e − (t / 39, 6 ) ,

3,96
= 1 − e −(t / 39,6 ) ,
18

0,22 = 1 − e − (t / 39,6 ) ,

0,22 − 1 = −e − (t / 39, 6 ) ,

− 0,78 = −e − (t / 39,6 ) ,

0,78 = e − (t / 39,6 ) ,

Aplicando o logaritmo natural (ln) de ambos os lados da última equação acima, teremos que

ln 0,78 = ln e − (t / 39, 6 ) ,

onde, nessa última equação, usaremos a regra ln e a = a . Assim,

t
− 0,2485 = − ,
39,6

t
0,2485 = ,
39,6

t = (0,2485) ⋅ (39,6) = 9,84 s .

c) A corrente máxima do circuito, em microampères (µA), no processo de carregamento do


capacitor.

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A corrente máxima do circuito, para o capacitor em processo de carga, é, de (1.1),

ε 18V
I max = = 10 µA .
R1 1,8MΩ

d) A quantidade de carga elétrica máxima à ser acumulada no capacitor, em microcoulombs (µC),


no seu processo de carregamento.

A quantidade de carga máxima do circuito, para o capacitor em processo de carga, é, de acordo


com (1.5),

Qmax = C ⋅ ε = (22µF ) ⋅ (18V ) = 396 µC .

4. Considere que, após um tempo muito grande depois de ligado o circuito RC série do exemplo anterior
(onde consideramos t = ∝), o capacitor seja colocado em um processo de descarga (ligação do
interruptor: b-S). Sendo assim, determine:

a) A constante de tempo do circuito de descarga do capacitor, em segundos (s).

A constante de tempo para o capacitor em processo de descarregamento, é, de acordo com (1.7),

τ D = R12 ⋅ C ,

onde

R12 = R1 + R2 = 1,8MΩ + 0,56MΩ = 2,36MΩ ,

lembrando que R2 = 560kΩ = (560kΩ) / 1000 = 0,56 MΩ . Assim:

τ D = R12 ⋅ C = (2,36MΩ) ⋅ (22µF ) = (2,36 × 10 6 Ω) ⋅ (22 × 10 −6 F ) = 51,92s .

b) O instante de tempo, em segundos (s), para que a tensão no capacitor, durante seu processo de
descarregamento, se reduza a 22% da sua tensão inicial.

A tensão inicial no capacitor corresponde, idealmente, à própria força eletromotriz da fonte de


fem que foi desligada do circuito (quando a tensão sobre o capacitor, em seu processo de
carregamento, se igualou à fem da fonte, idealmente), isto é,

Vo = ε = 18V

Neste caso, a tensão no capacitor, como sendo de 22% da fem da fonte, é dada por

VC = 22% ⋅ ε = (0,22) ⋅ (18V ) = 3,96V ,

tal como no exemplo anterior. Logo, por (1.13), teremos que

VC = Vo ⋅ e − (t / τ D ) ,

12
3,96 = (18) ⋅ e − (t / 51,92 ) ,

3,96
= e −(t / 51,92 ) ,
18

0,22 = e − (t / 51,92 ) ,

Aplicando o logaritmo natural (ln) de ambos os lados da última equação acima, teremos que

ln 0,22 = ln e − (t / 51,92 ) ,

onde, nessa última equação, usaremos a regra ln e a = a . Assim,

t
− 1,5141 = − ,
51,92

t
1,5141 = ,
51,92

t = (1,5141) ⋅ (51,92) = 78,61s .

c) A corrente inicial do circuito, em microampères (µA), no processo de descarregamento do


capacitor.

A corrente inicial do circuito, para o capacitor em processo de descarregamento, é, de (1.9),

Vo 18V
Io = = = 7,63µA .
R12 2,36MΩ

d) A quantidade de carga elétrica no capacitor, em microcoulombs (µC), cinco segundos após o


mesmo ser colocado em processo de descarregamento.

A quantidade de carga elétrica inicial no capacitor Qo corresponde, idealmente, à própria


quantidade de carga máxima do circuito, para o capacitor em processo de carga (quando a tensão
sobre o capacitor, em seu processo de carregamento, se igualou à fem da fonte, idealmente), isto
é,

Qo = Qmax = 396µC .

Assim, a quantidade de carga elétrica no capacitor, cinco segundos após o mesmo ser colocado
em processo de descarregamento, é, de acordo com (1.12),

Q = Qo ⋅ e − (t / τ D ) ,

Q = (396 µC ) ⋅ e − (5 / 51,92 ) ,

13
Q = (396µC ) ⋅ e −0, 096302 ,

Q = (396 µC ) ⋅ (0,9082) = 359,64 µC .

Note: em aproximadamente 5s, o capacitor perdeu apenas 9,18% da sua carga armazenada
inicialmente.

Teorema de Thevenin

Às vezes, um circuito é muito grande e exige um grande número de cálculos para sua solução. Em outras
ocasiões, tais apresentam cargas variáveis (vários valores para RL), sendo necessário analisar todo o circuito para
cada carga conectada, o que representa um esforço de cálculo e tempo significativos. Seja o circuito da Figura
1.5. Devido ao porte do circuito apresentado, sua análise pode ser um tanto complexa, principalmente se a
resistência da carga RL for variável, tal como um potenciômetro.

parte fixa do circuito bipolo

componente
do circuito

Figura 1.5− Circuito para análise da resposta na carga.

O Teorema de Thevenin permite determinar a tensão aplicada e a corrente que atravessa um componente
em um circuito (ou parte de um circuito), entre um determinado bipolo, sem a necessidade de se calcular outros
parâmetros (tensões e correntes) nos demais componentes. Por exemplo, simplificando toda a parte do circuito
da Figura 1.5 que é permanente (parâmetros que não mudam), menos a parte em que estamos interessados em
analisar com mais detalhes (em geral, a carga do circuito), reduz-se significativamente o trabalho de análise. Esta
simplificação do circuito pode ser feita através da aplicação do Teorema de Thevenin, o qual diz que:

“Qualquer circuito linear de dois terminais de saída (bipolo A e B) que tenha uma ou mais fontes de tensão e/ou
de corrente, pode ser representado (substituído/simplificado) por uma fonte de tensão real, ou seja, por uma
fonte de tensão (ideal) em série com uma resistência (resistência interna), chamada Equivalente de Thevenin”.

Em outras palavras, o teorema de Thevenin permite determinar como a carga RL “enxerga” a


fonte de tensão à qual ela está conectada. Portanto, considerando o circuito da Figura 1.5, para analisar-
se a tensão e a corrente no bipolo A e B, da resistência de carga RL, pode-se substituir toda a parte do
circuito entre A e B (lado esquerdo) pelo seu Equivalente de Thevenin, como indica a Figura 1.6.

14
Equivalente carga
Thevenin

Figura 1.6 - Equivalente Thevenin para o circuito da Figura 1.5.

Os parâmetros do Equivalente Thevenin – isto é, a tensão de Thevenin Vth e a resistência de


Thevenin Rth – devem ser determinados da seguinte forma:

I. Retirar a carga RL do circuito.


II. Determinar a tensão entre os pontos (A e B) onde estava conectada a carga RL. Esta será a
tensão de Thevenin Vth.
III. Imaginar a fonte de força eletromotriz (fem, simbolizada por ε) em curto-circuito.
IV. Determinar a resistência equivalente vista dos bornes da carga RL. Esta será a resistência de
Thevenin Rth.

Deve ficar bem claro que a tensão de Thevenin Vth não é a tensão da fonte do circuito. Esta é a
tensão entre os terminais A e B do circuito quando tais estiverem em aberto, sem a carga RL. Neste caso,
entre tais pontos, A e B, é como se houvesse um interruptor aberto (isto é, uma resistência infinita). Da
mesma forma, a resistência de Thevenin Rth não é a resistência equivalente do circuito. Esta é a
resistência total existente entre os pontos A e B em aberto, sem a carga RL, com todas as fontes
desativadas (curto-circuitadas). Neste caso, a resistência de Thevenin atua como uma resistência interna
de uma fonte de força eletromotriz (fem) do tipo não ideal.
Cabe ressaltar que a aplicação do teorema de Thevenin para circuitos com fonte de fem leva à
considerá-las como se estas estivessem em curto-circuito. Já a aplicação deste teorema para circuitos
com fonte de corrente leva a considerá-las como se estas estivessem em aberto.

EXEMPLOS

5. Dado o circuito elétrico resistivo abaixo, de fem (ε) ideal, pede-se que determine o valor da intensidade
da corrente que percorre a resistência R5 e, também, a sua tensão.

ε = 12V
R1 = laranja, preto, dourado
R2 = marrom, preto, dourado
R3 = marrom, vermelho, preto
R4 = amarelo, preto, dourado
R5 = vermelho, preto, dourado

15
Observação: Despreze as “tolerâncias” das resistências para os cálculos dessa questão.

6. Dado o circuito elétrico resistivo abaixo, de fems ideais, pede-se que determine o valor da intensidade da
corrente que percorre a resistência de carga RL e, também, a sua tensão.

ε 1 = 8V ; ε 2 = 4V ; ε 3 = 6V
R1 = vermelho, preto, dourado
R2 = R3 = marrom, preto, dourado
R4 = azul , preto, dourado
R5 = 50% R4
R L = 1 3 R4

Observação: Despreze as “tolerâncias” das resistências para os cálculos das questões abaixo.

Correntes Alternadas do Tipo Senoidal

A maioria das casas e repartições são providas de fiação elétrica que conduz corrente alternada (c.a.),
isto é, corrente cujo valor varia no tempo e, geralmente, de forma senoidal, trocando de sentido 60 vezes por
segundo (mais comumente).
Uma das principais vantagens da corrente alternada é a seguinte: à medida que a corrente se alterna, o
campo magnético que circunda o condutor também se alterna. Tal fato torna possível a aplicação da lei da
indução de Faraday que, dentre outras coisas, nos permite aumentar ou diminuir, à vontade, o valor de uma
tensão alternada, usando um dispositivo chamado transformador (que funciona somente em c.a., lembre-se
“muito bem” disto). Além disso, a corrente alternada é mais adequada para o uso em máquinas rotativas, tais
como geradores e motores, do que a corrente contínua (c.c.). Por exemplo, girando-se uma bobina num campo
magnético externo, como na Figura 1.7, a fem induzida na bobina é alternada. Extrair uma tensão alternada de
uma bobina e, a seguir, transformá-la numa tensão de magnitude e polaridade constantes para que se possa suprir
um sistema de distribuição de energia de corrente contínua, tem sido um desafio para a engenharia.

Figura 1.7 − Ao lado, os rudimentos do


princípio básico de um gerador de corrente
alternada, também conhecido por alternador,
o qual consiste na rotação de uma bobina
num campo magnético externo. Nesta figura,
B é o vetor campo magnético (juntamente
com as linhas de indução), I é a corrente
alternada (induzida) e ε é a fem induzida.

As fems e as correntes alternadas geradas por elas são fundamentais, não apenas para os sistemas de
geração e distribuição de energia, mas também para o rádio, a televisão, a comunicação através de satélites, os
computadores, a medicina e para um grande número de situações que caracterizam nosso estilo moderno de vida.

16
Freqüência

A frequência (f) é uma grandeza física associada a movimentos de característica ondulatória, a qual
indica o número de revoluções (ciclos, voltas, oscilações, etc) por unidade de tempo. A unidade da freqüência no
SI (Sistema Internacional de Unidades de Medidas) é o inverso do segundo, ou seja, 1/s = s−1, também conhecida
por rps (rotações por segundo), a qual recebeu uma denominação especial, o hertz, cuja abreviação é Hz. Pode-se
também medir a freqüência em rotações por minuto (rpm). Uma rps (ou seja, 1Hz) equivale a 60rpm.

Período

Alternativamente, podemos medir o tempo decorrido para uma oscilação. Este tempo em particular
recebe o nome de período (T). Em outras palavras, o período é o tempo necessário para que um movimento volte
a se repetir. A unidade SI do período é o segundo (s). Matematicamente, a freqüência é o inverso do período, ou
seja,

1
f = . (1.14)
T

Freqüência Angular

A freqüência angular (ω) é a taxa de variação temporal de algum ângulo. No SI, a freqüência angular é
medida em radianos por segundo (rad/s). É apenas um múltiplo da freqüência (f). Matematicamente,

ω = 2πf (1.15)

ou


ω= . (1.16)
T

Onda Senoidal

A onda senoidal é o mais básico dos sinais elétricos. Ela é usada freqüentemente, por exemplo, para
testar circuitos eletrônicos. Além disso, sinais complicados podem ser reduzidos a uma superposição de várias
ondas senoidais.

Observe, na Figura 1.8, como a


tensão aumenta de zero até um máximo
positivo aos 90º, diminuindo para zero em
180º, atinge um máximo negativo em 270º
e volta a zero em 360º. Conforme foi
indicado, Vp é o valor de pico de uma onda
seno, ou seja, o valor máximo que ela
atinge. A senóide tem um pico positivo em
90º e um negativo em 270º.
Nota: πrad = 180º, onde πrad = 3,14.
Figura 1.8 - Senóide

A onda senoidal que aparece no gráfico acima é uma função da forma:

17
v = V p ⋅ sen(ω ⋅ t ) , (1.17)

onde v é a tensão instantânea, Vp é a tensão de pico, ω é a freqüência angular da rede e t representa o tempo.
Aqui, vamos adotar uma convenção: sempre que nos referirmos à valores instantâneos das grandezas
elétricas c.a. em estudo, tais como corrente, tensão e potência, usaremos letras minúsculas. Por exemplo: se nos
referirmos a tensão instantânea sobre um resistor R, um capacitor C e um indutor L, usaremos vR, vC, e vL,
respectivamente; se nos referirmos a corrente instantânea sobre um resistor R, um capacitor C e um indutor L,
usaremos iR, iC, e iL, respectivamente; se nos referirmos a potência instantânea sobre um um resistor R, um
capacitor C e um indutor L, usaremos pR, pC, e pL, respectivamente. Da mesma forma, quando nos referirmos à
valores rms (que será visto a seguir) ou de amplitude (pico) de grandezas elétricas, usaremos letras maiúsculas.
Por exemplo: se nos referirmos a tensão de pico de um resistor R, um capacitor C e um indutor L, usaremos VR,
VC, e VL, respectivamente; se nos referirmos a corrente de pico de um resistor R, um capacitor C e um indutor L,
usaremos IR, IC, e IL, respectivamente; se nos referirmos a tensão rms de um resistor R, um capacitor C e um
indutor L, usaremos VR(rms), VC(rms), e VL(rms), respectivamente; e se nos referirmos a corrente rms de um resistor R,
um capacitor C e um indutor L, usaremos IR(rms), IC(rms), e IL(rms), respectivamente.
Ainda na equação (1.17), o produto ω⋅t que aparece no argumento da função seno corresponde ao
deslocamento angular (θ) efetuado pela onda seno durante o ciclo de oscilação do sinal c.a., ou seja,

θ = ω ⋅t . (1.18)

A Figura 1.9 mostra que uma onda senoidal pode ser descrita por uma circunferência, na qual o vetor
(flecha) representa o valor de amplitude da tensão alternada (aqui, neste exemplo, sendo a amplitude de tensão
de um volt). Quando este vetor for projetado no eixo vertical, numa determinada posição angular (ω⋅t), o mesmo
fornece o valor instantâneo v da tensão alternada neste instante. Todo tipo de movimento oscilatório e, portanto,
“periódico” (tipo seno e cosseno), pode ser descrito de tal forma (via circunferência), na qual um vetor “gira” no
sentido anti-horário, com velocidade angular ω, efetuando um deslocamento angular dado por θ = ω⋅t. Este vetor
que “gira” é denominado fasor.

Figura 1.9 – como desenhar uma onda senoidal

Valor de Pico

O valor de pico de uma onda senoidal é o valor máximo (amplitude) que a onda seno atinge, ou seja, é a
máxima amplitude da onda seno.

Valor de Pico a Pico

O valor de pico a pico de uma onda senoidal é o dobro do valor de pico. Para a tensão senoidal acima, o
valor de pico a pico (Vpp) é

V pp = 2 ⋅ V p . (1.19)

18
Valor Eficaz (rms)

O valor rms (raiz média quadrática, rms, do inglês root mean square, algumas vezes também traduzido
por raiz quadrática média, rqm) de uma onda senoidal, também chamado valor eficaz (Vef), valor c.a. (Vca) ou
valor de aquecimento, é definido como a tensão c.c. que produz a mesma quantidade de calor que a tensão
senoidal. Para tais cálculos usamos a relação

Vp
Vrms = Vrqm = Vef = Vca = . (1.20)
2

Se uma tensão senoidal aparecer através de um resistor, ela produzirá uma corrente senoidal em fase
através do resistor. Em outras palavras, o resistor dissipa uma quantidade constante de calor como se houvesse
uma tensão c.c. através dele. Colocando de outra forma, usando-se os valores médios quadráticos para as
grandezas alternadas, a taxa média de dissipação de energia (a potência média Pmed) será, para circuitos de
corrente alternada, a mesma que para circuitos de corrente contínua com uma fem constante.
Logo, a única razão (e de grande vantagem) para o uso de valores médios quadráticos em circuitos de
corrente alternada é o fato de que estes nos permitem aplicar as relações familiares de potência dos circuitos de
corrente contínua.

Valor Médio

O valor médio de uma onda senoidal ao longo de um ciclo é zero. Isto porque a onda senoidal é
simétrica: cada valor positivo da primeira metade do ciclo é compensado por um valor igual e negativo da
segunda metade do ciclo. Se somarmos todos os valores da onda seno entre 0º e 360º, teremos zero como
resultado, o que implica um valor médio zero.

Instrumentos de Medidas Elétricas – Amperímetros e Voltímetros

Os amperímetros/voltímetros quando ajustados na escala c.a. medem apenas valores eficazes. Em Porto
Alegre, por exemplo, a tensão nas tomadas é, em geral, de 110V (isto é: 110Vrms = 110Vrqm = 110Vef = 110Vca),
de modo que esse será o valor indicado por um voltímetro devidamente ajustado na escala c.a.
Um voltímetro c.c. indicará zero se for usado para medir uma tensão senoidal. Por quê? Porque o
ponteiro de um voltímetro c.c. tenta flutuar positiva e negativamente com amplitudes iguais. Porém, a inércia das
partes móveis o impede de fazê-lo. Então, ele indica um valor médio igual a zero. Isto, é claro, supõe uma
freqüência maior do que aproximadamente 10Hz, de modo que o ponteiro não possa acompanhar variações
rápidas.

Gerador c.a.

Na figura abaixo, à direita, há o símbolo para um gerador c.a., que consiste num círculo com uma
senóide inscrita.

Figura 1.10: circuito com gerador c.a.

19
EXEMPLO

7. Considere uma tensão senoidal cuja função é v = 16,97 ⋅ sen(376,8 ⋅ t ) , sendo estes valores medidos em
unidades do SI. Determine, então, para esta senóide:

a) A tensão de pico.
b) A tensão de pico a pico.
c) A tensão eficaz.
d) A freqüência angular.
e) A freqüência em Hertz.
f) O período em milisegundos (ms).
g) A tensão instantânea quando se atinge três quartos de um ciclo.

O Transformador

Um transformador pode ser esquematizado conforme a Figura 1.11. Duas bobinas eletricamente isoladas
uma da outra compartilham o mesmo núcleo de ferro. Este material por sua vez é altamente magnético, de forma
que todo o fluxo magnético (Φ) gerado é conduzido pelo núcleo. A aplicação de uma corrente variável no tempo
numa das bobinas, como, por exemplo, no enrolamento primário, gera um fluxo magnético variável que, por sua
vez, induz uma tensão na outra bobina (secundário), conforme lei da indução de Faraday.

VP = tensão do primário.
VS = tensão no secundário.
NP = número de espiras no primário.
NS = número de espiras no secundário.
IP = corrente no primário.

Figura 1.11 – Um transformador mostrando duas bobinas enroladas num núcleo de ferro em circuito aberto.

A bobina que recebe a corrente é denominada enrolamento primário. No enrolamento secundário temos
a tensão induzida. O símbolo usado para um transformador de núcleo de ferro é semelhante ao de um indutor, tal
como

Figura 1.12 – Simbologia (comum) para um transformador: duas indutâncias lado-à-lado.

20
Para fins didáticos, consideramos o transformador em estudo como sendo ideal, pois isto simplifica
muito nossas análises. Usando um transformador ideal, desprezamos o efeito causado pelas perdas ôhmicas, nos
enrolamentos primário e secundário, por histerese e pelas correntes de Foucault. Assim, podemos considerar a
tensão induzida nestes enrolamentos como sendo igual à força eletromotriz induzida nos mesmos (V = ε), de
modo que o mesmo fluxo magnético atravesse o primário e o secundário.
Para tanto, iniciamos por considerar o circuito abaixo na Figura 1.13, que consiste em um transformador
ideal com núcleo de ferro, cujo enrolamento primário de NP espiras está conectado a um gerador de tensão V
(tensão esta que, geralmente, varia senoidalmente com o tempo) e o enrolamento secundário de NS espiras
conectado a uma carga puramente resistiva R. Num caso mais geral, a carga também conteria elementos
indutivos e capacitivos, mas vamos no restringir a este caso especial.

Figura 1.13 – Um transformador com núcleo de ferro. O primário está conectado a um gerador de tensão V e o secundário a
uma carga resistiva R.

Na situação ideal, e segundo a lei da indução de Faraday, o fluxo magnético gerado no primário é
totalmente dirigido ao secundário, de forma que as taxas de variação do fluxo magnético no primário e no
secundário são idênticas, o que nos leva à primeira relação básica do transformador:

VP N P
= (1.21)
VS NS

Vemos de (1.21) que com uma escolha adequada no quociente NP/NS, pode-se obter qualquer tensão no
secundário a partir da tensão no primário. Se VS>VP, tem-se um transformador elevador de tensão e se VP>VS,
tem-se um transformador rebaixador de tensão. Se o circuito for completado por uma carga de resistência R,
então temos que IS = VS/R.
Na condição ideal também temos a mesma potência em cada bobina, pois a taxa (potência) com que o
gerador fornece energia ao primário é a mesma com a qual o primário transfere energia, via campo magnético,
para o secundário. Assim, temos que PP = PS e, como P = V⋅I, então

VP I S
= . (1.22)
VS I P

Então, podemos, então, combinar (1.21) e (1.22) para obter

NP IS
= . (1.23)
NS IP

Alguns equipamentos eletrônicos incluem um transformador como o da figura abaixo para abaixar ou
elevar a tensão da linha, conforme exigir a aplicação. (nota: nesta figura, 1 = primário e 2 = secundário)

21
Por exemplo, se a relação de espiras for de 9:1 no circuito acima e este estiver ligado em 220Vrms,
então, da equação (1.21),

VS N VS 1 220Vrms
= S ⇒ = ⇒ VS = ≈ 24,4Vrms .
VP N P 220Vrms 9 9

Esta tensão reduzida é um pouco mais segura para se trabalhar do que os 220Vrms e é um valor típico usado
para dimensionar circuitos com semicondutores.
Podemos ainda calcular o valor da corrente que circula no primário IP. Vamos supor que a
corrente da carga R seja de 1,5A e a razão no número de espiras permaneça a mesma. Assim, da equação (1.23),

IP NS I 1 1,5 A
= ⇒ P = ⇒ IP = ≈ 0,167 A = 170mA .
IS NP 1,5 A 9 9

ou também, usando o resultado do cálculo mais acima, com a equação (1.22),

I P VS I 24,4Vrms (1,5 A) ⋅ (24,4Vrms )


= ⇒ P = ⇒ IP = ≈ 0,167 A = 170mA .
I S VP 1,5 A 220Vrms 220Vrms

Além de tudo já dito, o transformador também isola a carga R da linha ou, se for o caso, todos os
circuitos que você está medindo. Isto quer dizer que a única ligação com a linha de alimentação é através do
campo magnético que põe em comunicação os enrolamentos do primário e do secundário. Isto reduz ainda mais
os perigos de um choque elétrico porque não existe contato elétrico direto com os dois lados da linha.
Os transformadores que você adquire num fornecedor de material elétrico não são ideais porque os
enrolamentos possuem resistência que produzem perdas de potência. Além disso, o núcleo laminado possui
correntes parasitas que produzem perdas adicionais. Por causa dessas perdas indesejáveis, um transformador
ideal é um componente difícil de ser especificado. Resumindo: no mundo “real” não há transformadores ideais,
mas sim, transformadores reais.

Fusível

A finalidade do fusível é de evitar dano excessivo no caso da resistência de carga ser posta em curto
acidentalmente. O fusível deve ser colocado no primário do transformador, tal como ilustra a figura acima. O
valor calculado para o fusível deve levar em conta 20% à mais do valor da corrente do primário (IP): 10% no
caso da tensão da linha ser alta e, aproximadamente, mais 10% para perdas no transformador, que produzem
corrente adicional no primário. Para tanto, podemos usar a relação

I F = 1,2 ⋅ I P (1.24)

22
Por exemplo, podemos dimensionar um fusível para o caso do primário do transformador anterior. Assim, pela
equação (1.24), temos que

IF = 1,2 ⋅ I P = 1,2 ⋅ (170mA) = 200mA .

Então, o limite teórico para IP no primário do transformador seria de até no “máximo” 200mA. O valor
de fusível padrão imediatamente superior de mais ou menos 250mA (de fusão lenta no caso de oscilações da
linha), provavelmente seria satisfatório.
No caso do circuito anterior, se a corrente de carga no secundário for que 1,5A, a tensão no secundário
aumentará ligeiramente devido às baixas quedas IR (isto é, as denominadas perdas ôhmicas) através da
resistência do enrolamento.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Um circuito RC série, de diagrama igual ao da Figura 1.1, consiste de uma fonte (ideal) de fem de 12V,
um resistor de 1,4MΩ e um capacitor de 1,8µF, o qual está inicialmente descarregado. Sendo assim, em
um processo de carga do capacitor (ligação do interruptor: a-S), determine:

a) A constante de tempo do circuito, em segundos (s).


b) A carga máxima acumulada no capacitor, em microcoulombs (µC).
c) O instante de tempo, em segundos (s), para que a carga armazenada no capacitor seja igual à
metade do seu valor máximo.
d) O instante de tempo, em segundos (s), para que a tensão no capacitor seja igual à metade da fem
da fonte.
e) A corrente máxima do circuito, em microampères (µA).
f) O instante de tempo, em segundos (s), para que a corrente elétrica no resistor decaia à metade do
seu valor máximo.
g) O instante de tempo, em segundos (s), para que a quantidade de carga elétrica no capacitor
cresça até 55% do seu valor máximo.

2. Considere que, após um tempo muito grande depois de ligado o circuito RC série do exercício anterior
(onde consideramos t = ∝), o capacitor seja colocado em um processo de descarga (ligação do
interruptor: b-S). Sendo assim, determine:

a) A constante de tempo do circuito, em segundos (s).


b) A carga inicial acumulada no capacitor, em microcoulombs (µC).
c) O instante de tempo, em segundos (s), para que a carga inicial armazenada no capacitor decaia à
metade do seu valor inicial.
d) O instante de tempo, em segundos (s), para que a tensão no capacitor seja igual à metade da sua
tensão inicial.
e) A corrente inicial do circuito, em microampères (µA).
f) O instante de tempo, em segundos (s), para que a corrente elétrica no resistor decaia à metade do
seu valor inicial.
g) O instante de tempo, em segundos (s), para que a quantidade de carga elétrica no capacitor
decresça até 55% do seu valor inicial.

3. Um circuito RC série, de diagrama igual ao da Figura 1.4, consiste de uma fonte (ideal) de fem de 12V,
um resistor R1 de 1,2kΩ, um resistor R2 de 2,2kΩ e um capacitor de 1µF, inicialmente descarregado.
Sendo assim, em um processo de carga do capacitor (ligação do interruptor: a-S), determine:

23
a) A constante de tempo do circuito, em mili-segundos (ms).
b) A carga máxima acumulada no capacitor, em microcoulombs (µC).
c) O instante de tempo, em mili-segundos (ms), para que a carga armazenada no capacitor seja
igual à metade do seu valor máximo.
d) O instante de tempo, em mili-segundos (ms), para que a tensão no capacitor seja igual à metade
da fem da fonte.
e) A corrente máxima do circuito, em miliampères (mA).
f) O instante de tempo, em mili-segundos (ms), para que a corrente elétrica no resistor decaia à
metade do seu valor máximo.

4. Considere que, após um tempo muito grande depois de ligado o circuito RC série do exercício anterior
(onde consideramos t = ∝), o capacitor seja colocado em um processo de descarga (ligação do
interruptor: b-S). Sendo assim, determine:

a) A constante de tempo do circuito, em mili-segundos.


b) A carga inicial acumulada no capacitor, em microcoulombs (µC).
c) O instante de tempo, em mili-segundos (ms), para que a carga inicial armazenada no capacitor
decaia à metade do seu valor inicial.
d) O instante de tempo, em mili-segundos (ms), para que a tensão no capacitor seja igual à metade
da sua tensão inicial.
e) A corrente inicial do circuito, em miliampères (mA).
f) O instante de tempo, em mili-segundos (ms), para que a corrente elétrica no resistor decaia à
metade do seu valor inicial.

5. Um circuito RC série, de diagrama igual ao da Figura 1.1, consiste de uma fonte (ideal) de fem de 15V,
um resistor de 8,2kΩ, e um capacitor de valor desconhecido, o qual está inicialmente descarregado.
Sabe-se que a tensão através do capacitor, em um processo de carga do mesmo (ligação do interruptor:
a-S), sobe para 3,9V em 0,2s. Sendo assim, determine:

a) A constante de tempo de carga (e descarga) do circuito, em mili-segundos (ms).


b) O valor do capacitor, em microfarads (µF).

6. Um circuito RC série, de diagrama igual ao da Figura 1.1, consiste de uma fonte (ideal) de fem de 15V,
um capacitor de 1.800µF, inicialmente descarregado, e um resistor de 10kΩ. Sendo assim, determine:

a) A constante de tempo de carga (e descarga) do circuito, em segundos (s).


b) O instante de tempo, em segundos (s), para que a quantidade de carga no capacitor, durante seu
processo de carregamento (ligação do interruptor: a-S), seja igual a 30% da sua quantidade de
carga máxima possível.

Observação: Despreze as “tolerâncias” das resistências (caso houver) para os cálculos das questões abaixo.

24
7. Dado o circuito abaixo, de fem ideal, determine:

ε = 24V
R1 = R2 = vermelho, preto, dourado
R3 = 2 ⋅ R1
R4 = 50% R1
R5 = 50 ⋅ R1

a) A tensão de Thevenin do circuito.


b) A resistência de Thevenin do circuito.
c) O valor da intensidade da corrente que percorre a resistência R5.
d) O valor da tensão sobre a resistência R5.

8. Dado o circuito abaixo, de fem ideal, determine:

ε = 35V
R1 = laranja, preto, dourado
R2 = verde, preto, dourado
R3 = marrom, vermelho, preto
R4 = R6 = marrom, preto, preto
R5 = laranja, preto, preto

a) O valor da intensidade da corrente que percorre a resistência R5.


b) O valor da tensão sobre a resistência R5.

9. Dado o circuito abaixo, de fems ideais, determine:

ε 1 = 10V
ε 2 = 15V
R1 = marrom, preto, marrom
R2 = marrom, verde, marrom
R3 = amarelo, violeta, preto

a) A tensão de Thevenin do circuito.


b) A resistência de Thevenin do circuito.
c) O valor da intensidade da corrente que percorre a resistência R3.
d) O valor da tensão sobre a resistência R3.

10. Dado o circuito abaixo, de fem ideal, determine:

25
ε = 10V
R1 = R4 = marrom, preto, vermelho
R2 = R3 = vermelho, vermelho, vermelho

a) A tensão de Thevenin do circuito.


b) A resistência de Thevenin do circuito.

11. Dado o circuito abaixo, de fems ideais, determine:

ε 1 = 20V
ε 2 = 30V
R1 = marrom, vermelho, laranja
R2 = amarelo, violeta, vermelho
R3 = laranja, laranja, vermelho
RL = marrom, preto, marrom

a) A tensão de Thevenin do circuito.


b) A resistência de Thevenin do circuito.
c) O valor da intensidade da corrente que percorre a resistência de carga RL.
d) O valor da tensão sobre a resistência de carga RL.

12. Dado o circuito abaixo, de fems ideais, determine:

ε 1 = 9V
ε 2 = 3V
ε 3 = 12V
R1 = marrom, vermelho, vermelho
R2 = laranja, laranja, vermelho
RL = verde, azul , marrom

a) A tensão de Thevenin do circuito.


b) A resistência de Thevenin do circuito.
c) O valor da intensidade da corrente que percorre a resistência de carga RL.
d) O valor da tensão sobre a resistência de carga RL.

13. Dado o circuito abaixo, de fems ideais, determine:

26
ε 1 = 1,5V
ε 2 = 3V
ε 3 = 6V
R1 = laranja, laranja, preto
R2 = azul , vermelho, preto
RL = verde, azul , preto

a) A tensão de Thevenin do circuito.


b) A resistência de Thevenin do circuito.
c) O valor da intensidade da corrente que percorre a resistência de carga RL.
d) O valor da tensão sobre a resistência de carga RL.

14. Dado o circuito abaixo, de fem ideal, determine qual deverá ser a menor carga que devemos colocar
entre A e B para que a tal dissipe uma potência de 20mW. Dica: (1) thevenize por partes; (2) lembre da
fórmula de Bhaskara!

ε = 24V
R1 = marrom, vermelho, marrom
R2 = R4 = marrom, preto, marrom
R3 = vermelho, vermelho, marrom

15. No circuito abaixo, de fem ideal, sabendo-se que a tensão de Thevenin do mesmo é de 10V e o resistor
R3 não é conhecido. Assim sendo, determine:

ε = 24V
R1 = azul , vermelho, preto
R2 = marrom, preto, marrom

a) O valor do resistor R3.


b) A potência dissipada por um resistor de carga de 100Ω colocado entre A e B.

16. Dado o circuito abaixo, de fems ideais, determine:

27
ε 1 = 12V
ε 2 = 2 ⋅ ε1
R1 = marrom, vermelho, preto
R2 = 2 ⋅ R1
R3 = 50% R1
R4 = 50% R3
RL = 1 3 R1
a) A tensão de Thevenin do circuito.
b) A resistência de Thevenin do circuito.
c) O valor da intensidade da corrente que percorre a resistência de carga RL.
d) O valor da tensão sobre a resistência de carga RL.

17. Uma bateria de automóvel tem uma tensão de circuito aberto de 12,6V. A tensão nos terminais da
mesma cai para 10,8V quando esta alimenta um motor de arranque com uma corrente de 40A. Sendo
assim, determine:

a) A tensão de Thevenin da bateria.


b) A resistência de Thevenin da bateria.
c) O valor da intensidade da corrente que percorre o motor de arranque.
d) O valor da tensão sobre o motor de arranque.
e) O valor da resistência do motor de arranque.

18. Considere uma tensão senoidal cuja função é v = 282,84 ⋅ sen(314 ⋅ t ) , sendo estes valores medidos em
unidades do SI. Determine, então, para esta senóide:

a) A tensão de pico.
b) A tensão de pico a pico.
c) A tensão eficaz.
d) A freqüência angular.
e) A freqüência em Hertz.
f) O período em milisegundos (ms).
g) A tensão instantânea quando se atinge a metade de um ciclo.
h) A tensão média ao longo de um ciclo completo de oscilação.

19. O gráfico ao lado ilustra uma tensão


senoidal ao longo de um ciclo de
oscilação. Determine, então, para esta
senóide:

a) A tensão de pico.
b) A tensão de pico a pico.
c) A tensão eficaz.
d) O período de oscilação da senóide,
em milisegundos (ms).
e) A freqüência em Hertz.
f) A freqüência angular, em rad/s.
g) A equação da tensão instantânea.

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20. Um gerador fornece 100V ao enrolamento primário, com 50 espiras, de um transformador ideal, tal
como o da Figura 1.13. Sabendo-se que o enrolamento secundário possui 500 espiras, qual é a tensão no
secundário?

21. Um transformador ideal, tal como o da Figura 1.13, possui 500 espiras no primário e 10 espiras no
secundário. Sabe-se que a tensão no primário é de 120Vca e que a carga resistiva do secundário vale
15Ω. Sendo assim:

a) Qual é a tensão eficaz no secundário?


b) Qual é a corrente eficaz no secundário?
c) Qual é a corrente eficaz no primário?
d) Qual é a potência do primário?
e) Qual é a potência do secundário?

22. Determinar o valor teórico para o fusível de proteção que deve ser colocado no primário do
transformador ideal do exercício anterior.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. a) 2,52s; b) 21,6µC; c) 1,75s; d) 1,75s; e) 8,57µA; f) 1,75s; g) 2,01s;


2. a) 2,52s; b) 21,6µC; c) 1,75s; d) 1,75s; e) 8,57µA; f) 1,75s; g) 1,51s;
3. a) 1,2ms; b) 12µC; c) 0,83ms; d) 0,83ms; e) 10mA; f) 0,83ms;
4. a) 3,4ms; b) 12µC; c) 2,36ms; d) 2,36ms; e) 3,53mA; f) 2,36ms;
5. a) 664,22ms; b) 81µF;
6. a) 18s; b) 6,42s;
7. a) 12V; b) 6Ω; c) 113,21mA; d) 11,32V.
8. a) 200mA; b) 6V.
9. a) 12V; b) 60Ω; c) 112,15mA; d) 5,27V.
10. a) 3,75V; b) 1,375kΩ.
11. a) 21,75V; b) 2,7555kΩ; c) 7,62mA; d) 0,76V.
12. a) 0,4V; b) 880Ω; c) 0,28mA; d) 0,16V.
13. a) 8,02V; b) 21,54Ω; c) 103,45mA; d) 5,79V.
14. 20,94Ω (ou 21Ω, aproximadamente).
15. a) 79,49Ω; b) 631,56mW.
16. a) 8V; b) 2Ω; c) 1,33A; d) 5,33V.
17. a) 12,6V; b) 45mΩ; c) 40A; d) 10,8V; e) 270mΩ.
18. a) 282,84V; b) 565,68V; c) 200V; d) 314rad/s; e) 50Hz; f) 20ms; g) Zero; h) Zero.
19. a) 100V; b) 200V; c) 70,71V; d) 12,56ms; e) 79,62Hz; f) 500rad/s; g) v = 100 ⋅ sen(500 ⋅ t ) .
20. 1kV;
21. a) 2,4V; b) 160mA; c) 3,2mA; d) 384mW; e) 384mW;
22. 3,84mA.

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