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A Carta Encíclica Caritas in Veritate do


Sumo Pontífice Bento XVI1

Apresentar os principais pontos abordados pelo Sumo Pontífice Bento XVI em sua
carta encíclica Caritas in Veritate consiste o objetivo deste resumo; isso implica em explicitar
as suas propostas com relação ao desenvolvimento humano e a questão do progresso frente à
crise atual. Entre vários aspectos presente na encíclica apresentaremos os critérios delineados
pelo Pontífice para a eficiência do aperfeiçoamento total das pessoas e, também, a
importância de se estabelecer os meios e os fins de uma atividade humana para orientar a
humanidade rumo ao caminho do seu autêntico e natural processo de personalização.

A Igreja Católica Apostólica Romana tem por missão apresentar ao mundo a face de
Cristo e, nada mais oportuno do que apresentá-lo neste período em que a humanidade em
diversas dimensões que a constitui se encontram em crise. Neste contexto o Santo Padre
escreveu a “todos os homens de boa vontade” sobre o desenvolvimento humano integral a
partir da caridade na verdade. Este tema vem ao encontro dos anseios mais profundos do ser
do homem e o leva a perguntar sobre a sua condição humana, sobre si mesmo e sobre o seu
agir. O papa tendo como fundamento, a Sagrada Escritura, a Tradição e o Magistério revela
ao homem moderno aquilo que garante o seu bem e a sua plena realização, pois é “aderindo
ao projeto que Deus tem para ele a fim de o realizar plenamente: com efeito, é em tal projeto
que encontra a verdade sobre si mesmo e, aderindo a ela, torna-se livre (2009, Caritas in
Veritate, n.1).” O homem só atingirá o ápice do seu desenvolvimento quando estiver todo em
Deus e para Deus, só atingirá a sua integralidade quando for capaz de traduzir na vida a
expressão Totus Tuus2.

Perante a crise atual o ser humano volta o olhar não, apenas para fora, mas para dentro
de si e percebe que quanto mais afastado de Deus mais distante de si ficará. Podemos dizer
que a crise de per si é a possibilidade de rever os caminhos e discernir sobre quais verdadeiros
princípios coincidem com o projeto de Deus e, é claro com os anseios humanos, com a
vocação humana. Quando nos deparamos, na encíclica, com a expressão desenvolvimento
humano integral baseado na caridade na verdade temos a proposta do Santo Padre que, por
sua vez, prega os ensinamentos de Cristo. Ela soa aos nossos ouvidos como que um convite,
ou melhor, um apelo urgente para que o homem assuma a sua verdadeira e autêntica

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Por: Fernando Lorenz, graduado em Filosofia pela Universidade Católica Dom Bosco e acadêmico do 2º.
semestre de Teologia do Instituto Teológico João Paulo II. E-mail: fernandolorenz@hotmail.com
2
Em português: Todo Teu (tradução própria).
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identidade que é a “imagem e semelhança de Deus” (Gn 1, 27). Deste modo, sabemos que em
Deus temos a forma de amor mais pura e autêntica, ou seja, o amor ágape. Este sendo a
própria gratuidade, ama sem esperar ser amado, a tal ponto de constituir em seu ser a
condição de doação. Cabe, então, lembrar que na encíclica Deus caritas est, o papa nos
apresenta o amor em seus três níveis: o Eros, o filia e o Ágape. E com isso nos mostrou, de
maneira engenhosa, que caminhamos em direção ao amor ágape, à gratuidade; revela, então,
que “o amor visa à eternidade” (2005, n. 6). Na sua recente encíclica Caritas in Veritate
utiliza como aspecto essencial e necessário para o desenvolvimento econômico, social e
político o princípio da gratuidade “como expressão de fraternidade” (2009, n. 34). Dito isso, é
evidente a profunda relação existente nos seus escritos. A expressão caritas traz consigo este
desejo inato do ser humano em atingir a sua realização total, ou para ressaltar a atual
encíclica, o seu desenvolvimento integral. Em todo caso, a caritas está ligada a veritate que é
considerada “a luz que dá sentido e valor à caridade” (2009, n.3). Agora, quando temos a
ausência da verdade na caridade, esta “cai no sentimentalismo” (2009, n.3). Por isso podemos
dizer que desenvolvimento humano integral só será possível se nossa experiência vivencial
for fundamentada pela caridade na verdade. Esta faz os homens saírem das opiniões para
adentrar na avaliação do valor e da substância das coisas (2009, n.3). De todo modo, o homem
ao viver na verdade uni “as inteligências no logos do amor” e, garante a autenticidade do seu
desenvolvimento, ou seja, “contribui para a edificação daquela cidade universal de Deus que é
a meta para onde caminha a história da família humana” (2009, n. 7), a eternidade.

A primordial tarefa da atual encíclica caritas in veritate é mostrar que a Igreja está a
serviço da verdade, tendo em vista que “a fidelidade ao homem exige a fidelidade à verdade”
(2009, n. 9). E, também, está a favor de uma sociedade à medida do homem que corresponda
à dignidade humana, com isso, ela não pretende oferecer soluções técnicas, mas orientar os
homens a serem fiéis à verdade que garante a liberdade e a possibilidade de um autêntico
desenvolvimento humano integral.

A partir da releitura da Populorum progressio que coloca o problema do


desenvolvimento o papa Bento XVI percebe a necessidade de permanecermos fiéis a
mensagem de caridade e de verdade presente na encíclica de Paulo VI e lembra a importância
que o Concílio Ecumênico Vaticano II teve na encíclica de Paulo VI. O Concílio aprofundou
que a Igreja, estando ao serviço de Deus, serve o mundo em termos de amor e de verdade.
Paulo VI, então, partiu desta perspectiva para nos comunicar duas grandes verdades. A
Primeira é que a Igreja inteira, em todo o seu ser e agir, quando anuncia, celebra e actua na
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caridade, tende a promover o desenvolvimento integral do homem. A segunda verdade é que


o autêntico desenvolvimento do homem diz respeito unitariamente à totalidade da pessoa em
todas as suas dimensões (2009, n. 11). Deste modo, para que se tenha progresso é necessário
levar em consideração a vida eterna, ou seja, a dimensão escatológica do homem, pois todos
os seus atos e ações devem concorrer para a sua finalidade última.

Uma das questões percebidas por Bento XVI na carta encíclica Populorum Progressio
de Paulo VI é que desenvolvimento humano, o progresso é uma vocação, um chamado do
criador e que exige liberdade, solidariedade e responsabilidade por parte de todos os homens.
Aqui encontramos a justificativa para a intervenção da Igreja nas problemáticas do
desenvolvimento, ela ilumina as questões sociais com a luz do Evangelho. Isso revela que o
desenvolvimento não é apenas uma questão humana, mas também uma questão que nos
remete ao divino e, por isso, exige uma visão transcendente da pessoa humana. O
desenvolvimento autêntico exige o encontro das pessoas com Deus, pois é a partir daí que
reconhecemos no outro a imagem divina e nos tornamos próximos uns dos outros. A
alteridade se revela como possibilidade de encontro e descobrimento do ser de cada pessoa.

O papa demonstra que a Populorum Progressio esta inserida na tradição da Igreja,


pois traz consigo ensinamentos que são válidos em todos os tempos. Isso se dá pelo fato de
existir um “único ensinamento, coerente e simultaneamente sempre novo” (João Paulo II
apud Bento XVI, 2009, n. 12). Em todos os casos a doutrina social da Igreja pela sua
fidelidade, ilumina os problemas novos que vão surgindo na história. Então podemos provar
por meio disso que a Igreja é dotada de uma luz imutável e que, devido esta imutabilidade a
Populorum Progressio está inserida na tradição da Igreja.

A proposta de Paulo VI para o desenvolvimento humano integral tem por base o


Evangelho, considerado o instrumento mais eficaz e plausível para a edificação de uma
humanidade animada pelo amor e, ainda, indicou a caridade cristã como principal força ao
serviço do desenvolvimento. O coração da sua encíclica consiste na visão de que o verdadeiro
desenvolvimento consiste na abertura ao absoluto. Em conseqüência desta concepção segue as
reflexões sobre a liberdade, a verdade e a caridade no desenvolvimento.

A finalidade última do desenvolvimento humano é, sem dúvida, atingir a sua maior


plenitude, porém, quando o homem começa a esquecer Deus a sua capacidade de reconhecer a
ordem natural, o fim e o bem se tornam quase que impossível. Por isso, Paulo VI afirma que a
causa do subdesenvolvimento está na “falta de fraternidade entre os homens e os povos”
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(apud Bento XVI, n. 19). Ele se dá conta que a razão consegue estabelecer normas cívicas
entre os homens, mas não consegue fundar a fraternidade, esta que, segundo ele, tem a sua
origem em Deus que nos ama por primeiro e, que ensina a nós por meio de Jesus Cristo o que
é a caridade fraterna. De todo modo, a Populorum Progressio com as suas perspectivas sobre
a urgência da reforma revela a necessidade da realização de uma autêntica fraternidade para
que avance os processos econômicos e sociais com finalidades prioritariamente humanas.

No primeiro Capítulo da Carta Encíclica, apresentado acima, o papa fez uma releitura
da Carta Encíclica, escrita no ano de 1967, Populorum Progressio de Paulo VI e a partir daí
percebeu a sua importância para a nossa atualidade em nível de mensagem cristã frente à
construção de um desenvolvimento humano baseado na caridade na verdade, uma vez que,
somente assim será capaz de atingir a integralidade. Em seguida, no segundo capítulo de sua
carta, o papa apresenta o desenvolvimento humano de nossa atualidade que apesar de em
muitos países ter tirado várias pessoas da miséria, ainda, continua a apresentar anomalias e
problemas dramáticos, exemplo disso, é a crise atual. O que se percebe é uma atividade
financeira mal utilizada e na sua maior parte é especulativa, a exploração desregrada dos
recursos da terra, nos leva, de acordo com o Santo Padre, a refletir sobre quais medidas
necessárias para solucionar os problemas. No fundo as reflexões deveram apresentar uma
“nova síntese humanista” (BENTO XVI, 2009, n. 21). O contexto atual é propício para que
aconteça uma redescoberta de valores fundamentais para a construção de um futuro melhor,
afinal é para isso que a crise nos remete. Diante do quadro policêntrico em que se encontra o
desenvolvimento é necessário que abandonemos as ideologias que reduzem e simplificam a
realidade e examinemos com seriedade e, principalmente, objetividade a problemática
mundial.

A problemática atual pode ser vista como que a conseqüência da corrupção,


ilegalidade tanto nos países ricos como nos países pobres, desrespeito aos direitos humanos,
desvio de ajudas internacionais, irresponsabilidades, excessiva proteção do conhecimento e
modelos culturais que retardam o processo de desenvolvimento. Em todos os casos, o papa
ressalta que “não é suficiente progredir do ponto de vista econômico e tecnológico; é preciso
que o desenvolvimento seja, antes de mais nada, verdadeiro e integral. A saída do atraso
econômico não resolve a complexa problemática da promoção do homem...” (BENTO XVI,
2009, n. 23). Diante a realidade que nos cerca o papa afirma que é importante que cresça a
participação dos cidadãos no que se refere à questão política.
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Na medida em que o mercado se tornou global a doutrina social da Igreja nos convida
a criar associações de trabalhadores em defesa de seus direitos. Em todos os casos “o primeiro
capital a preservar e valorizar é o homem, a pessoa, na sua integralidade” (BENTO XVI,
2009, n. 25). Devemos levar em consideração, no plano cultural, a necessidade de um diálogo
intercultural, porém, para que isso aconteça é necessário que saibamos a identidade de nossos
interlocutores. Certo ecletismo e nivelamento cultural separam a cultura da natureza humana,
desse modo, reduzem o homem apenas em dado meramente cultural, em conseqüência disso,
a humanidade se vê aberta aos perigos da servidão e da manipulação.

O papa sugere o caminho da solidariedade como projeto de solução para a crise global,
e também, o respeito pela vida não pode ser visto de maneira separado do desenvolvimento
dos povos, já que em muitos países a “mentalidade antinatalista” é transmitida como se fosse
um progresso cultural. Com isso o papa quer afirmar que “a abertura à vida está no centro do
verdadeiro desenvolvimento”. Outra questão abordada pelo papa e que está ligada ao
desenvolvimento é a negação do direito à liberdade religiosa, tendo em vista que a violência
retarda a evolução dos povos para um bem estar sócio-econômico e espiritual. Esta atitude
fecha as portas do diálogo entre as nações (2009, n. 27). É importante dizer que Deus garante
o verdadeiro desenvolvimento do homem, pois ele mesmo inseriu no coração do homem o
desejo de ser infinitamente mais aquilo que é.

As ponderações morais e a pesquisa cientifica devem crescer juntas e a caridade na


verdade deve animá-las num todo harmônico.Isso é necessário porque entre as causas do
subdesenvolvimento, conta-se uma carência de sabedoria, de reflexão, de pensamento capaz
de realizar uma síntese orientadora, que requer uma visão clara de todos os aspectos
econômicos, sociais, culturais e espirituais. (2009, n. 31).

A interação entre os saberes humanos constitui um dos aspectos necessário para a


integralidade do desenvolvimento humano, ou seja, as disciplinas devem colaborar de forma
que a interdisciplinaridade seja visível e eficaz, para isso, a caridade não o exclui, muito pelo
contrário, promove-o a partir de dentro. Diante do fenômeno da globalização é necessário que
saibamos, de acordo com o papa Bento XVI, expandir a razão por meio da caridade na
verdade para orientar de maneira reta as dinâmicas desse processo global que deve ser visto
“na perspectiva daquela ‘civilização do amor’ cuja semente Deus colocou em todo povo e em
toda cultura” (2009, n. 33).
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No terceiro capítulo o papa convida o homem moderno a fazer a experiência do dom


que, por sua vez, é conseqüência de uma vivência da caridade na verdade. A partir dessa
experiência descobrimos a dimensão transcendente da vida humana, com isso, a visão
utilitarista da existência é superada. Sabemos que o homem muitas vezes “convence-se de que
é o único autor de si mesmo”. Esta presunção, segundo o papa, provém do pecado das
origens. Esta auto-suficiência levou o homem a “identificar a felicidade e a salvação com
formas imanentes de bem-estar material e de ação social; também, resultou em não aceitar
influências de caráter moral por meio da autonomia da economia (2009, n. 34). De fato, o
homem não é segurança para si quando se coloca como a medida de todas as coisas. É
necessário que a lógica do mercado se torne em lógica do dom, isso é possível quando
adotarmos o princípio da gratuidade como expressão de fraternidade.

É impossível a consolidação do progresso autêntico sem a existência da solidariedade


e de confiança recíproca nas relações de mercado. A ausência destes dois aspectos pode
resultar o não reconhecimento da dignidade humana em todas as suas dimensões, e isso, vai
contra a correta lógica mercantil que deve ter como finalidade a prossecução do bem comum.
Em todos os casos, o papa afirma que a economia e as finanças são mal utilizadas quando
visam interesses particulares. Tudo o que foi dito sobre a necessidade de se estabelecer o
princípio de gratuidade se dá como uma exigência da caridade e da verdade, esta que por si
mesma se impõe (2009, n.36).

Uma economia alicerçada pela caridade na verdade tende a ultrapassar a lógica da


troca e vivenciar a lógica da gratuidade que não visa o lucro como um fim em si mesmo, mas
como meio de se atingir a personalização dos indivíduos. Para que se tenha um “êxodo” da
situação de miséria e morte se faz necessário que se concretize uma atividade econômica
caracterizada por quotas de gratuidade e comunhão (2009, n. 39). Pessoas abertas ao dom
recíproco é condição para a implantação de novos modelos econômicos e políticos, ou seja, “é
preciso favorecer uma orientação cultural personalista e comunitária, aberta à transcendência,
do processo de integração mundial” (2009, n. 42). Cabe a globalização delinear metas de
humanização solidária e que a comunhão e a partilha sejam modos para garantir a dignidade
de cada pessoa humana.

No quarto capítulo o papa ressalta a importância de uma consciência madura


responsável para com o desenvolvimento integral tanto a nível particular e universal. Desde
modo, “a solidariedade universal é para nós não só um fato e um benefício, mas também um
dever” (2009, n. 43). Percebemos no mundo uma grande aporia em que “de um lado
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reivindicam direitos... de caráter arbitrário e libertino, querendo vê-los reconhecidos..., por


outro existem direitos elementares e fundamentais violados e negados a boa parte da
humanidade” (2009, n.43). Isso se dá, segundo o papa, por causa da desvinculação que existe
entre os direitos particulares e os deveres que possuem um sentido completo e, por isso,
complementam os direitos individuais, assim, estes possuem a sua real autenticidade quando
inseridos num contexto amplo.

Quando se fala de direitos e deveres é importante destacar a sua correta concepção


para um verdadeiro desenvolvimento. Esta questão se refere de modo intrínseco aos valores
incontestáveis da vida e da família em decorrência disso ressalta a necessidade de uma
“procriação responsável” (2009, n. 44) e o cuidado que se deve ter para não “empobrecer e
negligenciar o significado profundo da sexualidade” (2009, n. 44) isso se dá quando o uso da
sexualidade se reduz ao hedonismo ao lúdico e a preocupação em encontrar formas de
prevenir os possíveis contágios. Uma das problemáticas apresentada pelo Pontífice é o fato de
alguns considerarem o aumento populacional como a primeira causa do subdesenvolvimento,
o papa adverte que “a diminuição dos nascimentos põe em crise os sistemas de assistência
social, aumenta os seus custos... e reduz a disponibilização de trabalhadores qualificados”
(2009, n. 44). Com isso a promoção da família e do matrimônio é uma necessidade econômica
e uma necessidade social.

A partir do momento em que não consideramos a primazia da pessoa humana sobre as


estruturas sociais não podemos falar de desenvolvimento qualitativo. É necessário para um
correto funcionamento da economia o estabelecimento de uma ética “amiga da pessoa” (2009,
n. 45), voltada para a pessoa e não esta voltada para aquela. Quando o contrário acontece
teremos a instrumentalização do ser do homem. E que de fato, não eleva a sua dignidade de
pessoa criativa e criadora. Partindo da doutrina social da Igreja o papa ressalta que o bem do
homem só é possível quando o sistema moral que está implicado na atividade humana for
fundamentado na criação do homem “à imagem de Deus” (Gn 1,27), pois é daqui que “deriva
a dignidade inviolável da pessoa humana e também o valor transcendente das normas morais
naturais” (2009, n. 45). Percebemos que a lei natural participa da lei divina, já que está é
condição daquela. Então, a atividade do homem não tem apenas um fim imanente, mas possui
um fim que transcende a sua própria condição de humanidade.

A temática sobre as empresas que tem por finalidade o lucro e organizações que não
buscam o lucro é citada pelo papa e, também, o surgimento de empresas que não excluem o
lucro, mas o considera como meio, instrumento para realizar finalidades humanas e sociais.
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Este modelo de sistema deve ser incentivado, pois possibilita uma evolução acerca dos
deveres por parte dos sujeitos econômicos. (2009, n. 46). Um sistema que não visa à pessoa
como valor absoluto está destinado ao fracasso. Para a eficiência de determinado sistema é
necessário uma cooperação internacional em que a solidariedade, o acompanhamento, a
formação, o respeito, a transparência e o compromisso estejam presentes em todos os projetos
humanitários.

A maneira como o homem se relaciona com o ambiente natural está ligado com o
tema do desenvolvimento que, por sua vez, não é possível quando se perde a noção de
responsabilidade. A natureza deve ser vista como um “dom do criador que traçou seus
ordenamentos intrínsecos, dos quais o homem deve tirar as devidas orientações para ‘guardar
e cultivar’ (Gn 2, 15)” (2009, n. 48). Existem concepções que atrasam o desenvolvimento um
deles é o fato de considerar a natureza mais superior do que o ser humana; a outra que se deve
rejeitar é a completa tecnicização da natureza. De todo modo, a integralidade do progresso
depende da solidariedade e da importância do reconhecimento dos aspectos ecológicos,
jurídicos, econômicos, políticos e culturais.

O ser humano quando prejudica o meio ambiente traz danos a si mesmo, com isso, não
basta apenas preservar a natureza com penalidades ou a instrução, mas “o problema decisivo é
a solidez moral da sociedade em geral” (2009, n. 51), isto é, quando se tem uma moral que
não condiz com as leis naturais ela acaba por destruir a própria naturalidade das coisas. Isso é
constatado no momento em que se pede para respeitar o meio ambiente natural, porém, não se
respeita o direito à vida e à morte natural, sacrificam embriões humanos e tornam a
concepção, a gestação e o nascimento do homem de modo artificial. Quando se perde o
conceito de ecologia humana se perde, junto com ele, o conceito de ecologia ambiental. De
todo modo, é uma contradição quando se pede as pessoas o respeito ao ambiente natural,
porém, as leis não as ajudam a respeitar a si mesmas. Portanto, o homem passa por uma crise
moral. Isso se dá porque muitas vezes as suas escolhas não são baseadas na lei natural e, em
decorrência disso, o homem fere a si e o ambiente natural em que vive.

No quinto capítulo percebemos que quando o homem se encontra fechado em si está


direcionado ao fracasso, pois ele não é segurança para si mesmo. A solidão é considerada pelo
papa uma das pobrezas mais profundas que o ser humano pode experimentar. O isolamento
gera pobreza inclusive a material. Em todos os casos “as pobrezas frequentemente nasceram
da recusa do amor de Deus” (2009, n. 53). Esta recusa se dá quando o homem pensa que “se
basta a si mesmo”. Em decorrência desta atitude de recusar o Totalmente outro o torna
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alienado, pois renuncia em acreditar num fundamento, porém a humanidade se perde quando
atribui a sua existência um sentido puramente humano. A ausência de convicções leva o
homem ao declínio.
O ser pessoa é um ser relacional por natureza e quando nega esta dimensão nega a si
mesmo, a partir desta perspectiva o mundo oferece uma maior interatividade e, isso, deve
transformar-se em verdadeira comunhão, ou seja, o homem está para a comunhão. A
finalidade pela qual existe é a comunhão, ou melhor, só existe na comunhão. Desse modo o
reconhecimento de que somos uma só família é condição necessária para o desenvolvimento.
Portanto, O individualismo leva o homem à decadência, pois este se volta para si, e
desta forma, torna-se isolado. Suspenso por si e em si e para si, não participa do outro, pois só
participa de si, não se ocupa com o outro, pois está ocupado consigo. A partir disso tem-se um
mundo da indiferença, da dispersão, da despersonalização, da irresponsabilidade com o
próximo, da ausência de renúncia, da desapropriação, enfim, do vazio existencial. O que fazer
quando o homem corre o risco de perder-se em seu próprio ser? Esta questão revela a
problemática que envolve os tempos contemporâneos e, diante disso, tem-se como proposta
para a recuperação da pessoa humana o personalismo comunitário.
Os homens precisam uns dos outros para se realizar, isso significa que as relações
interpessoais quanto mais autênticas promovem o amadurecimento da identidade de cada
pessoa. Então o seu desenvolvimento depende de uma visão metafísica da relação entre as
pessoas. Neste sentido “a razão encontra inspiração e orientação na revelação cristã” (2009,
n. 53), pois esta pressupõe uma interpretação metafísica do humano, uma vez que, é na
realidade de um Deus pessoal que se funda a pessoalidade de cada indivíduo. Temos como
exemplo “...a relação entre as Pessoas da Trindade na única substância divina. A Trindade é
absoluta unidade, enquanto três pessoas divinas são pura relação. A transparência recíproca
entre as Pessoas divinas é plena, e a ligação de uma com a outra é total, porque constituem
uma unidade e unicidade absoluta. Deus quer nos associar também a esta realidade de
comunhão...” (2009, n. 54). A relação existente entre as três Pessoas divinas é o modelo pelo
qual as relações humanas devem ser pautadas.
Em contrapartida existem certas religiões e culturas (castas sociais) que não
empenham o homem na comunhão, mas o isola na busca do bem-estar individual, limitando-
se a satisfazer seus anseios psicológicos. Neste sentido o sincretismo religioso, a proliferação
de pequenos grupos religiosos são fatores de dispersão e de apatia. Aqui nos deparamos com
um aspecto negativo da globalização que é favorecer o sincretismo e formas de religiões que
afastam as pessoas uma das outras e, conseqüentemente de si mesmas. Nestes contextos o
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amor e a verdade encontram dificuldades em afirmar-se prejudicando, assim, o


desenvolvimento autêntico das pessoas. Nestas condições é preciso, de acordo com o papa a
liberdade religiosa não significa indiferentismo religioso, nem implica que todas as religiões
sejam iguais. É necessário para os que exercem o poder político o discernimento sobre o
contributo as culturas e das religiões. Esse discernimento deve se basear sobre o critério da
caridade na verdade, uma vez que, está em jogo o desenvolvimento das pessoas. O critério “o
homem todo e todos os homens” serve para avaliar também as culturas e as religiões. O
cristianismo, religião do “Deus de rosto humano”, traz em si mesmo tal critério.
A negação do direito de professar publicamente a própria religião e de fazer com que
as verdades da fé moldem a vida pública acarreta conseqüências negativas para o verdadeiro
desenvolvimento. A exclusão da religião do âmbito público, e na vertente oposta, o
fundamentalismo religioso impedem o encontro entre as pessoas e a sua colaboração para o
progresso da humanidade. A ruptura entre o diálogo da razão política com a fé e vice-versa
implica o retardamento do desenvolvimento da humanidade. (2009, n. 56).
Perante a construção de uma verdadeira comunhão, já que, está garante o
desenvolvimento integral do homem; o principio de subsidiariedade acaba sendo “uma
ajuda à pessoa por meio da autonomia de corpos intermediários. Tal ajuda é oferecida quando
a pessoa e os sujeitos sociais não conseguem operar por si sós, e implica sempre finalidades
emancipativas, porque favorece a liberdade e a participação enquanto assunção de
responsabilidade” (2009, n. 57). A realização do homem só é possível quando se exerce a
ajuda mútua na qual as totalidades encontram-se entrelaçadas entre si. O princípio supracitado
é idôneo para governar a globalização.
A eficiência de uma colaboração que vise à reconstituição da dignidade humana exige
que o princípio de subsidiariedade esteja ligado ao princípio de solidariedade, isso se dá para
evitar que se cai no assistencialismo que, por sua vez, humilha a pessoa necessitada. Isso se
refere, também, às ajudas internacionais destinadas ao desenvolvimento. Ressalta-se o
equilíbrio e o comércio justo no campo agrícola pode trazer benefícios a todos os homens.
A cooperação no desenvolvimento deve propiciar uma grande ocasião de encontro
cultural e humana e, não reduzir-se apenas na dimensão econômica. O homem não pode
esquecer que a “sabedoria ética da humanidade se chama lei natural”, é nela que se deve
basear o seu desenvolvimento integral. “Esta lei moral universal é um fundamento firme de
todo o diálogo cultural, religioso e político que o multiforme pluralismo das várias culturas
não se desvie da busca comum, da verdade, do bem e de Deus” (2009, n. 59). Esta lei inscrita
no coração do próprio homem por Deus é o pressuposto de qualquer colaboração social
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construtiva. Diante disso, a fé cristã pode ajudar no crescimento da fraternidade e


solidariedade universais com beneficio ao desenvolvimento comunitário e mundial.

A possibilidade de uma maior acessibilidade à educação (e aqui se destaca que ela é


condição essencial para a cooperação internacional) esta que não se deve entender apenas em
nível de instrução, mas de formação completa da pessoa; porém, para isso é preciso saber
quem é a pessoa humana e conhecer a sua natureza. Assim, é preciso desenvolver métodos e
meios pedagógicos que ajudem as pessoas chegar à sua plena realização humana. (2009, n.
61).

No que se refere ao fenômeno das migrações se faz necessário uma política de


cooperação internacional para ser enfrentado. Isso será possível a partir da colaboração entre
os países de onde partem os emigrantes e os países de chegada; as questões normativas
internacionais devem ser capazes de salvaguardar as exigências e os direitos das pessoas e das
famílias emigradas e, também, das sociedades de chegada dos emigrantes. Todavia este
fenômeno é de gestão complicada e, por isso, nenhum país pode se considerar capaz de
enfrentá-lo sozinho. Não se pode considerar os emigrantes uma simples mercadoria ou força
de trabalho. Todo o imigrante é uma pessoa humana e possui direitos fundamentais que
devem ser respeitados por todos e em qualquer situação. (2009, n. 62).

O trabalho deve ser expressão da dignidade essencial de cada homem e mulher, em


vista disso, qualquer trabalho que não vise este critério é um fator negativo para o
desenvolvimento integral da pessoa. Neste contexto surge a urgente necessidade de as
organizações sindicais dos trabalhadores se abrirem para novas perspectivas, então para que
isso aconteça essas organizações são chamadas a responsabilizar-se pelos novos problemas
das nossas sociedades. (2009, n. 64).

A má utilização das finanças prejudicou a economia, diante disso, é preciso que elas
voltem a ser um instrumento que tenha em vista a melhor produção de riqueza e o
desenvolvimento. Devem ser utilizadas de modo ético a fim de criar as condições adequadas
para o desenvolvimento da humanidade. Frente às iniciativas financeiras é necessária a
existência da primazia de uma dimensão humanitária. É preciso que os operadores das
finanças redescubram o fundamento ético próprio da sua atividade. (2009, n. 65).

Devido à interligação mundial surgiu um novo poder o político que é dos


consumidores e de suas associações. O papa pede para que se tenha consciência de que a ação
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de comprar é sempre um ato moral e, que está além do econômico, deste modo, é preciso uma
responsabilidade social do consumidor. A educação se faz necessária.

Diante do crescimento da interdependência mundial sente-se a urgência de uma


reforma quer da Organização das Nações Unidas quer da arquitetura econômica e financeira
internacional para que seja possível concretamente o conceito de família de nações. É
necessário encontrar formas inovadoras para atuar o princípio da responsabilidade de proteger
e para atribuir as nações mais pobres uma voz eficaz nas decisões comuns. Isso requer uma
colaboração internacional de todos os povos. Neste contexto a autoridade política mundial
deve comprometer-se na realização de um autêntico desenvolvimento humano integral
inspirado nos valores da caridade na verdade. É preciso que se dê atuação a uma ordem social
conforme a ordem moral à aquela ligação entre esfera moral e social, entre política e esfera
econômica e civil que já aparece no Estatuto das Nações Unidas (2009, n. 67).

No sexto capítulo aborda-se o tema sobre o desenvolvimento dos povos e a técnica. De


início o papa afirma que a pessoa humana, por sua natureza, está orientada para o próprio
desenvolvimento. Todas as pessoas formam a própria personalidade sobre a base de uma
natureza que lhe foi dada, desde modo, o desenvolvimento da pessoa degrada-se, se ela
pretende ser a única produtora de si mesma. Assim, o desenvolvimento dos povos se
degenera, se a humanidade pensa que se pode recriar valendo-se dos “prodígios” da
tecnologia. É preciso que o homem reentre em si mesmo para reconhecer as normas
fundamentais da lei moral natural que Deus inscreveu em seu coração (2009, n. 68).

O problema do desenvolvimento está ligado com o progresso tecnológico. A técnica


permite dominar a matéria, reduzir riscos, poupar fadigas, melhorar as condições de vida. Na
técnica o homem reconhece-se a si mesmo e realiza a própria humanidade. Ela é o aspecto
objetivo do agir humano, cuja origem e razão de ser estão no elemento subjetivo: o homem
que atua. Assim, a técnica insere-se no mandato de cultivar e guardar a terra e deve ser
orientada para reforçar a aliança entre ser humano e ambiente em que se deve refletir o amor
criador de Deus (2009, n. 69).

A técnica possibilita ao homem ampliar o seu horizonte, livrando-o das suas


limitações; porém, no desenvolvimento quando o único critério da verdade é a eficiência e a
utilidade acaba sendo negado (2009, n. 70). Diante a facilidade que a técnica traz consigo é
necessário que as decisões frente esta realidade sejam fruto da responsabilidade moral. Do
contrário, não será o homem a exercer a soberania sobre a máquina, mas a máquina exercerá a
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soberania sobre o homem. Por isso, é urgente a formação para uma responsabilidade ética no
uso da técnica. O papa ressalta que o desenvolvimento não é garantido completamente por
forças automáticas e impessoais, mas só será possível a partir da retidão das consciências
voltadas para o bem comum. Para isso são necessárias tanto a preparação profissional como a
coerência moral (2009, n. 71).

A construção da paz exige, além dos acordos diplomáticos, encontros culturais,


compromissos compartilhados, intercâmbio econômico e tecnológico é necessário que se
apóiem sobre valores radicados na verdade da vida; isto é, estar atento as necessidades dos
povos e interpretar adequadamente os seus anseios. Deve-se favorecer o desenvolvimento
com base no amor e na compreensão recíproca. Entre estas pessoas encontram-se cristãos
dedicados na tarefa de dar ao desenvolvimento e à paz um sentido plenamente humano.
(2009, n. 72).

Os meios de comunicação social estão ligados ao desenvolvimento tecnológico, por


isso, é um absurdo defender a sua neutralidade; dito isso, o papa afirma que é preciso uma
atenta reflexão sobre sua influência principalmente na dimensão ético-cultural da globalização
e do desenvolvimento solidário dos povos. A partir de uma correta gestão da globalização e
do desenvolvimento, o sentido e a finalidade dos mass media devem ser buscados no
fundamento antropológico, isso implica em dizer que podem torna-se ocasião de
humanização. O desenvolvimento oferece maiores condições de comunicação e informação,
mas quando orientados à luz de uma imagem de pessoa e do bem comum que traduza seus
valores universais. É importante que os meios de comunicação estejam centrados na
promoção da dignidade das pessoas e dos povos, animados pela caridade e colocados a
serviço da verdade, do bem e da fraternidade natural e sobrenatural. Portanto, podem
constituir uma válida ajuda para crescer a comunhão da família humana e o ethos das
sociedades (2009, n. 73).

A bioética nos dias atuais se encontra numa luta cultural entre o absolutismo da
técnica e a responsabilidade moral do homem. Trata-se de um âmbito em que irrompe a
questão fundamental de saber se o homem produziu pó si mesmo ou se depende de Deus. As
descobertas científicas neste campo e as possibilidades técnicas parecem tão avançadas que
impõem a escolha entre duas concepções: a da razão aberta à transcendência ou a da
razão fechada na imanência. Diante destes problemas dramáticos a razão e a fé ajudam-se
mutuamente; e só conjuntamente salvarão o homem: fascinada pela pura tecnologia, a razão
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sem a fé está destinada a perder-se na ilusão da própria onipotência, enquanto a fé sem a


razão corre o risco de alhear-se da vida concreta das pessoas. (2009, n. 74).

De fato, hoje a questão social tornou-se radicalmente antropológica, enquanto toca o


próprio modo não só de conceber, mas também de manipular a vida. A fecundação n vitro, a
pesquisa sobre embriões, a clonagem e hibridação humana nascem e promovem-se na atual
cultura do desencantamento porque já se chegou à raiz da vida. Aqui o absolutismo da
técnica encontra sua máxima expressão. Estamos diante da cultura da morte. Diante deste
cenário temos ainda o aborto e a eutanásia manifestação de domínio sobre a vida. Por detrás
destes cenários encontram-se posições culturais negacionistas da dignidade humana. Estas
práticas estão destinadas a alimentar uma concepção material e mecanicista da vida humana.
Estamos numa situação de consciência que é incapaz de reconhecer o humano (2009, n. 75).

O espírito tecnicista moderno esvazia a interioridade do homem e progressivamente


vai-se perdendo a noção da consistência ontológica da alma humana. Isso significa que o
desenvolvimento está ligado a nossa concepção da alma do homem. Deve-se cuidar para não
reduzir o nosso eu ao psíquico e confundir a saúde da alma com o bem-estar emotivo. Estas
reduções têm uma profunda incompreensão da vida espiritual e levam-nos a ignorar que pó
desenvolvimento do homem depende da solução de problemas de caráter espiritual. Além do
crescimento material, o desenvolvimento deve incluir o espiritual, porque a pessoa humana
é um ser uno, composto de alma e corpo. O ser humano desenvolve-se quando cresce no
espírito, quando a sua alma se conhece a si mesma e apreende as verdades que Deus nela
imprimiu. Portanto, não há desenvolvimento pleno nem bem comum universal sem o bem
espiritual e moral das pessoas, consideradas na sua totalidade de alma e corpo. Superar a visão
materialista dos acontecimentos humanos e entrever no desenvolvimento um “mais além” que
a técnica não pode dar. Por esse caminho, será possível o desenvolvimento humano integral
que tem seu critério orientador na força propulsora da caridade na verdade (2009, n. 77).

Enfim, a maior força a serviço do desenvolvimento é um humanismo cristão que


reavive a caridade e que se deixe guiar pela verdade. A disponibilidade para Deus abre à
disponibilidade para os irmãos e para a vida entendida como tarefa solidária e jubilosa. Ao
contrário, o fechamento ideológico a Deus e o ateísmo da indiferença, que esquecem o
Criador e correm o risco de esquecer também os valores humanos, contam-se hoje como entre
os maiores obstáculos ao desenvolvimento. O humanismo que exclui Deus é um humanismo
desumano. Só um humanismo aberto ao absoluto pode guiar-nos na promoção e realização de
formas de vida social e civil.

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