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CONTRATILIDADE UTERINA

A contratilidade uterina é o fenômeno mais importante do trabalho de parto, indispensável


para fazer dilatar o colo e expulsar o concepto.
 Evolução da contratilidade uterina
*A célula miometrial é um sistema contrátil, revestido por uma membrana excitável. O
conjunto de células miometriais executa o trabalho contrátil (ou atividade mecânica),
enquanto a membrana excitável executa o trabalho contrátil (ou atividade elétrica).
*A primeira tem a capacidade de trabalho devido à função de uma proteína chamada
actomiocina – dispostas em filamentos nas miofibrilas e de nucleotídeos trifosfáticos
(ATP), localizados nas mitocôndrias e responsável pela liberação de energia necessária
para a contração.
*A célula muscular também contém íons (cálcio, sódio, potássio e magnésio)
indispensáveis para a manutenção eletroquímica das membranas. A actomiosina aumenta
à medida que a gravidez evolui e atua com mais rigor no fundo uterino.
*O mecanismo de contração uterina parece estar sob controle hormonal e resulta da
interação da interação da actomiosina mais ATP, em meio iônico adequado.
*Toda contração uterina começa no fundo do útero e depois vai migrando para o resto,
em sentido descendente.
*O estrogênio é responsável pela síntese da proteína contrátil e a progesterona interfere
no potencial da membrana, alterando o gradiente iônico.
*No parto normal, a onda contrátil tem a sua origem em dois marca-passos, direito e
esquerdo, situados perto das implantações das tubas. O marca-passo direito seria
predominante; em algumas mulheres, o esquerdo o principal; ainda se admite o
funcionamento alternado, certas ondas nascem do direito e outras do esquerdo, sem que
haja, todavia, interferência entre eles. Do marca passo a onda se propaga ao resto do útero
na velocidade de 2cm/segundo, percorrendo todo o órgão em 15 segundos. O sentido de
propagação da onda é predominantemente descendente; apenas em um pequeno trajeto,
que se dirige ao fundo é ascendente. A intensidade das contrações diminui das partes altas
do útero para as baixas. No colo só a zona próxima ao orifício interno tem tecido muscular
liso e pode-se contrair, não obstante com força menor que a do segmento e muito inferior
à do corpo; o tecido que circunda o orifício externo é desprovido de músculo, sendo,
portanto, incontrátil. Diz-se, então, que a onda de contração do parto normal tem TRIPLO
GRADIENTE DESCENDENTE: as metrossístoles começam primeiro, são mais intensas
e têm maior duração nas partes altas da matriz do que nas baixas. Esta coordenação do
útero parturiente normalmente determina a soma de efeitos, com elevação regular, de pico
único, intensa, da pressão amniótica. Como todas as regiões do órgão se relaxam ao
mesmo tempo, a pressão amniótica pode descer ao tono normal, entre as contrações.

 A contratilidade uterina possui diferentes funções


Período menstrual:
Trabalho de parto: Durante o trabalho de parto, a dilatação cervical depende da
contratilidade uterina propagada. As contrações amadurecem o colo uterino no período
de pré-parto.
Parto: As contrações expulsam o feto através da pelve.
Puerpério imediato:

 Função da contratilidade uterina durante a gravidez, parto e puerpério.


Manutenção da gravidez: durante a gravidez, o útero não está inativo, mas sua atividade
é bastante reduzida, sem significado funcional expulsivo. A gravidez provavelmente se
mantém pelo bloqueio progesterônico. A progesterona diminui a sensibilidade da célula
miometrial ao estímulo contrátil. O bloqueio progesterônico efetivo impede o
descolamento prematuro da placenta, não só durante a gravidez, como na parturição.
Dilatação do istmo e do colo: Istmo é a porção menos calibrosa, situada junto ao útero.
No pré-parto, a contração encurta o corpo uterino e exerce tração longitudinal no
segmento inferior, que se expande, e na cérvice, que progressivamente se apaga e se dilata
(amadurecimento). A tração pode ser transmitida com eficiência ao colo por que o
segmento também se contrai, embora com força menor que o corpo. O istmo é tracionado
para cima, deslizando sobre o polo inferior do feto, experimentando dilatação no sentido
circular. O progresso da dilatação cervical depende da contratilidade uterina propagada.
Descida e expulsão do feto: Estando a parte inferior do útero presa à pelve, principalmente
pelos ligamentos uterosacros, as metrossístoles (contrações uterinas do parto), ao
encurtarem o corpo uterino, empurram necessariamente o feto através da pelve e o
expulsam para o exterior.
Descolamento da placenta: Com a expulsão do feto, o corpo do útero para adaptar-se à
grande redução volumétrica se retrai muito. O acentuado encurtamento é responsável pela
desinserção placentária, bastando, geralmente, duas a três contrações para descola-la do
corpo para o canal do parto.
Homeostase puerperal: A atividade do útero no pós-parto é indispensável para coibir a
hemorragia do sítio placentário, onde a hemóstase depende fundamentalmente do tono
uterino, das contrações e da retração das fibras musculares.

A duração do parto nas primigestas é de 10 a 12 horas, nas multíparas são de 6 a 8 horas.


Conhecer a fisiologia da contratilidade uterina é fundamental no acompanhamento do
trabalho de parto, pois permite diagnosticar possíveis alterações e prevenir riscos
maternos e fetais.

 Propriedades do músculo uterino


1. Sensibilidade: Pequena no útero e principalmente no colo
2. Excitabilidade: Aumenta à medida que a gestação se aproxima do termo. Às vezes,
em função de emoção, estímulo mamário ou uterino. Cuidado na exploração uterina,
principalmente em primigesta.
3. Elasticidade: Capacidade de mudar de forma e retornar a forma primitiva sob
estímulos.
3.1_ Extensibilidade: Permite ao útero acompanhar o crescimento fetal de forma gradual
(gestação única ou dupla), ou repentina (hidrâmnio agudo) – cavidade uterina pode dobrar
sua capacidade em poucos dias.
3.2_ Retratilidade: Consiste na adaptação do útero quanto ás modificações do volume.
Após a ruptura da bolsa das águas, desprendimento da cabeça e expulsão total do feto, o
útero retrai-se na quantidade correspondente.
4. Contratilidade: É o ato funcional do músculo excitado.
5. Tonicidade: Tono-> Estado de tensão do músculo uterino no intervalo das contrações.
É benéfica, fisiológica e precisa existir por que no momento em que o útero contrai o feto
e fica sem oxigênio.
5.1_Hipotonia: Pode ser primária ou secundária ao esgotamento funcional (tono inferior
a 8 mmHg)
5.2_Normal: Permite conhecer o conteúdo uterino pelo palpar durante as pausas da
contração (tono de 8 – 12 mmHg)
5.3_Tetanização do útero por efeito do uso intempestivo ou demasiado de ocitócico e no
descolamento prematuro da placenta (DPP); útero sem fase de relaxamento (superior a
12 mmHg).

Contração uterina na gestação: durante toda a gestação o útero apresenta atividade


contrátil, com frequência de 1 contração por minuto e intensidade média de 2 mmHg até
a 30ª semana de IG.

 Características da contração uterina


Frequência: É o número de contrações ocorridas durante o prazo de dez minutos.
=> Inicio da dilatação: 3 em 10 minutos; final da dilatação: 4 em 10 minutos; período de
expulsão: 5 em 10 minutos.
Duração: É o tempo decorrido entre o início e o fim de cada contração uterina.
=> 10 a 20 segundos atinge o útero
=> Ápice de 40 a 60 segundos.
Intensidade: É a pressão exercida pela contração uterina sobre o feto, medida em mmHg
por aparelho coletor próprio
=> 30 mmHg na dilatação
=> 40 mmHg na expulsão + 50 mmHg dos puxos = 90 a 100 mmHg
Puxos são os esforços expulsivos maternos
Após o parto, as contrações continuam para favorecer o secundamento fisiológico.

 Tipos de contrações
1. Braxton-Hicks: são normalmente indolores e curtas. Podem ocorrer durante toda a
gravidez. São raras até a 28ª semanas de IG.
2. Metrossístoles: contrações do pré-parto, parto.
Leve: O fundo pode ser facilmente rebaixado com as pontas dos dedos, o fundo uterino é
percebido como se fosse a ponta do nariz.
Moderada: O fundo pode ser rebaixado com as pontas dos dedos, mas com maior
dificuldade; o fundo uterino lembra mais o queixo.
Fortes: O fundo não pode ser prontamente rebaixado com as pontas dos dedos; o fundo
uterino lembra mais a testa.

 Fatores que modificam a contratilidade uterina


Deambular: Aumenta a frequência; diminui a intensidade.
Decúbito dorsal: Aumenta a frequência; diminui a intensidade; o peso do útero comprime
a veia cava inferior sobre a coluna vertebral; diminui o retorno venoso da metade inferior
do corpo; diminui a PA materna; diminui o débito cardíaco e o fluxo sanguíneo para a
placenta; discinesia da contração; sofrimento fetal.
Decúbito lateral esquerdo (DLE): aumenta a frequência; diminui a intensidade; aumenta
a eficiência para o trabalho de parto.

 Assistência de enfermagem
Objetivo: Determinar a evolução do trabalho de parto; Detectar alterações que fogem dos
padrões normais; Orientar a cliente para diminuir a ansiedade; Instruir a paciente e ensinar
a técnica de relaxamento e controle das contrações.

 Finalidades da contração durante a gravidez


*Atuam como um coração periférico (sangue para a placenta).
*Promovem a formação de segmento inferior, a partir da segunda metade da gestação.
*Concorrem para a acomodação do feto no interior da cavidade uterina.

 Contrações uterinas na dequitação


*Favorece a transfusão de sangue da placenta para o RN.
*Garante o descolamento, descida e a expulsão da placenta.
*Assegura a hemostasia do sítio placentário
Nessa fase a contração uterina não provoca dor, em função de não produzir distensão ou
esquema prolongada.

 Avaliação das contrações


*Colocar as pontas dos dedos delicadamente sobre o fundo uterino
*Quando iniciar o endurecimento do útero, logo ele amolecerá. Deverá ser contado em
10 minutos quantas contrações ocorrerá e a duração em segundos de cada uma.
No prontuário: DU: 10’/3/15’’/20’’/20’’. Dinâmica Uterina: Em 10 minutos, três
contrações, com duração de 15, 20 e 20 segundos.
Qualquer contração que dure 70’’ e não seja seguida de relaxamento do músculo
uterino, comunique imediatamente o obstetra. Pode ocorrer ruptura uterina e
hipóxia fetal.
O aparelho usado para monitorar as contrações chama-se tocodinamometro.

 Avaliação da frequência cardíaca fetal


Objetivo: monitorar as condições do feto; detectar sofrimento fetal; em condições
normais a frequência do monitoramento do BCF em trabalho de parto é de 1/1 hora, a
contar em 1 minuto.
Frequência normal: 120 – 160 bpm.

 Causas de sofrimento fetal:


Complicações maternas: diabetes, doenças cardíacas, toxemias, infecções, hipertensão,
deficiência útero placentária.
Fatores mecânicos: compressão do cordão umbilical, prolapso de cordão.
*Prematuridade, má formação congênita.

 Contração uterina no puerpério:


Objetivo: promover a hemostasia, expulsão dos coágulos e lóquios do interior do útero.
Apesar de intensas, são geralmente indolores.
*Frequência diminuída para uma contração em 12h após o parto.
*Prevenção de hemorragias pela oclusão das artérias espiraladas = ligaduras vivas de
Pinard

 Contratilidade uterina anormal


Parto precipitado:
Pode provocar roturas cervicais, vaginais e do períneo.
Pode atingir a integridade cerebral do feto (hemorragia cerebral e diminuição do
oxigênio).
Parto prolongado:
Pode ser causa de infecção materna e fetal (rotura prematura de membranas e exame
vaginal indevido).

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