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Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares

Aplicações de radionuclídeos naturais


em estudos ambientais - IPN0029
Joselene de Oliveira e Barbara Paci Mazzilli
e-mail: jolivei@ipen.br; mazzilli@ipen.br

Gerência de Metrologia das Radiações


Laboratório de Radiometria Ambiental
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares
Cidade Universitária São Paulo, SP Brasil CEP05508-000
Objetivos

1) Capacitar alunos de graduação das áreas de ciências exatas e biológicas


disseminando conhecimentos relacionados a presença de radioatividade natural
proveniente das séries do 238U, 235U e 232Th no meio ambiente, incluindo sua
distribuição em vários compartimentos dos ecossistemas terrestre, aquático e
atmosférico.
2) Fornecer subsídios para a utilização destes radionuclídeos como traçadores no
meio ambiente, incluindo aplicações teóricas e práticas.
3) Possibilitar a medida das atividades alfa, beta e gama de algumas amostras
ambientais.
Conteúdo Resumido
 Revisão de conceitos: radioatividade, modos de decaimento radioativo.
 As séries radioativas naturais do 238U, 235U e 232Th.
 Química, radioquímica e geoquímica dos radionuclídeos das séries naturais do
U e Th: Urânio, Tório, Rádio e Radônio, Chumbo e Polônio.
 Desequilíbrio entre os radionuclídeos das séries do U e Th: sub-séries da cadeia
do 238U e sub-séries da cadeia do 232Th.
 Distribuição dos radionuclídeos das séries naturais do U e Th nos diversos
compartimentos ambientais e ciclos globais.
 Aplicações em estudos ambientais: geocronologia, radioatividade das águas,
taxas de mistura, tempos de residência.
 Métodos analíticos e aplicações práticas: espectrometria gama, espectrometria
alfa e contagem beta
Critérios de Avaliação e Aprendizagem

 2 provas teóricas (40%)


 Listas de exercícios (30%)
 Aulas de laboratório (30%)

 Aprovação: média ponderada das notas atribuídas às provas, listas de


exercícios e relatórios, com aproveitamento maior que 5,0 e frequência
mínima de 70%
Local das Aulas

 Sala de seminários do Laboratório de Radiometria Ambiental


 Laboratório Didático de Espectrometria Alfa e Gama

 Terças-feiras das 9:00 às 12:00.


Bibliografia e Materiais para Estudo

 Os slides das aulas vão ser disponibilizados na página de ensino-


graduação do IPEN.
 Livros para consulta na biblioteca do IPEN:
Choppin, G.; Liljenzin, J-O.; Rydberg, J. 2002. Radiochemistry and Nuclear Chemistry. 3rd Edition, Elsevier.

Eisenbud, M; Gessel, T.F. 1997. Environmental Radioactivity from Natural, Industrial and Military Sources. 4th Edition,
San Francisco, CA, Morgan Kaufmann Publishers.

International Atomic Energy Agency. 1990. The Environmental Behaviour of Radium. Technical Report Series n 310,
Vol. 1, IAEA, Vienna.

Ivanovich, M.; Harmon, R.S. 1992. Uranium-series Disequilibrium: Applications to Earth, Marine and Environmental
Sciences. 2nd Edition, Oxford Science Publications.

 Outros textos: ficarão disponíveis para xerox no sub-solo do Bloco A.


Conceitos Básicos
A estrutura da matéria e o átomo

 Todas as coisas existentes na natureza são constituídas de átomos e/ou suas


combinações.
 Atualmente sabemos que o átomo é a menor estrutura da matéria que
apresenta as propriedades de um elemento químico.

Partícula Carga Massa

Próton (p) + 1

Nêutron (n) neutra 1

Elétron (e-) - 9,109389x10-31kg


Conceitos Básicos
A estrutura do núcleo
Conceitos Básicos
Número Atômico(Z) = número de prótons
Número de Massa(A) = número de prótons +
nêutrons
Conceitos Básicos
Isótopos
Conceitos Básicos
Tabela de Nuclídeos

Registrando-se num gráfico todos os


elementos químicos conhecidos,
estáveis e instáveis, tendo como eixo
das ordenadas o número atômico Z e o
das abscissas o número de nêutrons n, Segmento de uma Tabela de nuclídeos.
obtém-se a chamada Tabela de
nuclídeos. Nota: nela aparecem outros parâmetros nucleares
tais como a meia-vida do nuclídeo, os tipos de
radiações emitidas, a energia das radiações mais
intensas, a abundância percentual de cada isótopo, a
secção de choque de reação nuclear.
Conceitos Básicos
Tabela de Nuclídeos

 Na Tabela de nuclídeos, observa-se que para os elementos com número de


massa pequeno, o número de prótons é igual ou próximo do número de
nêutrons.

 À medida que o número de massa A vai aumentando, o número de nêutrons


aumenta relativamente, chegando a um excesso de quase 40% no final da
tabela.

 Alguns nuclídeos possuem muitos isótopos estáveis, como por exemplo, o


estanho, com 8. Além dos nuclídeos estáveis, existem os instáveis, que são
radioativos, denominados de radioisótopos ou radionuclídeos.
Conceitos Básicos
Conceito de Radioatividade

 Pode-se encontrar átomos com o mesmo número de massa (A) e com


diferentes números de prótons (Z) e de nêutrons (n), ou seja, átomos com o
mesmo número de massa (A) mas com uma razão entre o número de prótons
(Z) e nêutrons (n), razão Z/n, diferentes.

 Para cada número de massa (A) existe somente uma razão Z/n para qual o
núcleo é estável, ou seja, não radioativo.

 Todos os outros átomos com mesmo número de massa, porém com razão Z/ n
diferentes são instáveis, ou seja, radioativos.

 Estes elementos buscam a estabilidade emitindo radiação e transformando-se


em outro átomo.
Conceitos Básicos
Conceito de Radioatividade

 Tudo o que existe na natureza tende a permanecer num estado estável.


 Os átomos instáveis passam por um processo que os tornam mais estáveis.
 Este processo envolve a emissão do excesso de energia do núcleo e é
denominado radioatividade ou decaimento radioativo.
 Portanto, a radioatividade é a alteração espontânea de um tipo de átomo em
outro com a emissão de radiação para atingir a estabilidade.
 A energia liberada pelos átomos instáveis, radioativos, é denominada radiação
ionizante.
Radioatividade

 As radiações alfa e beta são constituídas de partículas que possuem massa e


são eletricamente carregadas, enquanto os raios gama são ondas
eletromagnéticas.
Radioatividade

 As partículas alfa são completamente barradas por uma folha de papel comum e
seu alcance no ar não ultrapassa mais que 10 a 18 cm.
Radioatividade

 As partículas beta possuem a mesma massa e a mesma carga do elétron,


portanto, são mais leves e menores que as partículas alfa, movimentam-se
muito mais rápido e apresentam maior poder de penetração.
Radioatividade

 Os raios gama não possuem nem massa, nem carga, e por isso, tem um poder
de penetração infinito, podendo atingir grandes distâncias no ar e atravessar
vários tipos de materiais.
Tipos de Radiação
4 α ++   
    
2


0 β− 
−1

0 γ   

0


  
Atividade de uma amostra
Conceito de Atividade

 Atividade é a grandeza utilizada para expressar a quantidade de um material


radioativo e representa o número de átomos que se desintegram por unidade de
tempo.
Desintegração Radioativa
Meia-vida
Meia-vida
Exemplo
A radioatividade natural

 Durante toda a história da vida na Terra, os organismos tem sido expostos a


fontes naturais de radioatividade.

 Exemplos: raios cósmicos, de origem extraterrestre (Sol e Via Láctea),


constituídos principalmente de prótons de alta energia (cerca de 85%),
partículas alfa (cerca de 14%) e núcleos atômicos mais pesados (cerca de 1%),
interagem com a atmosfera terrestre.

 Dessa interação, muitos radionuclídeos são produzidos na estratosfera ou


troposfera, como o 3H e o 14C.

 Ambos são utilizados em hidrologia, sobretudo para a datação de águas


subterrâneas, dos quais 3H (meia-vida de 12,26 anos) é utilizado para se
estabelecer se a origem é recente; 14C (meia-vida de 5.730 anos) numa escala
de tempo de até 40.000 anos atrás.
Alguns radionuclídeos cosmogênicos
Radionuclídeos presentes na crosta terrestre

 Além dos radionuclídeos cosmogênicos, contribuem como fonte de


radioatividade natural elementos que estão presentes na Terra desde sua
formação há cerca de 4.500 milhões de anos, inserindo-se neste contexto
apenas aqueles que possuem isótopos radioativos cuja meia-vida é
suficientemente longa para permitir que a atividade permaneça existindo mesmo
nos dias de hoje.

 Os mais importantes desses elementos primordiais são o urânio, o tório e o


potássio, que são litófilos e se concentram preferencialmente em rochas ígneas
ácidas e não nas básicas e ultrabásicas.

 A abundância média crustal do urânio corresponde a 2,5µg/ g, possuindo este


elemento dois isótopos primários, o 238U e o 235U, que ocorrem atualmente na
proporção de 99,3% de 238U para 0,7% de 235U.
Alguns radionuclídeos naturais de origem
terrestre
As Séries Radioativas Naturais

 Embora o 235U seja o isótopo físsil que forma a base de produção da energia
nuclear, e por isso, extremamente importante do ponto de vista tecnológico,
verifica-se que a sua contribuição como fonte de radioatividade natural é
pequena, pois a atividade específica do 238U é cerca de 20 vezes maior que a do
235U.

 O 238Ue o 235U são geradores de séries de decaimento radioativo, possuindo o


238U um número maior de produtos de decaimento, muitos dos quais com meias-

vidas longas.

 O tório possui apenas um isótopo primordial, o 232Th, contudo ele é


aproximadamente quatro vezes mais abundante que o urânio nas rochas
crustais; esse nuclídeo também gera uma série de decaimento radioativo.
Séries Naturais do U e Th
Desequilibrio dos radionuclídeos da
série do U no oceano
222Rn 222Rn 210Pb 222Rn

238U 234Th 234U 230Th 226Ra

dpm/100L: 237 var. 271 <1 ~10

Água do mar ~50


238U ~ 3.2 µg/L
226Ra

Sedimentos 230Th

(234Th, 231Pa, 210Pb, etc.)

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