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PROJETO DE GRADUAÇÃO
Título do Projeto :
PROJETO BÁSICO
Autor :
Orientador :
PROJETO BÁSICO
Orientador:
Niterói
2015
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Engenharia e Instituto de Computação da UFF
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
TCE - Escola de Engenharia
TEM - Departamento de Engenharia Mecânica
PROJETO DE GRADUAÇÃO I
Título do Trabalho:
PROJETO BASICO DE UMA PONTE ROLANTE POLAR.
PROJETO DE GRADUAÇÃO I
Dedico este trabalho aos meus irmãos Bianca, Clara e Pablo, aos meus pais, Dila e
Alexandre, por todo o apoio e suporte durante estes anos de graduação.
Caetano Vidal Porto
AGRADECIMENTOS
Em meio a genialidade de seus trabalhos Isaac Newton disse uma frase de indiscutível
relevância. “Se enxerguei mais longe, foi porque me apoiei sobre os ombros de gigantes” –
Isaac Newton.
Os caminhos seriam muito mais tortuosos se fossem seguidos sozinho, sem o apoio
daqueles que já os percorreram. Agradeço aos professores que tive dentro e fora da universidade
ao longo desse tempo e que me disponibilizaram conhecimento e me proporcionaram
oportunidades, agradeço ao professor Bruno que me orientou neste trabalho e agradeço aos
colegas que percorreram o caminho junto comigo.
RESUMO
O objetivo deste trabalho é desenvolver o projeto básico de uma ponte rolante polar
formada por duas vigas paralelas. A ponte rolante tem seus deslocamentos descritos em termos
de coordenadas polares para se adaptar ao prédio de contenção de uma usina termoelétrica a
combustível nuclear, que usualmente tem formato cilíndrico ou esférico. Com o auxílio dos
softwares SolidWorks, MDSolids e Excel foi realizado o cálculo estrutural, definição e
dimensionamento dos principais componentes necessários para o funcionamento da ponte
rolante polar, para que ela seja a prova de falha simples. Foi realizada uma análise em elementos
finitos para validação dos cálculos obtidos através das normas utilizadas.
1 INTRODUÇÃO 16
1.1 UTILIZAÇÃO DA PONTE ROLANTE POLAR 19
1.2 METODOLOGIA 20
1.3 ESTUDO E NORMAS UTILIZADAS NO EXTERIOR 21
1.3.1 NORMA UTILIZADA NOS ESTADOS UNIDOS 21
1.3.2 NORMA UTILIZADA NA ALEMANHA 21
1.3.3 NORMA UTILIZADA NO BRASIL 22
1.3.4 FALHA SIMPLES 22
2 ESPECIFIÇÕES 24
2.1 DIMENSÕES 25
2.2 CARGAS 25
2.3 VELOCIDADE DE IÇAMENTO 25
2.4 VELOCIDADE DO TROLLEY 25
3 CÁLCULO ESTRUTURAL 25
3.1 CÁLCULO ANALÍTICO 26
3.1.1 LINHA ELÁSTICA 27
3.1.2 PERFIL 30
3.1.3 VERIFICAÇÃO EM ACORDO COM CRITÉRIOS DA NORMA 31
3.1.3.1 Classificação da estrutura 31
3.1.3.2 Majoração 33
3.1.3.3 Fator de segurança 33
3.1.3.4 Tensão admissível 33
3.1.3.5 Valor do coeficiente dinâmico 34
3.1.3.6 Tensão combinada 35
3.1.4 DETALHES DE SOLDA 37
3.1.4.1 Solda em alma e abas 37
3.1.4.2 Solda em nervuras 38
3.2 SIMULAÇÃO EM ELEMENTOS FINITOS 39
4 MECANISMOS 44
4.1 CABOS 46
4.2 TAMBOR 49
4.2.1 DIÂMETRO DO TAMBOR 49
4.2.2 ESPESSURA DE PAREDE DO TAMBOR 51
4.3 POLIAS 52
4.4 RODAS 53
4.5 MOTOR 56
4.5.1 MOTOR DE ELEVAÇÃO 56
4.6 FREIO 57
4.6.1 FREIO DO TAMBOR 57
5 CONCLUSÃO 59
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 60
16
1 INTRODUÇÃO
A geração de energia através de fontes nucleares acontece dentro de reator que aquece
um grande volume de água em um circuito fechado. Este circuito interage através de um
trocador de calor com um segundo circuito fechado que aciona turbinas para geração de energia
elétrica. Os principais elementos de uma usina nuclear estão representados na Figura 1, são eles
as bombas do circuito primário, os geradores de vapor o reator, o pressurizador e as tubulações
que os interligam. O reator é responsável pelo aquecimento da água pressurizada que circula
no circuito fechado primário e que é bombeada para os geradores de vapor onde trocam calor
com o circuito secundário. O circuito fechado secundário circula vapor não radioativo para fora
do prédio de contenção onde alimenta uma turbina que é responsável pela geração de energia
elétrica que é distribuída no sistema integrado nacional.
Fonte: http://www.konecranes.com.br/equipamentos
17
A energia nuclear, produzida através da fissão de núcleos de urânio, é uma eficaz fonte
de energia. O minério de urânio após um tratamento de enriquecimento do isótopo 238 permite
uma reação em cadeia de fissão dos núcleos dos átomos que, se feita de forma controlada, pode
produzir grande quantidade de energia útil.
A demanda por energia para crescimento do parque industrial, diminuição dos custos
de produção e aumento da competitividade leva a busca de novas formas de geração de energia,
aumento da capacidade instalada e aperfeiçoamentos visando aumentar a eficiência e eficácia
na sua produção.
Fonte: http://www.konecranes.com.br/equipamentos
19
A ponte rolante polar, mostrada na Figura 3, é uma máquina de içamento composta por
duas vigas paralelas localizada na sessão superior do prédio de contenção, onde estão
localizados: o reator, geradores de vapor, pressurizador e demais componentes chave para o
funcionamento da usina.
Fonte: Autor
1.2 METODOLOGIA
Uma simulação estrutural com software em elementos finitos foi feita no software
SolidWorks, os resultados obtidos foram comparados com os cálculos estruturais resultantes do
projeto baseado na NBR 8400.
O sistema possui três conjuntos de freios, dois deles são freios de sapata que acionam
tambores de freio nas extremidades do eixo do motor. Um terceiro freio fica localizado dentro
da carcaça do motor, este freio é magnético e é acionado automaticamente na ocorrência de falta
de energia elétrica para alimentação do motor e dos freios de sapata. Os três sistemas de freios
são dimensionados para suportar individualmente toda a carga de içamento de forma que na falha
de um dos sistemas, o outro será capaz de rebaixar a carga com segurança. Redundâncias são
aplicadas nos cabos de aço e roldanas como mostrado na Figura 5.
24
Foram utilizados no projeto quatro cabos de aço com alma de aço sendo que dois deles
são redundantes, isto é, na falha de um dos cabos a sua redundância será capaz de continuar a
operação e rebaixar a carga com segurança.
2 ESPECIFIÇÕES
2.1 DIMENSÕES
A ponte rolante deve ser projetada para operar sobre um trilho circular dentro do edifício
de contenção. O círculo descrito pelo trilho para movimentação da ponte rolante tem 41.0m de
diâmetro e aproximadamente 129m de perímetro.
2.2 CARGAS
O projeto deve ser dimensionado para o içamento de 500t durante a fase de montagem
com flecha máxima de 1/500 de seu vão e içamento de 180t durante a fase de operação com
flecha máxima de 1/1000 de seu vão. Durante o comissionamento será realizado um teste para
determinar se a flecha máxima mantém dentro da tolerância de 1/500 do seu vão.
A ponte deverá ser capaz de fazer o içamento das cargas com velocidade de 1m/min.
3 CÁLCULO ESTRUTURAL
O cálculo estrutural neste projeto foi dividido em duas etapas, a etapa um consiste no
cálculo analítico realizado em atendimento a norma NBR8400 (ABNT - Associação Brasileira
de Normas Técnicas, 1987) e os princípios de resistência dos materiais. A etapa dois consiste
na utilização do um software de simulação em elementos finitos.
26
O cálculo da viga principal foi realizado de forma a atender tanto as condições descritas
na norma brasileira NBR 8400 (ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1987)
quanto o critério de comissionamento para a operação em ambiente nuclear. Existindo
divergência deve-se adotar o critério mais conservador que atenda a ambos a norma e o critério
de comissionamento.
A ponte rolante é formada por duas vigas caixão montadas paralelamente. O ambiente
dentro da usina nuclear não está exposto a externalidades climáticas o que nos permite
desconsiderar os carregamentos devido a efeitos climáticos e ter total liberdade para aproximar
e afastar as vigas sem implicações nas solicitações impostas.
O material utilizado para a fabricação da viga deve dar sinais de falhas detectáveis antes
de uma falha abrupta. Por isso é comum a utilização de aços dúcteis pois neles a propagação de
trincas demanda milhares de ciclos para atingir o tamanho para uma falha do equipamento,
fornecendo tempo suficiente para a identificação da trinca e manutenção necessária.
Fonte: http://www.cemacobr.com.br/_midia/pdf/a36.pdf
27
O vão entre os apoios tem a dimensão de 41m e, portanto, a tolerância para a flecha
máxima no teste de comissionamento é:
41𝑚 (1)
= 0,082𝑚
500
Esta tolerância representa a diferença entre a flecha de peso próprio da ponte rolante e
a flecha com o carregamento e, portanto, as duas condições devem ser calculadas.
Foi considerado uma carga de 550t, 10% maior do que a carga de projeto, com o intuito
de projetar um perfil de viga que atenda o critério de flecha máxima abaixo do seu limite. O
peso dos motores, trolley, cabos e outros componentes foi estimado em 10% do peso da viga.
Dado que as duas vigas que compões a ponte rolante polar sofrem esforções simétricos,
consideraremos pare efeito de cálculo uma viga sujeita a metade do esforço de projeto.
x
28
Fonte: Autor
1 𝑅𝐴 𝑥 3 𝜔𝑥 4 𝑃 𝐿 𝑤𝐿3 𝑥 𝑅𝐴 𝐿2 𝑥 (2)
𝑌(𝑥) = [ − − 〈𝑥 − 〉 + − ]
𝐸𝐼 6 24 6 2 48 8
Onde:
Y(x) - Flecha
x - Posição
ω - massa linear
Pi - Carga de içamento
L - Comprimento do vão
E - Módulo de elasticidade
I - Momento de inércia
Uma análise desta equação mostrou que a flecha máxima se dá no ponto 𝑥 = 𝐿/2. O
próximo passo foi calcular o valor de Y, sabendo que pelas especificações do projeto ∆𝑌𝑚𝑎𝑥 ≤
𝐿/500.
𝐿 (3)
∆𝑌(𝐿/2) = 𝑌𝑃 (𝐿/2) − 𝑌𝑝 (𝐿/2) ≤
500
29
Onde:
1 𝑅𝐴 𝑥 3 𝜔𝑥 4 𝑃 𝐿 𝜔𝐿3 𝑥 𝑅𝐴 𝐿2 𝑥 (4)
∆𝑌(𝑥) = [ − − 〈𝑥 − 〉3 + − ]
𝐸𝐼 6 24 6 2 48 8
1 𝑟𝐴 𝑥 3 𝜔𝑥 4 1.1𝜔𝐿 𝐿 𝜔𝐿3 𝑥 𝑟𝐴 𝐿2 𝑥 𝐿
− [ − − 〈𝑥 − 〉3 + − ]≤
𝐸𝐼 6 24 6 2 48 8 500
O próximo passo foi calcular o valor de I para o pior caso, isto é, I quando ∆𝑌𝑚𝑎𝑥 =
𝐿/500.
3 4 (5)
500 𝑅𝐴 𝐿⁄2 𝜔 𝐿⁄2 𝑃 𝐿 𝐿 3 𝜔𝐿3 𝐿⁄2 𝑅𝐴 𝐿2 𝐿⁄2
𝐿
𝐼( ⁄2) = [ − − 〈 ⁄2 − 〉 + − ]
𝐿𝐸 6 24 6 2 48 8
3 4
500 𝑟𝐴 𝐿⁄2 𝜔 𝐿⁄2 1.1𝜔𝐿 𝐿 𝐿 𝜔𝐿3 𝐿⁄2
− [ − − 〈 ⁄2 − 〉3 +
𝐿𝐸 6 24 6 2 48
𝑟𝐴 𝐿2 𝐿⁄2
− ]
8
3.1.2 Perfil
Nesta etapa foi utilizado o software MDSolid para dimensionar perfil utilizado, Figura
7. Foram utilizadas chapas de dimensões típicas de mercado em sua construção para que o perfil
seja condizente com os materiais disponíveis. Dimensões em mm.
Fonte: Autor
Com a massa especifica 7850 𝑘𝑔/𝑚3 do material utilizado, aço ASTM A-36, e área
da seção reta de 0,248𝑚2 este perfil apresenta um peso linear de 1952𝑘𝑔/𝑚 (Tabela 2)
31
ÁREA 0,248m2
MASSA ESPECÍFICA 7850kg/m3
MASSA LINEAR 1952kg/m
MOMENTO DE INÉRCIA 0,262m4
C 1,280m
Fonte: Autor
A carga de 500t será içada apenas durante a fase de montagem ou em caso atípico de
reposicionamento do reator, a utilização usual é de 180t o que classifica o estado de carga como
muito leve ( Tabela 4).
3.1.3.2 Majoração
Foi definido o valor de majoração baseado na no grupo da ponte rolante.
𝜎𝑒 (6)
𝜎𝑎 =
𝐹𝑆𝑝
Onde:
Foi calculado a tensão atuante devido ao peso próprio de acordo com as equações:
𝑀𝑚á𝑥,𝑝𝑝 × 𝑐 (7)
𝜎𝑝𝑝 =
𝐼1
𝜔 × 𝐿2 (8)
𝑀𝑚á𝑥,𝑝𝑝 =
8
Onde:
𝜔 – Massa linear
𝑀𝑚á𝑥,𝑐 × 𝑐 (9)
𝜎𝑐 =
𝐼1
36
𝑃×𝐿 (10)
𝑀𝑚á𝑥,𝑐 =
4
Onde:
Com as tensões devido a peso próprio e tensões devido a carga foi calculada a tensão combinada
𝜎𝑥 de acordo com a equação:
Onde:
σx - Tensão combinada
Mx - Coeficiente de majoração
Ψ - Coeficiente dinâmico
De onde temos que 𝜎𝑥 = 146𝑀𝑃𝑎, valor abaixo da tensão admissível 𝜎𝑎 = 167𝑀𝑃𝑎 e portanto
dentro dos limites aceitáveis para o projeto.
37
A viga tem três diferentes tipos de soldas, soldas em ângulo com qualidade especial, solda topo-
a-topo com qualidade especial e solda em ângulo ininterrupta com qualidade.
Entre alma e abas será realizado solta em ângulo com qualidade especial K0 tipo 0,33
como mostra a Figura 8.
Por se tratar de uma estrutura do grupo 1 e para as solicitações obtidas, as soldas para
as nervuras poderiam ser soldas K4. No entanto foi adotado a soldas K3 com qualidade
comum para evitar que existam no projeto cruzamento de condão de soldas. As soldas
adotadas para nervuras são soldas K3 em ângulo com qualidade comum tipo 3,21, Figura 11.
39
central que representa a carga sendo içada e para as restrições de deslocamento que representam
os apoios. Os carregamentos aplicados estão representados na Figura 12.
Fonte: Autor
A malha para cálculo deve ser suficientemente refinada para que tensões concentradas
em pequenas regiões não sejam mascaradas por uma tensão média calculada com uma malha
bruta. Foi utilizada uma malha com 18400 elementos e 34900 nós. Uma plotagem da malha
está representada na Figura 13- Malha.
Fonte: Autor
Utilizando o critério de von Mises para análise é verificado que a tensão se mantém
abaixo de 70MPa em grande parte da viga, tensão que está muito abaixo dos valores críticos
e ainda no início do regime elástico do material. As regiões mais solicitadas estão abaixo
160MPa e tensões que checam a180MPa estão presentes na região onde foi aplicada o
carregamento principal. Uma plotagem das tensões atuantes na viga pode ser vista na Figura
14. A deformação vista nas plotagens está exagerada na escala de 50:1.
41
Fonte: Autor
restrição menos severa comparada com a restrição considerada na simulação. Este alívio na
restrição implicará também em um alívio na tensão das abas inferiores na região próxima.
Fonte: Autor
43
Por fim foi realizado uma simulação dos deslocamentos obtidos ao longo da viga, o
resultado da plotagem pode ser visto na Figura 16. O maior valor está na região central e
representa a flecha máxima que chega a 6,4cm. O valor atende ao critério de flecha máxima e,
portanto, ratifica a escolha da viga projetada no item 3.1.2.
Fonte: Autor
44
4 MECANISMOS
Com uma utilização de apenas algumas vezes ao ano a classe de funcionamento é V0,25, com
tempo médio de funcionamento menor que 0,5h por dia.
45
4.1 CABOS
𝑑𝑐 = 𝑄1 √𝑇 (12)
Onde:
Q1 - Fator de dimensionamento
1,1 × 𝜓 × 𝑃𝑖 (13)
𝑇= . 981
𝑛𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠
Onde:
ncabos - 2
De onde temos que o diâmetro externo do cabo, mostrado na Figura 17, 𝑑𝑐 = 104.37𝑚𝑚
Foi selecionado o cabo de aço com alma de aço de diâmetro externo imediatamente acima do
diâmetro externo mínimo 𝑑𝑐 de acordo com a Tabela 13.
4.2 TAMBOR
O tambor utilizado é um tambor de peça única dimensionado para ser capaz de fazer o
enrolamento de quatro cabos que representam os dois cabos de içamento e suas redundâncias.
𝐷𝑡 ≥ 𝐻1 𝑑𝑐 (14)
50
Onde:
Dt - Diâmetro do tambor
Tabela 14 – Valores de H1
O diâmetro do tambor deve ser suficiente para acomodar todo o comprimento de cabos
quando o moitão estiver em sua posição mais elevada.
2𝐻𝑖 (16)
𝑛𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 =
𝜋(𝐷𝑡 + 𝑑𝑐 )
2𝐻 (17)
𝐷𝑡 ≥ − 𝑑𝑐
𝐿
𝜋(𝑛 − 3)
𝑝𝑜𝑙𝑖𝑎𝑠 𝑛𝑟𝑒𝑑 𝑃𝑖
51
Onde:
Lt - Largura do tambor
De onde temos que 𝐷𝑡 = 1190𝑚𝑚, valor abaixo dos 1728𝑚𝑚 encontrados anteriormente.
Portanto prevalece o maior valor 𝐷𝑡 = 1728𝑚𝑚.
𝑇 (18)
𝑡≥
𝜎𝑎 𝑃𝑖
𝜎𝑟 (19)
𝜎𝑎 =
𝛿 × 𝐹𝑆𝑟
Onde:
t - espessura do tambor
σr - Tensão de ruptura
Tabela 15 – Valores de
4.3 POLIAS
Foram utilizadas duas polias sem inversão e nenhuma polia de compensação, de acordo com a
norma ∑ 𝑊𝑡 = 4.
53
Tabela 17 – Valores de H2
𝑑𝑝 ≥ 𝐻1 𝐻2 𝑑𝑐 = 1728𝑚𝑚 (20)
4.4 RODAS
𝐹𝑟 (21)
𝐷𝑟 =
𝑏 × 𝑃𝑙𝑖𝑚 × 𝐶1 × 𝐶2
Onde:
Dr - Diâmetro da roda
Fr - Força de rolamento
Foram utilizados 4 truques, um em cada extremidade das vigas. Cada um dos truque formado
por 4 rodas, totalizando 16 rodas apoiadas em um trilho de boleta 150mm. Para calcular a força
de rolamento utilizasse da formulação abaixo.
54
Onde:
Tabela 20 – Valores de c2
4.5 MOTOR
Foi calculado a eficiência do sistema pelo produtório dos coeficientes de acoplamento de acordo
com a seguinte equação:
Onde:
ENGRENAGEM A 0.98 12
FLEXÍVEL B 0.98 4
ROLAMENTO C 0.99 18
57
𝑤𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 (25)
𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 =
𝑤𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
𝑣 (26)
𝑤𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 = ; 𝑤𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 800𝑟𝑝𝑚
2𝜋𝐷𝑡
𝑃×𝑉 (27)
𝑁𝑒 ≥ = 133,6𝑘𝑊
𝜂𝑇
Onde:
Foi, portanto, selecionado o motor de potência imediatamente acima no catalogo WEG – Mores
elétricos de corrente alternada. Motor W22 150kW com 8 polos.
4.6 FREIO
𝑃 × 𝑅𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 × 𝑔 (28)
𝑇𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 =
𝑛𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑏𝑜𝑠
𝑇𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 (29)
𝑇𝑓 =
1000 × 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜 ∗ 𝜂𝑡
58
2 × 𝑇𝑓 (30)
𝐿𝑠 = = 204𝑚𝑚
𝐷𝑓2 × 𝜇 × 𝜂𝑓 × 𝛽 × 𝑃𝑎𝑑𝑚
Onde:
g - Aceleração da gravidade
Tf - Torque de frenagem
μ - Coeficiente de atrito
De onde temos portanto uma sapada de largura 𝐿𝑠 = 204𝑚𝑚 que atua em um tambor de
diâmetro 𝐷𝑓 = 400𝑚𝑚.
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5 CONCLUSÃO
Um desafio para o projeto foi a pesquisa para definir os critérios e exigências aplicáveis
ao ambiente de uma planta nuclear. A não existência de uma norma brasileira que trate do
assunto demandou a investigação de regulamentos e normas aplicáveis nos Estados Unidos e
Alemanha, que sãs as principais referências em termos de energia nuclear com algum material
disponível em língua inglesa. Embora existente, este material não foi largamente difundido e
muitas vezes é de difícil acesso. Por serem materiais de dois sistemas concorrentes acontece de
serem contraditórios em alguns aspectos, contradições que demandam análise por parte de
quem estão desenvolvendo o projeto.
Como desdobramento deste projeto podem ser explorados e aprofundados temas como:
esquema de proteção anticorrosivo, comparação entre frequência natural e frequências típicas
de possíveis terremotos na região de instalação da planta nuclear, procedimentos para a
confecção das soldas, utilização de materiais modernos e de maior resistência e uma avaliação
de custos e disponibilidade em mercado.
60
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS