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Métodos de Análise em Gestão e Políticas Públicas
Motivações para uma avaliação de impacto
O impacto de um programa
Avaliação de impacto com recursos escassos
Momentos na execução de um programa
Uso interno e uso externo de uma avaliação
Métodos de Análise em Gestão e Políticas Públicas
Motivações para uma avaliação de impacto
O impacto de um programa
Avaliação de impacto com recursos escassos
Momentos na execução de um programa
Uso interno e uso externo de uma avaliação
Métodos de Análise em Gestão e Políticas Públicas
Motivações para uma avaliação de impacto
O impacto de um programa
Avaliação de impacto com recursos escassos
Momentos na execução de um programa
Uso interno e uso externo de uma avaliação
A partir da avaliação de impacto de projetos sociais é possível analisar de
maneira isolada a contribuição de uma ação particular no alcance dos objetivos de interesse. Ela é um instrumento importante para compreensão de quais propostas compreendem a maior parte das necessidades da população com o melhor uso do orçamento disponível. Portanto, é relevante aos formuladores de políticas, aos diretamente envolvidos no programa e também para outros agentes da sociedade. O objetivo de uma avaliação de impacto é examinar se um programa está atingindo os efeitos esperados. Com os resultados, é possível usar as informações para a melhoria do desenho do próprio programa ou para auxiliar no desenho de outros programas ou até mesmo informar formuladores de políticas que pretendam desenhar outros programas com propósitos parecidos.
O impacto de um programa
É necessário avaliar a magnitude do impacto sobre diferentes grupos
socioeconômicos porque o fato de um programa ou serviço ter impacto sobre um grupo não significa necessariamente que terá o mesmo impacto sobre outro grupo. Porém também é fundamental analisar a forma como o programa é implementado. Ainda que haja poucas dúvidas em relação ao impacto potencial de um programa bem focalizado e desenhado, podem existir incertezas sobre o efetivo impacto desse programa ao ser implementado de maneira deficiente. Ou seja, o impacto de um programa não depende apenas do seu impacto potencial, mas também está intrinsecamente relacionado às condições de sua implementação. A avaliação de impacto irá investigar o seu impacto real e qual parcela do impacto potencial foi desperdiçada por causa de falhas na implementação. Avaliação de impacto com recursos escassos
A avaliação de impacto é fundamental em casos em que os recursos são
escassos e diferentes programas competem pelos mesmos recursos porque pode medir a magnitude do impacto e calcular a relação custo-efetividade de cada programa. Um programa pode ter um impacto inquestionável, porém pode não ser aquele com a melhor relação custo-efetividade e, assim, não ser o melhor candidato a receber os recursos que estão disponíveis. Além disso, é importante que o valor dos benefícios do programa seja maior que os seus custos, ou seja, que o programa tenha uma relação custo-benefício favorável. Para isso, é preciso considerar os custos e benefícios sociais sobre os agentes envolvidos diretamente, mas também sobre as externalidades do restante da sociedade. Em algumas situações, há diferentes ações com propósitos análogos que não são substancialmente diferentes em relação ao seu custo. Então, nestes casos, as diferenças na magnitude do impacto que definirão qual programa tem a melhor relação custo-benefício. Portanto, quando existem diferentes programas que competem entre si, o processo decisório é sequencial, decidindo primeiro a melhor relação custo-benefício entre os programas. Depois, outras relações custo-benefício são calculadas para programas que não foram implantados, mas que tem relação favorável, considerando que aquele com melhor relação foi implantado efetivamente. Se ainda houver algum programa com relação custo-benefício favorável, o melhor deles será implantado e o processo será conduzido novamente.
Momentos na execução de um programa
A primeira justificativa é em casos em que o impacto de um programa acontece
com poucas dimensões facilmente mensuráveis, a magnitude do impacto pode ser investigada de maneira relativamente incontestável baseada em métodos experimentais. Também pode ocorrer, na falta de mercados para o serviço ou benefício em questão, o uso da propensão a pagar poderia levar a estimativas não tão confiáveis. Entretanto, devemos ressaltar que um aumento do número de dimensões do impacto e o surgimento de mercado para o benefício ou serviço em questão tornaria a utilização da propensão a pagar mais fundamentada via- à-vis ao uso da avaliação de impacto.
A segunda justificativa é que somente o uso da propensão a pagar pode
ter a sua confiabilidade reduzida em casos que há externalidades e o programa tem impactos em não beneficiários. Nestas situações, se o número de dimensões do impacto é limitado e o grupo de não beneficiários impactos está bem definido, uma avaliação de impacto experimental provavelmente será capaz de produzir estimativas mais confiáveis.
Finalmente, a utilização da propensão a pagar pode ser limitada ao não
permitir a identificação das razões às quais os beneficiários valorizam aquele serviço. Dessa maneira, sabe-se quanto o programa é valorizado, mas não se sabe sobre os mecanismos em que o programa influencia o bem-estar dos beneficiários. Assim, a avaliação de impacto é mais efetiva ao distinguir melhor qual instrumento do programa contribui mais ou menos para a satisfação do usuário.
Uso interno e uso externo de uma avaliação
Em uma avaliação, o uso interno está relacionado à sua utilidade para a
tomada de decisões no programa avaliado. O uso externo diz respeito à utilização dos resultados da avaliação como ferramenta para desenhar ou melhorar o desenho de outros programas parecidos.
No seu uso interno, a avaliação de impacto é tipicamente usada como
veredicto em casos em que os usuários dos resultados são aqueles responsáveis pela continuidade ou descontinuidade do programa. Os resultados positivos justificam a permanência ou ampliação de um programa, já a falta destes pode justificar a desativação progressiva ou imediata do programa. Além disso, outra utilidade interna é dar informações para a promoção de melhorias no desenho do programa. Sabendo como a magnitude do impacto pode variar com os parâmetros que definem a intervenção é possível contribuir para a reformulação dos fundamentos em que se baseiam o programa, permitindo assim o aperfeiçoamento do seu desenho e a sua adequação. Também devemos ter em mente que o impacto do programa depende da maneira como a gestão e operação é conduzida. Uma avaliação de impacto que compreende insumos sobre a sensibilidade da magnitude do impacto às variáveis relativas à gestão e operação do programa nos dá informações valiosas para o aperfeiçoamento ou reformulação do sistema de gestão e operação.
Para o uso externo, as avaliações de impacto funcionam como bens
públicos, já que beneficiam uma população maior do que aquela que participou originalmente do programa e financiou a avaliação. Entre os usos externos, a identificação de melhores práticas nas avaliações de impacto são essenciais para o aprimoramento da eficácia. Para uma avaliação de impacto ampla, é fundamental que se verifique não só o tamanho do impacto, como também a interação deste com características do ambiente socioeconômico e cultural em que as avaliações se inserem. Um dos principais desafios de uma avaliação de impacto é analisar a sensibilidade do impacto ao contexto e verificar quais são as adequações necessárias para o que programa possa ser apropriado às mais variáveis situações.