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Ago 2017 (atualizado 28/Set 16h18) 'Hoje os jovens leitores já chegam nessas HQs
esperando uma identificação', diz editor de nova publicação FOTO: REPRODUÇÃO
CASAMENTO DO PERSONAGEM ESTRELA POLAR, DOS X-MEN “O tema LGBT
sempre foi controverso nos quadrinhos e queríamos analisar a importância que isso tem
para os leitores nos dias de hoje”, afirmou o jornalista Paulo Floro ao Nexo sobre a escolha
do principal assunto de uma nova revista brasileira sobre quadrinhos, a Plaf. Floro, que
cresceu vendo “meus heróis favoritos como héteros”, lembra como ficou mexido ao ver a
personagem Batwoman relançada como lésbica e o casamento gay do X-Men Estrela
Polar. A Plaf, editada por Floro ao lado das jornalistas Carol Almeida e Dandara Palankof,
será lançada no fim de agosto somente em versão impressa. A capa traz duas
personagens femininas de mãos dadas, um trabalho feito sob encomenda pela ilustradora
Lu Cafaggi, que também elaborou uma história de quadrinhos para a revista. “Hoje os
jovens leitores já chegam nessas HQs esperando uma identificação, isso é cada vez mais
visto como uma necessidade pela indústria, o que é ótimo”, acredita Floro. “Não importa
que é uma revista de super-herói, a mensagem é: você pode fazer a mesma coisa”, disse
em 2012, em defesa semelhante, a escritora e roteirista de quadrinhos americana Marjorie
Liu. Liu assinou a fase das histórias do X-Men em que Estrela Polar casou. “Aqui estão
duas pessoas, tentando viver suas vidas — mutante e gay, negro e gay —, empoderados
a seu modo, mas também vivendo nas margens. E eles estão fazendo acontecer, vivendo
a vida segundo suas regras”, explicou. FOTO: REPRODUÇÃO CAPA DA PRIMEIRA
EDIÇÃO DA REVISTA PLAF Paulo Floro contou que a ideia de abordar os quadrinhos
LGBT foi falar de algo “que sentimos na pele, que fosse próximo. Como somos um cara
gay e duas mulheres lésbicas editando a revista, o tema surgiu quase que
espontaneamente nas primeiras reuniões de pauta”. O jornalista explica que o tema da
representatividade terá espaço garantido nos números seguintes da nova publicação. Para
o jornalista, embora sobreviva no Brasil o estereótipo dos quadrinhos como formato infantil
ou para “nerds”, eles são um meio que reflete e dialoga com toda a sociedade. “Antes era
comum ouvir expressões reducionistas como ‘o mundo dos quadrinhos’. Queremos dizer
que o tal ‘mundo dos quadrinhos’ é o mundo todo”, ressaltou. Resistência à
representatividade A ideia de casar o X-Men Estrela Polar não encontrou obstáculos
dentro da editora Marvel. A revelação de sua homossexualidade é bastante antiga: data de
1992. Já na rival DC, a proposta de realizar o matrimônio da Batwoman com sua
namorada Maggie, em 2013, foi barrada pela diretoria da editora. O veto gerou uma crise,
e dois membros da equipe de criação da história pediram para sair. A DC mudou de
postura dois anos depois, permitindo que uma personagem amiga da Batgirl (outro
personagem, não confundir com a Batwoman) casasse em uma das histórias. Chamada
de Alysia Yeoh, a personagem contava ainda com outro ingrediente interessante na
composição: era transgênero. FOTO: REPRODUÇÃO O CASAMENTO DE BATWOMAN E
SUA NAMORADA MAGGIE FOI VETADO PELA DC Personagens LGBT ainda não
apareceram nas inúmeras adaptações de Marvel e DC para o cinema. Os diretores dos
filmes do “Capitão América: Soldado invernal” e “Capitão América: Guerra civil”, Anthony e
Joe Russo criticaram a indústria de cinema por estar atrasada nesse aspecto. Mas
disseram que consideram “fortes” as probabilidades de que isso aconteça em breve: “É
importante incentivar a diversidade em todas as frentes porque a contação de histórias fica
mais interessante, rica e verdadeira”. Parte do público resiste às novidades, uma vez que
muitos preferem contextos com os quais já estão familiarizados, como definiu ao Nexo o
jornalista Ramon Vitral, responsável pelo blog de quadrinhos Vitralizado. Falando ao Nexo
em janeiro sobre representatividade feminina nas HQs, Rogério de Campos, publisher da
Editora Veneta, lembrou que o gênero do quadrinho “expressa o machismo”. Assim como
há o estranhamento em relação ao avanço feminino, a diversidade de orientações sexuais
tende a provocar reações adversas em muitos leitores. Os personagens que saíram do
armário Tanto Marvel quanto DC já contam com elencos razoáveis de personagens LGBT,
incluindo lésbicas, bissexuais, gays e transgêneros. Entre os mais conhecidos está o
Lanterna Verde, que foi retirado do armário em 2011, o Homem de Gelo e a histórica
adversária do Batman, a Mulher-Gato. FOTO: REPRODUÇÃO DE ACORDO COM
MAURICIO DE SOUZA, PÚBLICO DEVERIA DECIDIR SEXUALIDADE DO
PERSONAGEM CAIO Os personagens transgêneros incluem alguns nomes que, por
meio de superpoderes, conseguem ser “fluídos”, caso de Xavin, parte do grupo Fugitivos,
e de Loki, vilã/vilão e meio-irmã/irmão de Thor. Ambos assumem identidades masculinas
ou femininas dependendo da história. Décadas atrás, o código dos quadrinhos, criado em
1950 entre as editoras americanas para estabelecer regras para o conteúdo das
publicações, vetava qualquer menção ou insinuação de homossexualidade. A
inflexibilidade do código teria sido motivada pelo trabalho do psiquiatra alemão Frederic
Wertham, que em seu livro “Seduction of the innocent” (sedução dos inocentes, em
tradução livre) alertava para a má influência dos quadrinhos nos jovens. Entre seus alvos
estava a Mulher-Maravilha, que via como promotora de lesbianismo e sadomasoquismo e
a “relação homossexual” de Batman e Robin. A pressão anti-gay começou a perder terreno
na década de 80, graças à influência de quadrinhos alternativos e militantes que
abordavam temas LGBT e à chegada dos mangás japoneses, que ofereciam vertentes
específicas como “yaoi” (sexo e romance entre mulheres) e “bara” (temas gays para
público gay). No Brasil, o personagem Caio representou uma discreta aparição de um
personagem gay nas histórias assinadas por Maurício de Sousa, da Turma da Mônica. O
personagem foi inserido em uma história de 2009 da revista Tina, dirigida a um público
juvenil. Melhor seria dizer “possível” personagem gay, já que o autor disse à época que
quem deveria decidir se Caio era gay ou não era o público. "Nem nós nem nosso público
mais conservador estamos preparados para receber um personagem decididamente gay
nas nossas histórias em quadrinhos”, disse o quadrinista em entrevista à Folha em 2010.
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12 personagens LGBT de
quadrinhos de super-heróis que
você precisa conhecer (FOTOS)
By Caio Delcolli
"Todos os quadrinhos são políticos", disse o legendário quadrinista inglês Alan Moore. No universo dos super-heróis, não é diferente. Há anos, grandes
editoras têm tirado do armário personagens, populares ou não, incorporando a diversidade sexual da vida real às histórias de fantasia e ficção científica.
Segundo este estudo (na página 11), nos quadrinhos mainstream, personagens LGBT são acolhidos naturalmente – não há motivo para preconceito (talvez
porque eles estejam mais preocupados em salvar o mundo. Ou dominá-lo).
No armário? Batman e Robin dividem uma cama em Batman #84 (1954). A cena é narrada como "rotineira" na mansão de Bruce Wayne. O herói chama seu
Abaixo, uma lista de 12 desses personagens-símbolo da diversidade sexual nos quadrinhos – talvez você se surpreenda com algumas presenças. Eles não
são os únicos fora do armário, mas aqui está sua chance de conhecer alguns dos mais importantes.
Homem de Gelo (Marvel Comics)
Reprodução
O antológico x-man, um dos fundadores da equipe, assumiu ser gay no gibi All New X-Men #40, lançado em abril deste ano. Na história, a versão jovem
do Homem de Gelo – que veio do passado para os dias de hoje – não entende como ele pode ser gay e sua versão atual, adulta, não ser. Em uma conversa
com Jean Grey, o herói especula que, por já ser mutante e, consequentemente, alvo de preconceito, a versão atual dele tenha reprimido sua orientação
sexual. Você pode ler essas páginas aqui. Homem de Gelo foi apresentado ao público em 1963
Reprodução
Selina Kyle, a antológica personagem do universo Batman, saiu do armário recentemente como bissexual, apesar de as suspeitas serem antigas. A primeira
aparição da ladra de joias foi em 1940
Loki (Marvel)
Reprodução
Vilão e meio-irmão de Thor, Loki já apareceu como mulher depois do arco Ragnarok (2004). Em sua série própria, Agent of Asgard, ele é bissexual e
transgênero – Loki varia entre as formas de homem e mulher. O personagem apareceu pela primeira vez em 1962
Colossus (Marvel)
Reprodução
Peter Rasputin, mutante dos X-Men cujo dom é transformar sua pele em aço orgânico, ganhou uma versão gay na série Ultimate X-Men (2001-2009).
Inclusive, Estrela Polar chamou Colossus para sair. O gigante russo chegou aos quadrinhos em 1975
Mística (Marvel)
Reprodução
A icônica vilã de pele azul da Irmandade dos Mutantes, do universo dos X-Men, é bissexual. Ela e a vidente Destinotêm um relacionamento de longa data e,
juntas, foram mães adotivas da x-man Vampira. Chris Claremont, roteirista da série, diz que a personagem teria gerado Vampira quando transformada num
homem, mas a Marvel não deixou esta história ser publicada por causa da legislação de quadrinhos vigente à época. A primeira aparição da transmorfa foi
num quadrinho da Ms. Marvel de 1978
Reprodução
Além de ser ocultista e detetive do sobrenatural, Constantine, dos clássicos quadrinhos de terror e fantasia da Hellblazer, do selo Vertigo, é bi. Estreou
numa edição de Monstro do Pântano publicada em 1985
Reprodução
Jean-Paul Beaubier, também conhecido como "Estrela Polar", é o mutante superveloz que já fez parte dos X-Men e da Tropa Alfa. Sua primeira aparição foi
em 1979. Ele é o primeiro super-herói assumidamente gay dos quadrinhos. Causou furor em 2012, quando se casou com seu namorado
Batwoman (DC)
Reprodução
Kate Kane deixou o exército norte-americano por ser lésbica. Quando a DC Comics impediu, em decisão editorial, a personagem de se casar com sua
namorada, sua dupla de roteiristas pediu demissão. Batwoman estreou em 2006
Reprodução
Hulkling (à esquerda) e Wiccan, casal de Jovens Vingadores, fogem do clichê de apenas abraços intensos em cena. Hulkling é alienígena – metade Kree,
metade Skrull, duas raças alien do universo Marvel – e surgiu em 2005. Wiccan é mutante. Tem dons eletrocinéticos e mágicos, e estreou em 1986
Midnighter (DC)
Reprodução
O vigilante é gay. Até o aplicativo de encontros para homens Grindr ele vai usar numa história de seu quadrinho solo, que estreia neste junho. Midnighter
chegou em 1998, na Stormwatch
INÍCIO
ANUNCIE
EQUIPE
EXPEDIENTE
FALE CONOSCO
POLÍTICA EDITORIAL
LIVROS
SÉRIES
CINEM A
G AMES
QUADRINHOS
MÚSICA
PROMOÇÕES
ANUNCIE
06.13
15 personagens LGBT dos quadrinhos que você talvez não conhecia
FLASH
O Corredor Vermelho é um personagem análogo do famoso Flash que
conhecemos, e no evento“Multiversidade” o personagem junto com seu
parceiro Lanterna Verde se mostraram ser homossexuais. Eles não
apareceram muitas vezes novamente nos quadrinhos, mas fazem parte do
grupo de super heróis LGBT do Universo DC.
FERA E HOMEM MARAVILHA
Na série “Exilados” de 2009 – vemos o Fera se apaixonando pelo membro
dos Vingadores, Homem Maravilha. Nessa história, Fera foi mandado de volta
para sua realidade quando ele estava prestes à morrer quando havia se
sacrificado para salvar o homem que ele amava.
HOMEM DE GELO
Nas páginas de “All-New X-Men” #40, o Homem de Gelo foi confrontado
sobre sua sexualidade pela sua parceira de time, a Jean Grey, que por
conseguir ler os pensamentos das pessoas já sabia que ele era gay antes que
ele revelasse isso para os outros.
SERPENTE DA LUA E CAPITÃ MARVEL
Serpente da Lua é filha de Drax, o Destruidor, certa vez, quando fazia parte
dos Novos Defensores, um ser chamado Nuvem se apaixonou pela Serpente.
O fato é que Nuvem mudava seu gênero e, enquanto mulher curtia a Serpente
da Lua e, enquanto homem curtia o Homem de Gelo. O tempo passou, e a
Serpente quase morreu. Ela saiu dessa quase-morte na forma de um dragão e
assumiu seu relacionamento com a Capitã Marvel da época, Phylla-Vell, a filha
do Capitão Marvel. Pois é, taí uma mulher que tem orgulho de namorar um
dragão!
CORINGA E HARLEY QUINN
Palavra essa, que vem sendo cada vez mais difundida nos quadrinhos, mesmo ainda que não o
suficiente.
Um dos maiores exemplos de representação de minorias são os X-Men, dentro deste nicho específico
temos vários casos conhecidos e outros, não sobre representatividade LGBTT, mas não só apenas os X-
Men abordam esses temas. Então meus amigos, cola aí embaixo e veja alguns ótimos exemplos de
representação LGBTT nos quadrinhos:
Mística e Sina: Mística sempre foi abertamente bissexual, muito disso em conta da sua mutação de
mudar de forma. Já Sina era uma personagem feminina forte e proeminente, uma grande vilã dos X-Men
cujo poder era clarividência. As duas tiveram uma forte relação e quando Sina morreu pela primeira vez,
Mística ficou profundamente abalada.
Daken: Filho do Wolverine, além do fator de cura e garras, ele possui o poder de manipular feromônios.
Usando esse poder para seduzir homens e mulheres. Daken se encaixa perfeitamente nos estereótipos
de cafajeste que não vale nada, traço herdado de seu pai.
Estrela polar: Membro da tropa alfa, sendo o primeiro gay assumido da Marvel, protagonizou um
importante marco nos quadrinhos, quando em 2009 se casou com Kyle Jinadu. Acontecimento
amplamente noticiado na mídia não especializada. Sendo o primeiro casamento gay interracial dos
quadrinhos.
Colossos do universo ultimate: Não confunda o universo ultimate com o universo convencional (616),
no qual ele manteve um relacionamento extenso com a Lince negra.
Na adolescência, Piotr “Peter” Rasputin foi pego na cama com outro rapaz pelo seu pai. Com vergonha e
medo da reação dele, Peter fugiu de casa, se aliando com a máfia vermelha.
Anos mais tarde ele entra para os X-Men, onde iniciou um relacionamento com o, já citado, Estrela Polar.
Por ter se assumido gay, Kurt wagner (Noturno) parou te conversar com ele, chegando a dizer que ele iria
para o inferno por ter assumido sua sexualidade, já que o noturno é um personagem extremamente
religioso.
Sidequick do personagem Questão: A Ex-policial Renee Montoya substituiu o questão original quando
ele desenvolveu câncer. Por se assumir gay, ela sofreu preconceito de seus colegas do departamento de
policia e familiares. Que, com o tempo, aceitaram sua orientação sexual.
Batwoman: Batwoman é a primeira bissexual da bat-família. Kathy surgiu junto com a Batgirl como uma
resposta para os rumores sobre a sexualidade do Batman. Anos mais tarde, ela foi introduzida no
universo DC como uma ex combatente do exército que havia perdido a irmã e a mãe para
sequestradores, ela utilizou suas habilidades para enfrentar o crime.
Alan Scott: Primeiro lanterna verde, antes mesmo do Hall Jordan. Surgiu na era de ouro, como um dos
fundadores da Sociedade da justiça. Em 2012, quando houve a reformulação do universo DC, conhecido
como novos 52 ele apareceu mais novo e gay. Sua orientação sexual gerou muita polêmica na mídia.
Sendo noticiado até por veículos não especializados em quadrinhos.
Apolo e meia noite: Saindo do eixo Marvel- DC por hora. Temos dois personagens criados para
representarem a dupla Batman e Superman, Apolo e Meia Noite são um casal famoso criado por Warren
ellis no Stormwatch. Eles tiveram uma relação que durou anos, chegando a adotar uma criança.
Quando o universo Wildstorm foi integrado a DC na reformulação dos novos 52. Os roteiristas mostraram
o Apollo como alguém preocupado com o que a sociedade pensaria dele por ser gay, e o Meia Noite
como pouco se importando com o que as pessoas vão dizer e pensar.
Após vermos alguns dos grandes exemplos de representatividade nos quadrinhos, vamos mostrar relatos
de algumas pessoas que convivem com o preconceito diariamente e o que elas pensam sobre
personagens assim nos quadrinhos:
Edie Salles, 25 anos: “ Acredito que seja importante toda e qualquer tipo de representatividade de
minorias nas mídias. Nos dias atuais, a homofobia permanece a violentar e a matar dezenas, centenas e
milhares de pessoas. A partir do momento em que o diferente é visto como normal – principalmente em
veículos como TV, cinema e quadrinhos – estaremos ajudando e combatendo este crime, desde a sua
origem. Se as crianças, desde pequenas, tiverem contato com quadrinhos onde mostram personagens
homossexuais, verão com naturalidade essa diferença.”
Augusto Ribeiro, 24 anos: Assim como no passado, a luta LGBT tem atualmente grande relevância, e
poder ver essa representatividade inclusive em HQs é um reflexo de que estamos fazendo algo certo,
afinal, apesar de que o público alvo sejam jovens adultos, muitas crianças têm acesso a essa mídia (eu
mesmo comecei a ler Homem Aranha aos 8 anos de idade). Preconceito, discriminação e racismo, são
apenas alguns exemplos de maus criados pelo meio em que estamos inseridos, por isso importância das
HQs debaterem à respeito, garantindo que assim (mesmo que aos poucos) cada vez mais esses “maus”
sejam desconstruídos.
Alexandre Radun, 23 anos: “Os quadrinhos sempre abordaram vários valores da comunidade, porém,
acho incrível como personagens LGBTT são muito pouco representados. Personagens famosos temos
apenas o Estrela Polar (que foi o primeiro personagem assumidamente gay da Marvel e casou em uma
publicação) e a Mística que é bissexual. Sempre teve a comparação entre os “X-men” com a comunidade
LGBTT, por quererem ser aceitos e ter os mesmo direitos que os seres humanos “normais”. Para mim até
que as editoras não tem muito culpa nisso, mas sim todo o público delas. Da até para comparar o público
com o mesmo público fanático por futebol. Lembro a repercussão que deu quando foi anunciado que o
Hércules iria beijar Wolverine e como o público sempre reagiu ofensivamente. Resumindo: As editoras até
tentam, mas infelizmente o público “geek” é igual ou mais homofóbico que os torcedores de times.”
Olivia Castello, 27 anos: “Bem…eu sou bissexual, então posso dizer que a bissexualidade não é muito
representada nas artes, pois ainda existe essas crenças ilógicas que bissexualidade não existe, é só uma
fase etc. Mas com relação a personagens gays e lésbicas tenho visto um crescimento pequeno, embora
de grande relevância. Porém ainda se utiliza muito da figura gay (homem) para representar todo o meio
LGBT, o que é bem ruim… Vemos isso em vários filmes, curtas, literatura com mais personagens gays
representando a homoafetividade quando nós sabemos que existem outras dentro da sigla, mas, estamos
caminhando, ainda que em passos lentos, com personagens LGBT na sétima arte, acredito que essa
representação ficará cada vez mais forte pela necessidade social que o tema se dispõe. A primeira
personagem que tive contato e amei é uma quase não muito citada: a Paulie, interpretada pela atriz Piper
Perabo no.filme Lost and Delirious, onde aborda a relação entre duas meninas num internato.”
Espalhe o anallógicos
O LANTERNA
VERDE ALAN SCOTT NA NOVA ROUPAGEM DOS NOVOS 52
Terra 2 foi bastante elogiada e o novo Alan Scott se tornou
querido pelos leitores que abraçaram a nova abordagem
(obviamente muita gente não abraçou). Curiosamente, o Alan
Scott original tinha um filho gay: Todd Rice, vulgo Manto
Negro, criado em 1983, que ao longo dos anos saiu do armário e
começou a namorar Damon Matthews, com quem tinha um
relacionamento feliz. Com o lançamento dos Novos 52, Todd foi
apagado da cronologia, mas espera-se que retorne dentro da
nova fase editorial da DC Comics, chamada Renascimento.
APOLLO E MIDNIGHTER.
Já na DC, os dois foram incorporados ao time de protagonistas
de Authority (a sequência direta de StormWatch), de Warren
Ellis e Bryan Hitch, e de lá para cá o subtexto virou texto e eles
fizeram história! Em Authority, o relacionamento dos dois
ganhou destaque e eles protagonizaram o primeiro casamento
igualitário entre super-heróis das histórias em quadrinhos em
2002. Na mesma edição, Apolo e Meia-Noite se tornaram os
pais adotivos de Jenny Quantum. Com toda essa importância,
eles simplesmente não podiam ficar na geladeira para sempre!