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A representatividade LGBT nos quadrinhos, segundo uma nova revista Camilo Rocha 11

Ago 2017 (atualizado 28/Set 16h18) 'Hoje os jovens leitores já chegam nessas HQs
esperando uma identificação', diz editor de nova publicação FOTO: REPRODUÇÃO
CASAMENTO DO PERSONAGEM ESTRELA POLAR, DOS X-MEN “O tema LGBT
sempre foi controverso nos quadrinhos e queríamos analisar a importância que isso tem
para os leitores nos dias de hoje”, afirmou o jornalista Paulo Floro ao Nexo sobre a escolha
do principal assunto de uma nova revista brasileira sobre quadrinhos, a Plaf. Floro, que
cresceu vendo “meus heróis favoritos como héteros”, lembra como ficou mexido ao ver a
personagem Batwoman relançada como lésbica e o casamento gay do X-Men Estrela
Polar. A Plaf, editada por Floro ao lado das jornalistas Carol Almeida e Dandara Palankof,
será lançada no fim de agosto somente em versão impressa. A capa traz duas
personagens femininas de mãos dadas, um trabalho feito sob encomenda pela ilustradora
Lu Cafaggi, que também elaborou uma história de quadrinhos para a revista. “Hoje os
jovens leitores já chegam nessas HQs esperando uma identificação, isso é cada vez mais
visto como uma necessidade pela indústria, o que é ótimo”, acredita Floro. “Não importa
que é uma revista de super-herói, a mensagem é: você pode fazer a mesma coisa”, disse
em 2012, em defesa semelhante, a escritora e roteirista de quadrinhos americana Marjorie
Liu. Liu assinou a fase das histórias do X-Men em que Estrela Polar casou. “Aqui estão
duas pessoas, tentando viver suas vidas — mutante e gay, negro e gay —, empoderados
a seu modo, mas também vivendo nas margens. E eles estão fazendo acontecer, vivendo
a vida segundo suas regras”, explicou. FOTO: REPRODUÇÃO CAPA DA PRIMEIRA
EDIÇÃO DA REVISTA PLAF Paulo Floro contou que a ideia de abordar os quadrinhos
LGBT foi falar de algo “que sentimos na pele, que fosse próximo. Como somos um cara
gay e duas mulheres lésbicas editando a revista, o tema surgiu quase que
espontaneamente nas primeiras reuniões de pauta”. O jornalista explica que o tema da
representatividade terá espaço garantido nos números seguintes da nova publicação. Para
o jornalista, embora sobreviva no Brasil o estereótipo dos quadrinhos como formato infantil
ou para “nerds”, eles são um meio que reflete e dialoga com toda a sociedade. “Antes era
comum ouvir expressões reducionistas como ‘o mundo dos quadrinhos’. Queremos dizer
que o tal ‘mundo dos quadrinhos’ é o mundo todo”, ressaltou. Resistência à
representatividade A ideia de casar o X-Men Estrela Polar não encontrou obstáculos
dentro da editora Marvel. A revelação de sua homossexualidade é bastante antiga: data de
1992. Já na rival DC, a proposta de realizar o matrimônio da Batwoman com sua
namorada Maggie, em 2013, foi barrada pela diretoria da editora. O veto gerou uma crise,
e dois membros da equipe de criação da história pediram para sair. A DC mudou de
postura dois anos depois, permitindo que uma personagem amiga da Batgirl (outro
personagem, não confundir com a Batwoman) casasse em uma das histórias. Chamada
de Alysia Yeoh, a personagem contava ainda com outro ingrediente interessante na
composição: era transgênero. FOTO: REPRODUÇÃO O CASAMENTO DE BATWOMAN E
SUA NAMORADA MAGGIE FOI VETADO PELA DC Personagens LGBT ainda não
apareceram nas inúmeras adaptações de Marvel e DC para o cinema. Os diretores dos
filmes do “Capitão América: Soldado invernal” e “Capitão América: Guerra civil”, Anthony e
Joe Russo criticaram a indústria de cinema por estar atrasada nesse aspecto. Mas
disseram que consideram “fortes” as probabilidades de que isso aconteça em breve: “É
importante incentivar a diversidade em todas as frentes porque a contação de histórias fica
mais interessante, rica e verdadeira”. Parte do público resiste às novidades, uma vez que
muitos preferem contextos com os quais já estão familiarizados, como definiu ao Nexo o
jornalista Ramon Vitral, responsável pelo blog de quadrinhos Vitralizado. Falando ao Nexo
em janeiro sobre representatividade feminina nas HQs, Rogério de Campos, publisher da
Editora Veneta, lembrou que o gênero do quadrinho “expressa o machismo”. Assim como
há o estranhamento em relação ao avanço feminino, a diversidade de orientações sexuais
tende a provocar reações adversas em muitos leitores. Os personagens que saíram do
armário Tanto Marvel quanto DC já contam com elencos razoáveis de personagens LGBT,
incluindo lésbicas, bissexuais, gays e transgêneros. Entre os mais conhecidos está o
Lanterna Verde, que foi retirado do armário em 2011, o Homem de Gelo e a histórica
adversária do Batman, a Mulher-Gato. FOTO: REPRODUÇÃO DE ACORDO COM
MAURICIO DE SOUZA, PÚBLICO DEVERIA DECIDIR SEXUALIDADE DO
PERSONAGEM CAIO Os personagens transgêneros incluem alguns nomes que, por
meio de superpoderes, conseguem ser “fluídos”, caso de Xavin, parte do grupo Fugitivos,
e de Loki, vilã/vilão e meio-irmã/irmão de Thor. Ambos assumem identidades masculinas
ou femininas dependendo da história. Décadas atrás, o código dos quadrinhos, criado em
1950 entre as editoras americanas para estabelecer regras para o conteúdo das
publicações, vetava qualquer menção ou insinuação de homossexualidade. A
inflexibilidade do código teria sido motivada pelo trabalho do psiquiatra alemão Frederic
Wertham, que em seu livro “Seduction of the innocent” (sedução dos inocentes, em
tradução livre) alertava para a má influência dos quadrinhos nos jovens. Entre seus alvos
estava a Mulher-Maravilha, que via como promotora de lesbianismo e sadomasoquismo e
a “relação homossexual” de Batman e Robin. A pressão anti-gay começou a perder terreno
na década de 80, graças à influência de quadrinhos alternativos e militantes que
abordavam temas LGBT e à chegada dos mangás japoneses, que ofereciam vertentes
específicas como “yaoi” (sexo e romance entre mulheres) e “bara” (temas gays para
público gay). No Brasil, o personagem Caio representou uma discreta aparição de um
personagem gay nas histórias assinadas por Maurício de Sousa, da Turma da Mônica. O
personagem foi inserido em uma história de 2009 da revista Tina, dirigida a um público
juvenil. Melhor seria dizer “possível” personagem gay, já que o autor disse à época que
quem deveria decidir se Caio era gay ou não era o público. "Nem nós nem nosso público
mais conservador estamos preparados para receber um personagem decididamente gay
nas nossas histórias em quadrinhos”, disse o quadrinista em entrevista à Folha em 2010.

Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/08/11/A-


representatividade-LGBT-nos-quadrinhos-segundo-uma-nova-revista

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12 personagens LGBT de
quadrinhos de super-heróis que
você precisa conhecer (FOTOS)






By Caio Delcolli
"Todos os quadrinhos são políticos", disse o legendário quadrinista inglês Alan Moore. No universo dos super-heróis, não é diferente. Há anos, grandes
editoras têm tirado do armário personagens, populares ou não, incorporando a diversidade sexual da vida real às histórias de fantasia e ficção científica.
Segundo este estudo (na página 11), nos quadrinhos mainstream, personagens LGBT são acolhidos naturalmente – não há motivo para preconceito (talvez
porque eles estejam mais preocupados em salvar o mundo. Ou dominá-lo).

No armário? Batman e Robin dividem uma cama em Batman #84 (1954). A cena é narrada como "rotineira" na mansão de Bruce Wayne. O herói chama seu

colega para tomar banho e café da manhã em seguida

Abaixo, uma lista de 12 desses personagens-símbolo da diversidade sexual nos quadrinhos – talvez você se surpreenda com algumas presenças. Eles não
são os únicos fora do armário, mas aqui está sua chance de conhecer alguns dos mais importantes.
 Homem de Gelo (Marvel Comics)
Reprodução
O antológico x-man, um dos fundadores da equipe, assumiu ser gay no gibi All New X-Men #40, lançado em abril deste ano. Na história, a versão jovem
do Homem de Gelo – que veio do passado para os dias de hoje – não entende como ele pode ser gay e sua versão atual, adulta, não ser. Em uma conversa
com Jean Grey, o herói especula que, por já ser mutante e, consequentemente, alvo de preconceito, a versão atual dele tenha reprimido sua orientação
sexual. Você pode ler essas páginas aqui. Homem de Gelo foi apresentado ao público em 1963

 Mulher-Gato (DC Comics)

Reprodução
Selina Kyle, a antológica personagem do universo Batman, saiu do armário recentemente como bissexual, apesar de as suspeitas serem antigas. A primeira
aparição da ladra de joias foi em 1940

 Loki (Marvel)

Reprodução
Vilão e meio-irmão de Thor, Loki já apareceu como mulher depois do arco Ragnarok (2004). Em sua série própria, Agent of Asgard, ele é bissexual e
transgênero – Loki varia entre as formas de homem e mulher. O personagem apareceu pela primeira vez em 1962

 Lanterna Verde (DC)


Reprodução
Em 2011, o universo DC ganhou um reinício. Nisso, Alan Scott, o primeiro Lanterna Verde – que estreou em 1940 – foi reimaginado como gay. E "voou para
fora do armário", como disse a Veja

 Colossus (Marvel)

Reprodução
Peter Rasputin, mutante dos X-Men cujo dom é transformar sua pele em aço orgânico, ganhou uma versão gay na série Ultimate X-Men (2001-2009).
Inclusive, Estrela Polar chamou Colossus para sair. O gigante russo chegou aos quadrinhos em 1975

 Mística (Marvel)
Reprodução
A icônica vilã de pele azul da Irmandade dos Mutantes, do universo dos X-Men, é bissexual. Ela e a vidente Destinotêm um relacionamento de longa data e,
juntas, foram mães adotivas da x-man Vampira. Chris Claremont, roteirista da série, diz que a personagem teria gerado Vampira quando transformada num
homem, mas a Marvel não deixou esta história ser publicada por causa da legislação de quadrinhos vigente à época. A primeira aparição da transmorfa foi
num quadrinho da Ms. Marvel de 1978

 John Constantine (DC)

Reprodução
Além de ser ocultista e detetive do sobrenatural, Constantine, dos clássicos quadrinhos de terror e fantasia da Hellblazer, do selo Vertigo, é bi. Estreou
numa edição de Monstro do Pântano publicada em 1985

 Estrela Polar (Marvel)

Reprodução
Jean-Paul Beaubier, também conhecido como "Estrela Polar", é o mutante superveloz que já fez parte dos X-Men e da Tropa Alfa. Sua primeira aparição foi
em 1979. Ele é o primeiro super-herói assumidamente gay dos quadrinhos. Causou furor em 2012, quando se casou com seu namorado

 Batwoman (DC)
Reprodução
Kate Kane deixou o exército norte-americano por ser lésbica. Quando a DC Comics impediu, em decisão editorial, a personagem de se casar com sua
namorada, sua dupla de roteiristas pediu demissão. Batwoman estreou em 2006

 Hulkling e Wiccan (Marvel)

Reprodução
Hulkling (à esquerda) e Wiccan, casal de Jovens Vingadores, fogem do clichê de apenas abraços intensos em cena. Hulkling é alienígena – metade Kree,
metade Skrull, duas raças alien do universo Marvel – e surgiu em 2005. Wiccan é mutante. Tem dons eletrocinéticos e mágicos, e estreou em 1986

 Midnighter (DC)
Reprodução
O vigilante é gay. Até o aplicativo de encontros para homens Grindr ele vai usar numa história de seu quadrinho solo, que estreia neste junho. Midnighter
chegou em 1998, na Stormwatch

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06.13
15 personagens LGBT dos quadrinhos que você talvez não conhecia

Nos quadrinhos na maioria das vezes vemos todo tipo de romance


acontecendo, já tivemos extraterrestres com humanos, androides com
humanos, casais que nem passam perto da nossa realidade, e mesmo assim
aceitamos com bons olhos aquele amor, pois ele significa algo e nos mostra
em certos casos a pureza e simplicidade que esse sentimento tem para
oferecer de forma tão natural.

Então parece meio antiquado e intransigente que quando um


casal LGBT aparece, que haja então alguma contrariedade quanto àquela
forma de amar, sendo que vemos isso acontecer de tantas outras maneiras.
Dentro do mundo dos quadrinhos, igualmente como ocorrera em outras mídias,
a censura determinou durante muito tempo o que era “certo e errado” de se
mostrar e até que ponto o que era mostrado “influenciava” na vida dos leitores.
Sendo assim, somente com o passar do tempo é que fomos apresentados de
fora clara para os casos de orientação sexual diversos que existem, e vimos
que eles são tão normais quanto quaisquer outros casais, que juntos podem se
fazer felizes, tristes, companheiros, brigões, construtivos e destrutivos, e dessa
maneira quebramos (pelo menos nos quadrinhos) aquela velha maneira
tradicionalista de se ver o mundo.
Aqui vai uma lista de super personagens que andam aquém de preconceitos e
provam que o amor existe e que ele pode ter todas as cores do arco-íris.

FLASH
O Corredor Vermelho é um personagem análogo do famoso Flash que
conhecemos, e no evento“Multiversidade” o personagem junto com seu
parceiro Lanterna Verde se mostraram ser homossexuais. Eles não
apareceram muitas vezes novamente nos quadrinhos, mas fazem parte do
grupo de super heróis LGBT do Universo DC.
FERA E HOMEM MARAVILHA
Na série “Exilados” de 2009 – vemos o Fera se apaixonando pelo membro
dos Vingadores, Homem Maravilha. Nessa história, Fera foi mandado de volta
para sua realidade quando ele estava prestes à morrer quando havia se
sacrificado para salvar o homem que ele amava.
HOMEM DE GELO
Nas páginas de “All-New X-Men” #40, o Homem de Gelo foi confrontado
sobre sua sexualidade pela sua parceira de time, a Jean Grey, que por
conseguir ler os pensamentos das pessoas já sabia que ele era gay antes que
ele revelasse isso para os outros.
SERPENTE DA LUA E CAPITÃ MARVEL

Serpente da Lua é filha de Drax, o Destruidor, certa vez, quando fazia parte
dos Novos Defensores, um ser chamado Nuvem se apaixonou pela Serpente.
O fato é que Nuvem mudava seu gênero e, enquanto mulher curtia a Serpente
da Lua e, enquanto homem curtia o Homem de Gelo. O tempo passou, e a
Serpente quase morreu. Ela saiu dessa quase-morte na forma de um dragão e
assumiu seu relacionamento com a Capitã Marvel da época, Phylla-Vell, a filha
do Capitão Marvel. Pois é, taí uma mulher que tem orgulho de namorar um
dragão!
CORINGA E HARLEY QUINN

Uma surpresa para muitos fãs de ambos os personagens, mas estamos


falando nesse caso de um acontecimento nas páginas da mini-
série “Elseworld” de 1997 onde vemos Robin e Batgirl lutando contra
uma versão feminina do Coringa e sua parceira Arlequina. Enquanto as
histórias duravam víamos vários momentos das duas personagens juntas, e em
um momento bem climático a Coringa até dá para sua namorada um anel de
compromisso para representar seu amor.
GATA NEGRA

Isso aconteceu no Universo Alternativo da MARVEL chamado de MC2. Em um


futuro alterado, os filhos dos personagens que conhecemos como heróis e
vilões seguem com os mantos dos seus pais, e é nas páginas de Spider-
Girl que vemos quando Felicia Hardy, a nossa Gata Negra fala para Mary-
Jane Parker sobre como encontrou o amor com sua parceira Diana e como
seu caso romântico afetou seu relacionamento com sua filha Felicity.
JOHN CONSTANTINE
Esse personagem aparece em histórias em quadrinhos onde geralmente não
existem muitas restrições de roteiro e narrativa. John é um cara muitas vezes
dito como “mulherengo” mas já houve casos em que ele apareceu falando
sobre suas namoradas e namorados e até fora mostrado um de seus casos
gays, com o personagem S. W. Manor (que era uma referência análoga à
“stately Wayne Manor.” fazendo co-relação com Bruce Wayne, nas páginas
de Hellblazer.
LANTERNA VERDE

Alan Scott, o Lanterna Verde da Era de Ouro dos quadrinhos da DC foi


repaginado em 2012 como um personagem gay e ele até ficou noivo durante
as edições em que apareceu (essa foi uma das primeiras tentativas da editora
de fazer um de seus heróis principais ser homossexual e se casar). Entretanto
o romance entre os dois acabou com a morte prematura de Alan.
SPIDER-WOMAN E MANCHA SOLAR

No Universo Alternativo da MARVEL chamado de Terra-8545, Mary-Jane


Watson é a Spider-Woman, ela é lésbica e mantém um relacionamento
com Mariko Yashida a versão desse Universo do Mancha Solar. No caso, as
duas se apaixonam, mas a Mancha Solar é uma Exilada de outro Universo.
Elas acabam se separando por causa de uma missão, e no fim das contas
Mancha Solar é morta porém seu corpo é enterrado na Terra-8545 para que
Mary-Jane possa visitar seu túmulo.
HULKLING E WICCANO
Eles são membros dos Jovens Vingadores, e fazem parte de uma geração
que aceita o relacionamento homo-afetivo de maneira aberta. Nas histórias
deles, os parceiros de time e outros Vingadores acham o namoro dos dois uma
coisa natural, e eles são apenas um casal como todos os outros. O detalhe
mais interessante é que ambos os personagens são declaradamente judeus,
marcados até em seus sobrenomes Altman e Kaplan. Fato esse que não
demonstra ironia já que o criador dos personagens, Allan Heinberg, é gay e
judeu.
Hoje (28/06) comemoras-se o Dia Internacional do Orgulho LGBT, data simbólica que nos lembra da
luta da população Lésbica, Gay, Bissexual, Transsexual e Transgênero por direitos igualitários. O Brasil é
um dos países mais preconceituosos do mundo, onde ironicamente encontra-se uma concentração
enorme do mesmo. País esse, onde a cada uma hora um homossexual sofre algum tipo de violência.
Nos últimos 4 anos o número de denúncias aumentou 460%, segundo dados obtidos pelo Disque 100, da
Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República.
Esta data tem como objetivo empoderar uma parte da população que sofreu e sofre até hoje por um
preconceito histórico e infundado, e que serve para dar REPRESENTATIVIDADE, uma palavra simples,
porém de grande importância.

Palavra essa, que vem sendo cada vez mais difundida nos quadrinhos, mesmo ainda que não o
suficiente.
Um dos maiores exemplos de representação de minorias são os X-Men, dentro deste nicho específico
temos vários casos conhecidos e outros, não sobre representatividade LGBTT, mas não só apenas os X-
Men abordam esses temas. Então meus amigos, cola aí embaixo e veja alguns ótimos exemplos de
representação LGBTT nos quadrinhos:

Mística e Sina: Mística sempre foi abertamente bissexual, muito disso em conta da sua mutação de
mudar de forma. Já Sina era uma personagem feminina forte e proeminente, uma grande vilã dos X-Men
cujo poder era clarividência. As duas tiveram uma forte relação e quando Sina morreu pela primeira vez,
Mística ficou profundamente abalada.

Daken: Filho do Wolverine, além do fator de cura e garras, ele possui o poder de manipular feromônios.
Usando esse poder para seduzir homens e mulheres. Daken se encaixa perfeitamente nos estereótipos
de cafajeste que não vale nada, traço herdado de seu pai.

Estrela polar: Membro da tropa alfa, sendo o primeiro gay assumido da Marvel, protagonizou um
importante marco nos quadrinhos, quando em 2009 se casou com Kyle Jinadu. Acontecimento
amplamente noticiado na mídia não especializada. Sendo o primeiro casamento gay interracial dos

quadrinhos.

Colossos do universo ultimate: Não confunda o universo ultimate com o universo convencional (616),
no qual ele manteve um relacionamento extenso com a Lince negra.
Na adolescência, Piotr “Peter” Rasputin foi pego na cama com outro rapaz pelo seu pai. Com vergonha e
medo da reação dele, Peter fugiu de casa, se aliando com a máfia vermelha.
Anos mais tarde ele entra para os X-Men, onde iniciou um relacionamento com o, já citado, Estrela Polar.
Por ter se assumido gay, Kurt wagner (Noturno) parou te conversar com ele, chegando a dizer que ele iria
para o inferno por ter assumido sua sexualidade, já que o noturno é um personagem extremamente
religioso.

Sidequick do personagem Questão: A Ex-policial Renee Montoya substituiu o questão original quando
ele desenvolveu câncer. Por se assumir gay, ela sofreu preconceito de seus colegas do departamento de
policia e familiares. Que, com o tempo, aceitaram sua orientação sexual.

Batwoman: Batwoman é a primeira bissexual da bat-família. Kathy surgiu junto com a Batgirl como uma
resposta para os rumores sobre a sexualidade do Batman. Anos mais tarde, ela foi introduzida no
universo DC como uma ex combatente do exército que havia perdido a irmã e a mãe para
sequestradores, ela utilizou suas habilidades para enfrentar o crime.

Alan Scott: Primeiro lanterna verde, antes mesmo do Hall Jordan. Surgiu na era de ouro, como um dos
fundadores da Sociedade da justiça. Em 2012, quando houve a reformulação do universo DC, conhecido
como novos 52 ele apareceu mais novo e gay. Sua orientação sexual gerou muita polêmica na mídia.
Sendo noticiado até por veículos não especializados em quadrinhos.

Apolo e meia noite: Saindo do eixo Marvel- DC por hora. Temos dois personagens criados para
representarem a dupla Batman e Superman, Apolo e Meia Noite são um casal famoso criado por Warren
ellis no Stormwatch. Eles tiveram uma relação que durou anos, chegando a adotar uma criança.
Quando o universo Wildstorm foi integrado a DC na reformulação dos novos 52. Os roteiristas mostraram
o Apollo como alguém preocupado com o que a sociedade pensaria dele por ser gay, e o Meia Noite
como pouco se importando com o que as pessoas vão dizer e pensar.

Após vermos alguns dos grandes exemplos de representatividade nos quadrinhos, vamos mostrar relatos
de algumas pessoas que convivem com o preconceito diariamente e o que elas pensam sobre
personagens assim nos quadrinhos:

Edie Salles, 25 anos: “ Acredito que seja importante toda e qualquer tipo de representatividade de
minorias nas mídias. Nos dias atuais, a homofobia permanece a violentar e a matar dezenas, centenas e
milhares de pessoas. A partir do momento em que o diferente é visto como normal – principalmente em
veículos como TV, cinema e quadrinhos – estaremos ajudando e combatendo este crime, desde a sua
origem. Se as crianças, desde pequenas, tiverem contato com quadrinhos onde mostram personagens
homossexuais, verão com naturalidade essa diferença.”

Augusto Ribeiro, 24 anos: Assim como no passado, a luta LGBT tem atualmente grande relevância, e
poder ver essa representatividade inclusive em HQs é um reflexo de que estamos fazendo algo certo,
afinal, apesar de que o público alvo sejam jovens adultos, muitas crianças têm acesso a essa mídia (eu
mesmo comecei a ler Homem Aranha aos 8 anos de idade). Preconceito, discriminação e racismo, são
apenas alguns exemplos de maus criados pelo meio em que estamos inseridos, por isso importância das
HQs debaterem à respeito, garantindo que assim (mesmo que aos poucos) cada vez mais esses “maus”
sejam desconstruídos.

Alexandre Radun, 23 anos: “Os quadrinhos sempre abordaram vários valores da comunidade, porém,
acho incrível como personagens LGBTT são muito pouco representados. Personagens famosos temos
apenas o Estrela Polar (que foi o primeiro personagem assumidamente gay da Marvel e casou em uma
publicação) e a Mística que é bissexual. Sempre teve a comparação entre os “X-men” com a comunidade
LGBTT, por quererem ser aceitos e ter os mesmo direitos que os seres humanos “normais”. Para mim até
que as editoras não tem muito culpa nisso, mas sim todo o público delas. Da até para comparar o público
com o mesmo público fanático por futebol. Lembro a repercussão que deu quando foi anunciado que o
Hércules iria beijar Wolverine e como o público sempre reagiu ofensivamente. Resumindo: As editoras até
tentam, mas infelizmente o público “geek” é igual ou mais homofóbico que os torcedores de times.”

Olivia Castello, 27 anos: “Bem…eu sou bissexual, então posso dizer que a bissexualidade não é muito
representada nas artes, pois ainda existe essas crenças ilógicas que bissexualidade não existe, é só uma
fase etc. Mas com relação a personagens gays e lésbicas tenho visto um crescimento pequeno, embora
de grande relevância. Porém ainda se utiliza muito da figura gay (homem) para representar todo o meio
LGBT, o que é bem ruim… Vemos isso em vários filmes, curtas, literatura com mais personagens gays
representando a homoafetividade quando nós sabemos que existem outras dentro da sigla, mas, estamos
caminhando, ainda que em passos lentos, com personagens LGBT na sétima arte, acredito que essa
representação ficará cada vez mais forte pela necessidade social que o tema se dispõe. A primeira
personagem que tive contato e amei é uma quase não muito citada: a Paulie, interpretada pela atriz Piper
Perabo no.filme Lost and Delirious, onde aborda a relação entre duas meninas num internato.”

Consideramos justa toda forma de amor. – Lulu Santos

Espalhe o anallógicos





Uma HQ pros gays! Pros gays!

Apesar de possuir mais de 80 anos de história, apenas muito


recentemente a DC Entertainment começou a abordar
personagens lésbicas, gays, bissexuais e transexuais de forma
mais ampla em suas mídias. Já foi falado do tratamento dado às
personagens lésbicas, trans e bissexuais nas páginas de suas
HQs nos últimos anos. Agora é hora de falar dos gays!

Quando a DC Comics deu início aos Novos 52 em 2011, havia


três personagens gays em posições de destaque em diferentes
revistas: o novo herói jovem Casamata em Novos Titãs e o casal
Apolo e Meia-Noite em StormWatch. Porém, nenhum dos três
foram abordados de uma forma muito digna. Casamata teve
todo o seu potencial como primeiro super-herói gay e hispânico
numa equipe importante da DC desperdiçado por roteiros ruins
e a incorporação dos populares personagens do selo WildStorm
ao Universo DC principal foi bastante criticada e mal recebida
pelos fãs.

Foi no começo de 2012 que a coisa começou a mudar quando a


DC revelou que um dos seus personagens mais antigos seria
reapresentado como gay: o Lanterna Verde Alan Scott. Criado
em 1940, na Era de Ouro das HQs, Alan Scott foi o Lanterna
original e sempre havia sido escrito como heterossexual,
relacionando-se com mulheres e tendo filhos. Todavia no
reboot, o personagem foi reimaginado como homossexual e a
ideia de um Lanterna Verde gay chamou tanta atenção que até
programas de entretenimento brasileiros cobriram a notícia
(com aquele toque bem global™). Obviamente a revelação gerou
bastante choque e revolta dos fãs mais conservadores, mas a DC
seguiu em frente com o seu plano com o novo Alan Scott sendo
o foco das primeiras edições da revista Terra 2, com cena linda
de beijo (seguida de tragédia horrível) e tudo mais.

O LANTERNA
VERDE ALAN SCOTT NA NOVA ROUPAGEM DOS NOVOS 52
Terra 2 foi bastante elogiada e o novo Alan Scott se tornou
querido pelos leitores que abraçaram a nova abordagem
(obviamente muita gente não abraçou). Curiosamente, o Alan
Scott original tinha um filho gay: Todd Rice, vulgo Manto
Negro, criado em 1983, que ao longo dos anos saiu do armário e
começou a namorar Damon Matthews, com quem tinha um
relacionamento feliz. Com o lançamento dos Novos 52, Todd foi
apagado da cronologia, mas espera-se que retorne dentro da
nova fase editorial da DC Comics, chamada Renascimento.

Devido às críticas pesadas e baixas vendas de StormWatch e


Novos Titãs dos Novos 52, a DC tentou mudanças editorais para
reverter a situação. Enquanto os Titãs eventualmente tiveram
alguma melhora, os heróis da WildStorm perderam seu espaço.
Assim, Meia-Noite e Apolo também sumiram junto de seus
colegas. Porém, ambos os personagens guardavam um legado
forte demais para serem simplesmente deixados de lado.
Quando foram apresentados ao mundo, em 1998, nas páginas
de StormWatch antes da aquisição do selo adulto WildStorm
pela DC, Apolo e Meia-Noite eram pouco mais que uma versão
de subtexto homoerótico do Superman e do Batman.

APOLLO E MIDNIGHTER.
Já na DC, os dois foram incorporados ao time de protagonistas
de Authority (a sequência direta de StormWatch), de Warren
Ellis e Bryan Hitch, e de lá para cá o subtexto virou texto e eles
fizeram história! Em Authority, o relacionamento dos dois
ganhou destaque e eles protagonizaram o primeiro casamento
igualitário entre super-heróis das histórias em quadrinhos em
2002. Na mesma edição, Apolo e Meia-Noite se tornaram os
pais adotivos de Jenny Quantum. Com toda essa importância,
eles simplesmente não podiam ficar na geladeira para sempre!

Meia-Noite retornou inicialmente como personagem


coadjuvante em Grayson e, pouco tempo depois, ganhou sua
própria HQ solo em 2015 – a primeira HQ estrelada por um
super-herói gay! Roteirizada por Steve Orlando, escritor
bissexual autor de outros títulos envolvendo personagens LGBT
como Virgil, o título focou na vida de Meia-Noite como homem
solteiro depois de sua separação de Apolo. A revista chamou
atenção pela inserção porque, além da ação típica do
personagem, ela também incorporava elementos da vida
cotidiana dos gays de hoje, nunca antes representada em HQs
de heróis: o uso dos aplicativos de pegação, idas a sauna e bares
gays eram parte natural da rotina de Meia-Noite. O título foi
aclamado pela crítica, mas infelizmente, a revista durou apenas
12 edições. Para atender ao clamor dos leitores órfãos dessa
revista maravilhosa, a DC trouxe Meia-Noite pouco tempo
depois, desta vez reunido a Apolo, na minissérie de seis edições
Midnighter and Apollo. Focando na vida de casal dos heróis, o
título manteve a ousadia de Orlando, incluindo uma cena de
sexo gay logo na primeira edição!
CAPA DO
PRIMEIRO NÚMERO DE MIDNIGHTER E APOLLO.
Este ano, dois novos personagens gays estão para ser
apresentados em papéis de destaque em diferentes títulos da
DC. O primeiro deles é Jackson Hyde. Baseado no Aqualad do
desenho Justiça Jovem, Jackson foi inserido nas HQs em 2010,
mas não teve chance de fazer muita coisa já que logo depois Os
Novos 52 se iniciou e ele não se encaixava no reboot. Porém, em
julho de 2016, o personagem reapareceu revelando para sua
mãe que era gay (e encarando uma reação negativa dela). Agora,
ele está para encabeçar um arco de histórias na revista dos
Novos Titãs em breve.
O segundo personagem gay a ser apresentado é o Combatente
da Liberdade Raymond Terrill, vulgo Ray. Criado em 1992, Ray
foi escrito como um personagem gay pela primeira vez em 2014
na minissérie The Multiversity (Multiversidade, ao pé da letra)
de Grant Morrison. Apesar de não ser dito explicitamente na
história, Morrison alegou em entrevista que a ideia para sua
equipe de Combatentes da Liberdade era que fosse formada
apenas por pessoas pertencentes a grupos perseguidos pelos
nazistas e Ray era o membro gay. Ele será parte da nova Liga da
Justiça da América, também escrita por Steve Orlando. O
roteirista já havia dito meses antes sobre seu desejo de ver um
personagem gay integrar a Liga da Justiça e agora ele pode
tornar esse sonho uma realidade.
CAPA DE RAY REBIRTH, QUE INTRODUZ O PERSONAGEM NA NOVA FASE
DA DC.
Para além das páginas das HQs

Além da participação na Liga da Justiça da América, Ray


também será a estrela da primeira série animada protagonizada
por um super-herói abertamente gay na CW Seed (canal do
YouTube que exibe websséries da CW). Freedom Fighters: The
Ray introduzirá o personagem dentro do Universo DC na TV e
atualmente procura-se um ator que possa tanto dublá-lo na
animação quanto interpretá-lo em eventuais aparições nas
séries live action da emissora, tal qual foi feito a Víxen.

Tal ação só vem para fortalecer a presença cada vez mais


acentuada de personagens LGBT nas séries da chamada “DC
TV”. Apesar de não possuírem um primor de qualidade, é
memorável o trabalho que elas vêm realizando para promover
diversidade. No quesito de sexualidade, todas as produções DC
atualmente em exibição (Arrow, The Flash, Gotham, DC’s
Legends of Tomorrow e Supergirl) apresentaram personagens
LGBT nos últimos anos, seja no seu elenco de protagonistas ou
coadjuvantes, sejam eles heróis ou vilões.

Em Arrow, fomos apresentados a Canário Negro Sara Lance,


mulher bissexual que foi vista se envolvendo tanto com homens
quanto com outras mulheres na série, incluindo Nyssa al Ghul,
a filha do icônico vilão Ra’s al Ghul. Mais recentemente, a série
apresentou Curtis Holt, um homem gay e negro, que veio a se
tornar o herói Senhor Incrível. O marido de Curtis, Paul,
também já apareceu. Todos os quatro são personagens originais
da série, inspirados em personas dos quadrinhos, que não eram
originalmente LGBT.
Sara Lance eventualmente se tornou Canário Branco, uma das
protagonistas de DC’s Legends of Tomorrow que recentemente
mostrou também um idoso Manto Negro. Em The Flash,
conhecemos David Singh, chefe de polícia de Central City,
homossexual e casado com Rob. Nas HQs, David tem um
relacionamento com Hartley Rathaway, que é o vilão Flautista,
que também já apareceu na série, tão gay quanto sua
contraparte dos quadrinhos. Em Supergirl, descobrimos
recentemente que a irmã de Kara, Alex, é lésbica e está
atualmente desenvolvendo um relacionamento com a policial
Maggie Sawyer.
Apesar de não ter ligação muito direta com as demais séries da
DC, Gotham também tem seu número de representatividade
LGBT: na primeira temporada, a série apresentou sua versão de
Renée Montoya. Ela era ex-namorada da bissexual Barbara
Kean, a esposa de Jim Gordon na época. Recentemente, a série
também andou explorando o relacionamento entre dois dos
mais populares vilões do Batman: o Pinguim e o Charada, no
que tem sido considerada uma reviravolta interessante. Não é
difícil atrelar essa presença LGBT a Greg Berlanti, produtor e
roteirista abertamente gay envolvido em Arrow, The Flash,
Supergirl e DC’s Legends of Tomorrow. Isso sem contar a
animação Batman: Sangue Ruim, lançada ano passado que
tratou de forma franca a sexualidade de Kate Kane e Renee
Montoya.
O legado e o que ainda pode melhorar

Com a intenção de atrair cada vez mais leitores, as editoras de


quadrinhos têm buscado diversificar cada vez mais as pessoas
nas páginas de suas HQs. Para a DC, infelizmente, tem sido uma
jornada inconstante, cheia de altos e baixos. Tivemos conquistas
como a criação da transexual Alysia Yeoh e do Alan Scott gay, as
revistas solos de Batwoman e Meia-Noite, o foco na
bissexualidade de personagens como Mulher-Gato e
Constantine e a abertura para se discutir os relacionamentos
bissexuais de Arlequina e Mulher-Maravilha. Apesar disso,
acompanhamos com pesar o ruir da revista da Batwoman até
seu cancelamento depois que a DC proibiu o casamento entre
Kate Kane e Maggie Sawyer de acontecer (Nota do editor: A
revista da Batwoman está confirmada para voltar em março de
2017), sentimentos falta de Alysia Yeoh em Renascimento
(mesmo a Batgirl encabeçando DOIS títulos), a exploração da
bissexualidade de Constatine caiu consideravelmente nesses
últimos meses, a Mulher-Gato também perdeu sua revista solo e
não seremos apresentados a uma namorada (ou ex) da Mulher-
Maravilha tão cedo.
CAPA DA PRIMEIRA EDIÇÃO DA NOVA SÉRIE BATWOMAN A SER
LANÇADA EM MARÇO.
É também triste notar que o número de personagens LGBT em
atividade não parece crescer, mas apenas permanecer, o que
acaba impedindo progressos. Alan Scott gay surgiu, mas à custa
do fim de Manto Negro. Agora é o Lanterna Verde quem
desapareceu no Renascimento, com Ray surgindo no horizonte
para talvez ocupar a vaga de herói gay adulto deixada por ele.
Da mesma forma, Aqualad está a caminho dos Titãs, mas
Casamata desapareceu. Será que precisamos ter mesmo só um
representante de cada? Por que não podemos ter Casamata e
Aqualad na equipe dos Titãs? Há alguma razão para não termos
um gay e uma lésbica na mesma equipe?* E os personagens
bissexuais serão vistos se envolvendo com mais pessoas do
mesmo sexo ou os eventos que os determinaram como tais se
tornarão casos isolados apenas para marcar a história?

Veja também: A crescente representatividade LGBT nas HQs da


DC Comics

Mais importante: cadê personagens trans? Alysia Yeoh foi


ótima, mas precisamos de mais personagens trans! DE HERÓIS
E HEROÍNAS TRANS! O máximo de trans que passou pelo
Universo DC em 2016 foi no crossover de Academia Gotham
com Lumberjanes, da editora Boom! Box, com a personagem
transgênero sendo justamente a protagonista de Lumberjanes!
A DC precisa fazer suas próprias “Lumberjanes”, apresentar
novos heróis e heroínas trans ou colocar em evidência
personagens já apresentados, mas que não conseguiram
destaque o suficiente no passado, como Kate Godwin, vulgo
Coagula, uma das poucas heroínas transgênero da editora,
criada por Rachel Pollack em 1993 para integrar a Patrulha do
Destino. Ou até mesmo Kani, a Porcelana, criada recentemente
por Gail Simone.
LUMBERJANES/GOTHAM ACADEMY #1
Ainda assim, o esforço da DC Entertainment em se comunicar
com os leitores LGBT, ainda que num nível mínimo, seja
povoando suas diferentes mídias com personagens sexualmente
diversos, seja fazendo parcerias como a realizada com a Boom!
Box para Lumberjanes/Gotham Academy e a mais recente, com
a IDW, para lançar a antologia Love is Love (que reuniu vários
artistas para homenagear as vítimas, sobreviventes e famílias da
tragédia ocorrida ano passado na boate Pulse em Orlando).
Além do mais, é bom ver esses esforços inspirando outras
editoras.

Veja também: Batwoman e a crescente representatividade


LGBT nas QHs

A Marvel – que já teve seus momentos como o famoso


casamento igualitário do Estrela Polar e os adolescentes LGBT
de Young Avengers – já tem duas revistas solo protagonizadas
por personagens sexualmente diversos para lançar: além de
Miss America, a editora anunciou a solo do Homem de Gelo.
Um dos x-men originais, o personagem foi tirado do armário em
2015 e agora finalmente vai ter a chance de ter sua sexualidade
trabalhada com mais destaque. Ainda pode não ser perfeito ou
ideal, mas é ótimo ver progressos sendo feitos, barreiras sendo
quebradas e as cores das histórias em quadrinhos americanas
finalmente sendo usadas para contar as histórias que
representam aqueles que encontram sua força e orgulho no
arco-íris.

*Uma exceção gloriosa à regra de um LGBT por equipe foi


Secret Six, escrita pela maravilhosa Gail Simone. Verdade seja
dita, Simone tem um histórico com o Sexteto Secreto.
Responsável por todas as versões da equipe desde meados de
2005, a escritora conseguiu inserir o relacionamento lésbico
entre as personagens Escândalo e Nocaute, mas acabou não
tendo oportunidade de revelar que Homem-Gato era bissexual
devido ao cancelamento da revista devido à chegada dos Novos
52. Em 2014, a DC deu uma nova chance a Simone e ela não só
aproveitou pra explorar a bissexualidade de Homem-Gato e
trazer Escândalo de volta, como ainda apresentou Porcelana,
uma personagem gênero fluido criada por Simone para o
Universo DC! O título durou 14 edições, antes de ser cancelado.

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