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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Direitos e Garantias Fundamentais: Direitos Individuais .............................................................................2
Introdução .........................................................................................................................................................................2
Direito à Vida .....................................................................................................................................................................2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Direitos e Garantias Fundamentais: Direitos Individuais


Introdução
→ A Constituição Federal, ao disciplinar os direitos individuais, os colocam basicamente no artigo
5º. Logo no caput deste artigo, já aparece uma classificação didática dos direitos ali previstos
quando diz:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segu-
rança e à propriedade, nos termos seguintes:
→ Para estudarmos os direitos individuais utilizaremos os cinco grupos de direitos previstos no
caput do artigo 5º:
˃ Direito à vida
˃ Direito à igualdade
˃ Direito à liberdade
˃ Direito à propriedade
˃ Direito à segurança
Percebe-se que os 78 incisos do artigo 5º, de certa forma, surgem de um desses direitos que
costumo chamar de “direitos raízes”. Utilizando esta divisão que parece didática, vamos trabalhar
os incisos mais importantes deste artigo de forma a prepará-lo para a prova. Logicamente, não con-
seguiremos abordar todos os incisos, o que não tira a sua responsabilidade de lê-los ainda que não
trabalhados em nossa aula. Então vamos ao trabalho!

Direito à Vida
Ao falarmos deste direito, que é considerado pela doutrina como o direito mais fundamental
de todos, por ser um pressuposto para o exercício dos demais direitos, enfrentamos um primeiro
desafio: este direito é absoluto?
→ Assim como os demais direitos, o direito à vida não é absoluto. São várias as justificativas existen-
tes para considerá-lo um direito passível de flexibilização:
˃ Pena de morte – uma pergunta que não quer calar e que já caiu em prova: Existe pena de morte
no Brasil?
→ A sua resposta tem que ser “SIM”. A alínea a do inciso XLVII do artigo 5º traz esta previsão ex-
pressamente:
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
Todas as vezes que a Constituição traz uma negação acompanhada de uma exceção, estamos
diante de uma possibilidade e isso é uma maravilhosa oportunidade de questão de prova.
˃ Aborto – a prática de aborto no Brasil é permitida? O artigo 128 do Código Penal Brasileiro
apresenta duas possibilidades de prática de aborto que são verdadeiras excludentes de ilicitude:
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto necessário
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando
incapaz, de seu representante legal.
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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São os abortos necessário e sentimental. Aborto necessário é aquele praticado para salvar a vida da
gestante e o aborto sentimental é utilizado nos casos de estupro. Estas duas exceções à prática do crime
de aborto são hipóteses em que se permite a sua prática no direito brasileiro. Além destas duas hipóteses
previstas expressamente na legislação brasileira, o STF também reconhece a possibilidade da prática de
aborto do feto anencéfalo (feto sem cérebro)1. Mais uma vez o direito à vida encontra-se flexibilizado.
→ Legítima defesa e estado de necessidade – estes dois institutos, também excludentes de ilicitude
do crime, são outras possibilidades de limitação do direito a vida, conforme disposto no artigo 23
do Código Penal Brasileiro:
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
Em linhas gerais e de forma exemplificativa, o estado de necessidade permite que, diante de uma
situação de perigo uma pessoa possa, para salvar uma vida, tirar a vida de outra pessoa. Na legítima
defesa, caso sua vida seja ameaçada por alguém, existe legitimidade em retirar a vida de quem o ameaçou.
Com estas justificativas fica claro que o direito à vida não é absoluto.
Outro ponto que deve ser ressaltado é que o direito à vida não está adstrito apenas ao fato de se
estar vivo. Quando a constituição protege o direito à vida, a faz em suas diversas acepções. Existem
dispositivos constitucionais que protegem o direito à vida no que tange a sua preservação da inte-
gridade física e moral (artigo5º III, V, XLVII, XLIX; art. 199, §4º. A Constituição também protege o
direito à vida no que tange à garantia de uma vida com qualidade (artigos 6º; 7º, IV; 196; 205; 215).
EXERCÍCIOS
01. Segundo a Constituição Federal, ninguém será submetido a tratamento desumano ou degra-
dante. Com base nessa regra, o STF tem entendimento firmado no sentido de que é ilegal o uso
de algemas, devendo o Estado assegurar outros meios para evitar a fuga de presos e o perigo à
integridade física de terceiros.
Certo ( ) Errado ( )
02. A proteção do direito à vida tem como consequência a proibição da pena de morte em qualquer
situação, da prática de tortura e da eutanásia.
Certo ( ) Errado ( )
03. A CF proibiu terminantemente a prática de tortura, ressalvados os casos de legítima defesa e
estado de necessidade.
Certo ( ) Errado ( )
04. Conforme a doutrina, a inviolabilidade do direito à vida limita- se ao direito de continuar vivo,
não se relacionando com o direito a uma vida digna.
Certo ( ) Errado ( )

1 Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou procedente a ação para declarar a inconstitucionalidade
da interpretação segundo a qual a interrupção da gravidez de feto anencéfalo é conduta tipificada nos artigos 124, 126, 128,
incisos I e II, todos do Código Penal, contra os votos dos Senhores Ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello que, julgando-a
procedente, acrescentavam condições de diagnóstico de anencefalia especificadas pelo Ministro Celso de Mello; e contra os votos
dos Senhores Ministros Ricardo Lewandowski e Cezar Peluso (Presidente), que a julgavam improcedente. Impedido o Senhor
Ministro Dias Toffoli. Plenário, 12.04.2012. ADPF 54 – Relator Min. Marco Aurélio.

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GABARITO
01 - ERRADA
02 - ERRADA
03 - ERRADA
04 - ERRADA

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