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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA :
Experimentalismos
na política
Maria Celina D’Araujo
Doutora em Ciência Política, pesquisadora do Cpdoc/FGV
Anunciada a construção
ções do caso Watergate.
Presos “grampeadores”
da usina hidrelétrica de
Geisel é o candidato da
refinaria de petróleo do
Começam no Senado
dizeres “Brasil: ame-o
de Desenvolvimento.
Arena à presidência.
República, Médici, e
fício Watergate, em
Inaugurada a maior
Democrata no edi-
o I Plano Nacional
Washington.
1973
ou deixe-o”.
de 15,7%.
Lançado
Itaipu.
da República. Promete
aos aliados de Israel. O
deixa a presidência da
invasoras da Síria e do
Golpe militar no Chile
termina com a morte
Congresso, assume a
ascensão do general
Salvador Allende e a
Egito. Em represália,
Aberta ao tráfego a
Augusto Pinochet.
Criada a Siderbrás.
Ponte Rio-Niterói.
1974
de 15,6%.
e segura.
graças ao aumento da
O general Sylvio Frota
de Nixon envolvido no
o novo presidente dos
A Petrobrás descobre
riza investimentos em
dependência externa,
petróleo na Bacia de
Guanabara e do Rio
torna-se ministro do
Nacional de Desen-
Lançado o II Plano
países da OPEP.
infra-estrutura.
Campos (RJ).
com a China.
da Fazenda.
de Janeiro.
Coutinho.
Milhares de pessoas foram ao velório do presidente Vargas no Palácio do Catete (CPDOC/FGV) Juscelino Kubitschek, diante de Israel Pinheiro, visita as obras de Brasília (Arquivo Nacional)
Nacional do Álcool (Pro-
nacional de informática.
álcool) para incentivar a
Tem início a construção
a chamada “reserva de
Fundada a Microsoft.
tações, em especial a
Surge a Nuclebrás.
conquistou 72,75%
a nascente indústria
como substituto da
Criado o Programa
O MDB ganha as
caso Watergate.
1975
dos votos.
de 26,9%.
de Itaipu.
gasolina.
o Vietnã.
Em acidente na rodovia
tem o primeiro compu-
operário Manoel Fiel, é
o general Dilermando
A Apple Computers já
ção de computadores
de desestatização.
Gomes Monteiro.
tador pessoal.
1976
de 29,3%.
petróleo.
no Brasil.
O democrata Jimmy
a fazer um depósito
prévio de Cr$ 12 mil
falecer no exílio.
Lacerda morre.
não de 15,6%.
1977
por um ano.
te dos EUA.
via e-mail.
de 38,8%.
Vietnã.
morre.
uma tribuna de liberdade para os democra- de uma instituição que tinha seus conflitos
tas. Ou seja, não foi apenas figuração. internos, quer entre as Forças — Exército,
A transição brasileira veio de forma Marinha e Aeronáutica — quer dentro
“lenta, gradual e segura”. Foi a mais longa de cada Força. Na saída, porém, nenhum
das transições dessa época. O norte central grupo poderia reivindicar bravuras ou de-
a orientá-la era não permitir cisões nas nunciar interesses escusos.
Forças Armadas. Haviam permanecido A instituição tinha que ser preservada.
coesas no poder para efeitos do “público Não seria submetida a qualquer julgamento
externo” e teriam que sair em bloco, sem e usaria o consenso acerca disso como estra-
fissuras, sem clivagens, frente à sociedade. tégia de retirada. A estratégia da transição
Era uma forma de se protegerem em bloco do governo teve a preocupação de isolar os
de possíveis processos judiciais envolvendo duros e controlar o ritmo da mudança. Isolar
a questão dos direitos humanos. Era uma os radicais de direita, alguns terroristas, que
transição que colocava como inegociável a não admitiam um retorno ao governo civil
imunidade militar. Para isso, a coesão na e democrático, e impedir, ao mesmo tempo,
saída era imprescindível. O discurso preci- que a oposição civil impusesse, via mobiliza-
sava ser monolítico. Era a retirada do poder ção social, a sua agenda de mudanças.
No governo Geisel (1975-1979), ao mes-
mo tempo em que se enquadrava os duros,
anuncia-se, em 1978, o fim das cassações e
dos banimentos, a volta do habeas corpus
e o fim do AI-5, passos importantes para
o futuro da abertura. Ao mesmo tempo, a
sociedade se mobiliza, voltam as greves ope-
rárias que tiveram como grande revelação
a emergência de um líder metalúrgico, em
São Bernardo, Luis Inácio da Silva, o Lula.
Ponto alto foi a negociação da anistia que
acontece em agosto de 1979, já no governo
Figueiredo (1979-1985). O país se pacificava
dentro de um espectro conciliatório.
A República de 1988
Desde a Constituição de 1988 o país tem
vivido em normalidade institucional embora
sob várias turbulências políticas, típicas, em
grande parte, das democracias emergentes.
Passamos a ter a maior cesta de direitos po-
líticos e sociais que o país já conheceu e têm
aumentado as discussões, estudos e políticas
voltadas para a questão social. O voto em
(Arquivo CPDOC/FGV) Lula em 2002 e 2006, refletiu, em parte, um
No comício das Diretas Já, em São Paulo, Tancredo Neves observa uma indicação de Lula, que tem à sua esquerda Ulisses Guimarães inconformismo com a injustiça social.
presas beneficiando 260
da Silva, para reivindicar
lideradas por Luiz Inácio
seis anos o mandato do
e baixado o “Pacote de
ministério do Exército.
futuro presidente da
governadores, cria o
sobre a situação dos
reajuste salarial.
do Bethlem.
1978
República.
de 38,8%.
país.
no Congresso, o general
apelido depois incorpo-
presidente do Sindicato
tivamente, 15 milhões e
candidatos da Arena ao
cional nº 5 e restaurado
ao general Euler Bentes
votos contra 266 dados
mil trabalhadores. Des-
milhões de votos e os
Bernardo e Diadema,
setores considerados
(MDB). E em novem-
o habeas-corpus.
Em outubro, nas
rado ao nome.
14,8 milhões.
de 40,7%.