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CAPIVARI - SP
2015
1
CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE
CAPIVARI - SP
2015
II
III
AGRADECIMENTOS
A todos,
Muito Obrigado
IV
EDUARDO CAMARGO MAIA. Planilhas de Custo em Contratos Terceirizados:
Estudo de Caso no Instituto Federal De Educação, Ciência, Tecnologia De São Paulo –
Câmpus Capivari. Projeto de Pesquisa de Monografia de Conclusão de Curso. Curso de
Graduação em Ciências Contábeis. Faculdade Cenecista de Capivari – CNEC.76
páginas, 2015.
RESUMO
setor público federal. É realizada uma análise do preparo dos agentes para análise da
planilha bem como dos itens que a compõe. Consta do trabalho revisão bibliográfico do
que compõe a planilha, questionário aplicado junto ao órgão federal Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Câmpus Capivari com análise de suas
respostas e é realizado cálculo de posto de vigilância noturna com observações linha por
linha.
V
EDUARDO CAMARGO MAIA. Planilhas de Custo em Contratos Terceirizados:
Estudo De Caso No Instituto Federal De Educação, Ciência, Tecnologia De São Paulo
– Câmpus Capivari. Title of Work. Research Project of Course Conclusion Monograph.
Undergraduate Course in Accounting Sciences Faculdade Cenecista Capivari - CNEC.
76 Pages, 2015.
ABSTRACT
This work deals with cost sheets for outsourcing in the federal public sector. It is carried
out an analysis of the preparation of agents for spreadsheet analysis and the items that
compose it. It consists of bibliographic review work that makes up the sheet,
questionnaire administered by the federal agency Federal Institute of Education, Science
and Technology of São Paulo - Câmpus Capivari with analysis of their responses and is
carried out night surveillance post calculation with remarks line by line.
VI
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 10
2.1.1 A Contabilidade........................................................................................................ 16
2.3.16. Serviço Social Autônomo (SESI, SESC, SENAI, SENAC, SEBRAE): .............. 38
No Poder Público não é diferente, desde o ano de 1.997, não pode mais o Gestor
Público Federal abrir concurso visando a contratação de serviços tido como de “meio”, ou seja,
como citado, aqueles não ligados à sua atividade fim do órgão.
Nos órgãos públicos a análise da planilha resta ao Contador de cada órgão, o qual
apesar da pouca carga existente em sua formação na realização de cálculos trabalhistas,
principal item de análise, se vê como responsável por dar pareceres sobre complexo
emaranhado jurídico de normas e cálculos.
O órgão sob análise, Instituto Federal de São Paulo – Câmpus Capivari, possui
atualmente os seguintes serviços continuados terceirizados: Portaria, Limpeza, Jardinagem,
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Vigilância e Manutenção Predial. Para o presente trabalho pretendemos analisar a planilha de
custo mais complexa dentre os serviços, qual seja, a do serviço de Vigilância.
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CAPÍTULO 1 – APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
A planilha objeto de estudo foi estabelecida como planilha de custo padrão e vem
sendo utilizada e seguida por todos os órgãos federais nestes moldes desde o ano de 2011;
O Contador tem contato com esta no momento da licitação em que recebe o documento
para análise e apontamentos caso necessário, visando habilitar ou não empresa a fornecer o
serviço. Sua decisão e seus apontamentos são primordiais à contratação e ao bom andamento
da prestação pretendida.
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1.2. Justificativa deste trabalho
A escolha deste tema se deve ao autor laborar em órgão público, em setor de licitações
e repassar ao setor contábil a análise destas planilhas de custo e perceber as dificuldades que
surgem durante a análise sem a devida capacitação.
Grande parte do orçamento do órgão se destina ao pagamento de serviços
terceirizados, logo, devemos nos preocupar com a correta aplicação destes recursos, pois, desta
maneira, o recurso restante poderá ser bem aplicação na consecução dos objetivos da entidade.
A definição deste estudo teve base tanto a relevância do tema, como o interesse
acadêmico-científico e a contribuição prática para as organizações envolvidas com o trabalho.
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Os demais objetivos são: Verificar como é feita a análise atualmente? A título de
exemplo, o posto de vigilância noturno atende o previsto na Convenção Coletiva e Normas
Trabalhistas e Tributárias?
Conforme detalhado no capítulo, neste estudo é feita uma pesquisa bibliográfica sobre
os temas de interesse e, são utilizados basicamente dados primários oriundos de documentos
disponibilizados pela empresa-alvo.
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CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA
A fornecedora de serviços, durante o processo licitatório, deve demonstrar que seu preço
ofertado é capaz de: cobrir todos os custos, incluindo todas as exigências constantes de
acordo/convenção coletiva e proporcionar lucro.
2.1.1 A Contabilidade
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2.1.2 – Objetivo e Objeto da Contabilidade
Para uma empresa a contabilidade tem como objetivo, auxiliar no controle de seus
bens, e demonstrar seus deveres e obrigações perante suas respectivas legislações contábeis.
Para que isso aconteça e necessário o envio de notas fiscais e demais documentações.
A contabilidade pode ser tanto externa com interna de uma organização, e seus
usuários tem que ser responsabilizar pelas as informações que está passando para elaboração
dos relatórios contábeis.
De acordo com Marion (2009, p. 27), os usuários são as pessoas que se utilizam da
contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam na contabilidade suas
respostas.
Basso (2011, p.30) nos ensina que a contabilidade só tem sentido quando gera
informação relevante aos usuários, os que são classificados nas seguintes categorias:
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a) Administradores, Diretores e Executivos;
b) Sócios ou Acionistas;
d) Fornecedores;
Cardoso Neto (2003, p. 6) define como um “detalhamento do sistema contábil geral, que
acumula e estudam os custos dos produtos, serviços, administração, avalia os estoques, informa
sobre a formação do preço, fornece informações para controle e emite relatórios para o
planejamento e decisão”.
Para Crepaldi (2004, p.13) trata-se de uma “técnica utilizada para identificar, mensurar
e informar os custos de produtos e serviços”.
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2.1.4.1 Diferença entre Custo e Despesa
Montoto (2012, p. 709) nos ensina que custo é todo valor gasto para adquirir mercadoria,
fabricar um produto ou prestar um serviço, enquanto despesa são todos os valores gastos no
esforço para vender.
Gallo e Paschoal (2003) ensinam que as atividades de serviços podem ser medidas tanto em
termos de volume como em termos de horas de serviço, sendo que ambas as formas estão
considerando padrões estabelecidos com base na realidade, devendo o custo dos serviços
compreender as despesas de exploração, impostos e taxas e a justa remuneração do
investimento.
Sendo com dedicação exclusiva faz-se necessário contabilizar que 100% (cem por
cento) da horas disponibilizados pelo empregado ao empregador se darão no local indicado no
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edital, caso contrário, fica a cargo do gestor da empresa e de acordo com os limites previstos
em contrato, a utilização do funcionário para realização de outras atividades.
I. Custeio por Absorção: A empresa deve manter parte dos custos fixos
apropriado ao produto ainda não vendido através de critérios de rateio, aumentando
assim os resultados obtidos pela empresa e, por conseguinte, aumentando a base de
cálculo dos impostos e contribuições sobreo lucro. Ao invés de tratar os custos fixos
como despesa, diminuindo o resultado do período, mantém o valor agregado aos
estoques, diminuindo do resultado somente no momento da venda do produto. Os
custos apropriados aos produtos se dividem em dois grupos, Custos Fixos e Custos
Variáveis;
II. Custeio Variável: Ao contrário do custeio por absorção, esta forma de custeio não
é aceita pela legislação pois seu critério reduz os resultados e, por consequência,
posterga o pagamento de impostos e contribuições sobre o lucro, já que considera
todos os custos fixos como despesas incorridas no período, agregando aos produtos
somente os custos variáveis. Mesmo não sendo aceito pela legislação, gerencialmente
é praticado, pois, como os custos fixos não são agregados aos produtos, pode-se
avaliar quanto cada produto vendido está contribuindo para diluir os custos fixos e
demais despesas, ou seja, qual a margem de contribuição para de cada produto para o
pagamento desses custos, podendo a empresa realizar uma melhor distribuição de
lucros, sem afetar o fluxo de caixa, já que o resultado obtido no final do período está
excluindo de todas as despesas que não variam de acordo com o produto vendido;
III. Custeio por Ordem: Nesse custeamento os custos são alocados por encomenda,
ou seja, de acordo com o pedido de cada cliente. Nessa ordem é necessário conter
todos os dados da produção. Isso auxiliará o planejamento da produção, “definindo
listas de materiais, procedimentos para a fabricação, indicando a natureza da mão de
obra, [...] equipamentos e ferramentas necessárias”. (LEONE 2000, p.236). esse tipo
de custeamento é importante para se ter uma explanação geral de todos os custos;
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2.1.5. Contabilidade Gerencial
A contabilidade gerencial tem entre seus objetivos a construção de uma base de dados
que permita a sua utilização de diferentes formas e usuários. O administrador, em suas funções
de controle, poderá utilizar-se dessa base para obter informações precisas que permitam a
elaboração de diferentes relatórios gerenciais os quais auxiliarão na análise e tomada de
decisões.
De maneira geral, todo o procedimento, técnica e informação realizados para que a
administração as utilize nas tomadas de decisões entre alternativas de conflito, recai na
contabilidade gerencial. Conforme Garrison (2007, p.21):
Iudícibus (2010, p. 21) nos ensina sobre Contabilidade Gerencial que esta pode ser
caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido as várias técnicas e
procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na Contabilidade Financeira, na
Contabilidade de Custos, na Análise Financeira de Balanços etc
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2.2 Controladoria
Borinelli (2006, p. 95-96) estabelece que a Controladoria precisa ser estudada em três
perspectivas:
Borinelli (2006, p. 29) nos ensina que controladoria tem o papel de fazer o processo de
gestão acontecer, pois atua de forma integrada com todas as áreas da empresa, fornecendo aos
gestores as informações necessárias para o alcance do resultado esperado. Portanto, é
fundamental que se compreenda os processos de gestão.
Dada a relevância que possui hoje pode ser entendida inclusive, no entendimento do
autor, como um método de custeio a ser adotado em empresas de terceirização de serviços.
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D Hora noturna adicional
E Adicional de hora extra
F Outros (especificar)
G Total da Remuneração
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4.3 Afastamento Maternidade Valor (R$)
A Valor do Afastamento Maternidade
Incidência dos encargos do submódulo 4.1 sobre
Afastamento Maternidade
B TOTAL
Submódulo 4.4: Provisão para rescisão
4.4 Aviso prévio indenizado Valor (R$)
A Incidência do FGTS sobre aviso prévio indenizado
B Multa sobre FGTS e contribuições sociais sobre o aviso
prévio indenizado
C Aviso prévio trabalhado
D Incid. Submódulo 4.1 sobre o Av. Prév. Trab
E Multa sobre FGTS e contribuições sociais sobre o aviso
prévio trabalhado
F Total
Submódulo 4.5: Custo de reposição do profissional ausente
4.5 Férias e terço constitucional de férias Valor (R$)
A Ausência por doença
B Licença paternidade
C Ausências legais
D Ausência por acidente de trabalho
E Outros (especificar)
F Subtotal
Incidência dos encargos do submódulo 4.1 sobre o custo
de reposição do profissional ausente
G Total
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Total
Nota 1: Custos indiretos, tributos e lucro por empregado.
Nota 2: O valor referente a tributos é obtido aplicando-se o percentual sobre o valor do
faturamento.
2.3.2. Terceirização
VANTAGENS:
“1. permite que a empresa volte sua atenção para a sua atividade central, ou atividade-
fim, ou mesmo objetivo específico;
2. reduz os encargos trabalhistas e sociais da empresa, com economia de custos de
contratação, manutenção e treinamento;
3. reduz quadro de empregados, facilitando a administração de recursos humanos;
4. simplifica a estrutura da empresa;
5. libera capital para aplicação em melhorias do processo produtivo e
desenvolvimento ou aquisição de novas tecnologias;
6. otimiza espaços à disposição da empresa;
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7. diminui o nível hierárquico;
8. agiliza a tomada de decisões; gera melhorias na administração do tempo;
9. aumenta a lucratividade;
10. pulveriza a ação dos sindicatos;
11. desmobiliza os movimentos grevistas; e
12. concentra mais recursos na área produtiva, melhorando a qualidade do produto
final.”
DESVANTAGENS
“1. pode conduzir à criação de empregos precários e eventuais;
2. pode ser causa de redução salarial, pois algumas empresas visam com a
terceirização pagar menos do que pagariam para trabalhadores especializados;
3. ocorre uma piora nas condições de saúde e segurança no trabalho dos empregadores
prestadores de serviços, com a eliminação de benefícios sociais diretos e indiretos;
4. acarreta maior insegurança no emprego, facilitando o rompimento de vínculos
empregatícios e promovendo a rotatividade da mão de obra;
5. nem sempre a contratada apresenta as mesmas condições do ambiente de trabalho
da contratante no que diz respeito à saúde, higiene e segurança no trabalho;
6. gera o paradoxo de existirem dois patrões ou então ocorre a ausência de um patrão
definido; dentre outras.”
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fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
contratada (Incluído pela Res. 174, de 24.05.2011).
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas
decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral (Incluído pela
Res. 174, de 24.05.2011).”
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De outra feita, importante transcrever o art, 1º do Decreto Presidencial n. 2.271. de 7
de Julho de 1.997, que dispões sobre a contratação de serviços pela Administração Pública
Federal direta, autárquica e fundacional:
Após a expedição deste Decreto, os cargos das atividades acima referidas foram
extintos, tornando-se impossível ao gestor público federal abrir concurso visando contratar
servidores destinados a estes fins.
ROCHA (2014, p. 15) define salário normativo como “valor salarial estabelecido em
sentença normativa, convenções ou acordos coletivos para trabalhadores de determinada
categoria.”
Para fins deste trabalho e em se tratando de terceirização no Poder Público salário base
será o salário normativo.
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2.3.4. Adicional de Insalubridade
A Constituição Federal em seu artigo de número 7, inciso XXIII, estabelece que todos
os empregados têm direito ao adicional para remuneração para atividades penosas, insalubres
ou penosas na forma de lei.
O adicional de insalubridade é devido ao empregado que presta serviços em atividades
insalubres (art. 192 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT). São estas as executadas em
condições ambientais nocivas à saúde do trabalhador, influindo para esta conceituação as
executadas em temperaturas excessivas ou por demais baixas, as expostas à poluição do ar ou
agentes químicos ou biológicos.
As atividades consideradas insalubres estão descritas no Quadro de Atividades
Insalubres do Ministério do Trabalho (NR 15). Portanto, não basta somente identificar o agente
insalubre, é necessário que este agente seja reconhecido como insalubre pela Delegacia
Regional do Trabalho (art. 190 da CLT).
O exercício de atividade em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do
item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário,
equivalente a:40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo; 20% (vinte por
cento), para insalubridade de grau médio; 10% (dez por cento), para insalubridade de grau
mínimo;
A Súmula 228 (TST) determina que a base de cálculo para o adicional de insalubridade
é o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. A súmula 139
(TST) prega que enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para
todos os efeitos legais.
Ainda com relação a base de cálculo do adicional de insalubridade, a fim de não
restares dúvidas colacionamos jurisprudência do referido Tribunal acerca da base de cálculo:
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de revista (CLT, art. 896, § 4.º). Recurso de revista não conhecido” (TST, 3.ª T., RR
880-2004-402-04-00.0, Rel. Min. Alberto Bresciani,DJ 10.08.2006).
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2.3.6. Adicional Noturno e Hora noturna adicional
ROCHA (2014, p. 35) prescreve que a Constituição Federal, art. 7º, IX, garante a
remuneração do trabalho noturno superior à do diurno: “São direitos dos trabalhadores urbanos
e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, remuneração do trabalho
noturno superior à do diurno”.
Para o trabalho urbano, o artigo 73 da CLT considera noturno o trabalho executado
entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. A hora noturna, além de ser reduzida
para 52 minutos e 30 segundos, deve ser remunerada com o valor da hora normal acrescida de
20%.
Ainda segundo ROCHA (2014, p. 35) a duração legal da hora noturna, de 52 minutos
e 30 segundos, é uma ficção jurídica que deve ser levada em consideração no cálculo das horas
noturnas, constituindo vantagem suplementar, sem dispensar o adicional sobre as mesmas.
O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para
todos os efeitos (Súmula 60, inciso I, do TST).
Barbosa Garcia (2015, p. 134) nos ensina sobre jornadas noturnas mistas, ou seja,
cumpridas em hora noturna que tem continuidade em hora diurna, interpretando o art. 73, § 5.º,
da CLT, a Súmula 60 do TST estabelece, em seu inciso II, que: “Cumprida integralmente a
jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas
prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5.º, da CLT”.
Para o nosso trabalho faz-se necessário citar ainda os seguintes entendimentos do TST:
1. O vigia noturno tem direito à hora reduzida de 52 minutos e 30 segundos (S. 65
do TST).
2. “OJ 388 – SDI-I/TST. – Jornada 12X36. – Jornada mista que compreenda a
totalidade do período noturno. – Adicional noturno. – Devido. – O empregado
submetido à jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, que compreenda
a totalidade do período noturno, tem direito ao adicional noturno, relativo às
horas trabalhadas após as 5 horas da manhã.”
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2.3.7. Adicional de Hora Extra
O inciso XVI do art. 7.º, da CF/1988, estabelece o mínimo de 50% (cinquenta por
cento) sobre a remuneração da hora normal, o que segundo Barbosa Garcia (2015, p. 223) afasta
a possibilidade de ser fixado em nível inferior, ainda que por meio de negociação coletiva.
Quanto ao cálculo, o citado doutrinador prescreve que: “De acordo com a Súmula 264
do TST, o valor das horas extras deve ser calculado sobre a globalidade salarial recebida pelo
empregado (arts. 64 e 457 da CLT).
Diante o parágrafo acima, para nosso trabalho, importante se faz conhecer os seguintes
entendimentos:
“Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é
obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será,
no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário,
não poderá exceder de 2 (duas) horas”.
§ 1.º Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um
intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas (§ 1.º
do art. 71).”
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Segundo Barbosa Garcia (2015, p. 330), quanto à natureza do referido intervalo, deve-
se destacar a disposição do § 2.º do art. 71, no sentido de que os intervalos de descanso “não
serão computados na duração do trabalho”, isso significa que o empregado, durante o referido
tempo de descanso dentro da jornada de trabalho não presta serviço, mas também não recebe a
respectiva remuneração. Trata-se, portanto, de intervalo não remunerado, o que significa
referir-se a hipótese de suspensão do contrato de trabalho.
Para nosso trabalho faz-se necessário conhecer a Súmula 437 do TST, pela qual a não
concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo implica o pagamento total
do período correspondente, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração
da hora normal de trabalho, ou seja, paga a hora e o acréscimo correspondente.
Foi instituído pela Lei 7.418/85 e regulamentado pelo Decreto 95.247/87. Segundo a
lei o vale transporte (VT) é uma obrigação legal e benefício fornecido pelo empregador,
antecipadamente, para que o trabalhador possa se deslocar da residência para o trabalho e vice-
versa. O art. 1º prescreve que o benefício é utilizável nos meios de transportes coletivos
públicos: urbanos, intermunicipais ou interestaduais com características de urbano.
De acordo com ROCHA (2014, p. 54) o vale-transporte, concedido na forma da lei,
não se constitui em salário, não sendo, portanto, tributável sob qualquer aspecto.
O rateio do valor do vale-transporte, conforme legislação citada, é o que se segue: do
trabalhador será descontado até 6% do seu salário-base e ao empregado cabe pagar o que
exceder o montante do funcionário.
ROCHA (2014, p. 54) cita ainda que por haver um entendimento de que ele deveria
ser calculado sobre o salário proporcional aos dias úteis trabalhados, surgiram divergências
quanto à base de cálculo para esse benefício. Mas, no Parecer MTb nº 15/92 da Secretaria de
Fiscalização do Trabalho, prevalece a orientação de que a base de cálculo é o salário básico
mensal, independentemente dos dias trabalhados, salvo disposição diferente em sentenças ou
normas coletivas.
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2.3.10. Auxílio Alimentação
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“Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 (trinta) mulheres com mais
de 16 (dezesseis) anos de idade terão local apropriado onde seja permitido às
empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período da
amamentação.”
36
O citado benefício consta de planilha de custo do Governo Federal, pois, a depender do
número de terceirizados contratados passa o funcionário a possuir este direito, devendo a
empresa de cessão de mão de obra ser ressarcida do valor a ser pago.
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O lucro da empresa não deve ser calculado sobre estes itens, pois como dito, o Poder
Público irá apenas ressarcir a contratada, a qual diante sua experiência, efetua um cálculo de
gastos médios que possui.
Há órgãos que explodem as áreas supracitadas item a item, todavia não há obrigatoriedade
na legislação.
Neste quesito da planilha de custos, o que deve ser previsto é a parcela correspondente
ao INSS a ser pago pelo empregador, que em regra é de 20% (vinte por cento).
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Serviço social autônomo é classificado no ordenamento jurídico como entidade
paraestatal, sendo este termo definido por Alexandrino e Paulo (2012, p.29) como pessoas
jurídicas privadas que, sem integrarem a estrutura da administração pública, colaboram com o
Estado no desempenho de atividades não lucrativa e às quais o Poder Público dispensa especial
proteção.
Segundo os autores apesar de não integraram a Administra Pública nem serem
instituídos por esta, sua criação é prevista em lei, são instituídas sob formas jurídicas comuns,
tais como associações civis ou fundações e que estas entidades são mantidas por recursos
oriundos de contribuições sociais de natureza tributária, recolhidas compulsoriamente pelos
contribuintes definidos em lei, bem como mediante doações orçamentárias do Poder Público e
que pelo fato de utilizarem recursos público estão sujeitos ao controle do Tribunal de Contas
da União (TCU).
O objetivo destas entidades são o aprendizado profissionalizante e à prestação de
serviços assistenciais ou de utilidade pública, tendo como beneficiários determinados grupos
sócias/profissionais.
Colacionamos abaixo quadro extraído do anuário Estatístico da Previdência Social
2013, o qual faz referências as contribuições de terceiros.
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Criação: Decreto-
SENAC Lei nº 8.621/46.
Alterações: Financiamento de atividades de 1% incidente sobre o total da
(Serviço
organização e administração de remuneração paga pelas empresas
Nacional de Decreto-Lei nº escolas de aprendizagem comerciais aos empregados e
Aprendizagem 1.861/81; comercial. avulsos que lhe prestam serviços.
Comercial) Decreto-Lei nº
1.867/81.
Criação: Decreto-
Lei nº 9.853/46.
Alterações:
Aplicação em programas que 1,5% sobre o total da remuneração
SESC (Serviço Lei nº 4.863/65; contribuam para o bem estar social paga ou creditada pelas empresas
Social do
dos empregados e suas famílias, comerciais aos empregados e
Comércio) Decreto-Lei nº das empresas relacionadas. avulsos que lhe prestem serviços.
1.861/81;
Decreto-Lei nº
1.867/81.
SEBRAE
(Serviço Na criação do SEBRAE, Lei nº
Criação: Lei nº Aplicação em programas de apoio
Brasileiro de 8.029/90, art. 8º, § 3º, foi fixada
8.029/90 e ao desenvolvimento das Empresas
Apoio às em 0,3% sobre o total das
Alterações: Lei nº de Pequeno Porte (EPP) e
Pequenas e remuneração paga pelas empresas
8.154/90. Microempresas.
Médias aos empregados.
Empresas)
Fonte: http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/aeps-2013-anuario-estatistico-da-previdencia-social-2013/
Barbosa Garcia (2015, p. 696), destaca que atualmente, a Lei Complementar 123/2006
instituiu o “Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos
pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples Nacional” (art. 12) e que
conforme o seu art. 13, § 3.º: “As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo
Simples Nacional ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela
União, inclusive as contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação
profissional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 204 da Constituição Federal, e
demais entidades de serviço social autônomo”.
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e tem como balizador as seguintes funções: realizar a reforma agrária, manter o cadastro
nacional de imóveis rurais e administrar as terras públicas da União.
De mesmo modo que as contribuições ao sistema S, micro e pequenas empresas optantes pelo
simples não estão obrigadas a recolher contribuição para o INCRA.
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São contribuintes do salário-educação as empresas em geral e as entidades públicas e
privadas vinculadas ao Regime Geral da Previdência Social, entendendo-se como tal qualquer
firma individual ou sociedade que assuma o risco de atividade econômica, urbana ou rural, com
fins lucrativos ou não, sociedade de economia mista, empresa pública e demais sociedades
instituídas e mantidas pelo poder público, nos termos do § 2º, art. 173 da Constituição.
O Fundo de Garantia por Tempo do foi instituída por meio da Lei n. 5.107/66. Trata-
se um direito constitucional direcionado aos empregados sejam urbanos, sejam rurais, na forma
do art. 7º, III, da CF/88, disciplinado pela Lei 8.036/90 e pelo Decreto 99.684/90. Como regra
temos que todo empregado admitido a partir da Constituição de 1988 tem direito aos depósitos
do FGTS, assim como aqueles que por ele optaram antes da CF/88. O FGTS foi criada a fim de
se extinguir a estabilidade no emprego e garantir em contraponto um indenização por tempo de
serviço ao empregado.
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2.3.20. Seguro Acidente do Trabalho
A citada gratificação foi instituída pela Lei 4.090/62 e complementada pela Lei
4.749/65. Abrange, inclusive, o trabalhador avulso, o doméstico e os aposentados, tendo como
base a remuneração ou o valor da aposentadoria.
Para realização do cálculo, deve-se levar em conta o ano civil (janeiro a dezembro). O
13º salário corresponde à gratificação de 1/12 (8,33%) da remuneração devida em dezembro,
por mês de serviço, do ano correspondente. A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho
será equivalente ao mês integral.
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ROCHA (2015, p. 43) complementa ainda que sobre a base de cálculo para o décimo
terceiro salário: integram para fins de cálculo as horas extras habitualmente prestadas, os
adicionais, as gratificações, enfim, todas as parcelas de natureza salarial pelo seu duodécimo.
Calvo (2013, p. 198) segundo o art. 7º, XVIII, da CF, a empregada tem direito à licença-
maternidade de 120 dias custeada pelo INSS. A empregada receberá o benefício previdenciário
diretamente pelo empregador, enquanto perdurar o afastamento, sendo este compensado
contabilmente pela empresa com o INSS.
A Constituição Federal estabelece que, nos casos de despedida arbitrária ou sem justa
causa, nos termos da Lei Complementar, o empregado fará jus a uma indenização
compensatória, dentre outros direitos.
44
haver descontinuidade na prestação dos serviços, a empresa deverá substituir,
imediatamente, os empregados dispensados do cumprimento do aviso prévio...
Mascaro Nacimento (2011, p. 798) define as férias anuais remuneradas como certo
número de dias durante os quais, cada ano, o trabalhador que cumpriu certas condições de
serviço suspende o trabalho sem prejuízo da remuneração habitual.
45
Gottschalk (1956) citado por Mascaro Nacimento (2011, p. 798) as define como “o
direito do empregado de interromper o trabalho por iniciativa do empregador, durante um
período variável em cada ano, sem perda da remuneração, cumpridas certas condições de tempo
no ano anterior, a fi de atender aos deveres de restauração orgânica e de vida social”.
Férias não são apenas direito, mas dever do empregado, tanto que a doutrina sustenta
a irrenunciabilidade, pelo mesmo, das suas férias.
2.3.25. Licença-Paternidade
De acordo com Calvo (2013, p. 172) a licença-paternidade de cinco dias foi garantida
pela Constituição Federal de 1988 em seu art. 7º, XIX, e pelo art. 10, § 1º, do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, que dispõe que até que a lei venha a
disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, da Constituição, o prazo da licença-paternidade a que se
refere o inciso é de cinco dias, podendo assim o período provisório de cinco dias ser ainda
ampliado pela legislação que o regulamentar.
O pai, para exercer seu direito, ao retornar ao trabalho, deve comunicar ao seu
empregador o nascimento do filho, comprovando-o pela entrega do registro de nascimento.
46
efeitos de eventual redução de outros direitos trabalhistas, pode o empregador
utilizar-se de seu poder disciplinar a fim de repreender o empregado pelo fato
havido (advertência, suspensão e, eventualmente, demissão por justa causa).
Com relação as faltas justificadas e abonadas por lei, as quais são previstas em
planilha, devido a seu custo de reposição neste caso, vez que, o órgão público contrata serviço
e não funcionário, ou seja, na ocasião de uma falta legal cabe ao contratado repor esta mão-de-
obra, assim prescreve o Artigo 473 da CLT:
47
sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o
Brasil seja membro”.
O art. 60 da Lei n.º 8.213/1991 prescreve que o auxílio-doença será devido ao segurado
empregado a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais
segurados, a contar da data do início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.
Por ser impossível prever se e quantos acidentes ocorrerão no decorrer do contrato esta
despesa é calculada por estimativa.
Neste caso é o contratado quem fornece dados que retratam sua realidade, a qual deverá
ser observada durante toda a execução do contrato.
48
2.3.28. Custos Indiretos
b) pessoal administrativo;
d) supervisão de serviços;
e) seguros.
Estes gastos não precisam ser discriminados na planilha, mas devem respeitar o limite
supramencionado.
2.3.29. Lucro
O Lucro de uma empresa pode ser tributado no Brasil em três diferentes maneiras,
devendo ser diferente a análise da planilha para cada uma das modalidades, são elas: Lucro
Real, Lucro Presumido e Simples Nacional.
49
De maneira resumida, podemos assim descrever cada uma das modalidades, conforme
ensinado no Portal Tributário, em seu artigo “LUCRO REAL, PRESUMIDO OU
SIMPLES?”:
1) Lucro Real: Poder ser Anual ou Trimestral. No Anual a empresa deve antecipar os
tributos mensalmente, com base no faturamento mensal, sobre o qual aplicam-se
percentuais predeterminados, de acordo com o enquadramento das atividades, para
obter uma margem de lucro estimada (estimativa), sobre a qual recai o IRPJ (Imposto
de Renda Pessoa Jurídica) e a CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido). Nesta
opção, há, ainda, a possibilidade de levantar balanços ou balancetes mensais,
reduzindo ou suspendendo-se o recolhimento do IRPJ e da CSLL, caso demonstre-se
que o lucro real efetivo é menor do que aquele estimado ou que a pessoa jurídica está
operando com prejuízo fiscal. No final do ano, a pessoa jurídica levanta o balanço
anual e apura o lucro real do exercício, calculando em definitivo o IRPJ e a CSLL e
descontando as antecipações realizadas mensalmente. Em alguns casos,
eventualmente, as antecipações podem ser superiores aos tributos devidos,
ocasionando um crédito em favor do contribuinte. No trimestral, o IRPJ e a CSLL são
calculados com base no resultado apurado no final de cada trimestre civil, de forma
isolada. Portanto, nesta modalidade, teremos durante o ano 4 (quatro) apurações
definitivas, não havendo antecipações mensais como ocorre na opção de ajuste anual.
50
R$ 78 milhões da receita bruta total, no ano-calendário anterior. Outra análise a ser feita
é que as empresas tributadas pelo Lucro Presumido não podem aproveitar os créditos
do PIS (Programa de Integração Social) e da COFINS (Contribuição para o
financiamento da Seguridade Social), por estarem fora do sistema não cumulativo, no
entanto recolhem com alíquotas mais baixas.
2.3.30. Tributos
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada. (art. 3º - CTN – Lei nº 5.172/66).
Entendimento atual do TCU, proíbe a previsão neste item dos seguintes impostos e
contribuições: IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica e CSLL – Contribuição Social sobre
Lucro Líquido e IOF – Imposto sobre Operações Financeiras.
51
Em geral, são três os tributos constantes das planilhas de custos: ISS (Imposto sobre
Serviços, PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para o financiamento
da Seguridade Social). Vamos a eles:
52
que lhes são equiparadas nos termo da legislação do Imposto de Renda. Com
relação à alíquota, no sistema cumulativo (lucro presumido e arbitrado) esta é de
0,65% enquanto no sistema não cumulativo (lucro real) é de 1,65%.
53
CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA DA PESQUISA
Seguindo este entendimento podemos definir este trabalho como sendo uma Pesquisa.
De acordo com esse autor também, identifica-se três grupos, a saber, estudos
exploratórios, estudos descritivos e estudos que verificam hipóteses causais. Ainda citando GIL
(1999, p.70) as pesquisas tipo levantamento se caracterizam pela interrogação direta das pessoas
cujo comportamento se deseja conhecerem. Quando o levantamento recolhe informações de
todos os integrantes do universo pesquisado tem-se um censo, apresentando dificuldades
materiais para sua realização, porém, sendo extremamente úteis, proporcionando informações
gerais acerca da população alvo.
A metodologia tem como objetivo captar e analisar as características dos vários métodos
disponíveis, avaliarem suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os
pressupostos ou as implicações de sua utilização.
“Trata-se de uma técnica cujo objetivo é o estudo de uma unidade que se analisa
profunda e intensamente. Considera a unidade social estudada em sua totalidade, seja
54
um indivíduo, uma família, uma instituição, uma empresa, ou uma comunidade, com
o objetivo de compreendê-los em seus próprios termos”. (MARTINS E LINTZ, 2000,
p.36).
“Pesquisa Bibliográfica- este tipo de pesquisa busca explicar um problema com base em
atribuições teóricas publicadas em documentos (livros, revistas, jornais etc.) e não por
intermédio de relatos de pessoas ou experimentos. Pode ser realizada de forma independente,
ou estar inserida (levantamento bibliográfico) nos demais tipos de pesquisa”. (DIAS E
TRALDI, 2004, p.43).
Diante disso, podemos definir o nosso trabalho como sendo uma pesquisa descritiva,
tendo como característica o estudo de caso e também bibliográfica, pois, conforme explicitado
no Capítulo 2, faz-se um levantamento bibliográfico sobre os assuntos em questão, retratando
o que diversos autores trazem a respeito do assunto.
Na coleta de dados, foi utilizada a técnica de pesquisa de campo. Segundo GIL (1996)
um dos principais limitadores da entrevista é o fornecimento de respostas falsas, determinadas
por razões conscientes ou inconscientes, a influenciar das opiniões pessoais do entrevistador
sobre as respostas do entrevistado.
Foi elaborado para tanto questionamento padrão de modo a evitarem certas influências
nas respostas. O questionário continha 12 questões entre dissertativas e múltipla escolha. Foi
aplicado entre 12 de Outubro e 16 de Outubro de 2015 junto a 8 (oito) servidores do IFSP-
Câmpus Capivari, sendo que sete preencheram a caneta o questionário sem identificação e um
servidor, por estar de férias, enviou o questionário respondido por e-mail.
55
Para minimizar tais influências optou-se por usar entrevistas estruturadas, a qual se
desenvolveu através de uma relação de perguntas, cuja ordem e redação permaneceram
inalteradas para todos os entrevistados.
56
CAPÍTULO 4 – A EMPRESA ALVO
Endereço: Avenida Doutor Ênio Pires de Camargo, 2971 - São João Batista – Capivari-SP
E-mail: adm.cpv@ifsp.edu.br
Ramo: Educação
Objetivo Empresarial: Consolidar uma práxis educativa que contribua para a inserção social,
à formação integradora e à produção do conhecimento.
Setor: Público
57
4.2. Histórico da Empresa
O prédio onde se encontra instalado o Instituto foi construído e parcialmente equipado pela
Faculdade Cenecista de Capivari entre os anos de 2002 e 2006 e por problemas financeiros da
matriz, Campanha Nacional das Escolas da Comunidade, não foi colocado em operação.
No ano de 2009 o programa televisivo Custe o que Custar (CQC) da Rede Bandeirantes
realizou denúncia da situação do prédio, o que gerou um movimento político por parte do
Governo Municipal e Ministério da Educação que culminou em um contrato de cessão do
terreno e do prédio pertencente a CNEC ao Instituto Federal de São Paulo.
Suas atividades tiveram início no dia 26/07/2010 com a oferta dos cursos técnicos
concomitantes e subsequentes em Manutenção e Suporte de Informática e Química. No ano de
2012 o instituto firmou parceria com a Secretaria Estadual de Educação e começou a
disponibilizar cursos técnicos integrados ao ensino médio nas áreas de Informática e Química.
No primeiro semestre de 2013 iniciou-se o primeiro curso superior, sendo este o tecnólogo em
Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
No mês de maio de 2013, o Instituto Federal de Capivari teve sua condição promovida
de Câmpus Avançado para Câmpus Pleno.
Quanto à história do Instituto Federal de São Paulo como pontos marcantes podemos
citar os seguintes:
1909 - O Presidente Dr. Nilo Peçanha por meio do Decreto n° 7.566 de 23/09/1909
determina a construção de escolas para formar artífices;
1910 - Passou a denominar-se Escola de Aprendizes Artífices de São Paulo;
1937 - Passou a denominar-se Liceu Industrial de São Paulo;
1942 – Por meio da promulgação da Lei Orgânica do Ensino Industrial, instituíu-se
a Rede Federal de Estabelecimentos de Ensino Industrial denominados Escolas Técnicas. O
Liceu Industrial de São Paulo passou a denominar-se Escola Técnica de São Paulo;
58
1959 – Por advento da Lei nº 3.552 a escola passou a denominar-se Escola Técnica
Federal de São Paulo;
1976 - Inaugurado o novo prédio da Escola Técnica Federal de São Paulo;
1987 - Implantada a primeira Unidade de Ensino Descentralizada no Município de
Cubatão;
1999 - A Escola Técnica Federal de São Paulo, é transformada em Centro Federal
de Educação Tecnológica de São Paulo – CEFET-SP, constituindo-se em autarquia federal,
vinculada ao Ministério da Educação, detentora de autonomia administrativa, patrimonial,
financeira, didático-pedagógica e disciplinar;
2008 - Transformação em Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de
São Paulo, pela Lei nº 11.892.
Hoje o Instituto Federal de São Paulo opera com 30 campis instalados
Araraquara (ARQ), Avaré (AVR), Barretos (BRT), Birigui (BRI), Boituva (BTV), Bragança
Paulista (BRA), Campinas (CMP), Campos do Jordão (CJO), Capivari (CPV), Caraguatatuba
(CAR), Catanduva (CTD), Cubatão (CBT), Guarulhos (GRU), Hortolândia (HTO), Itapetininga
(ITP), Jacareí (JCR), Matão (MTO), Piracicaba (PRC), Presidente Epitácio (PEP), Registro
(RGT), Salto (SLT), São Carlos (SCL), São João da Boa Vista (SBV), São José dos Campos
(SJC), São Paulo (SPO), São Roque (SRQ), Sertãozinho (SRT), Sorocaba (SOR), Suzano
(SZN), Votuporanga (VTP)), e um núcleo avançando Assis.
59
Técnico Concomitante ou Subsequente oferecido a quem já concluiu ou esteja
cursando no mínimo o segundo ano do ensino médio nas áreas de: Técnico em Manutenção e
Suporte em Informática e Técnico em Química. Método de ingresso: Processo Seletivo.
Tecnológico com status de curso de ensino superior nas áreas de Análise e
Desenvolvimento de Sistemas e Tecnologia em Processos Químicos; Método de ingresso: Sisu
e se não completar Processo Seletivo.
EAD (Educação à distância) como polo dos cursos de Técnico em Administração
e Técnico em Secretaria Escolar; Método de ingresso: Processo Seletivo.
Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego): No
ano de 2015, devido à crise foi suspenso o oferecimento de cursos nesta modalidade.
60
CAPÍTULO 5 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
61
Na pergunta 1, questionamos o setor de trabalho: Temos 3 funcionários que laboram
no setor contábil, 2 no setor de contratos, 2 no setor de Compras e Licitações e 1 como Gerente
Administrativo, totalizando 8 funcionários.
Fonte: Do Autor
62
Gráfico 2: Tempo em que trabalha na área Pública
140
120
100
80
60
40
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8
Fonte: Do Autor
64
Tabela 1: Conhecimento de conceito e forma de cálculo - Linha a Linha
65
INCRA 3 37,50% 4 50,00% 1 12,50% 2 25,00% 4 50,00% 2 25,00%
Salário Educação 5 62,50% 3 37,50% 0 0,00% 3 37,50% 4 50,00% 1 12,50%
FGTS 5 62,50% 1 12,50% 2 25,00% 5 62,50% 1 12,50% 2 25,00%
Seguro Acidente de Trabalho 4 50,00% 3 37,50% 1 12,50% 3 37,50% 4 50,00% 1 12,50%
Sebrae 4 50,00% 4 50,00% 0 0,00% 3 37,50% 5 62,50% 0 0,00%
Média - Módulo 54,69% 35,94% 9,38% 40,63% 40,63% 18,75%
Submódulo 4.2: 13º (décimo terceiro) salário
13º Salário 6 75,00% 1 12,50% 1 12,50% 5 62,50% 1 12,50% 2 25,00%
Média - Módulo 75,00% 12,50% 12,50% 62,50% 12,50% 25,00%
Submódulo 4.3: Afastamento Maternidade
Afastamento Maternidade 6 75,00% 1 12,50% 1 12,50% 1 12,50% 5 62,50% 2 25,00%
Média - Módulo 75,00% 12,50% 12,50% 12,50% 62,50% 25,00%
Submódulo 4.4: Provisão para rescisão
Aviso Prévio Indenizado 6 75,00% 1 12,50% 1 12,50% 1 12,50% 4 50,00% 3 37,50%
Aviso Prévio Trabalhado 6 75,00% 1 12,50% 1 12,50% 1 12,50% 4 50,00% 3 37,50%
Média - Módulo 75,00% 12,50% 12,50% 12,50% 50,00% 37,50%
Submódulo 4.5: Custo de reposição do profissional ausente
Férias 7 87,50% 0 0,00% 1 12,50% 5 62,50% 2 25,00% 1 12,50%
Adicional de Férias 5 62,50% 0 0,00% 3 37,50% 4 50,00% 2 25,00% 2 25,00%
Ausências por doença 5 62,50% 1 12,50% 2 25,00% 2 25,00% 4 50,00% 2 25,00%
Licença Paternidade 6 75,00% 1 12,50% 1 12,50% 1 12,50% 4 50,00% 3 37,50%
Ausências legais 4 50,00% 2 25,00% 2 25,00% 1 12,50% 3 37,50% 4 50,00%
Ausência por acidente de trabalho 4 50,00% 2 25,00% 2 25,00% 1 12,50% 5 62,50% 2 25,00%
Média - Módulo 64,58% 12,50% 22,92% 29,17% 41,67% 29,17%
Módulo 5: Custos indiretos, tributos e lucro
Custos Indiretos 3 37,50% 2 25,00% 3 37,50% 0 0,00% 3 37,50% 5 62,50%
Tributos 4 50,00% 2 25,00% 2 25,00% 2 25,00% 3 37,50% 3 37,50%
66
Lucro 5 62,50% 1 12,50% 2 25,00% 2 25,00% 3 37,50% 3 37,50%
Média - Módulo 50,00% 20,83% 29,17% 16,67% 37,50% 45,83%
Fonte: Do Autor
67
Com relação a tabela acima, faz-se possível as seguintes análises:
68
A convenção coletiva da categoria (SESVESP) a qual serve de base a confecção da
planilha encontra-se em anexo bem como a planilha apresentada na licitação, podendo o cálculo
do trabalho divergir no ali referido.
69
primeira e décima segunda horas.". De mesmo modo que no item anterior, faz-se necessário
achar o valor da hora de lavor, mas neste item faz-se necessário somar o adicional noturno,
gratificação e periculosidade. Logo, R$ 1.218,15 + R$ R$ 365,45 + R$ 380,00 + R$ 60,91=
R$ 2.024,51. A jornada de trabalho considerada é de 220 horas mensais. Logo, R$ 2.024,51/
220, temos que a hora de trabalho vale R$ R$ 9,20. Faz-se necessário estimar uma
quantidade de feriados no ano, para tanto, estimamos um total de 13 feriados no ano, ou,
em média, 1,08 feriado no mês e o vigilante labora 12 horas por dia. Temos: 1,08 feriados
no mês X R$ 9,20 por hora X 12 horas = R$ 119,63 Faz-se necessário dividir este valor por
2, vez que apenas um funcionário irá laborar neste “feriado” e cada posto de 12X36
contempla no mínimo duas contratações. Conclui-se então que, R$ 119,63/2 = R$ 59,81
70
Cesta Básica: Cláusula Décima da Convenção prevê pagamento de cesta no valor de R$
111,92, todavia, 5% do valor desta poderá ser descontado do empregado logo, R$ 111,92
* 95% = 106,32
Assistência médica e
C R$ 106,32
familiar
OBS.: Consta da Cláusula Décima Primeira a exigência de concessão de assistência
médica, na planilha da licitação, o empregador fez previsão do valor de R$ 75,59. Ciente
da dificuldade no cumprimento desta norma pelas empresas, entendo ser previdente
prever a troca por cesta básica suplementar. Cláusula Décima Primeira, Parágrafo Quinto
da Convenção prevê pagamento de cesta no valor de R$ 111,92, todavia, 5% do valor
desta poderá ser descontado do empregado logo, R$ 111,92 X 95% = 106,32
D Auxílio creche R$ 0,00
OBS.: Não há previsão na convenção coletiva.
Seguro de vida, invalidez e
E R$ 7,50
funeral
OBS.: Trata-se de item previsto na convenção coletiva, mas sem possibilidade de grandes
questionamento pelo Poder Público por representar um custo da empresa sem controle
pela Administração, na planilha licitatória a empresa vencedora propôs o valor de R$
7,50, o qual reproduzimos aqui.
G Auxílio Funeral R$ 0,70
OBS.: Trata-se de outro item previsto na convenção coletiva, mas sem possibilidade de
grandes questionamento pelo Poder Público por representar um custo da empresa sem
controle pela Administração, na planilha licitatória a empresa vencedora propôs o valor de
R$ 0,70 o qual reproduzimos aqui.
Total de Benefícios mensais
MOD2 R$ 446,92
e diários
OBS.: Nesse caso o INSS reembolsa o salário do funcionário, mas, continuam sendo
contados os demais encargos, como férias, adicional de férias, 13º salário, encargos
previdenciários, FGTS, bem como benefícios como a assistência médica. Fundamentação:
Art. 6º e 201 da CF, art. 392 da CLT.
73
MOD4.5 Total R$ 365,02
74
OBS.: A empresa e o órgão devem verificar na cidade qual o valor de ISS para
cessão de mão-de-obra, na cidade de Capivari a alíquota é de 5%.
MOD5 Total R$ 530,06
75
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com relação a pergunta problema: “Os servidores do IFSP – Câmpus Capivari estão
capacitados para realizar análise das planilhas de custo?”, resta claro que a equipe contábil ou
mesmo qualquer outro servidor do órgão não está capacitado ou mesmo se sente seguro a
realizar a análise da planilha o que pode ocasionar graves prejuízos ao ente público.
São muitas as dúvidas pontuais com relação a conceito e forma de cálculo de itens da
planilha. Ao se verificar o posto de vigilância noturna identificamos alguns pontos que carecem
de revisão a fim de preservar o funcionário terceirizado, bem como os servidores envolvidos e
o órgão.
Com relação aos demais objetivos, foi possível também verificar o procedimento atual
de análise, restando como sugestão do autor, a criação de departamento dentro da Reitoria do
Órgão que funcione como suporte a respeito da planilha, neste setor deveriam haver servidores
que passassem por treinamento constante e estivessem aptos a dar segurança a quem está nas
pontas (Câmpus).
77
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80