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INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ

CAMPUS FORTALEZA
DEPARTAMENTO DE ARTES
CURSO DE LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS
ESTUDO DA COR E DA FORMA 2018/1
20181014040184 – RAFAELA TEIXEIRA DE OLIVEIRA

RESENHA
POR UMA ABORDAGEM METODOLÓGICA DA PESQUISA EM ARTES VISUAIS

Este exercício de resenha está sendo feito para a disciplina de Metodologia


do Trabalho Científico no ano de 2018/1, o tema da resenha é o texto Por uma
abordagem metodológica da pesquisa em artes de Sandra Rey e tem por finalidade
expor e analisar as reflexões, as indagações e o conteúdo acerca deste texto.

Este texto, Por uma abordagem metodológica da pesquisa em artes, é um


recorte do livro O meio como ponto zero: metodologia da pesquisa em artes
plásticas de Sandra Rey. No decorrer do texto, a autora aborda sobre a linguagem,
os discursos produzidos nas obras de artes, transitando sobre os conceitos
formulados numa obra, explorando as metodologias investigadas no campo da
pesquisa em artes visuais, contextualizando-as com a arte contemporânea. Sendo
assim, a autora faz um paralelo do modo de atuar da arte contemporânea com as
produções anteriores, que, hoje, sendo liberada de cânones, a arte passa a
questionar fronteiras, deslocar limites provocar situações. Desse modo, a arte passa
a se constituir como um campo fecundo para a pesquisa e a investigação.
Diferenciando a pesquisa em arte, que é aquela realizada pelo artista-pesquisador a
partir do processo de instauração de seu trabalho (pág.1), da pesquisa sobre arte,
realizada por teóricos, críticos e historiadores, tomando como objeto de estudo a
obra de arte para realizar análises (pág.1), a autora aborda sobre as diferentes
metodologias atuantes entre essas diferentes pesquisas, tendo em vista que a
pesquisa em arte é um “processo de formação”, e, irá se situar de forma mais
abrangente na metodologia dessa pesquisa. Enfim, a autora formula ideias da
relação dialética entre prática e teoria no processo para a constituição da obra
formalizada e acabada, e, além disso, discorre sobre quem é processado pela obra,
ocorrendo, assim, deslocamentos de parâmetros e de posições instituídas. Por
conseguinte, a autora argumenta sobre as três dimensões pertencentes na
instauração da obra – abstrata (referente à formulação de ideias), prática (referente
às técnicas e materiais) e a obra em processo (referente aos diálogos entre as
manifestações culturais). Enfim, abordando sobre as correntes e diálogos
estabelecidos, por meio de hibridismos entre conhecimentos, materiais e técnicas,
que, por fim, instauram a obra. Ainda em relação à dialética prática e teoria, Sandra
irá fundar a nomeação de conceitos operatórios, em que a produção irá configurar-
se nas operações, permeada não de caminhos preestabelecidos, mas, caminhos
esses que serão (re)formulados durante o processo de pesquisa-investigação.
Ademais, a autora, citando Nelson Goodman, que desloca o questionamento de “o
que é arte?” para “quando existe arte?”, afirma que a arte contemporânea mais
coloca questões do que fornece respostas (pág.5), mobilizando, assim, a produção
de significantes. No entanto, mesmo tendo por função a abordagem metodológica da
pesquisa em artes, a autora não estabelece uma metodologia a ser realizada, não
sistematiza os meios para se chegar a um determinado fim, pelo contrário, a
proposta da autora é mostrar/estabelecer diálogos que estão dentro do corpo da
produção e da pesquisa artística, buscando formular diretrizes que busquem a
relação teoria/prática e o estudo das linguagens no campo visual. Podendo, assim, a
pesquisa seguir vários encaminhamentos durante a investigação, nomeando esta
modalidade de pesquisa de (s)cem modelo, possuindo várias formas de se instituir a
pesquisa em arte.

Por fim, no texto apresentado, Sandra Rey discute sobre os processos que
discorrem durante a pesquisa-investigação, que abrange técnicas, materiais,
conhecimento interdisciplinar e visões de mundo. A arte contemporânea instaura
questionamentos, abordando e recebendo significantes, a partir do momento que é
realizada, e, expondo também, por meio da posterioridade1, que é o receptor, o
sujeito processado pela obra. Enfim, no decorrer do texto, a autora discute ainda
sobre alguns instrumentos para análise (pág.8) que entram em relação com o
trabalho de produção, procurando auxiliar esse procedimento. Porém, a autora
busca mostrar a inoperância de aplicações metodológicas como um aparato
estabelecido a priori pelo artista, dessa maneira, a metodologia abarcada deve
sofrer intermediações de acordo com os procedimentos e feições do artista.

1 ver O ato criador de Marcel Duchamp.


REFERÊNCIAS

REY, Sandra. Por uma abordagem metodológica da pesquisa em artes visuais. In


Brittes, Blanca; Tessler, Elida (Org.) O meio como ponto zero: metodologia da
pesquisa em artes plásticas. Porto Alegre: E. Universidade/UFGRS, 2002.

DUCHAMP, Marcel. O ato criador in: BATTCOCK, A Nova Arte. São Paulo:
Perspectiva, 1975.hjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjj

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