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Gestão
das Organizações
Sumário
CAPÍTULO 3 – Gestão das Organizações..................................................................................... 05
3.1.1.1 Grécia...................................................................................................................... 06
3.1.1.4 Maquiavel................................................................................................................ 08
3.1.3.3 A Burocracia............................................................................................................ 17
3.2.2 Benchmarking.................................................................................................................... 23
3.2.3 Brainstorming..................................................................................................................... 23
3.2.5 5W2H................................................................................................................................. 25
3.3 CONCLUSÕES.............................................................................................................................. 25
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Capítulo3Gestão das Organizações
Introdução
Segundo Maximiniano (2007), a teoria é formada por um conjunto de proposições que buscam
explicar os fatos da realidade. A palavra “teoria” vai além da questão de abordagem de pro-
posições, estabelecendo princípios e doutrinas para nortear os profissionais e resolver problemas
práticos.
Apesar da evidência de teorias com certo grau de sofisticação (Quadro 1), apenas no século
XVIII a administração se tornou uma estrutura organizada de teorias e de conhecimentos, assu-
mindo uma um corpo de ciência.
GRANDES
ORGANIZAÇÕES REVOLUÇÃO
PROJETOS DO GRÉCIA ROMA RENASCIMENTO
MILITARES INDUSTRIAL
ORIENTE
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Gestão das Organizações
Figura 1: Pirâmides
Fonte: commons.wikimedia.org
3.1.1.1 Grécia
Na Grécia do século V a.C., tivemos a criação de muitas ideias que passaram a influenciar
as teorias e práticas de administração. Dentre as ideias que mais podemos destacar estão a
Democracia, a Ética e a Qualidade.
Técnicas e princípios de administração nortearam o império romano (509 A.C – 476 D.C.)
durante os seus vários séculos de existência. A capacidade de manutenção do domínio e controle
de territórios apresenta uma capacidade de administração de um império multinacional. Para
essa missão, os romanos criaram executivos diversos, como: reis, imperadores, césares, cônsules,
magistrados e outros.
À medida em que o império romano desaparecia, a Igreja Católica iniciava sua organização,
herdando muitas tradições administrativas romanas, como a administração de territórios. A
Igreja Católica Romana pode ser considerada a organização formal mais eficiente da civilização
ocidental. Através dos séculos, tem mostrado e provado a força de atração de seus objetivos, a
eficácia de suas técnicas organizacionais e administrativas, espalhando por todo o mundo sua
influência, inclusive sobre os comportamentos das pessoas, seus fiéis.
A Igreja Católica tem uma organização tão simples e eficiente que sua enorme organização
mundial pode operar de forma eficiente sob o comando de uma só pessoa, o Papa. Pode-se
definir a forma de organização contendo: um chefe executivo, um colégio de conselheiros,
arcebispos, bispos, párocos e a congregação de fiéis.
Desde o exercito assírio (século XIV a.C.), se iniciaram avanços importantes na organização
militar. No século VIII a.C. eles desenvolveram características de logística que permearam
exércitos posteriores, como: depósito de suprimentos, colunas de transporte, companhias para
construção de pontes. Já no século VII a.C., foram construídos navios que permitiram chegar
até o Golfo Pérsico, gerando capacidade para realizar campanhas até 500 quilômetros de
distância.
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Gestão das Organizações
No século III a.C., o exército romano apresentava características de organização no alistamento
de profissionais, burocratização, planos de carreira e organização.
No século VI a.C., Sun Tzu escreveu sobre estratégia militar. Apesar de a identidade de Sun
Tzu ser objeto de polêmica, as teorias no tratado “A arte da guerra”, tratam de princípios
fundamentais sobre planejamento, comando e doutrina.
A organização militar também contribuiu com o princípio de direção, pelo qual todo soldado
deve saber o que dele se espera e o que ele deve fazer.
No início do século XIX, Carl von Clausewitz (1780 – 1831), general prussiano, escreveu um
Tratado sobre a Guerra e os Princípios de Guerra (publicado em “Da guerra”), sintetizando
“A guerra é a continuação da política por outros meios”. Para ele, a vitória se materializa
na destruição física e moral do inimigo. “Guerra é um ato de violência destinado a forçar
o adversário a submeter-se à nossa vontade”, falando sobre como administrar os exércitos
em períodos de guerra. Foi o grande inspirador de muitos teóricos da administração, que
posteriormente, se basearam na organização e estratégias militares para adaptá-las à
organização de estratégias empresariais.
3.1.1.4 Maquiavel
•• Destaque na qualidade dos homens que o cercam, ou seja, da formação da equipe com
pessoas individualmente capacitadas e que trabalham em conjunto.
•• Apoio dos governos, independente da forma de ascensão ao cargo, ou seja, o apoio das
massas é essencial para o sucesso dos governantes.
•• O governante deve ser exemplo pessoal, ou seja, ele deve fortalecer a moral e o espirito
dos governados com sua qualidade de liderança.
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Fonte: Êxodo, cap. 18, v. 13-27. 1 ?radip N. Khandwalla, The Design of Organizations, Nova
York, Harcourt Brace Jovano-vich, Inc., 1977, pp. 170-172.
O Surgimento da revolução industrial, na Inglaterra, tem uma série de fatores que contribuíram
para seu sucesso, dentre eles o fato de a burguesia inglesa ser muito rica e durante muitos anos
ter continuado a ampliar seus negócios de várias maneiras. Dispunham de mão-de-obra em
abundância desde a Lei dos Cercamentos de Terras (Enclosure Acts), que provocou o êxodo rural.
Os trabalhadores dirigiram-se para os centros urbanos em busca de trabalho nas manufaturas.
Esses trabalhadores formaram o que chamamos de Proletariado.
No século XIX, a Revolução Industrial chegou até a França e com o desenvolvimento das ferrovias,
cresceu ainda mais. Em 1850, chegou até a Alemanha e só no final do século XIX, na Itália e na
Rússia; já nos EUA, o desenvolvimento industrial só se deu na segunda metade do século XIX. A
máquina a vapor, figura 2, foi um dos eventos que impulsionou a industrialização e possibilitou
o aumento da produção. 3.1.1.1 Grécia
Na Grécia do século V a.C., tivemos a criação de muitas ideias que passaram a influenciar
as teorias e práticas de administração. Dentre as ideias que mais podemos destacar estão a
Democracia, a Ética e a Qualidade.
A primeira fase da Revolução Industrial teve uma aceleração crescente passando por quatro
fases distintas:
•• 2ª fase: A aplicação da força motriz à indústria. A descoberta da força elástica por Denis
Papin foi aplicada somente em 1776 com a invenção da máquina a vapor, transformando
as oficinas em fábricas e revolucionando os transportes, comunicação e agricultura.
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•• 3ª fase: O desenvolvimento do sistema fabril. As fábricas e os operários substituem as
oficinas e os artesãos. Inicia-se o processo de divisão do trabalho de forma mais incipiente.
O mecanicismo tem sua base na Administração Científica, introduzida por Taylor nos Estados
Unidos, cuja preocupação consistia em aumentar a produtividade e eficiência no nível operacional
das empresas. O objetivo principal era a divisão do trabalho, das tarefas e a separação dos
cargos. Sua ênfase era nos movimentos para realização das atividades, o tempo para sua
execução e a especialização do trabalhador, isso era a base do estudo.
•• Objetivo da boa administração é pagar salários altos e ter baixos custos de produção.
Taylor propõe colocar em prática os princípios com a racionalização do trabalho por meio do
estudo dos tempos e movimentos (Figura 3). O trabalho deveria ser decomposto, analisado e
testado cientificamente, e deveria ser definida uma metodologia a ser seguida por todos os
operários com a padronização do método e das ferramentas.
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Na época considerada como 2º período de Taylor, foi publicado seu segundo livro “Principles
of Scientific Management” (Princípios de Administração Científica), em 1911, onde Taylor
apresenta seus estudos, com maior ênfase em sua filosofia, introduzindo os quatro princípios
fundamentais da administração científica:
Foi Henry Ford, com a linha de montagem, elevou o grau dos dois princípios da produção em
massa, com a fabricação de grande quantidade de peças padronizadas e intercambiáveis e a
especialização do trabalhador. Ele foi o criador do primeiro carro popular em larga escala, o
FORD T. Usou conceitos da racionalização da produção, idealizou a linha de montagem. Ford
adotou 3 princípios básicos que foram:
•• Princípio da economicidade.
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3.1.3.2 A Teoria Clássica
Henri Fayol (1841-1925) foi o fundador da Teoria Clássica. Formou-se em engenharia de minas
e entrou para uma empresa metalúrgica e carbonífera, onde fez sua carreira. Fayol publicou a
Teoria de Administração no livro Administration Industrielle et Générale, em 1916.
•• Funções de segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas.
•• Funções administrativas, relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco funções.
As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa,
pairando sempre acima delas.
Nasceram das teorias de Fayol os conceitos de administrar como: prever, organizar, comandar,
coordenar e controlar, que são as funções administrativas envolvem os elementos da
Administração, ou seja, as funções do administrador:
•• Controlar: Verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens
dadas.
•• Remuneração do pessoal: de forma equitativa e com base tanto em fatores externos quanto
internos.
•• Equidade: o tratamento das pessoas com benevolência e justiça, não excluindo a energia e
o rigor quando necessários.
•• Espírito de Equipe.
3.1.3.3 A Burocracia
O cientista social alemão Max Weber, na década de 20, quem fez os estudos pioneiros sobre
as burocracias e o que ele chamou o tipo ideal de burocracia. Para ele, a sociedade e as
organizações modernas são sistemas de normas impessoais. São as normas (ou leis) que regem
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Gestão das Organizações
o comportamento das pessoas. Nas sociedades primitivas, ao contrário, é a vontade ou capricho
dos governantes que rege o comportamento das pessoas.
Weber definiu as organizações burocráticas como máquinas impessoais, que tem seu
funcionamento em conformidade com regras que ele chamou de racionais. Segundo ele, todas
as organizações formais modernas, desde as pequenas empresas até as grandes corporações,
são burocracias, que se baseiam na autoridade legal-racional (ou seja, a autoridade das leis).
•• Caráter legal das normas e regulamentos - A burocracia é uma organização ligada por
normas e regulamentos previamente estabelecidos por escrito. Em outros termos, é uma
organização baseada em uma espécie de legislação própria (como a Constituição para
o Estado, os estatutos para a empresa privada etc.) que define antecipadamente como a
organização burocrática deverá funcionar.
•• Caráter formal das comunicações - A burocracia é uma organização ligada por comunicações
escritas. As regras, decisões e ações administrativas são formuladas e registradas por
escrito. Daí o caráter formal da burocracia: todas as ações e procedimentos são feitos para
proporcionar comprovação e documentação adequadas.
a) É um especialista;
b) É assalariado;
c) É ocupante de cargo;
No início do século XX, a visão mecanicista das pessoas era reflexo da orientação que vinha da
Revolução Industrial. A prioridade era a eficiência da produção. Naquele momento, as pessoas
eram apenas “peças humanas” para aproveitar as oportunidades do mercado.
Já o enfoque comportamental veio considerar as pessoas como parte mais importante das
organizações e de seu desempenho. No enfoque comportamental, as pessoas ficam em primeiro
plano e depois temos o sistema técnico - máquinas, equipamentos, produtos e regras.
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como habilidades e interesses, e as teorias sobre o comportamento coletivo nas organizações,
cobrindo temas como clima e cultura organizacional e grupos informais.
A intenção era estudar os efeitos das condições físicas dos trabalhadores à produtividade, ou
seja, o quanto a exaustão era responsável por uma diminuição significante (ou não) sobre a
produção de uma empresa, além de desvendar e pesquisar a fundo o motivo dos constantes
conflitos entre trabalhadores e os empregadores, e verificar a questão do alcoolismo, tédio e
outras situações que eram comuns e dificultavam o convívio.
Por meio das entrevistas, Mayo e seus colaboradores interpretaram os resultados do experimento
e formulando uma série de conclusões que deram origem a uma nova filosofia de administração.
Essas conclusões estabeleciam que o desempenho das pessoas não era determinado apenas
pelos métodos de trabalho, segundo a visão da administração científica, mas também pelo
comportamento.
II. Para compreender a realidade, é preciso analisar não apenas elementos isolados, mas
também suas interrelações.
De acordo com Bertalanffy, a tecnologia e a sociedade ficaram tão complexas que soluções
tradicionais não são mais suficientes. Assim sendo, a teoria dos sistemas é a reorientação do
pensamento e da visão do mundo tendo a introdução dos sistemas como um novo paradigma
científico, contrastando com o paradigma analítico, mecanístico e linear, de causa e efeito,
da ciência clássica.
•• A visão de uma entidade nova e distinta, criada por essa relação, que se consegue enxergar
focalizando o todo e não suas partes.
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Figura 4: Sistema
Segundo MAXIMIANO (2007), além dessas teorias, temos abordagens modernas que focalizam
outros aspectos da forma de administração como a reengenharia, qualidade total, downsinzing,
benchmarking, organizações que aprendem etc.
•• Análise de SWOT.
•• Benchmarking.
•• Brainstorming.
•• Matriz BCG.
•• Método 5W2H.
O termo SWOT tem origem no inglês e significa Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas),
Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças) (figura 5).
Figura 5: SWOT
3.2.2 Benchmarking
Benchmarking pode ser entendido como um processo contínuo de medição de produtos, serviços
e práticas em relação aos mais fortes concorrentes, ou em relação às empresas reconhecidas
como lideres em suas indústrias.
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3.2.3 Brainstorming
Brainstorming é uma dinâmica de grupo que é usada em várias empresas como uma técnica
para resolver problemas específicos, para desenvolver novas ideias ou projetos, para juntar
informação e para estimular o pensamento criativo. Também chamado de tempestade de
ideias, é um processo pelo qual todos os participantes podem opinar sobre determinado tema
sem que as ideias sejam descartadas ou entendidas como absurdas. A partir do resultado, elas
são avaliadas até se chegar a uma conclusão.
Essa conclusão deve ser feita quando se tem um número suficiente de ideias ou quando o fluxo
de ideias se esgotar, ou seja, quando ninguém tem mais sugestões a dar. Nesse momento, as
diversas sugestões são sintetizadas e agrupadas para que, apenas a partir desse momento,
sejam avaliadas e criticadas.
A matriz BCG (figura 6) tem o objetivo de descobrir qual o ciclo de vida dos produtos, com o
objetivo de fazer gestão nas empresas de marketing, planejamento e mudanças de portfólio.
A matriz é baseada nas taxas de crescimento e na participação de um determinado mercado.
3.2.5 5W2H
Para uso da ferramenta, é importante que se estabeleça uma estratégia de ação para
identificação e proposição de soluções de determinados problemas que se queira sanar.
Também se deve ter certeza de que as ações são sobre as causas do problema, e não sobre
seus efeitos, e de que suas ações não terão efeito colateral, propondo diferentes soluções para
as questões analisadas.
3.3 CONCLUSÕES
A teoria e as ferramentas de gestão existentes na administração, bem como o planejamento,
base do pensamento de um administrador, podem fazer a diferença entre o sucesso e fracasso
de uma organização ou empreendimento.
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Síntese
Gestão das Organizações
•• Vimos também que as organizações podem ser agrupadas em função de suas definições:
Sistema Racional, Sistema Natural e Sistema Aberto.
•• Foi importante entender que os processos de organização têm como meta analisar os
trabalhos e objetivos a serem realizados, dividir o trabalho e as responsabilidades por sua
realização, definir os níveis de autoridade e desenhar a estrutura organizacional.
•• Viu que a estratégia é a arte de conceber planos conjuntos, visando a atingir objetivos
determinados e que na organização, esse processo é chamado de planejamento estratégico.
•• Também vimos que a análise das ameaças e oportunidades é base para o planejamento
estratégico.
•• Ainda neste capítulo vimos que o trabalho é um fator de criação de riqueza, faz parte da
vida do homem, os indivíduos tendem a buscar trabalhos que lhes satisfaça, ele é a ligação
da relação do individuo com a organização.
AURELIO B. H., Mini Dicionário Aurélio Língua Portuguesa. São Paulo: Ed. Positivo, 2014.
CBPM - Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, acessado em: 20/01/2015, disponível em:
www.cbpm.com.br/paginas/omeio_nacbpm.php .
LACOMBE, F.J.M.; HEILBORN, G.L.J. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Sa-
raiva, 2006.
MAXIMINIANO, Antônio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 7ª ed. São Paulo: Atlas,
2007.
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