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O behaviorismo radical

é um existencialismo?

Autores: João Paulo U. Cunha, Biancka Bandeira Miranda, Évinly Sousa Brito

Orientador: João Ilo Coelho Barbosa


Universidade Federal do Ceará
INTRODUÇÃO

 Obrigatoriedade de estudar vários sistemas teóricos durante a


graduação;

 Discussões em sala de aula.


OBJETIVOS

 Estabelecer, através da leitura de obras referentes as duas correntes


teóricas, pontos de convergência e divergência conceituais entre o
behaviorismo radical e o existencialismo sartreano, mais
especificamente com relação aos conceitos de liberdade, ética e
sentimentos.
O BEHAVIORISMO
RADICAL

 Definido por Skinner como a filosofia de sua ciência do comportamento;

 As razões pelas quais uma ciência do comportamento seria pretendida e


justificada em pressupostos e objetivos seria objeto de uma subárea
específica. (Carvalho Neto, 2002).
O EXISTENCIALISMO
DE SARTRE

 Corrente filosófica que busca explicar as experiências humanas a partir


de aspectos cotidianos da própria existência;

 Ateísmo filosófico;

 “Significa que, em primeira instância, o homem existe, encontra a si


mesmo, surge no mundo e só posteriormente se define.” (Sartre, 1987,
p. 6).
A NOÇÃO
BEHAVIORISTA DE
LIBERDADE

 Sensação;
 Ausência das respostas emocionais características do controle aversivo;
 Resposta emitida com ausência de controle aversivo ou com o
reforçamento positivo superando seu efeito;
 “Sentir-se livre é um importante sinal distintivo de um tipo de controle
que se singulariza pelo fato de não produzir contracontrole.” (Skinner,
2006, p. 169).
A NOÇÃO
EXISTENCIALISTA DE
LIBERDADE

 O ato/ação intencional;

 “O fumante desastrado que, por negligência, fez explodir uma fábrica de


pólvora não agiu. Ao contrário, o operário que, encarregado de dinamitar
uma pedreira, obedeceu às ordens dadas, agiu quando provocou a
explosão prevista […]” (Sartre, 1997, p. 536).
A NOÇÃO
EXISTENCIALISTA DE
LIBERDADE

 O ato depende de um prévio planejamento (idealização) elaborado pela


consciência, e a partir deste será reconhecida uma falta objetiva;

 “A intenção de suscitar uma rival para Roma só pode advir a Constantino


pela captação de uma falta objetiva: Roma carece de um contrapeso; a
esta cidade profundamente pagã era preciso opor uma cidade cristã que,
no momento, fazia falta.” (Sartre, 1997, p. 537).
A NOÇÃO
EXISTENCIALISTA DE
LIBERDADE

 Ato: atitude planejada conscientemente através da percepção de algo


que falta e em direção a preenchê-la;

 “É o ato que decide seus fins e móbeis, e o ato é expressão da


liberdade.” (Sartre, 1997, p. 541)
A NOÇÃO
BEHAVIORISTA DE
SENTIMENTOS

 Os sentimentos não são causadores do comportamento, são parte dele;

 Forma adjetiiva;

 “Os nomes das assim chamadas emoções servem para classificar o


comportamento em relação a várias circunstâncias que afetam sua
probabilidade” (Skinner, 2003, p. 178).
A NOÇÃO
EXISTENCIALISTA DE
SENTIMENTOS

 A ação é o exercício da liberdade;

 A existência precede a essência;

 Sentimentos são constituídos a partir da vivência e não podem ser outra


coisa senão traduzidos em ações.
A NOÇÃO
EXISTENCIALISTA DE
SENTIMENTOS

 “O que é que constituía o valor do sentimento que ele tinha por sua
mãe? Precisamente o fato de que ele permanecera, por ela. Posso dizer:
amo tal amigo o suficiente para lhe sacrificar tal soma em dinheiro; mas
só poderei dizê-lo se o fizer” (Sartre, 1987, p. 11)
A NOÇÃO
BEHAVIORISTA DE
ÉTICA

 Valores saem do campo metafísico e entram no âmbito de contingências


ambientais;

 O que é bom é o que é reforçador;

 Bens pessoais, bens dos outros, bens da cultura.


A NOÇÃO
BEHAVIORISTA DE
ÉTICA

 “Portanto, uma tecnologia do comportamento é eticamente neutra,


porém o uso que se faz dela no planejamento da cultura como um todo
deve se basear em algum tipo de valor; então Skinner elege seu valor: a
sobrevivência da cultura.” (Rose & Castro, 2008, p. 90).
A NOÇÃO
BEHAVIORISTA DE
ÉTICA

 “Uma análise científica do comportamento humano e da evolução


genética e cultural não pode fazer da liberdade individual o objeto do
planejamento cultural. O indivíduo não é uma origem ou fonte. Ele não
inicia nada. Nem é ele que sobrevive (…) O que sobrevive são a espécie
e a cultura.” (Skinner, 1969, como citado em Rose & Castro, 2008, p.
96).
A NOÇÃO
EXISTENCIALISTA DE
ÉTICA

 O existencialismo ateu, que eu represento, é mais coerente. Afirma que,


se Deus não existe, há pelo menos um ser no qual a existência precede
a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer
conceito […]” (Sartre, 1987, pp. 5-6);

 Os valores são individuais e constituídos a partir da vivência.

 Responsabilidade e má-fé.
CONCLUSÕES

 As noções de liberdade das duas correntes filosóficas diferem


substancialmente, uma vez que uma concebe liberdade como a
condição primordial do homem (Sartre, 1997), enquanto a outra a
entende como uma espécie de propriedade do reforçamento positivo
(Skinner, 2006).
CONCLUSÕES

 Ambos entendem que os sentimentos não geram comportamento, mas


que são parte constitutiva do próprio comportamento;

 Os sentimentos podem ser entendidos como um conjunto de


comportamentos que os traduzem, de modo que dizer que ama alguém
é emitir os repertórios de comportamento considerados amorosos.
CONCLUSÕES

 No campo ético, as duas correntes não concebem os valores como


instâncias aos quais existem a priori e trazem-nos para o campo dos
comportamentos: Skinner para as contingências ambientais (Rose &
Castro, 2008) e Sartre para a vivência pessoal (Sartre, 1987);

 Behaviorismo e existencialismo divergem em seus valores principais:


enquanto a ética de Sartre traz a responsabilidade, Skinner elege a
sobrevivência das culturas.
CONCLUSÕES

 Apesar das grandes diferenças entre os sistemas teóricos, é possível


estabelecer uma aproximação entre elas, desde que sejam respeitados
seus limites epistemológicos.
REFERÊNCIAS

Carvalho Neto, M. B. (2002). Análise do comportamento: behaviorismo radical, análise experimental


do comportamento e análise aplicada do comportamento. Interação em Psicologia, 6(1), 13-18.

Rose, J. C. C; Castro, M. S. L. B. (2008). A ética skinneriana e a tensão entre descrição e prescrição


no behaviorismo radical (1ª ed). Santo André: ESETec.

Sartre, J. P. (1987). O existencialismo é um humanismo (3ª ed). São Paulo: Nova Cultural.

Sartre, J. P. (1997). O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica. Petrópolis: Vozes.

Skinner, B. F. (2003). Ciência e comportamento humano (11ª ed). São Paulo: Martins Fontes.

Skinner, B. F. (2006). Sobre o behaviorismo (10ª ed). São Paulo: Cultrix.

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