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FACULDADE LATINO AMERICANA DE EDUCAÇÃO –FLATED

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

CLÉA ALVES MORAES

A CONTRIBUIÇÃO DOS CONTOS INFANTIS NA FORMAÇÃO SÓCIO -AFETIVOS


DAS CRIANÇAS

GUARACIABA DO NORTE – CEARÁ

2017
FACULDADE LATINO AMERICANA DE EDUCAÇÃO -FLATED

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

CLEA ALVES MORAES

A CONTRIBUIÇÃO DOS CONTOS INFANTIS NA FORMAÇÃO SÓCIO -AFETIVOS


DAS CRIANÇAS

Artigo apresentado à Faculdade Latino


Americana de Educação-FLATED, como
requisito parcial para obtenção do grau de
Licenciatura Plena em Pedagogia.Sob a
Orientação: Profª Ivaneide Fernandes
Rodrigues

GUARACIABA DO NORTE – CEARÁ

2017
Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos
alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso
aprendemos sempre.
Paulo Freire
¹ Cléa Alves Moraes

² Ivaneide Fernandes Rodrigues

RESUMO

Este trabalho traz uma abordagem acerca da importância dos contos no processo de
aprendizagem humana, mostrando o valor desta ferramenta de leitura como um exercício
fundamental do ser humano, tanto no sentido de entretenimento como no sentido de
educar. Durante toda minha trajetória docente foi percebido o gosto das crianças pelas
histórias, o encantamento que elas sentem e o desenvolvimento de habilidades
que estas proporcionam. Desta forma por acreditar que o gosto pela literatura, pelas leituras e
apreciação de fábulas e clássicos devem ser estimuladas desde o seio familiar e continuar na
escola através das práticas pedagógicas docentes resolveu-se abordar esta temática.Este
trabalho tem em seu principal objetivo mostrar a importância da literatura na aprendizagem de
uma pessoa, em especial como ferramenta de aquisição de habilidades leitoras e escritas.
Este estudo foi elaborado a partir de uma pesquisa bibliográfica com aporte nas teorias de
Abrmovich (1991)Cadermatori (2006),Coelho (2000),Freire (1982),Luckesi (1983)
Orlandi,(1996) Scoz (1994), Vygotsky (1984), dentre outros. O término da pesquisa revelou
que a literatura é uma ferramenta em potencial para o desenvolvimento da aprendizagem
como meio de iniciação da criança ao mundo da leitura e o despertar pelo o gosto, pois
através da leitura há melhor inserção no mundo. Salienta-se ainda a importância do ambiente
e o papel dos pais no despertar das letras através da literatura.

Palavras-chaves. Aprendizagem. Família. Infância Literatura. Professor.

¹ Cléa Alves Moraes- Aluna do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da Faculdade Latino Americana de
Educação -FLATED. E-mail:luizaellane@outlook.com. ² Ivaneide
Fernandes Rodrigues- Especialista em Português e Literatura pelo Instituto de Educação Superior Profissional
IESP e especialista em Gestão Escolar, Supervisão e Coordenação Pedagógica pelo Instituto de Educação
Superior e Profissional -IESP- email-ivaneideipu2013@gmail.com
SUMARIO

1-INTRODUÇÃO..............................................................................................................
2. GOSTAR DE LER: UM DESAFIO........................................................................ 2.1 A
IMPORTÂNCIA DOS PAIS E DO AMBIENTE FAMILIAR NA FORMAÇÃO DO
LEITOR .................................................................................... 3-PAPEL DO PROFESSOR
COMO ESTIMULADOR NA CONTAÇAO DE
HISTÓRIA...........................................................................................................................
4- CONSIDERAÇOES FINAIS......................................................................................

REFERENCIAS ................................................................................................................
1 INTRODUÇÃO

É comprovado que todas as experiências vivenciadas por uma pessoa desde os


primeiros momentos de vida deixam marcas profundas na formação de seus gostos, valores,
personalidade, etc.
É sabido que a literatura deve está presente na infância, pois é nesta fase que surge a
preocupação de como inserir na vida da criança o despertar para a leitura. Nesta perspectiva
este trabalho traz uma abordagem acerca da importância da literatura no processo de
aprendizagem humana, mostrando o valor desta ferramenta de leitura como um exercício
fundamental do ser humano, tanto no sentido de entretenimento como no sentido de educar.
Desta forma por acreditar que o gosto pela literatura pelas leituras e apreciação de
fábulas e clássicos deve ser estimulado desde o seio familiar e continuar na escola através das
práticas pedagógicas docentes resolveu-se abordar esta temática. Este trabalho tem em o
principal objetivo mostrar a importância do conto na aprendizagem de uma pessoa, em
especial como ferramenta de aquisição de habilidades leitoras e escritas.
Para tentar desvelar este objeto de estudo recorreu-se a uma pesquisa de natureza
bibliográfica com aporte nas teorias de Abramovich (1991)Cadermatori (2006),Coelho
(2000),Freire (1982),Luckesi (1983) Orlandi,(1996) Scoz (1994), Vygotsky (1984), dentre
outros.
Este trabalho revela o lugar que a literatura deve ocupar no aprendizado humano, que
deve ser de grande destaque. Enfatiza-se aqui grande importância das histórias infantil e
clássica no despertar para a leitura, para a compreensão do mundo que nos rodeia e para a
construção de conhecimentos ligados a linguagem, oralidade, afetividade e no enfrentamento
de conflitos nas diferentes fases da vida.
2. GOSTAR DE LER: UM DESAFIO

A princípio pretendemos considerar que ler é


“reconhecer palavras” decodificar, ou seja, sabe ler quem é alfabetizado. Este enfoque
restrito se alarga quando consideramos que a leitura, efetivamente, só se faz no momento em
que somos capazes de atribuir sentido ao que foi decodificado.
Ainda que não levemos em consideração tais objetivos, de prazo e alcanço mais
longo, para justificar a necessidade da formação do leitor, toda a dinâmica da vida escolar
esteja centrada na capacidade de ler e compreender bem o que foi lido. Inúmeras às vezes em
que, em reuniões de professores colegas da área de Matemática, por exemplo, queixam-se de
que os alunos não resolvem os problemas propostos “por que não sabem ler”.
A questão é que os anos se sucederam, e apesar disso, o desempenho do aluno frente
à leitura continua sendo em regra muito baixo. E à medida que os alunos avançam na
escolaridade, menor a ligação que tem a leitura,os procedimentos pedagógicos adotados ao
invés de aproximar os estudantes, afastavam dos livros aos poucos, criando entre ele uma
relação de enfado e desinteresse.
A escola precisa garantir que o aluno tenha um papel ativo, crítico e criativo no
estabelecimento da relação entre o que lê e que sabe, na avaliação do nosso conhecimento a
partir do já possui e na verificação das novas hipóteses. A intervenção do professor é
essencial para que o aluno ganhe autonomia como leitora.
Ensinar a ler é lançar mão de todos os recursos que favoreçam a compreensão do texto
na perspectiva mais ampla durante todo o processo de leitura: antes de realizar atividade, na
preparação e na atualização dos conhecimentos prévios do aluno; durante a leitura do texto, na
indicação das diferentes estratégias que favorecem a compreensão; e ao final do processo na
análise do texto.
Do mesmo modo, deve-se trabalhar com diferentes estratégias, durante a leitura do
texto, fixando, por exemplo, a atenção sobre elementos composicionais, linguísticos e
funcionais que particularizam os gêneros “lidos”. Como na exploração final, o educador deve
preocupar-se também em garantir a análise de alguns aspectos que os textos
apresentam: diferenciação entre fatos reais e imaginários, percepção de expressões com o
duplo sentido de um novo, identificação da função do texto.
Seja qual for à atividade de leitura proposta, os alunos precisam ser orientadas sobre
quais estratégias, quais “ferramentas” garantiram uma aproximação com o texto.
Em outras palavras é o educador que “ensinam”, quais os melhores
procedimentos para que o leitor compreenda os objetivos da leitura que vai realizar (ler com
um propósito determinado);
Os procedimentos fundamentais para o desenvolvimento de habilidades de leitura,
favorecendo assim, para a apropriação da linguagem com competência. Os mecanismos que
regem os processos de aquisição da fala e da escrita dos mesmos, o que leva
consideravelmente a importância da leitura de textos ricos, variados e de boa qualidade, a
partir dos quais a experiência do leitor com a linguagem se amplie, determinando uma
competência cada vez maior no próprio processo de leitura.
A leitura com gravuras é, espontaneamente, um dos primeiros aparecimentos a
ser desenvolvida pela criança que está em contato com o livro, o processo de aproximação
da criança como mundo da literatura transforma em forma de aprendizagem significativa.
Segundo Coelho (2000, p. 161), “livros que contam histórias através da linguagem
visual, sem o suporte de textos narrativos ou com o apoio de pequenas falas escritas, são
chamados de livros de imagens”. Os modelos de livros sem expressões oferece muitas
metodologias que permite as crianças a importância dos seres, dos objetos e dos episódios que
se move e se mistura no mundo no qual elas estão introduzidas.
Para Abramovich:

Há prazer de folhear um livro, (colorido ou branco e preto [...] livros feitos para
crianças pequenas, mas que podem encantar aos de qualquer idade, são, sobretudo,
experiências de olhar, de um olhar múltiplo, pois se vê com o olhar do autor e do
olhador/leitor, ambos enxergando o mundo e os personagens de modo diferente,
conforme percebem o mundo. Saborear e detectar tanta coisa que nos cerca usando
este instrumento nosso tão primeiro,tão denotador de tudo, a visão.(1991,p.33)

No universo da leitura, novos espaço e personagens, valorizando a linguagem simples


e comum, levando os pequenos leitores a se idealizarem na história já que o conto se realiza
num espaço, junto da realidade deles. No ambiente escolar, além de benefícios emocionais, a
leitura infantil ajuda no acréscimo da criatividade, aprende a ler, escrever, soltar a imaginação
e gostar do universo literário.
Proporciona também o contato prévio da língua portuguesa e contribui para
o conhecimento das letras. É importante analisar, que a escola deve considerar a leitura como
uma fonte de saber, tornando o momento da leitura uma ótima oportunidade para transferir
conhecimento de forma prazerosa e planejada.
Na atualidade surge a educação para todos, priorizando, assim, a criança. Valorizando
a criança, surge momentos de incentivos, alguns livros para adultos tomam forma de livros
infantis. Começa-se a formação de pequenos leitores.
Em um ajuste suave, o livro infantil e as imagens vêm trazendo para o público pré-
leitor diferentes estratégias de visualização. um olhar novo, voltado para os sentidos e
aspectos imagéticos, explicações no livro, vai conhecer o mundo dentro do assunto sócio-
cultural e leva a criança pré-leitora a ampliar sua linguagem, produzi-la e a pensar
criticamente gerando probabilidades de mudança do mundo que a cerca.
Para Freire (1982, p.36) “ler é ser capaz de transformar uma mensagem escrita numa
mensagem sonora segundo certas leis precisas. É compreender o conteúdo da mensagem
escrita, é ser capaz de julgá-lo e de apreciar seu valor estético”.
A leitura em uma concepção mais contemporânea é definida como um ato de
atribuição de significado a um texto escrito. O leitor para desenvolver os processos usa de três
habilidades: a verificação, a antecipação e a identificação. A primeira permite que o leitor
faça a antecipação devido aos conhecimentos já adquiridos, ou seja, a verificação se faz nas
informações visuais e a antecipação das informações não visuais onde o leitor as considera
para um melhor entendimento do texto.
Caso confirme a antecipação realizada pelo leitor, a verificação não informa. É na
identificação que o leitor busca a nova informação confirmando ou reestruturando as
hipóteses já formadas.
É desde da instituição, o professor e o aluno se engajem em histórias que completem
sentido, tenham característica deseja de informação ou fictícia , que sintam gosto de
aprender, de procurar, de comunicar, de dialogar, de interagir e, por que não, de
sonhar.Precisa, todo mundo ter a uma disposição. Muitos deles requerem uma leitura
compartilhada (mais dirigida) mais densos, ou mais complexa, enfim, associar a literatura
sempre ao encanto.
A história contada pelo adulto e recontada pelos pequenos possibilita a construção de
aprendizagens variadas que fortalecem laços e permitem que o leitor solte a imaginação, seus
medos e suas aspirações.
Tudo converge para a ideia de que a contação de histórias é fundamental para
levaras crianças a pensarem e aceitar que elas entram no mundo mágico.
Nesta perspectiva Perrone e Lara enfatizam:

Como é gostoso e importante para a formação da criança ouvir histórias. Ao “contá-


las instigamos a curiosidade e o desejo de ‘quero mais”, expresso pelas crianças no
“conta outra vez”. São esses sentimentos que nos movem para conhecer e
aprender as coisas que estão no mundo, e, sabendo-as registradas em
livros, certamente iremos recorrer a eles, nos tornando, assim, leitores por desejo e
motivação. (2002, p. 123 )
É admirável para a pessoas que leiam histórias naveguem, levantem o seu público
nessa viagem de imaginação. Durante uma contação de histórias, as crianças admitem
diversas papeis e diferentes participação. Quando a criança escuta histórias desde pequena, ela
adquire o gosto da imaginação e aprende a lidar com medos e fantasias.
As atividades de leitura são suficientes para garantir o interesse e o prazer;
sugestões de estimular a leitura: facilitar o acesso aos livros, pensar em atividades, ser um
leitor mais autônomo e crítico

2.1 A importância dos pais e do ambiente familiar na formação do leitor

Considera-se valioso o aprender a ler de “todos” de uma reação para que se possa
transformá-la. Politicamente, esta ideia não é bem aceita pelos governadores desde país, pois
ainda se tem a ideia excludente de que somente uma pequena parcela da sociedade – a elite –
detém o saber e consequentemente, o poder.
Então para que formar cidadãos conhecedores, cultos? Esta problemática perpassa
pela história brasileira desde que ela existe. Contudo, precisa-se pensar em questões que
minimize talvez, equacionar futuramente este fato. Os pais e o ambiente familiar têm papéis
importantes /na formação do leitor.
Julga-se relevante que os pais deve ter uma preocupação com a formação literária dos
filhos. É importante que os pais estimulem a leitura das mais variadas formas, sem que haja
um momento com hora marcada, caso isto se concretize poderá ocorrer uma obrigatoriedade
e não um desejo de leitura por parte de seu filho.
A literatura infantil é importante na vida de todos, desde cedo, pois sua função básica
é de estimular na criança todas as potencialidades latentes no ser: despertar em o espírito uma
série de valores (morais); atuar sobre a potencialidade psíquica, despertando e desenvolvendo
os dotes de imaginação e gosto artístico, oferecer alimento fecundo
a imaginação, preparando-a para o conhecimento da realidade circundante e desenvolver a
capacidade expressiva.
Os pais consiste em “pareceria neste processo”, propiciando aos filhos, momentos de
leitura sempre que possível. Eles podem: ler livros de literatura infantil à noite, antes dos
filhos dormirem; pedir que os filhos escolham alguma história para que lhes
contem; pedir que as crianças inventem histórias (oralmente), a partir do que já
conhecem; ler junto com os filhos, a mesma história, dividindo páginas ou capítulos; etc. O
importante é que a leitura provoque vôos imaginativos.
A família que tem por costume ler, comprar livros, conversar sobre o que lê favorecerá
ao possível desejo literário dos componentes da mesma. Mesmo em ambientes menos
favorecidos economicamente, quando a leitura é uma tônica cultural é possível se conquistar.
Entretanto, pode-se levantar um questionamento a partir das afirmativas anteriores:
como incentivar esta prática se a “família não tem relação de intimidade e de prazer com a
leitura?”.Constata-se que “o leitor pode ser formado em qualquer período de sua existência”,
se for à infância, melhor, mas caso não aconteça o professor, como veremos mais adiante, tem
o papel de estimular a prática literária.
Quanto maior estímulo cultural a criança obtiver, mais
potencialidades ela pode exteriorizar, ampliando assim, suas chances de se encontrar e se
realizar enquanto indivíduo. Portanto, é necessário que o ambiente onde a criança viva, seja
iniciador de uma prática literária, e provocador do prazer, da imaginação e da criação.
Algumas crianças ao chegarem à escola, representam o que lêem: pegam o livro,
põem na posição correta, abrem-no, olham-no atentamente, soltam um discurso num
determinado tom de voz diferente do coloquial passando as páginas etc. o conteúdo do
discurso pode ser o mesmo conteúdo do conto caso a conheçam bem, ou a explicação das
ilustrações, ou outro qualquer.
Mas, com frequência, a linguagem que utilizam, ao mostrar que lêem, não é
exatamente uma linguagem coloquial, própria da conversação, mas uma imitação da
linguagem que se escreve. Supõe que a criança sabe o que é ler, como isso se faz qual é a
atitude, o gesto e o tom adequado, a posição do livro, a sequência pausada das páginas,
etc. Uma quantidade de informações muito importante que não é possível, se previamente a
criança não teve uma experiência direta e repetida, habitual, de ver os adultos lerem em voz
alta para ela. Estes alunos serão provavelmente bons leitores.
O sentido dessas leituras, o prazer que provocam nos alunos a emoção que produzem
um bem estar que experimenta na situação de leitura, o tom afetivo que cerca a situação de
ler, etc. marca sem dúvida, a motivação das crianças para aprender a ler.
Uma coisa é produzir uma mensagem cada uma utiliza diferentes procedimentos para
transmitir o que quer ou necessita comunicar. Ler, ao contrário é interpretar, adivinhar o que o
outro nos quer dizer: para ler, é preciso conhecer o código que o outro utilizou. Um professor
especialista na interpretação de textos elaborados por crianças pequenas pode ler interpretar
corretamente uma escrita silábica que será completamente compreensível para um adulto que
desconheça esta forma de elaborar o código de escrita em crianças pequenas. De modo que,
para a criança nas primeiras etapas da aprendizagem é mais simples escrever do que ler.
Pode acontecer que ela lembre perfeitamente o que escreveu e não necessite apoiar-se
na leitura para nos informar do conteúdo de sua produção. Utilizar outros indicadores, além
da memória: o desenho, o contexto, etc. Mas também pode ser que se depare com
surpresas: por exemplo, que o que escreveu não pode ser reconhecido nem sequer por ela
mesma o que constitui uma surpresa e um conflito importante, que lhe obriga a continuar
investigando o segredo da compreensão do escrito. Algumas crianças, que já começaram os
procedimentos da decifração, podem ler literalmente o que acabam de escreve..
E descobrir que não “fecha” com o que queriam escrever. Esta situação é bastante
frequente provoca um incômodo e obriga-lhes a interrogar-se sobre as limitações de sua
escrita, de modo que, ao ler refletem sobre o escrito. A relação entre leitura e decodificação
não é nem direta nem simples. Por exemplo, qualquer professor conhece alunos que decifram
corretamente e não se inteiram em absoluto do que estão lendo.
Aprender a ler, sem dúvida, só pode, portanto se fazer lendo, a partir dos objetos e nos
locais feitos para isto, analisando o que se passa quando se lê. Eis porque um método por mais
genial que seja não pode fazer aprender a ler. Pode-se dizer, portanto, que saber ler é ser
capaz de se servir do escrito para levar a um projeto, quer se trate de ações a realizar ou
de lazeres a enriquecer. Essa realização do projeto é também o que chamamos compreender.
Ler é atribuir significados ao mundo (em sentido amplo) e ao texto que se lê (em
sentido específico). Portanto, é muito mais do que decodificar. Antes da leitura antecipamos
seu conteúdo a partir do título do tema abordado dos conhecimentos prévios sobre o
tema ou o autor e dos comentários feitos por quem já leu o texto.
A leitura não é um processo linear e um mesmo texto possibilita diferentes
leituras. Além disso, ao ler percebemos as palavras globalmente e adivinhar outras, guiados
por nossas experiências anteriores e por nossas hipóteses de leitura.
A criança vai aprendendo tanto as correspondências de sistema escrito com a fala,
quanto às diferenças de produção de linguagem. Na escrita, a produção se dá em condições
diferentes da fala implicando a geração de um fluxo de discurso que se apoia na representação
mental da interação com o destinatário.
3-PAPEL DO PROFESSOR COMO ESTIMULADOR NA CONTAÇAO DE
HISTÓRIA

O professor, iniciando, ou dando continuidade ao processo de leitura dos alunos, tem


uma real responsabilidade nesta aprendizagem. Ele cada vez mais tem de se conscientizar
disto e pôr em prática estratégias variadas de leitura, para que os aprendizes consigam
interiorizar o prazer que os contos proporciona e incorporem em suas vidas estes
ensinamentos.
Para que haja a leitura propriamente dita, a da palavra é preciso que a “leitura do
mundo” do aluno seja explorada e valorizada para que ele se sinta mais seguro.
Através das vivências do próprio leitor aumentará sua capacidade de
criar símbolos, favorecendo assim o deciframento dos mesmos ao ler.
O importante na leitura é o leitor em ação interando-se do texto, e este mesmo texto
levando-o a outros pensamentos, reportando-o a outros acontecimentos, ajudando-o a resolver
situações concretas ou abstratas; é o texto lhe dando prazer.
Para que a criança desenvolva o gosto e a prática literária é preciso que ela muito se estimule,
como já foi visto anteriormente. O professor exerce um papel fundamental nisto.
Essa afirmativa é ressaltada por Fanny Abramovich:

Ler é um prazer. É uma gostosura.Mas para o aluno ser um apaixonado pela


leitura, é preciso que o professor também seja.Para poder passar essa sensação de
entrar no mundo através do imaginário, do fantástico, da brincadeira, da
plenitude.O professor que lê com prazer, com volúpia, com garra, com
curiosidade atiçada, com entusiasmo vibrante,
terá alunos que também serão grandes leitores.Melhor para todos.

O professor tem a função de mediador no momento de leitura ocorrido em sala de


aula. Ele pode incentivar os alunos a lerem: os desenhos, próprias histórias e as dos
colegas, os livros da biblioteca da classe, as obras que forem indicadas, livros trocados em
sala pelos alunos, assistindo a um filme/desenho, etc.
Convive-se com o paradoxo: a literatura é útil ou inútil na vida do ser
humano?Segundo Barthes, “é a própria inutilidade do texto que é útil”, portanto, utiliza-se o
prazer do texto através de sua inutilidade, pois quanto maior o número de
textos literários lidos, o leitor estimula mais imaginação, viaja por caminhos
nunca viajados, desperta por soluções não pensadas ainda, redescobre-se, reafirma-se,
conhecendo-se.
A partir desta afirmativa, o professor que tem a função de favorecer o
desenvolvimento da criança, deve oportunizar em sala de aula, situações em que o aluno
exercitar-se como ser social capaz de utilizar diferentes linguagens para se comunicar e
resolver problemas. O autor é aquele que brinca com as palavras; o texto pode ter
interpretações imprevisíveis; o leitor à proporção que lê se constitui, se identifica.
Cada leitor é capaz de elaborar um sentido ao texto, ele compreende de acordo com as
vivências, oportunizando assim a criação de um novo texto, e como o pensamento, que não é
puro e nem é acabado, é o texto.
O professor deve ter consciência que assume um papel importante na vida emocional
do aluno. A principal missão da escola deve concentrar-se na educação e não apenas
na transmissão de conhecimento no ensino.Neste sentido, é de inteira relevância que o
professor promova momentos reflexivos sobre as particularidades da língua escrita e que
devem ser sistematizadas à medida que o professor julgar necessário.
Remetendo-nos à citação anterior Vygotsky apud, Procópio et al (2001, p.9), afirma
que “o caminho do objeto até a criança passa através de outra pessoa”. Consideramos a partir
deste enfoque, que o papel do (a) professor (a) como o sujeito que organiza as propostas de
ensino-aprendizagem da língua portuguesa, efetivando a mediação entre a criança e a língua, é
fundamental para organizar formas de apresentar e desenvolver as atividades de acordo com
as necessidades e possibilidades identificadas do grupo com o qual trabalha.
Ser educador estava intimamente relacionado a ideologias e práticas docentes, as quais
tinham origens em uma postura elitista. Por deter certo saber, o educador era visto e
considerava-se como a pessoa que sabia mais e que, por isso posicionava-se acima
dos educados. Cabia a ele determinar o que devia ser dito, mantendo os educados ocupados,
ouvindo e copiando, para que aprendessem.
Para que as crianças logrem êxitos na aprendizagem, é necessário serem agraciadas
com uma boa situação didática. O professor deve organizar o trabalho de forma que todos os
alunos participe ativamente da construção do conhecimento. Dentro desta concepção, o
professor em seu trabalho precisa propor atividades significativas, com uma variedade de
materiais escritos que circulam socialmente para que haja verdadeiramente uma aprendizagem
satisfatória de leitura e de escrita.
Neste sentido, é de inteira relevância que o professor promova momentos reflexivos
sobre essas particularidades da língua escrita e que deve-se ser bem explorada. É na escola,
com bons professores, que as crianças aprenderão que informações diante da linguagem da
língua materna lhes darão competências para desenvolver na sociedade conhecimento, dentro
e fora da escola. O professor alfabetizador proporciona ao
grupo-aula um clima de reflexão, interação e ação com o objeto do conhecimento, assim a
aprendizagem é produzida de forma significativa. Para que realmente aconteça é de
fundamental importância que o professor conheça e saiba fazer a mediação do trabalho
pedagógico, de maneira que contemple a heterogeneidade da turma, proporcionando a todos
os alunos matérias e atividades desafiadoras e interessantes, numa didática bem organizada e
desencadeada de forma coerente e condizente com a realidade do aluno.
Sobre o mediador Silvino refere:

Na sala de aula, o mediador privilegiado da aprendizagem do aluno é o professor. Para


essa mediação ser consolidada, é preciso que ele construa seu conhecimento didático
para analisar o universo de sua sala, valorize os conhecimentos advindos da sua turma,
articule a teoria à prática e formule situações formativas e investigadoras para a
transformação dos seus alunos tomando a sua prática como objeto deanálise e
reflexão. (SILVINO 2004, p. 252)

Neste sentido, a ação mediadora do professor deve provocar e estimular o processo de


compreensão facilitando a relação sujeito-objeto. Para muitas pessoas ela começa muito antes
de entrar para a escola, quando presencia o ato de leitura e de escrita praticados pelas pessoas
que as rodeiam e assim começam a perceber as diferenças entre oralidade e a escrita.

3.1- As Transformações positivas que os contos trazem ao leitor

A responsabilidade de ensinar, mediar e observar precisa ter um olhar novo para ver
coisas de maneiras diferentes. Precisa saber ler e administrar os caminhos para uma leitura
mais ampla. ; ser um pesquisador; ensinar a ler e a estudar; apresentando as diferentes
possibilidades de leitura; livros: (poemas notícias, receitas, paisagens, imagens, partituras,
mapas, gráficos, símbolos, o mundo enfim).
É necessário estabelecer no primeiro dia de aula, torna-se clara e emergente
comunicação com os alunos. Neste momento lançam-se atitude de estratégias diversas, como
desenhar, dramatizar, coisas para que os “ouçam” e o sujeito possa interpretar o
mundo. Assim, cabe a família o trabalho de levar o aluno a ler e escrever, a arriscar-se a
persistir nesta aprendizagem e construir questionamemto a respeito do que lê e do que
escreve, a assumir pontos adequados para escrever a respeito do que ouve e vê.

Para Orlandi,(1996 p. 209)

A educação é uma via eficaz para a formação da consciência crítica.Através da


leitura se tem acesso ao saber, e pelo domínio do saber pode-se explicitar os
mecanismos do funcionamento da sociedade.Duas coisas acontecem:aumenta a
autoridade do Estado mas, ao mesmo tempo, se cria a possibilidade da
consciência crítica.

É interpretando que conseguimos serem bons leitores , nos apoiamos e aperfeiçoamos,


analisando, atuar e modificando nossa vida pessoal e a sociedade, procuramos nosso
aprimoramento, em prol de nossa melhoria de vida. Simples que possa parecer o conteúdo, se
o leitor for atento ele poderá adquirir novos conhecimentos, requer a construção tanto de
novos conhecimentos como de formas de pensar colaborar no aproveitamento escolar
dos alunos.
Para Tapia:

Querer aprender e, saber pensar constituem, juntamente com o que o sujeito já


sabe e o grau em que pratica o vai aprendendo. As condições pessoais básicas
que permitem a aquisição de novos conhecimentos e a aplicação do que foi
aprendido de forma efetiva quando se necessita. Saber pensar num contexto
dado diante de uma tarefa concreta condiciona conseqüente, o interesse e a
motivação pela aprendizagem. (TAPIA, 1991, p.100)

Neste sentido, reconhece-se que a tarefa de ensinar a pensar pode ser enfocada, no
mínimo, de duas formas. Uma consiste em dedicar um tempo específico para trabalhar
com diferentes programas que durante as últimas décadas foi-se se
formando com esse objetivo, já que contém idéias muito valiosas que se pode melhorar sua
maneira de ensinar e motivar e tornar os alunos verdadeiros leitores.
As mensagens que o professor transmite enquanto os alunos trabalham não só podem
salientar a importância da tarefa para alcançar determinado objetivo, mas podem ajudar o
sujeito a aprender como realizar a tarefa ensinando-lhe a estabelecer metas realistas, e dividi-
las em etapas, e buscar e comprovar possíveis meios de superar as dificuldades.
É importante que os docentes ampliem, nos alunos, confiança na capacidade de
aprender e expectativas elevadas quanto ao próprio desempenho. Para isso, compete começar
o trabalho em um pouco de além daquilo que o aluno já consegue compreender ou realizar,
deixando claro que ele vai contar com a ajuda do professor.
Não vale contar com a ajuda do professor. Não vale comparar alunos entre si. É bem melhor
estimular a autocomparação, porque a ênfase será muito maior na comparação do que na
competição.
Para Grosbaum (2001, p.31), “cada indivíduo é único, é bom lembrar, e todos podem
progredir com o auxílio valioso dos professores, se eles conseguirem mostrar aos alunos o
valor e a importância da aprendizagem”.
A ajuda é essencialmente valiosa se os professores conseguirem mostrar aos alunos, o
valor e a importância da leitura, associando a tarefa com as necessidades da classe, com os
interesses dos alunos. Cabe, usar livremente a criatividade e colocar a imaginação para
funcionar, tudo para despertar a curiosidade, tornar a tarefa divertida, explicar as relações
entre os conteúdos e a vida futura e, claro, elogiar toda vez que os alunos tiverem avanços.
Quando a questão é motivar o auxilio do professor serve para mais uma coisa, ensinar
que só se aprende quando se trabalha de forma persistente e com concentração, mostrando que
é tentando que se aprende que diferente abordagem pode ser utilizada, testada e descordada.
Os alunos precisa-se ter a convicção de que aprender é algo que sempre desperta
novas questões, e que o professores devem levantar o interesse da classe e motivá-la sempre a
construir novos conhecimentos, entender que diferentes assuntos requerem diferentes
abordagens; construir um repertório grande, variado e flexível de estratégias de
aprendizagem;
Valorizar o que estão aprendendo e estudar por que acham importante; quando se
estuda para agradar os professores, aos responsáveis , ou mesmo para conseguir nota ou
aprovação de ano não se conhecem exatamente os motivos pelos quais a aprendizagem é
importante;
É uma tarefa bastante difícil de desenvolver uma vez que busca a construção de alunos
como eternos aprendizes, e conseqüentemente alunos motivados e com força de vontade,
formamos um bom leitor devemos procurar novos métodos, possível de alcançar, as tarefas
precisam ser interessantes e valer a pena.
Os aspectos físicos da sala de aula podem ajudar bastante nessa tarefa, por isso,
precisa ser razoavelmente organizada, de forma que possa trabalhar com concentração. Os
educadores necessitam ser tranqüilos e habilidosos para lidar com as dificuldades dos alunos.
O papel da escola relevou-se nos últimos tempos, exigindo do educador a
compreensão do contexto nos dias de hoje. Relacionando o ler/escrever com condição de
poder pensar, interagir a partir do letrado e ser capaz de dizer a sua palavra e o seu período
por escrito.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s)

É preciso, portanto, oferecer-lhes os textos do mundo:não se formam bons leitores


solicitando aos alunos que leiam apenas durante as atividades na sala de aula,
apenas no livro didático, apenas porque o professor pede. Eis a primeira e talvez a
mais importante estratégia didática para a prática de leitura: o trabalho com
a diversidade textual. Sem ela pode-se até ensinar a ler, mas certamente não se
formarão leitores competentes (BRASIL, 1997, p.55)

É importante destacar, é necessário um bom relacionamento, tratando o grupo de


maneira igual, respeitando as individualidades e capacidades de cada criança. A harmonia que
o professor estabelece em sala de aula resulta na relação de confiança com a criança, elevando
sua autoestima, proporcionando o bom desenvolvimento em todos os aspectos.
Tudo contribui para uma sensação do bem-estar e segurança nas crianças. Portanto,
cabe aos professores, por meio de ações instrumentais e planejadas, criar no seu ambiente de
trabalho um contexto favorável para a exploração significativa das diversas situações
cotidianas.
O que se ensina na escola está diretamente ligada à leitura e depende dela para
se manter e se desenvolver. Quem escreve, escreve para ser lido. Como vimos o mundo da
escrita já é complicado e confuso no seu aspecto gráfico, quanto mais se juntarmos a isso o
mundo dos significados carregados pela escrita. A leitura vai operar
juntamente nesse universo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao trabalhar o tema contos, a aprendizagem anda por uma trilha de informações e


conhecimentos de extrema relevância para conseguir atingir os objetivos, passamos por
grandes transformações em termos de atividades, gestos, posturas, necessidades e
desenvolvimento dentro de um determinado contexto social.
Este trabalho mostrou a importância da literatura não apenas no conjunto escolar, mas
familiar, constituindo-se um instrumento de aprendizado desde a infância através do apoio dos
pais e/ou responsáveis. Mostra-se que a literatura infantil merece um lugar de destaque na
educação, não só dos pequeninos, mas em todo ser humano, pois nada mais importante e
encantador do que despertar o gosto pela leitura ouvindo histórias contadas pelos pais, os
primeiros professores ou pelos professores na Educação Infantil.
Por isso, os educadores que trabalham com crianças têm a responsabilidade e a
obrigação de proporcionar a este público o gosto pela literatura através das fábulas e contos,
enfim a literatura deve ocupar no aprendizado humano, que deve ser de grande destaque.
Enfatiza-se aqui a grande importância das histórias infantil e clássica no despertar para
a leitura, para a compreensão do mundo que nos rodeia e para a construção de conhecimentos
ligados a linguagem, oralidade, afetividade e no enfrentamento de conflitos nas diferentes
fases da vida.
Os contos é uma ferramenta em potencial para o desenvolvimento da aprendizagem
como meio de iniciação da criança ao mundo da leitura e o despertar pelo seu gosto, pois a
leitura através da leitura há uma sua melhor inserção no mundo.
REFRERENCIA BIBLIOGRAFICA

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 2. Ed. São Paulo: 1991
___________, Fani. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa / Secretaria de Educação


Fundamental. Brasília 144 A Ensino de 1ª à 4ª série, 1997.

COELHO, Nelly Novais; Literatura Infantil: Teoria Análise Didática. Edit. Moderna, 1º
Ed. São Paulo 2000.

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GROSBAUM, Marta Wolak. Progestão: como promover o sucesso da aprendizagem do


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Secretários de Educação, 2001.

SILVINO, Silene Cerdeira. Linguagem na Educação Infantil. Fortaleza: Fundação


Demócrito Rocha, 2004.

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VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 2001

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