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2017
FACULDADE LATINO AMERICANA DE EDUCAÇÃO -FLATED
2017
Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos
alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso
aprendemos sempre.
Paulo Freire
¹ Cléa Alves Moraes
RESUMO
Este trabalho traz uma abordagem acerca da importância dos contos no processo de
aprendizagem humana, mostrando o valor desta ferramenta de leitura como um exercício
fundamental do ser humano, tanto no sentido de entretenimento como no sentido de
educar. Durante toda minha trajetória docente foi percebido o gosto das crianças pelas
histórias, o encantamento que elas sentem e o desenvolvimento de habilidades
que estas proporcionam. Desta forma por acreditar que o gosto pela literatura, pelas leituras e
apreciação de fábulas e clássicos devem ser estimuladas desde o seio familiar e continuar na
escola através das práticas pedagógicas docentes resolveu-se abordar esta temática.Este
trabalho tem em seu principal objetivo mostrar a importância da literatura na aprendizagem de
uma pessoa, em especial como ferramenta de aquisição de habilidades leitoras e escritas.
Este estudo foi elaborado a partir de uma pesquisa bibliográfica com aporte nas teorias de
Abrmovich (1991)Cadermatori (2006),Coelho (2000),Freire (1982),Luckesi (1983)
Orlandi,(1996) Scoz (1994), Vygotsky (1984), dentre outros. O término da pesquisa revelou
que a literatura é uma ferramenta em potencial para o desenvolvimento da aprendizagem
como meio de iniciação da criança ao mundo da leitura e o despertar pelo o gosto, pois
através da leitura há melhor inserção no mundo. Salienta-se ainda a importância do ambiente
e o papel dos pais no despertar das letras através da literatura.
¹ Cléa Alves Moraes- Aluna do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da Faculdade Latino Americana de
Educação -FLATED. E-mail:luizaellane@outlook.com. ² Ivaneide
Fernandes Rodrigues- Especialista em Português e Literatura pelo Instituto de Educação Superior Profissional
IESP e especialista em Gestão Escolar, Supervisão e Coordenação Pedagógica pelo Instituto de Educação
Superior e Profissional -IESP- email-ivaneideipu2013@gmail.com
SUMARIO
1-INTRODUÇÃO..............................................................................................................
2. GOSTAR DE LER: UM DESAFIO........................................................................ 2.1 A
IMPORTÂNCIA DOS PAIS E DO AMBIENTE FAMILIAR NA FORMAÇÃO DO
LEITOR .................................................................................... 3-PAPEL DO PROFESSOR
COMO ESTIMULADOR NA CONTAÇAO DE
HISTÓRIA...........................................................................................................................
4- CONSIDERAÇOES FINAIS......................................................................................
REFERENCIAS ................................................................................................................
1 INTRODUÇÃO
Há prazer de folhear um livro, (colorido ou branco e preto [...] livros feitos para
crianças pequenas, mas que podem encantar aos de qualquer idade, são, sobretudo,
experiências de olhar, de um olhar múltiplo, pois se vê com o olhar do autor e do
olhador/leitor, ambos enxergando o mundo e os personagens de modo diferente,
conforme percebem o mundo. Saborear e detectar tanta coisa que nos cerca usando
este instrumento nosso tão primeiro,tão denotador de tudo, a visão.(1991,p.33)
Considera-se valioso o aprender a ler de “todos” de uma reação para que se possa
transformá-la. Politicamente, esta ideia não é bem aceita pelos governadores desde país, pois
ainda se tem a ideia excludente de que somente uma pequena parcela da sociedade – a elite –
detém o saber e consequentemente, o poder.
Então para que formar cidadãos conhecedores, cultos? Esta problemática perpassa
pela história brasileira desde que ela existe. Contudo, precisa-se pensar em questões que
minimize talvez, equacionar futuramente este fato. Os pais e o ambiente familiar têm papéis
importantes /na formação do leitor.
Julga-se relevante que os pais deve ter uma preocupação com a formação literária dos
filhos. É importante que os pais estimulem a leitura das mais variadas formas, sem que haja
um momento com hora marcada, caso isto se concretize poderá ocorrer uma obrigatoriedade
e não um desejo de leitura por parte de seu filho.
A literatura infantil é importante na vida de todos, desde cedo, pois sua função básica
é de estimular na criança todas as potencialidades latentes no ser: despertar em o espírito uma
série de valores (morais); atuar sobre a potencialidade psíquica, despertando e desenvolvendo
os dotes de imaginação e gosto artístico, oferecer alimento fecundo
a imaginação, preparando-a para o conhecimento da realidade circundante e desenvolver a
capacidade expressiva.
Os pais consiste em “pareceria neste processo”, propiciando aos filhos, momentos de
leitura sempre que possível. Eles podem: ler livros de literatura infantil à noite, antes dos
filhos dormirem; pedir que os filhos escolham alguma história para que lhes
contem; pedir que as crianças inventem histórias (oralmente), a partir do que já
conhecem; ler junto com os filhos, a mesma história, dividindo páginas ou capítulos; etc. O
importante é que a leitura provoque vôos imaginativos.
A família que tem por costume ler, comprar livros, conversar sobre o que lê favorecerá
ao possível desejo literário dos componentes da mesma. Mesmo em ambientes menos
favorecidos economicamente, quando a leitura é uma tônica cultural é possível se conquistar.
Entretanto, pode-se levantar um questionamento a partir das afirmativas anteriores:
como incentivar esta prática se a “família não tem relação de intimidade e de prazer com a
leitura?”.Constata-se que “o leitor pode ser formado em qualquer período de sua existência”,
se for à infância, melhor, mas caso não aconteça o professor, como veremos mais adiante, tem
o papel de estimular a prática literária.
Quanto maior estímulo cultural a criança obtiver, mais
potencialidades ela pode exteriorizar, ampliando assim, suas chances de se encontrar e se
realizar enquanto indivíduo. Portanto, é necessário que o ambiente onde a criança viva, seja
iniciador de uma prática literária, e provocador do prazer, da imaginação e da criação.
Algumas crianças ao chegarem à escola, representam o que lêem: pegam o livro,
põem na posição correta, abrem-no, olham-no atentamente, soltam um discurso num
determinado tom de voz diferente do coloquial passando as páginas etc. o conteúdo do
discurso pode ser o mesmo conteúdo do conto caso a conheçam bem, ou a explicação das
ilustrações, ou outro qualquer.
Mas, com frequência, a linguagem que utilizam, ao mostrar que lêem, não é
exatamente uma linguagem coloquial, própria da conversação, mas uma imitação da
linguagem que se escreve. Supõe que a criança sabe o que é ler, como isso se faz qual é a
atitude, o gesto e o tom adequado, a posição do livro, a sequência pausada das páginas,
etc. Uma quantidade de informações muito importante que não é possível, se previamente a
criança não teve uma experiência direta e repetida, habitual, de ver os adultos lerem em voz
alta para ela. Estes alunos serão provavelmente bons leitores.
O sentido dessas leituras, o prazer que provocam nos alunos a emoção que produzem
um bem estar que experimenta na situação de leitura, o tom afetivo que cerca a situação de
ler, etc. marca sem dúvida, a motivação das crianças para aprender a ler.
Uma coisa é produzir uma mensagem cada uma utiliza diferentes procedimentos para
transmitir o que quer ou necessita comunicar. Ler, ao contrário é interpretar, adivinhar o que o
outro nos quer dizer: para ler, é preciso conhecer o código que o outro utilizou. Um professor
especialista na interpretação de textos elaborados por crianças pequenas pode ler interpretar
corretamente uma escrita silábica que será completamente compreensível para um adulto que
desconheça esta forma de elaborar o código de escrita em crianças pequenas. De modo que,
para a criança nas primeiras etapas da aprendizagem é mais simples escrever do que ler.
Pode acontecer que ela lembre perfeitamente o que escreveu e não necessite apoiar-se
na leitura para nos informar do conteúdo de sua produção. Utilizar outros indicadores, além
da memória: o desenho, o contexto, etc. Mas também pode ser que se depare com
surpresas: por exemplo, que o que escreveu não pode ser reconhecido nem sequer por ela
mesma o que constitui uma surpresa e um conflito importante, que lhe obriga a continuar
investigando o segredo da compreensão do escrito. Algumas crianças, que já começaram os
procedimentos da decifração, podem ler literalmente o que acabam de escreve..
E descobrir que não “fecha” com o que queriam escrever. Esta situação é bastante
frequente provoca um incômodo e obriga-lhes a interrogar-se sobre as limitações de sua
escrita, de modo que, ao ler refletem sobre o escrito. A relação entre leitura e decodificação
não é nem direta nem simples. Por exemplo, qualquer professor conhece alunos que decifram
corretamente e não se inteiram em absoluto do que estão lendo.
Aprender a ler, sem dúvida, só pode, portanto se fazer lendo, a partir dos objetos e nos
locais feitos para isto, analisando o que se passa quando se lê. Eis porque um método por mais
genial que seja não pode fazer aprender a ler. Pode-se dizer, portanto, que saber ler é ser
capaz de se servir do escrito para levar a um projeto, quer se trate de ações a realizar ou
de lazeres a enriquecer. Essa realização do projeto é também o que chamamos compreender.
Ler é atribuir significados ao mundo (em sentido amplo) e ao texto que se lê (em
sentido específico). Portanto, é muito mais do que decodificar. Antes da leitura antecipamos
seu conteúdo a partir do título do tema abordado dos conhecimentos prévios sobre o
tema ou o autor e dos comentários feitos por quem já leu o texto.
A leitura não é um processo linear e um mesmo texto possibilita diferentes
leituras. Além disso, ao ler percebemos as palavras globalmente e adivinhar outras, guiados
por nossas experiências anteriores e por nossas hipóteses de leitura.
A criança vai aprendendo tanto as correspondências de sistema escrito com a fala,
quanto às diferenças de produção de linguagem. Na escrita, a produção se dá em condições
diferentes da fala implicando a geração de um fluxo de discurso que se apoia na representação
mental da interação com o destinatário.
3-PAPEL DO PROFESSOR COMO ESTIMULADOR NA CONTAÇAO DE
HISTÓRIA
A responsabilidade de ensinar, mediar e observar precisa ter um olhar novo para ver
coisas de maneiras diferentes. Precisa saber ler e administrar os caminhos para uma leitura
mais ampla. ; ser um pesquisador; ensinar a ler e a estudar; apresentando as diferentes
possibilidades de leitura; livros: (poemas notícias, receitas, paisagens, imagens, partituras,
mapas, gráficos, símbolos, o mundo enfim).
É necessário estabelecer no primeiro dia de aula, torna-se clara e emergente
comunicação com os alunos. Neste momento lançam-se atitude de estratégias diversas, como
desenhar, dramatizar, coisas para que os “ouçam” e o sujeito possa interpretar o
mundo. Assim, cabe a família o trabalho de levar o aluno a ler e escrever, a arriscar-se a
persistir nesta aprendizagem e construir questionamemto a respeito do que lê e do que
escreve, a assumir pontos adequados para escrever a respeito do que ouve e vê.
Neste sentido, reconhece-se que a tarefa de ensinar a pensar pode ser enfocada, no
mínimo, de duas formas. Uma consiste em dedicar um tempo específico para trabalhar
com diferentes programas que durante as últimas décadas foi-se se
formando com esse objetivo, já que contém idéias muito valiosas que se pode melhorar sua
maneira de ensinar e motivar e tornar os alunos verdadeiros leitores.
As mensagens que o professor transmite enquanto os alunos trabalham não só podem
salientar a importância da tarefa para alcançar determinado objetivo, mas podem ajudar o
sujeito a aprender como realizar a tarefa ensinando-lhe a estabelecer metas realistas, e dividi-
las em etapas, e buscar e comprovar possíveis meios de superar as dificuldades.
É importante que os docentes ampliem, nos alunos, confiança na capacidade de
aprender e expectativas elevadas quanto ao próprio desempenho. Para isso, compete começar
o trabalho em um pouco de além daquilo que o aluno já consegue compreender ou realizar,
deixando claro que ele vai contar com a ajuda do professor.
Não vale contar com a ajuda do professor. Não vale comparar alunos entre si. É bem melhor
estimular a autocomparação, porque a ênfase será muito maior na comparação do que na
competição.
Para Grosbaum (2001, p.31), “cada indivíduo é único, é bom lembrar, e todos podem
progredir com o auxílio valioso dos professores, se eles conseguirem mostrar aos alunos o
valor e a importância da aprendizagem”.
A ajuda é essencialmente valiosa se os professores conseguirem mostrar aos alunos, o
valor e a importância da leitura, associando a tarefa com as necessidades da classe, com os
interesses dos alunos. Cabe, usar livremente a criatividade e colocar a imaginação para
funcionar, tudo para despertar a curiosidade, tornar a tarefa divertida, explicar as relações
entre os conteúdos e a vida futura e, claro, elogiar toda vez que os alunos tiverem avanços.
Quando a questão é motivar o auxilio do professor serve para mais uma coisa, ensinar
que só se aprende quando se trabalha de forma persistente e com concentração, mostrando que
é tentando que se aprende que diferente abordagem pode ser utilizada, testada e descordada.
Os alunos precisa-se ter a convicção de que aprender é algo que sempre desperta
novas questões, e que o professores devem levantar o interesse da classe e motivá-la sempre a
construir novos conhecimentos, entender que diferentes assuntos requerem diferentes
abordagens; construir um repertório grande, variado e flexível de estratégias de
aprendizagem;
Valorizar o que estão aprendendo e estudar por que acham importante; quando se
estuda para agradar os professores, aos responsáveis , ou mesmo para conseguir nota ou
aprovação de ano não se conhecem exatamente os motivos pelos quais a aprendizagem é
importante;
É uma tarefa bastante difícil de desenvolver uma vez que busca a construção de alunos
como eternos aprendizes, e conseqüentemente alunos motivados e com força de vontade,
formamos um bom leitor devemos procurar novos métodos, possível de alcançar, as tarefas
precisam ser interessantes e valer a pena.
Os aspectos físicos da sala de aula podem ajudar bastante nessa tarefa, por isso,
precisa ser razoavelmente organizada, de forma que possa trabalhar com concentração. Os
educadores necessitam ser tranqüilos e habilidosos para lidar com as dificuldades dos alunos.
O papel da escola relevou-se nos últimos tempos, exigindo do educador a
compreensão do contexto nos dias de hoje. Relacionando o ler/escrever com condição de
poder pensar, interagir a partir do letrado e ser capaz de dizer a sua palavra e o seu período
por escrito.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s)
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. 2. Ed. São Paulo: 1991
___________, Fani. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997
COELHO, Nelly Novais; Literatura Infantil: Teoria Análise Didática. Edit. Moderna, 1º
Ed. São Paulo 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 11. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.