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VÁRIOS JULGADOS SOBRE A JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS QUANTO À RESPONSABILIDADE DO ARQUIVISTA NA NEGATIVAÇÃO INDEVIDA DE DÉBITOS.
VÁRIOS JULGADOS SOBRE A JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS QUANTO À RESPONSABILIDADE DO ARQUIVISTA NA NEGATIVAÇÃO INDEVIDA DE DÉBITOS.
VÁRIOS JULGADOS SOBRE A JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS QUANTO À RESPONSABILIDADE DO ARQUIVISTA NA NEGATIVAÇÃO INDEVIDA DE DÉBITOS.
DANOS MORAIS. AVALISTA. DÍVIDA NÃO NEGADA. NOTIFICAÇÃO PRÉVIA. RESPONSABILIDADE DOS ÓRGÃOS ARQUIVISTAS. ANOTAÇÃO RESTRITIVA DE CRÉDITO. ATO LÍCITO. INDENIZAÇÃO. NÃO CABIMENTO. SENTENÇA REFORMADA I - Pelo que se depreende do art. 43, § 2º, do CPC, bem como da Súmula 359 do STJ, o devedor será comunicado, previamente, pelo banco de dados ou entidade cadastral sobre a negativação de seu nome, sendo exclusivamente responsável pela comunicação o órgão encarregado da manutenção do cadastro. II - O credor que, no exercício regular do seu direito, realiza cobrança de seu crédito, relativamente ao qual inexiste prova da quitação, não pratica conduta ilícita e, portanto, não tem o dever de indenizar o avalista, devedor solidário, por eventuais prejuízos decorrentes de tal cobrança. (Apelação Cível nº 1.0382.14.013209-5/001, Relator Des. Vicente de Oliveira Silva, 10ª Câmara Cível, Data do Julgamento: 05.12.2017).
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE
DÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - INSCRIÇÃO DO NOME DOS AGRAVANTES EM CADASTROS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - AVALISTAS - PEDIDO DE SUSPENSÃO DAS ANOTAÇÕES - PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO - NECESSIDADE - RECURSO DESPROVIDO I - A inscrição do nome de avalistas em órgãos de proteção ao crédito, motivada pela inadimplência de contrato em que estes figuram, constitui exercício regular de direito da parte credora. II - A prestação de caução do valor do débito apontado pelos supostos credores permite a suspensão dos efeitos das negativações impostas aos devedores e avalistas. (Agravo de Instrumento nº 1.0024.13.368406-8/002, Relator Des. Leite Praça, 17ª Câmara Cível, Data do Julgamento: 13.02.2014).
Apelação. Declaratória cumulada com indenizatória. Negativação do nome do
demandante em órgão de proteção ao crédito. Abatimento da parcela devida com os valores pagos quanto as seguintes. Decisão de equidade. Declaração de inexigibilidade da parcela. Negativação pelo valor integral do preço. Descabimento. Dissabor indenizável inocorrente. Falta de prova sobre o constrangimento alegado. Atrasos reiterados no pagamento das parcelas. Ocupação de pagamento de parcelas tardiamente. Descompromisso com honorabilidade subjetiva. Recurso parcialmente provido para declarar inexistente determinada parcela, oficiando-se aos órgãos de proteção para baixa da inscrição. (Apelação 0010909-32.2009.8.26.0020; Relator (a): J. Paulo Camargo Magano; Órgão Julgador: 26ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional XII - Nossa Senhora do Ó - 2ª Vara Cível; Data do Julgamento: 13/08/2014; Data de Registro: 14/08/2014).
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE
DÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - INSCRIÇÃO DO NOME DA AGRAVANTE EM CADASTROS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - AVALISTA DE NOTA PROMISSÓRIA - SUPOSTO PAGAMENTO PELO DEVEDOR PRINCIPAL - NÃO COMPROVAÇÃO - PEDIDO ANTECIPATÓRIO - AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS. I - Inexistindo comprovação quanto ao suposto pagamento dos títulos que acarretaram a negativação do nome da parte, que figura como avalista nas notas promissórias, o indeferimento da tutela antecipada recursal se impõe. II - A inscrição do nome da avalista em órgãos de proteção ao crédito, motivada pela falta de pagamento do título, decorre do exercício regular do direito da credora. (Agravo de Instrumento nº 1.0342.13.011974-2/001, Relator Des. Leite Praça, 17ª Câmara Cível, Data do Julgamento: 21.11.2013).
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
INSCRIÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTE. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA. RESPONSABILIDADE DO ARQUIVISTA. REVISÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. VALOR QUE ATENDE AOS PARÂMETROS DESTA CORTE QUE PRELECIONA SER RAZOÁVEL A CONDENAÇÃO EM ATÉ 50 SALÁRIOS- MÍNIMOS POR INSCRIÇÃO INDEVIDA EM ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. REEXAME FÁTICO-PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 7 DO STJ. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Com efeito, a jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que a responsabilidade pela comunicação prévia da inscrição ao devedor, procedimento previsto no art. 43, § 2º, do CDC, é do arquivista. Portanto, razão não assiste à recorrente sobre a tese de ausência de responsabilidade. 2. Quanto ao valor arbitrado a título de danos morais, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça admite, excepcionalmente, em recurso especial, o reexame do valor fixado a título de indenização por danos morais, quando este se revelar ínfimo ou exagerado. No entanto, o valor fixado no acórdão recorrido atendeu às circunstâncias de fato da causa, de forma condizente com os princípios da proporcionalidade e razoabilidade. 3. No caso em exame, o valor da condenação por indenização por danos morais, arbitrado solidariamente em R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), consideradas as peculiaridades do caso em questão, qual seja, inscrição indevida do nome da recorrida perante órgão de proteção ao crédito, não se distancia dos patamares adotados por esta Corte Superior, que preleciona ser razoável a condenação em até ao equivalente a 50 salários mínimos por indenização decorrente de inscrição indevida em órgãos de proteção ao crédito. 4. Agravo regimental improvido. (AgRg. no REsp. 1538316/SC, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 15/09/2015, DJe 28/09/2015).
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. INSCRIÇÃO EM ÓRGÃO DE RESTRIÇÃO DE CRÉDITO. AUSÊNCIA DE PRÉVIA NOTIFICAÇÃO. AÇÃO CONTRA INSTITUIÇÃO BANCÁRIA. ILEGITIMIDADE PASSIVA. 1. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que apenas o órgão mantenedor do cadastro de restrição de crédito tem legitimidade para responder pelo dano moral decorrente da ausência de prévia comunicação ao consumidor. 2. No caso concreto, a ação de reparação por dano moral foi ajuizada contra a instituição bancária, razão pela qual o Tribunal local decidiu em consonância com a jurisprudência do STJ. Incide, portanto, por analogia, a Súmula n. 83/STJ. 3. Agravo regimental desprovido. (AgRg no AREsp 256.622/RS, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 07/02/2013, DJe 25/02/2013).
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL.
INSCRIÇÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. LEGITIMIDADE PASSIVA. PRECEDENTES. 1. A jurisprudência desta Corte Superior, antes mesmo da interposição do recurso especial, era firme em que os órgãos mantenedores de cadastros é que possuem legitimidade passiva para as ações que buscam a reparação dos danos morais decorrentes da inscrição, sem prévia notificação, do nome do devedor em seus cadastros restritivos. 2. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 628.205/RS, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 04/10/2012, DJe 09/10/2012)
AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO ESPECIAL.
PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. CONTRATOS BANCÁRIOS. CADASTROS DE INADIMPLENTES. INSCRIÇÃO. DANO MORAL. RESPONSABILIDADE. ENTIDADE ARQUIVISTA. 1. O credor não é parte legítima para figurar no pólo passivo de ação de indenização por danos morais decorrentes da inscrição em cadastros de inadimplentes sem prévia comunicação. 2. A responsabilidade pela inclusão do nome do devedor no cadastro incumbe à entidade que o mantém, e não ao credor, que apenas informa a existência da dívida. Precedentes. 3. AGRAVO REGIMENTAL PROVIDO. (AgRg. nos EDcl. no REsp. 907.608/RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 26/10/2010, DJe 05/11/2010)
PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO
PRÉVIA DE CADASTRAMENTO NO SISBACEN - LEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO CENTRAL DO BRASIL PARA FIGURAR NO FEITO. 1. Embora seja da responsabilidade exclusiva das instituições financeiras a inclusão e exclusão dos registros no Sisbacen, a teor do art. 2º, II, da Resolução 2.724/2000 do BACEN, esta Corte entende que é da responsabilidade do órgão responsável pela manutenção do cadastro, e não do credor, a notificação ao consumidor sobre a inscrição de seu nome nos registros de proteção ao crédito. 2. Recurso especial provido. (REsp. 955.996/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/11/2009, DJe 03/12/2009) AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANO MORAL. PROTESTO E INSCRIÇÃO DO DÉBITO NOS SERVIÇOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. COMUNICAÇÃO PRÉVIA. ILEGITIMIDADE DO CREDOR. I - Tendo encontrado motivação suficiente para fundar a decisão, o julgador não está obrigado a rebater, um a um, os argumentos suscitados pela parte em Embargos Declaratórios, cuja rejeição, nesse contexto, não implica contrariedade do art. 535 do CPC. II - A responsabilidade pela comunicação prévia da inscrição ao devedor, procedimento previsto no art. 43, § 2º, do CDC, é do arquivista. III - Agravo Regimental improvido. (AgRg no Ag 1034009/SP, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 23/04/2009, DJe 08/05/2009).
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - INSCRIÇÃO NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO
- ILEGITIMIDADE PASSIVA - REJEITADA - NOTIFICAÇÃO PRÉVIA - AUSÊNCIA - RESPONSABILIDADE - CARACTERIZADA - FIXAÇÃO DE INDENIZAÇÃO. Ingressando a parte em juízo para discutir se a notificação prévia realizada por órgãos arquivistas está em sintonia com os ditames legais, há de se reconhecer a legitimidade das referidas entidades para figurar no polo passivo da ação. De acordo com o que se depreende do art. 43, § 2º, do CPC, bem como da Súmula 359 do STJ, o devedor será comunicado, previamente, pelo banco de dados ou entidade cadastral sobre sua inscrição no cadastro de inadimplentes, sendo exclusivamente responsável pela comunicação o órgão responsável pela manutenção do cadastro. Não tendo sido comprovada a notificação prévia do inadimplente, há que se falar em descumprimento do parágrafo 2º do artigo 43 do Código de Defesa do Consumidor e necessária fixação de valor compensatório devido por ele. (TJMG - Apelação Cível 1.0106.16.000767-5/001, Relator(a): Des.(a) José Augusto Lourenço dos Santos , 12ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 07/03/2018, publicação da súmula em 15/03/2018)
CANCELAMENTO DE INSCRIÇÃO IRREGULAR JUNTO A ÓRGÃO DE RESTRIÇÃO AO
CRÉDITO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - CHEQUES DEVOLVIDOS - Obrigação da ré de comunicar a autora acerca de apontamento de débito já foi reconhecida em recurso repetitivo julgado pelo STJ, bem como consta da Súmula 359, do mesmo órgão - Não comprovada a prévia notificação da devedora, faz-se necessário o cancelamento do apontamento - Dano moral não configurado - Provas da existência de outros apontamentos, não impugnados, existentes em nome da autora, por anos, conjuntamente com as anotações objeto da demanda – A presunção tocante à ocorrência de dano moral 'in re ipsa' é relativa e pode ser afastada, quando os elementos constantes dos autos indiquem sua não- caracterização – Ocorrência de qualquer prejuízo compreendido entre os anos de 2010, quando inscritos os cheques objeto da demanda, e 2014, quando regularmente inscrita outra dívida, cuja legalidade não foi impugnada, não comprovada - Dano moral afastado – Litigância de má-fé não demonstrada, ausente a prova de dolo por parte da autora – Multa indevida - Provimento parcial do apelo que torna recíproca a sucumbência - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO (TJSP; Apelação 1062903-89.2016.8.26.0100; Relator (a): Angela Lopes; Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 2ª Vara Cível; Data do Julgamento: 27/06/2017; Data de Registro: 29/06/2017)
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA À NEGATIVAÇÃO –
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA – Ré-apelante que refere não se tratar de parte legítima para figurar no polo passivo da demanda, uma vez que tão somente disponibiliza informações prestadas por terceiros – Causa de pedir que se funda na obrigação legal conferida ao mantenedor do cadastro de informações, de informar o consumidor a respeito do cadastro de seu nome em bancos de dados – Teoria da asserção, pela qual a legitimidade é aferida a partir da causa de pedir – Ré, administradora de banco de dados, que é parte legítima para responder ao pleito inicial – PRELIMINAR SUSCITADA PELA RÉ AFASTADA AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA À NEGATIVAÇÃO – Ausência de comprovação de que, de fato, a autora tenha sido devidamente notificada a respeito da anotação, uma vez que a ré não comprovou que o endereço para o qual enviou a missiva correspondia ao endereço informado pelo credor à época da negativação – Endereço atual divergente – Exclusão do apontamento que se impõe – Danos morais, todavia, não consumados – Anotação inserida nos cadastros de restrição ao crédito em 08/2012 e somente percebida pela autora em 2016 – Ação ajuizada em março de 2016 – Apontamento impugnado que, de 2012 a 2016 conviveu com outras anotações de restrição ao crédito, salvo durante sete meses em 2015, nos quais, todavia, sequer foi percebida, a evidenciar a ausência de qualquer prejuízo ocasionado à autora – Não cabe falar em "danos morais 'in re ipsa'", uma vez que a presunção que vigora, no caso dos danos presumidos, é relativa e pode ser desconstituída mediante evidência em sentido contrário – Caso dos autos em que não ficou demonstrado qualquer prejuízo sofrido pela autora – Aplicação da Súmula 385 do STJ – Indenização indevida – Recurso da autora prejudicado, que versava sobre a majoração da verba indenizatória - Sucumbência recíproca - RECURSO DA RÉ PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO DA AUTORA PREJUDICADO. (TJSP; Apelação 1003536-70.2016.8.26.0477; Relator (a): Angela Lopes; Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Privado; Foro de Praia Grande - 1ª Vara Cível; Data do Julgamento: 14/03/2017; Data de Registro: 15/03/2017)