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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

JOAQUIM FILIPE MACHADO PERIOTO

RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, ESTADO


NUTRICIONAL E CLASSE ECONOMICA DE ESCOLARES

MARINGÁ
2010
2

JOAQUIM FILIPE MACHADO PERIOTO

RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, ESTADO


NUTRICIONAL E CLASSE ECONOMICA DE ESCOLARES

Trabalho de Conclusão de Curso


(Monografia) apresentado à UEM -
Universidade Estadual de Maringá -
como requisito parcial para obtenção do
título de Licenciado em Educação Física.

Orientador: Prof. Dr. Nelson Nardo


Junior

MARINGÁ
2010
3

JOAQUIM FILIPE MACHADO PERIOTO

RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, ESTADO


NUTRICIONAL E CLASSE ECONOMICA DE ESCOLARES

Trabalho de Conclusão de Curso


(Monografia) apresentado à UEM -
Universidade Estadual de Maringá -
como requisito parcial para obtenção do
título de Licenciado em Educação Física.

Aprovado em ______ / ______ / ______

COMISSÃO EXAMINADORA

____________________________________________
Prof. Dr. Nelson Nardo Junior
Universidade Estadual de Maringá - UEM

____________________________________________
Prof. Luzia Jaeger Hintze
Universidade Estadual de Maringá - UEM

____________________________________________
Prof. Dr. Vanildo Rodrigues Pereira
Universidade Estadual de Maringá - UEM
4

AGRADECIMENTOS

“Louvarei sem cessar o vosso nome; glorificá-lo-ei em meus louvores, porque


foi ouvida a minha prece” (Eclo 51,15). Obrigado DEUS PAI, por me conceder a
graça de viver seus planos, ainda que confuso, sinto sua mão a me guiar. Obrigado
JESUS, pelas inúmeras conversas e desabafos, por cada súplica em que me
atendeste. Obrigado ESPÍRITO SANTO, por me conduzires, e pelas inúmeras vezes
em que me auxiliaste nas decisões e também nos estudos. Agradeço também a
MULHER, aquela que é socorro e refúgio, Mãezinha valeu pela sua intercessão.

Agradeço a minha FAMÍLIA, ao Sr. Mário (pai), pelas inúmeras vezes em que
me ajudou, me ouviu e principalmente me levou ou buscou na faculdade, e também
por me deixar usar o carro nestes quatro anos de formação acadêmica; a Sra.
Regina (mãe), por me ouvir e também me aconselhar nos momentos difíceis. Aos
meus pais por me educarem e me ajudarem em cada passo. A Amanda (irmã) que
esteve fora por algum tempo, mas que teve e tem grande importância em cada
conquista, obrigado pelas brigas, conselhos e etc.

Valeu galera do GRUPO DE ORAÇÂO REI DAVI – pelos momentos de


alegria, de tristeza e todos os outros que vivemos juntos. Agradeço aos meus irmãos
de núcleo de serviço, nestes quase quatro anos de núcleo, a Nathallya, Rafael
Grolla, Suelen, Othon, Thais, Karla, Lucas Grolla. Aos meus irmãos do ministério de
música Rafael Rossi, Leonardo, Aline, Felipe, Newton, Simone, Luis Roberto,
Wellington (TIM MAIA), Amanda, Andréia, Diogo, Rafael Grolla. Enfim a todos os
amigos e amigas: Manu, Carla, Dany, Diego F., Diego H., Douglas, Bia, Fer, Glenda,
Ivana, Jucemara, Karen, Larissa, Leo S., Leonid, Lucas G., Lucas R., Lucas C., Luis
H., Itão, Naiara, Paulo C., Rafaela, Thayane, Valdir, Angélica, e tantos outros que
Deus me deu neste grupo de oração.

Agradeço de maneira especial a Nathallya, por cada momento que passamos


juntos, alegrias e tristezas, pelas vezes em que você me ajudou a levantar a cabeça
e seguir em frente, obrigado por tudo, você é uma grande mulher. A Karla e a Thais,
pelas inúmeras vezes que ouviram meu desabafo, minhas preocupações e minhas
incertezas. Ao Junin (Narciso) pelos “dogão”, pelas sinucas, pelos “futebas”, pelos
“tereres”, pela amizade e por cada partilha. Ao Leonardo, também pelas inúmeras
vezes que nos divertimos, e por se permanecer firme nos encontros durante a
madrugada, valeu pela sua amizade. Ao Othon por ser um grande amigo que me
leva sempre pra mais perto de Deus. Ao Rafael Grolla pelas partilhas e também
direcionamentos. Ao Rafinha pela amizade que Deus um dia nos concedeu, valeu
por fazer parte da minha vida. Agradeço também ao Fabio (cunhado) que me ajudou
em algumas ocasiões e me empresta a moto, valeu pela sua amizade.

Agradeço ao Tio Cláudio e família, pelas inúmeras vezes que me ofereceram


a casa e também o almoço.
Obrigado Vó Maria, tia Fiinha, tia Isabel e Bruna, pelos vários anos de
convivência e de ajuda, nas mais variadas situações.

Obrigado ao Departamento de Educação Física, aos professores, funcionários


e colegas que contribuíram para que alcançasse esta vitória em minha vida.
5

Agradeço ao Prof. Dr. Nelson Nardo Junior, por aceitar ser meu orientador,
pelas varias ajudas, idéias e também formação deste trabalho. Pela sua colaboração
em minha formação pessoal e profissional.
Agradeço a Luzia Jaeger Hintze, mesmo sem me conhecer, aceitou fazer
parte da construção deste trabalho, auxiliando-me em todos os momentos, e
fazendo parte de minha formação acadêmica.
Agradeço também ao Prof. Dr. Vanildo R. Pereira, pela amizade e também
por fazer parte deste momento de formação.
Agradeço aos colegas de turma: Clayton, Renan, Eduardo, Priscila, Ana,
Camila, Denise, Mylena e Kelley.
6

“Muitos podem achar que não vale a pena abrir o


livro de sua vida. Crêem que não há nada que
possa ser contado. Ledo engano. Dar sua própria
história, com suas incoerências e dificuldades, e não
apenas com seus acertos, é o mais excelente principio
para a formação da personalidade de uma pessoa.”

Augusto Cury
7

PERIOTO, Joaquim Filipe Machado. Relação entre nível de atividade física e


estado nutricional em escolares. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Educação Física) – Universidade Estadual de Maringá – UEM, 2010.

RESUMO

O presente trabalho procurou investigar a relação entre o nível de atividade física, o


estado nutricional e o nível econômico de escolares. A amostra compreendeu 108
adolescentes, sendo 57 do sexo feminino, e 51 do sexo masculino com idades entre 16 e 19
anos estudantes do Ensino Médio de um Colégio Público Estadual de Maringá – PR.
Investigou-se os níveis de atividade física por meio do Questionário de Atividades
Físicas Habituais (Nahas, 2001), e para a classificação econômica o Critério de
avaliação econômica Brasil (ABEP,2003), foram aferidos o peso corporal e a estatura para
avaliação do estado nutricional através do IMC (IMC= peso/altura2), segundo os critérios
de Cole. Os resultados apresentaram que 28,5 % (31 meninos), e 23% (25 meninas) são
ativos fisicamente, apontando maior índice de atividade entre o gênero masculino. O
sobrepeso foi de 9,2% (10 alunas) e obesidade 7,3% (8 alunas), enquanto que os escores
do gênero masculino, somando as duas variáveis ficou em 9,2% (sobrepeso 8, obesidade
2). Para a classificação econômica a prevalência foi para a classe B (59,1%) e C (43,5%)
respectivamente. A partir deste estudo concluímos que existe uma tendência do
gênero feminino em ser menos ativo fisicamente, quando comparado ao gênero
masculino. De acordo com os objetivos do trabalho, foi evidente a relação entre o
nível de atividade física e o estado nutricional, apontando assim que um pode
influenciar o outro.

Palavras-chave: Nível de atividade física. Estado nutricional. Adolescentes.


8

PERIOTO, Joaquim Filipe Machado. Relationship between level physical activity


and nutritional status in high school students. Completion of course work
(Graduation in Physical Education) – Universidade Estadual de Maringá – UEM,
2010.

ABSTRACT

This study investigated the relationship between level of physical activity, nutritional
status and socioeconomic status of students. The sample included 108 adolescents,
57 females and 51 males aged between 16 and 19 years of high school students
from a Public School of Maringá - PR. We investigated whether levels of physical
activity by means of the Questionnaire of Habitual Physical Activity (Nahas, 2001),
and for the economic status of the economic evaluation criteria Brazil (ABEP, 2003),
were measured body weight and height for assessment of the state nutrition by BMI
(BMI = weight/height2), according to the criteria of Cole. The results showed that
28.5% (31 boys) and 23% (25 girls) are physically active, indicating a higher rate of
activity among males. Being overweight was 9.2% (10 students), and obesity 7.3% (8
students), whereas the scores of males, adding the two variables was 9.2% (8
overweight, obesity, 2). For the economic status, the prevalence was for the class B
(59.1%) and C (43.5%) respectively. From this study we conclude that there is a
tendency for females to be less physically active when compared to males.
According to the research objectives, it was clear the relationship between physical
activity and nutritional status, showing how one can influence the other.

Keywords: Physical Activity level. Nutritional Status. Adolescents.


9

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Percentual de adolescentes segundo o nível de


atividade física 40
10

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Freqüência dos dados das variáveis categóricas 39


Tabela 2. Valores das medidas de posição e variabilidade, de acordo 39
com o teste de normalidade, de Kolmogorov-Smirnov.
Variáveis numéricas
Tabela 3. Freqüência do nível de atividade física separado por turno e 41
gênero
Tabela 4. Correlação entre nível de atividade física gênero e turno 42
Tabela 5. Número de adolescentes por gênero de acordo com o 42
estado nutricional
Tabela 6. Freqüência das classes econômicas 43
Tabela 7. Correlação entre o nível econômico e o turno 43
Tabela 8. Correlação entre as variáveis categóricas 44

Tabela 9. Teste do Qui Quadrado de tendência. Associação entre as 44


variáveis.
11

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

WHO – World Health Organization


OMS – Organização Mundial da Saúde
HIV – Human Immunodeficiency Virus (Vírus da Imunodeficiência)
IMC – Índice de Massa Corporal
AF – Atividade Física
NAF – Nível de Atividade Física
EN – Estado Nutricional
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia
ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa
DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômico
POF – Pesquisa de Orçamentos Familiares
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
GH – Hormônio do Crescimento
PeNSE – Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar
SPSS – Social Package for Social Science 13.0
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira
PR – Paraná
MASC. – Masculino
FEM. – Feminino
Mod. Ativo – Moderadamente Ativo
Mto. Ativo – Muito Ativo
12

SUMARIO

1. INTRODUÇÃO 13
2. JUSTIFICATIVA 16
3. OBJETIVOS 18
3.1. OBJETIVO GERAL 18
3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO 18
4. REVISÃO DE LITERATURA 19
4.1. NÍVEL SOCIAL – STATUS SOCIAL 19
4.2. ADOLESCÊNCIA 23
4.3. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 27
4.3.1. ANTROPOMETRIA 28
4.4. ATIVIDADE FÍSICA 31
5. MATERIAIS E MÉTODOS 35
5.1. TIPO DE ESTUDO 35
5.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA 35
5.3. INSTRUMENTOS DE MEDIDA 35
5.4. PROCEDIMENTOS DE COLETA DOS DADOS 37
5.5. ANÁLISE DOS DADOS 37
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 38
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 45
REFERÊNCIAS 47
APÊNDICES 57
APÊNDICE 01 58
APÊNDICE 02 59
APÊNDICE 03 60
ANEXOS 62
ANEXO 01 63
ANEXO 02 64
13

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, as pessoas são motivadas, em suas vidas, pelas conquistas


pessoais, envolvendo em grande parte um destaque na atuação profissional e no
rendimento financeiro. Tais situações são importantes para o individuo, pois o
ajudam a desenvolver-se em aspectos de ordem social, sentindo-se bem diante das
pessoas e da sociedade.
Este aspecto que tem beneficiado ao sistema econômico e financeiro
tanto individual quanto social, pode revelar uma influência sobre a qualidade de vida.
Pois cada vez mais as pessoas gastam seu tempo com atividades de caráter
profissional, deliberando pouco tempo para cuidados com a saúde, ou de outras
ordens. As longas jornadas de trabalho desgastam não somente o físico, mas
também o psicológico, tornando a população, de uma maneira geral, preocupada
com o descanso, pois ainda lhes resta até a aposentadoria uma longa e dura
jornada de trabalho.
Deste modo, o tempo livre, que poderia ser utilizado para a realização de
atividades de lazer e também para a prática de atividade física, perde espaço para
afazeres da vida em família, e também para o descanso.
Aliado a esta parcela da população, que em sua maioria é constituída por
adultos no seu ápice de desenvolvimento profissional e também afetivo, aparece os
adolescentes, que em pouco tempo constituirão o novo mercado de trabalho. De
acordo com o que se sabe, os adolescentes são influenciados por suas famílias, e
sendo assim, o que se observa nos pais pode se traduzir em atitudes destes
adolescentes na vida adulta. Portanto os padrões de valores de uma família
representam os valores de seus filhos.
O que se pode observar, portanto, é que se os pais têm um padrão de
vida sedentária, com pouca ou nenhuma atividade física, pode ser um indicativo de
que futuramente, seus filhos possuirão um estilo de vida assim. Este estilo de vida é
conhecido como sedentário que na literatura pode apresentar várias definições,
14

sendo que adotamos a que descreve como sedentário aquele que realiza menos de
300 minutos semanal de atividade física (BIDDLE et al, 1998).
Isso implica em dizer que diariamente seria necessário realizar atividade
física por pelo menos uma hora, o recomendado seria realizá-la durante um período
contínuo, no entanto as várias atividades diárias podem fornecer este dispêndio de
atividade física.
Segundo a OMS (2009) a adolescência é um período de mudanças
físicas e psicológicas importantes, e também de mudanças nas interações e
relações sociais. Em termos gerais o que se observa nos adolescentes, é a
prevalência de uma personalidade ou característica de descaso com questões
ligadas a qualidade de vida e a sociedade, não se podem estabelecer como única
realidade ou como predominante esta característica. A OMS (2009) aponta que os
adolescentes pertencem a um grupo saudável. Muitas doenças graves na idade
adulta têm suas raízes na adolescência. Por exemplo, tabagismo, doenças
sexualmente transmissíveis incluindo o HIV, a má alimentação e hábitos de
exercício, pode conduzir a uma doença ou a morte prematura na vida adulta.
No presente trabalho o enfoque será dado às questões da saúde,
principalmente no que diz respeito às questões do nível de atividade física e do
estado nutricional dos adolescentes em nível médio escolar.
Sabemos algumas das influências, que podem tornar os adultos,
indivíduos sedentários. Como as longas jornadas de trabalho, o estresse, as
responsabilidades de ordem familiar e social, o descaso com a atividade física e
seus benefícios para a saúde, entre outros. Sobre os adolescentes, pouco se sabe
sobre as principais influências para o sedentarismo, no entanto sabe-se que é na
adolescência o momento de preparação para uma vida saudável e de mudanças tão
importantes.
Para tal questão, muitos estudos apontam que existe uma relação entre o
desenvolvimento socioeconômico e tecnológico nas relações dos adolescentes, no
que tange a vida social, familiar e com a saúde. De acordo com a World Health
Organization (WHO, 2000), Em função da violência e estresse nos grandes centros,
as crianças e adolescentes cada vez mais são atingidos pelas informações e
facilidades da mídia e da tecnologia. A falta de informação dos pais é
comprovadamente uma das questões que inicia e/ou mantém a presença do
sedentarismo e o consumo de alimentos não saudáveis.
15

A partir desta afirmação de WHO, aparece outra questão que tem


preocupado muito as autoridades em saúde publica que é a ingestão de alimentos
que não são saudáveis. Este distúrbio na alimentação aliado ao sedentarismo pode
gerar um alto índice de prevalência de sobrepeso e obesidade em meio à
população, e especificamente nos adolescentes, uma vez que são eles os alvos de
uma grande parte da indústria de alimentos. Hoje se sabe que o excesso de gordura
corporal é correspondente ao aumento da inatividade física. Constituindo o
sedentarismo como a característica primária da maioria dos indivíduos com excesso
de gordura corporal.
Diante a situação atual dos adolescentes, é sugerido em muitos trabalhos
e documentos a necessidade de uma adequação dos padrões nutricionais dos
adolescentes, uma vez que fisiologicamente esta relação da obesidade infantil com
a vida adulta, pode ser afirmada pelo número de células adiposas, ou seja, “o
número de células adiposas no organismo adulto é determinado quase inteiramente
pela quantidade de gordura armazenada no corpo no inicio da vida” (GUYTON,
1984, pg. 854).
O aumento na prevalência dos casos de sobrepeso e obesidade, em todo
o mundo, está ocorrendo proporcionalmente à diminuição progressiva de energia
gasta em atividades de trabalho, ocupacionais, no cumprimento de afazeres
domésticos e necessidades diárias. Estudos apontam que crianças inativas são mais
gordas, mesmo se ingerirem menos energia. Porém, os estudos apontam que de
fato existe esta relação da inatividade física com o estado nutricional, mas não se
sabe ao certo se a inatividade causou um aumento da gordura corporal ou se a
maior gordura corporal causou a inatividade (BOUCHARD, 2003).
16

2. JUSTIFICATIVA

O presente trabalho se constitui em um estudo que busca revelar as


características do estado nutricional e de atividade física de adolescentes,
matriculados na rede de ensino médio público de um Colégio do Município de
Maringá.
O grande aumento de uma população marcada por um estilo de vida
sedentário levou-nos a estudar como essa epidemia, pode colocar em risco a saúde
da sociedade e da sua camada adolescente. Embora a maioria das doenças
associadas ao sedentarismo somente se manifeste na vida adulta, é cada vez mais
evidente que seu desenvolvimento se inicia na infância e adolescência (WHO,
2010).
Entendemos que existe uma necessidade de se trabalhar no sentido de
mudar este panorama, imposto em nossa sociedade, o que se conhece a cerca dos
estudos, revelam este grande desinteresse causado pela transição demográfica e a
nutricional que caracterizam a transição no estilo de vida, a qual tem alterado
diversos comportamentos humanos, produzindo reflexos marcantes principalmente
na alimentação e na atividade física (AF) e, conseqüentemente, na composição
corporal das pessoas (WHO, 2002). Essas mudanças tendem a alterar a aptidão
física e a repercutir negativamente na saúde (DIONNE; TREMBLAY, 2000).
Sendo assim, o estímulo à prática de atividade física desde a juventude
deve ser uma prioridade. Embora a percepção das barreiras seja influenciada por
fatores como idade, nível socioeconômico (SALLIS, 2000), sexo, tempo disponível,
crenças pessoais, auto-conceito, disponibilidade de recursos financeiros, materiais e
ambientais (OMAN, 1998).
Para que se possa avançar no sentido de dar contribuições no
desenvolvimento integral deste adolescente, é necessário que haja um trabalho
intensivo com os educadores no sentido de que saibam intervir com eficácia na
saúde de seus alunos. Nesse sentido, o estudo justifica-se em verificar a prevalência
17

dos níveis de atividade física de adolescentes em idade escolar, assim como seu
estado nutricional.
18

3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral


• Analisar a relação entre nível de atividade física, estado nutricional e classe
econômica de escolares;

3.2. Objetivos Específicos


• Identificar o nível de atividade física de adolescentes matriculados no terceiro
ano do Ensino Médio;
• Verificar o estado nutricional dos adolescentes através do IMC;
• Identificar a classe econômica dos adolescentes;
• Relacionar os níveis de atividade física encontrados com o estado nutricional
e a classe econômica dos sujeitos do estudo;
19

4. REVISÃO DE LITERATURA

O presente estudo está dividido em quatro tópicos de acordo com os


aspectos a serem pesquisados. O primeiro destina-se as classificações de nível
social; o segundo tópico refere-se à adolescência; o terceiro compreende o tema do
estado nutricional de adolescentes; e por fim o nível de atividade física na
adolescência.

4.1 NÍVEL SOCIAL – Status social

Segundo McLaren (2007), a classe social ou status, não está remetida


apenas ao dinheiro, mas também a outras variáveis do capital, que pode ser
econômico, cultural ou social.
Para o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE, 2010), a estratificação da
renda dos brasileiros baseia-se em alguns critérios econômicos. A família rica é
aquela cuja renda mensal é igual ou superior a 40 salários. Em termos absolutos, os
ricos saltaram em 2003 de 0,8% para 1% da população em 2008. Já a elite
brasileira, classes A e B, é composta por grupos familiares com renda superior a R$
4.559. A classe C é composta por indivíduos pertencentes a famílias que possuem
renda mensal entre R$ 1.064 e R$ 4.558. Os brasileiros remediados estão inseridos
na classe D e constituem as famílias que recebem entre R$ 768 e R$ 1.064. O
último vagão do trem da renda acolhe os pobres da classe E, inseridos nas famílias
que ganham abaixo de R$ 768 mensais.
Existe ainda hoje muita discussão no uso da classificação econômica
(status social, nível social, etc.) tanto na sua terminologia como na sua
empregabilidade. Muitos estudos apontam diferentes métodos de classificação e
também inúmeras variáveis, sendo que por vezes repete-se, porém são analisadas
sobre uma ótica diferente.
20

A Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP, 2007)


apresenta um modelo para a classificação de classe econômica, baseado no
consumo e na posse de bens. Deste modo ficou caracterizado: CLASSE A1 - 1% da
população, e renda média mensal familiar a partir de janeiro/2008 de R$ 9.733,47 ou
acima; CLASSE A2 – 4% da população, renda entre R$ 6.563,73 e R$ 9.733,47;
CLASSE B1 – 9% da população, renda entre R$ 3.479,36 e R$ 6.563,73; CLASSE
B2 -15% da população, renda entre R$ 2.012,67 e R$ 3.479,36; CLASSE C1 – 21%
da população, renda entre R$ 1.194,53 e R$2.012,67; CLASSE C2 – 22% da
população, renda entre R$ 726,26 e R$ 1.194,53; CLASSE D – 25% da população,
renda entre R$ 484,97 e R$ 726,26; e, CLASSE E – 3% da população, renda entre
R$ 276,70 e R$ 484,97.
Entender as relações sociais e como elas estão dispostas na sociedade
têm se tornado freqüente nos estudos, devido ao aumento na identificação de
fatores sociais associados à saúde configurando um dos desafios da atualidade,
principalmente para que se possam estabelecer intervenções de maior impacto
(BUSS; FILHO, 2007).
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (DIEESE, 1995) quando analisamos a evolução da estrutura de
gastos familiares é importante lembrar a estreita associação entre renda e consumo
de bens e serviços. Desse modo, entende que quanto mais elevada for à renda
familiar, tanto maior será o gasto das famílias em termos absoluto e também maior
diversidade do leque de produtos e serviços consumidos.
Para entendermos esta relação de renda e consumo, buscamos
evidenciar através dos resultados apresentados pela Pesquisa de Orçamento
Familiar de 2003 que o consumo alimentar tem relação direta com a renda, segundo
esta pesquisa, o total de Kcal/dia per capita da classe econômica mais baixa pode
variar em até 589,41 Kcal/dia da classe com maior renda. Esse valor corresponde a
quase que metade do total consumido por esta classe de rendimento inferior (POF,
2003).
De modo geral, preço e renda são determinantes do consumo alimentar,
com conseqüências na disponibilidade de nutrientes (DREWNOWSKI; POPKIN
1997).
21

No entanto, o acesso aos alimentos (renda e preços) não garante,


necessariamente, uma dieta mais equilibrada, pois com o aumento da renda ocorre
o aumento no consumo dos nutrientes que estavam abaixo das recomendações, no
entanto, ocorre também um aumento no consumo daqueles nutrientes que já
estavam elevados, como as gorduras. Concluiu-se que os consumidores respondem
às mudanças de preços dos alimentos e da renda escolhendo alimentos que
maximizem a satisfação (HUANG, 1998).
Associado à renda podem-se citar os gastos preventivos aos problemas
ocasionados à saúde, seja pelos hábitos alimentares, seja pela qualidade de vida da
população. Neste sentido a Organização Mundial da Saúde (OMS – WHO, 2000)
alerta para os riscos que o desenvolvimento social e tecnológico, pode ocasionar
nos padrões de vida, aponta que com este desenvolvimento e a pouca preocupação
da população, a atividade física tem ficado de lado, enquanto que os alimentos não
saudáveis vêm abastecendo o mercado mundial.
Deste modo, a grande preocupação fica centrada na má qualidade dos
alimentos que comumente se ingere. Junto a isso, a atividade física fica resguardada
às práticas de fim de semana.
Em relação à obesidade e consumo alimentar os indicadores do status
socioeconômicos, explorados com maior freqüência é ocupação, educação e renda
(McLaren, 2007). Ainda neste sentido Berdanier (1995) aponta que a seleção dos
alimentos entre os humanos, é influenciada por uma combinação de fatores culturais
e familiares, nível educacional, circunstâncias econômicas, necessidades individuais
e idiossincrasias.
Pensando ainda em renda, o acesso às academias, clubes ou pólos onde
a prática de atividade física é o principal serviço oferecido, é bem disseminada,
porém o custo para tais práticas ainda é elevado. Quanto mais baixos os custos,
mais a clientela põe em descrédito, associando os serviços como sendo de má
qualidade.
A prática de atividade física total (considerados os domínios lazer,
trabalho, doméstico e deslocamento) tem se mostrado mais alta em indivíduos
economicamente desfavorecidos quando comparados àqueles com nível econômico
mais alto. Entretanto, quando observada exclusivamente a atividade física no
contexto de lazer, tal associação se inverte (DUCA et.al, 2009).
22

Junto à renda familiar, vem o conhecimento dos pais ou seu grau de


formação, sendo que o que se sabe é que, quanto maior for o grau de instrução dos
pais, melhores serão os hábitos de vida. Tal afirmação pode ser observada em
Oliveira et.al (2003), em que os fatores ambientais são determinantes no ganho
excessivo de peso e obesidade.
O acesso facilitado de tecnologias do mundo moderno (TV, vídeos e
internet), se caracterizam em uma fácil opção de lazer e de relativo baixo custo, em
relação a outros tipos de práticas feitas nas horas vagas, além de ser tratada como
uma segurança aos pais frente às atividades realizadas fora de casa (GUEDES;
GUEDES, 2001).
Segundo Bouchard (2003), pode-se dizer que os gastos da população e
dos órgãos públicos, com problemas de saúde, podem ser minimizados, garantindo
condições de vida melhores à população, através do acesso à prática regular de
atividade física e da boa alimentação.
Se por um lado a renda familiar e grau de instrução são importantes para
o acesso a produtos e serviços de qualidade, por outro os governos e serviços
públicos tem que garantir o mínimo dos serviços. No estudo apresentado por
Bouchard (2003), em forma de um relatório dos Cirurgiões-Gerais Americanos sobre
Atividade Física (U.S. Surgeon General´s Report on Physical Activity, 1996),
apresenta como a atividade física realizada três vezes por semana com um total de
30 minutos por sessão, em níveis moderados pode reduzir alguns riscos à saúde,
como as cardiopatias, o diabetes, o câncer e outras enfermidades oriundas.
Para que se possa reverter este quadro e tornar acessível à atividade
física a todas as classes sociais, é importante que os governos estudem meios de
implantação de centros esportivos, clubes sociais aumentando assim a participação
da população em atividades físicas.
23

4.2 ADOLESCÊNCIA

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), o adolescente


no Brasil está incluso na faixa etária que compreende dos doze até aos dezoito anos
de idade. A OMS (1995), define o período da adolescência entre as idades de 10
anos a 19 anos, e aponta ainda que a adolescência é um período do
desenvolvimento humano onde consideram-se os indivíduos como saudáveis, no
entanto, reconhece que é cada vez maior os índices de adolescentes com
problemas na saúde, estes podendo ser evitados ou tratados.
A adolescência é um período da vida do ser humano em que ocorrem
inúmeras transformações, sejam elas mentais, ou físicas e/ou sociais. Dependendo
da cultura do povo ela recebe tratamentos diferentes, mas em todas elas, essa é
uma fase de desenvolvimento, de transição, entre a infância e a vida adulta (OMS,
1975). Junto a estas transformações, Erickson apud Lepre (2003) referem surgir
conflitos inter e intrapessoais, destacando também a adoção de novas formas de se
vestir, falar e agir, e a relação e maneira de tratar o corpo tende a acompanhar as
mudanças.
O art.3 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990) diz que os
adolescentes gozam de todos os direitos humanos, devendo ser assegurado a
estes, seja por meio de leis ou outros meios, as oportunidades para o seu
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade
e dignidade.
Ainda neste contexto no Art.4 o ECA (1990) entende que é dever da
família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar os direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito e à liberdade.
Segundo Dietz (1998) e Muller (2001), a adolescência é um dos períodos
mais críticos do desenvolvimento humano. Devido ao estirão puberal há uma maior
necessidade energética, e o desequilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto
energético pode levar à desnutrição ou obesidade (BRITES et al., 2007).
24

As alterações na adolescência são freqüentes, e representam


possivelmente o fenótipo durante a vida adulta. Estas mudanças têm intima ligação
com o período da puberdade, onde ocorrem as principais mudanças morfológicas no
corpo, momento em que aparecem as características sexuais secundárias que
distinguem o gênero masculino do feminino (DUARTE, 1993).
Marshall (1978) apud SIGULEM et al. (2000), considera que o período de
transição entre a infância e a idade adulta é marcado por mudanças morfológicas e
fisiológicas. Essas transformações são caracterizadas por modificações de peso,
estatura e composição corporal, sendo adquiridos na fase da adolescência cerca de
50% do peso e entre 20-25% da estatura.
Junto a estas mudanças, Duarte (1993) aponta também para o aumento
na massa de gordura corporal, mais acelerada no sexo feminino, e mais lento no
sexo masculino.
Apesar de todo o aumento na massa de gordura corporal, o corpo sofre o
que conhecemos popularmente como “estirão”, ou seja, crescimento notável da
estatura. Isso ocorre pela ação do hormônio do crescimento (GH), que, de acordo
com Portes e Barbosa (2008), sua presença é importante no ganho de massa e
força muscular, influenciando assim o aumento da estatura final em crianças e
adolescentes.
Em um estudo realizado foram apontados como a alimentação na infância
e adolescência, pode definir o consumo alimentar na vida adulta, não somente a
alimentação saudável, mas também hábitos de vida saudáveis como a prática de
atividade física, fazem parte deste contexto, onde o reflexo pode surgir na vida
adulta. Assim uma alimentação saudável durante a adolescência é importante, pois
mudanças corporais importantes durante este tempo afetam as necessidades
nutricionais e alimentares de um indivíduo (BRENNER, 2007). Outros estudos
apontam que “o número de células adiposas no organismo adulto é determinado
quase inteiramente pela quantidade de gordura armazenada no corpo no inicio da
vida” (GUYTON, 1984 pg. 854).
O comportamento dos adolescentes nas mais variadas esferas da
sociedade tem ligação direta com o ambiente em que vive, seja por influência
familiar, de amigos, professora (a escola), seja por meios de comunicação, como
televisão, rádio, internet entre outros. Todas essas influências do meio contribuem
25

para a sua formação moral, intelectual, física, espiritual e social, que é traduzida aos
poucos nas suas relações interpessoais e intrapessoais.
Como reflexo de toda esta influência, é cada vez mais comum, acontecer
associações que estabeleçam um rápido desenvolvimento da adolescência, assim
parece que o tempo das crianças e dos adolescentes é muito mais rápido do que o
tempo dos adultos (OUTEIRAL, 2001).
Com toda esta velocidade de mudanças e transformações individuais,
impulsionada pelos avanços tecnológicos, industrial e social, os jovens tornam-se
mais propensos a buscar novas tendências. Segundo Dantas (2003), a evolução
técnico-científica apesar de trazer benefícios importantes para o desenvolvimento
humano, tende a ser motivadora da diminuição dos níveis de atividade física,
favorecendo o aumento da inatividade física humana. Esta, por sua vez, afeta o
controle da ingestão alimentar, favorecendo o aumento da ingestão alimentar
(POWERS; HOWLEY, 2000).
No Brasil, são encontradas maiores prevalências de sobrepeso em
populações de adolescentes com melhores condições financeiras e que, nos grupos
de adolescentes mais pobres, essa prevalência diminui. Ressalta ainda que o
número de adolescentes com sobrepeso nas classes mais baixas vem aumentando
(GOMES; ANJOS; VASCONCELLOS, 2009).
De acordo com Popkin (1998), a transição nutricional tem contribuído para
o declínio da desnutrição. Por outro lado, tem promovido um crescente aumento da
obesidade. O aumento da dieta rica em gorduras, açúcares, como os fast foods e
uma redução na ingestão de alimentos saudáveis como carboidratos e fibras,
influenciado pelo processo de industrialização da sociedade modernizada, assim
como a inatividade física contribuíram para que a população transitasse para um
estado de obesidade (BOUCHARD, 2003).
O período da adolescência, como citado anteriormente, é uma etapa que
apresenta inúmeras transformações no processo de crescimento e desenvolvimento.
Quando há o surgimento ou o agravamento da obesidade, a situação torna-se ainda
mais problemática (FERRIANI et al., 2005).
Assim, podem surgir alterações metabólicas decorrentes do sobrepeso ou
da obesidade e que começam a manifestar-se ainda nessa fase e alguns autores
acreditam que ― o sobrepeso em adolescentes está associado com o aumento de
risco de obesidade na vida adulta, e, portanto, diretamente associado com as
26

doenças crônicas relacionadas ao excesso de gordura corporal (MONTEIRO et al.,


2000; VEIGA, 2000).
Como referido, o ambiente social influencia diretamente nos padrões de
vida dos adolescentes. A escola, portanto, representa um importante veículo para
modificações no estilo de vida (GODOY-MATOS et al., 2009), podendo atender a
aspectos de promoção da saúde como de distúrbios da saúde. Proposta de
intervenções no âmbito escolar tem sido elaborada para a prevenção e o tratamento
da obesidade e tem sido apontada como uma promessa na redução da obesidade
na adolescência (FERREIRA et al., 2005).
Existe, portanto a necessidade de que os órgãos públicos promovam, ou
estimulem os adolescentes a manterem um padrão de qualidade de vida seguro,
informando-lhes sobre os riscos de uma dieta desequilibrada, e da inatividade física.
Promovendo, portanto, meios para que tenham bons hábitos alimentares e prática
regular de atividade física. Como o projeto desenvolvido a partir de dados do IBGE,
onde a PeNSE – Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, destacou que mais de
30% dos escolares são inativos ou insuficientemente ativos. A Pesquisa Nacional da
Saúde do Escolar (Pense) apresenta informações sobre as condições de vida do
estudante. Preocupado com o sedentarismo da população, o Ministério da Saúde
lançou em 2009 o Plano Nacional de Atividade Física (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2010).
Esta iniciativa do Ministério da Saúde tem como objetivo estimular as
pessoas a fazerem pelo menos trinta minutos diários de atividade física. A
preocupação do Ministério da Saúde é auxiliar no combate à vida sedentária, fiel
amiga de certas doenças como cardiovasculares, diabetes, obesidade mórbida,
entre outras resultantes da inatividade. Para colocar o Plano em ação, o Ministério
da Saúde conta com a parceria do Ministério dos Esportes.
27

4.3 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

Estado nutricional é a condição de saúde de um indivíduo, influenciada


pelo consumo e utilização de nutrientes (JORGE, JORGE, SANTOS, PIMENTA,
apud Christakis, 1973).
O Estado Nutricional expressa o grau nos quais as necessidades
fisiológicas por nutrientes estão sendo alcançadas (DEHOOG, 1998), para manter a
composição e funções adequadas do organismo (JEEJEEBHOY, 1990), resultando
do equilibro entre ingestão e necessidades de nutrientes (DEHOOG, 1998). As
alterações do estado nutricional contribuem para o aumento da morbi-mortalidade.
A avaliação do estado nutricional é um instrumento fundamental no
estudo de populações, e de maneira especial para crianças e adolescentes, para
que se possa verificar o crescimento, observando se esta se distanciando do padrão
esperado por doença e/ou por condições sociais desfavoráveis (MELLO, 2002). Tem
grande importância, uma vez que podemos, por meio deste, reconhecer e
diagnosticar alguns distúrbios nutricionais, tais como a desnutrição protéica calórica,
bem como o excesso de peso e a obesidade (DUARTE, 2007).
O estado nutricional constitui importante marcador qualitativo de saúde de
uma determinada comunidade, e sua apropriada avaliação representa valioso
instrumento para identificar a freqüência e o grau de intensidade de agravo
nutricional em uma população definida (FAGUNDES, OLIVA, FAGUNDES-NETO,
apud BEGHIN, 2002).
A avaliação nutricional tem servido, como um indicador de saúde e de
desenvolvimento humano e socioeconômico, pois sabe-se que existe hoje uma
transição dinâmica de padrões, em todas estas vertentes. Acompanhando essa
transição, encontramos a transição nutricional, que diz respeito a mudanças nos
padrões nutricionais, que modificam a estrutura da dieta dos indivíduos e que se
correlacionam com mudanças econômicas, sociais, demográficas e relacionadas à
saúde (POPKIN et al., 1993). Esse processo pode revelar possíveis mudanças no
padrão de alimentação.
28

No Brasil alguns estudos foram conduzidos para se definir os padrões


dietéticos e sua evolução, mas apesar da tentativa, os inquéritos realizados tinham
diferentes metodologias, o que não pode revelar de maneira fidedigna a evolução ou
mudança no padrão alimentar da população. No entanto, pode-se inferir com maior
precisão a quantidade de alimentos consumidos pelas famílias (MONDINI e
MONTEIRO, 1995/2006).
Estes estudos além de fornecer dados bastante úteis às pesquisas em
nível nacional, principalmente, em se tentar definir uma tendência e uma
centralidade do consumo alimentar, buscaram investigar os orçamentos familiares.
Estas pesquisas são importantes pra se definir esse processo de transição
nutricional. Os resultados encontrados por Monteiro et.al (1995), revela que o Brasil
vem substituindo rapidamente o problema da escassez pelo excesso dietético. Desta
forma, a pesquisa abriu vertentes para o consumo alimentar, e o estado nutricional;
como exemplo tem-se a POF 2003, que agregou à pesquisa orçamentária a
alimentação e o diagnóstico do estado nutricional da população. Ou seja, está
acontecendo uma transição da desnutrição, embora ainda relevante, em famílias de
baixa renda, porém diminuindo cada vez mais nos diferentes estratos econômicos,
para com a obesidade que vem aumentando cada vez mais em todos os níveis
sociais (MONTEIRO, et al, 1995/2006).
Para estudos populacionais, os inquéritos nutricionais têm importante
papel na determinação do estado nutricional de uma população ou segmentos da
mesma. Através destes é possível identificar grupos em déficit ou excesso
nutricional. A antropometria consiste no principal método de avaliação do estado
nutricional presente nas pesquisas (LOURENÇO, 2006).

4.3.1 ANTROPOMETRIA

Existem diversos métodos para a estimativa da composição corporal, com


diferentes níveis de precisão, custo e dificuldade de aplicação (SILVA; MURA,
2007).
O uso da antropometria é de grande importância para a avaliação
nutricional, por meio da qual se avalia crescimento e composição corporal, podendo
29

ser mensurados os dois principais compartimentos da massa corporal total, sendo


estes a massa do tecido adiposo e a massa livre de gordura (FONTANIVE, et.al,
2007).
O mesmo autor refere que as vantagens dessas medidas se devem ao
baixo custo, fácil aquisição, técnicas não invasivas, fácil manipulação dos
instrumentos, resultados rápidos e fidedignidade, desde que sejam mensuradas
corretamente.
O estudo da Antropometria tem sido usado como um instrumento muito
útil na identificação de variáveis relacionadas ao crescimento e desenvolvimento de
crianças e adolescentes (GUEDES; GUEDES, 2002).
A antropometria é amplamente utilizada para a avaliação nutricional de
indivíduos e de grupos populacionais. Além de seu baixo custo, fácil manuseio, tem
boa aceitação da população. Através dos resultados antropométricos, são fornecidas
estimativas da prevalência e gravidade das alterações nutricionais (WHO, 1986).
Esse tipo de avaliação por sua vez, pode expressar as condições
nutricionais através das medidas corporais, que consiste na medição das dimensões
corporais.
A partir dos valores obtidos nas medidas, os dados são combinados,
formando os índices antropométricos, que nos permitem comparar a informação
individual com parâmetros utilizados como referência. As medidas mais usadas são
massa corporal (peso) e a altura (comprimento e estatura) (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2006).
O uso da antropometria com adolescentes, esta fundamentada na
evidência de que o crescimento físico e a própria maturação sexual dependem das
condições nutricionais. O risco de excesso de peso é medido principalmente a partir
de índices antropométricos. Assim, os indicadores como o peso e a estatura
adquirem grande importância no diagnóstico do estado nutricional. Para o
diagnóstico e acompanhamento do estado nutricional de adolescentes, utiliza-se
como parâmetros a distribuição do Índice de Massa Corporal (IMC) (MINISTERIO
DA SAUDE, 2006).
O Índice de Massa Corporal (IMC) é um número calculado a partir do
peso e altura. O IMC é um indicador fiável de gordura corporal para a maioria das
crianças e adolescentes. Ele não mede a gordura corporal diretamente, mas se
correlaciona com medidas diretas da gordura corporal. A sua fórmula, também é
30

conhecida por Índice de Quetelet, que é o nome do responsável pela elaboração da


fórmula do IMC, que é expressa da seguinte maneira: IMC= PESO / ALTURA2
(CDC, 2009; PUCRS, 2010).
As correlações da antropometria com o estado nutricional, provêm
basicamente, de todas as inadequações na ingestão de nutrientes que
desencadeiam algum tipo de alteração nas medidas antropométricas (ZANCUL;
FABBRO,2005 apud ALMEIDA et.al, 2000). Aqui deve-se o fato de seu grande
índice de utilização.
Enquanto o peso corporal aumenta linearmente com a idade durante a
infância, o IMC declina desde a infância até a pré-adolescencia, onde encontra seu
ponto mais baixo, depois sofre nova alteração, aumentando de acordo com a idade.
As diferenças do IMC entre os sexos durante a adolescência são consideráveis.
Outro motivo de possíveis alterações do IMC na adolescência, esta relacionado com
o estirão do crescimento. Portanto, é destas considerações que se tornam
importantes a avaliação segundo os padrões da CDC (Center for Disease Control)
(MALINA et.al, 2009).
Apesar das varias discussões sobre a sua fidedignidade, o IMC é
amplamente utilizado. Os resultados apresentados por esta medida podem
apresentar um padrão para que estabelecermos um nível de significância.
31

4.4 ATIVIDADE FISICA

Atualmente, e especificamente nas últimas décadas, tem-se destacado a


importância da apropriação e manutenção de hábitos saudáveis visando à melhoria
da qualidade de vida. Neste contexto é cada vez mais comum se advogar a
prevenção de doenças crônico-degenerativas por meio da adoção de práticas de
atividade física (BIAZUSSI, 2008).
Para entendermos um pouco mais sobre atividade física, Bouchard et al.
(1990) a definiram, como sendo qualquer movimento corporal produzido pelos
músculos esqueléticos e que resultam em algum gasto energético. A atividade física
vai além dos valores fisiológicos, adentrando no campo dos mecanismos e também
comportamentais.
Um maior nível de atividade física em crianças e adolescentes contribui
para melhorar o perfil lipídico e metabólico, e reduzir a prevalência de sobrepeso e
obesidade. Segundo Guo e Chumlea (1999), adolescentes obesos tendem a se
tornarem adultos obesos. Deste modo, alguns estudos apontam que os hábitos de
atividade física adquiridos na infância e adolescência, podem ser transferidos para a
fase adulta e promover portanto, a atividade física na adolescência, significa
estabelecer uma medida preventiva para a redução do sedentarismo na idade
adulta, contribuindo para uma melhor qualidade de vida e também diminuição das
doenças crônicas degenerativas (GUEDES; GRONDIN, 2002; LAZZOLI et al. 1998).
Segundo Silva e Malina (2000), a participação de adolescentes em
atividades físicas deve ser enfatizada, em especial atenção durante os dias da
semana, uma vez que, nos finais de semana, tendem a serem mais ativos. Devem
incluir atividades que estão mais acessíveis e que sejam mais populares,
propiciando, assim, maior aderência a elas. A promoção de atividade física regular
possibilitará aos indivíduos o usufruto dos benefícios sobre a saúde, tanto a curto
como em longo prazo.
Pesquisas comprovam que pessoas praticantes de atividade física
acabam tendo gastos reduzidos com remédios para tratamento de doenças
relacionadas à inatividade física ou sedentarismo (MATSUDO et al. 2002). Dados
32

levantados na Austrália indicam que, para cada aumento de 1% no nível de


atividade física da população adulta, haveria uma economia associada de sete
bilhões de dólares, em custos potenciais de tratamento de infartos de miocárdio,
derrame cerebral, diabetes, câncer de cólon e de mama, assim como depressão
(STEPHENSON, 2000 apud MATSUDO et al., 2002).
Um estilo de vida ativo vem sendo apontado pela comunidade cientifica,
como uma das variáveis mais importantes na promoção da saúde e qualidade de
vida da população. Este conceito parte da associação do estilo de vida saudável ao
hábito da prática de atividades físicas (ASSUMPÇÃO et al. 2002).
Os benefícios da prática de atividade física, esportiva ou de lazer, ou seja,
independente do tipo da atividade e da quantidade praticada, são muitos, tanto na
saúde física como mental (CDC, 2006). De uma forma geral, a atividade física na
adolescência pode estimular o crescimento físico, aumentar a auto-estima, contribuir
para o desenvolvimento social, além de propiciar uma série de benefícios para a
saúde e bem-estar (VIEIRA, PRIORE; FISBERG, 2002).
Em crianças e adolescentes, um maior nível de atividade física contribui
para melhorar o perfil lipídico e metabólico e reduzir a prevalência de obesidade,
significa estabelecer uma base sólida para a redução da prevalência do
sedentarismo na idade adulta. Existem particularidades da fisiologia do esforço em
crianças e adolescentes que decorrem tanto do aumento da massa corporal
(crescimento) quanto da maturação, que se acelera durante a puberdade
(desenvolvimento) (LAZZOLI et al, 1998).
Em relação à potência aeróbica, ocorre um aumento do consumo máximo
de oxigênio (VO2max) em termos absolutos ao longo da idade, com maior
aceleração em meninos do que em meninas. Esse aumento do VO2max está
intimamente relacionado ao aumento da massa muscular (LAZZOLI et al, 1998).
Outro estudo aponta também benefícios na capacidade aeróbica de adolescentes
submetidos a 16 semanas de treinamento (SABIA et al, 2004). A prática de atividade
física gera um aumento da potência anaeróbica, que se deve tanto à maior massa
muscular conseguida pela atividade física, quanto pelo efeito da maturação
hormonal sobre as características funcionais do músculo esquelético. A capacidade
de produzir lactato é menor na criança do que no adulto, sendo um dos motivos
pelos
33

quais ela se recupera mais rapidamente após exercícios de alta intensidade e curta
duração, estando pronta para um novo exercício mais precocemente (LAZZOLI et al,
1998).
Mesmo com todas as informações e a reconhecida importância da
atividade física, ainda é elevado o número de adolescentes que não a praticam com
regularidade. Em um estudo de GORDIA (2008), destacou-se que muitas pesquisas
internacionais e nacionais têm demonstrado prevalência elevada de inatividade
física na população jovem, assim como, uma tendência de declínio no nível de
prática de atividade física nas últimas décadas.
Neste contexto têm-se observado em adolescentes, comportamentos
sedentários os quais estão vinculados diretamente à inatividade física e que
representa uma causa importante de debilidade e diminuição da qualidade de vida
do indivíduo (ANDRADE, 2001 apud ROLIM, et al. 2007).
Se a atividade física é considerada como qualquer movimento corporal
produzido pelos músculos esqueléticos e que resultam em algum gasto energético.
A inatividade se opõe a esta, sendo a mínima produção de movimento corporal
diminuindo possíveis gastos energéticos (MALINA et al. 2009). A inatividade física
ou sedentarismo foi determinado conforme o ponto de corte de 300 minutos de
atividade física moderado-vigorosa semanal de acordo com a atual diretriz de
atividade física para adolescentes (STRONG et al. 2005).
Em resposta às rápidas evoluções do estilo de vida urbano, a população
acabou sofrendo mudanças socioculturais que estão afetando diretamente o nível de
atividade física nas crianças e nos adolescentes (MASCARENHAS et al., 2005). A
modernização teve uma influência direta e devastadora nos níveis de atividade física
entre os jovens de todos os países, uma vez que estes hoje em dia, estão mais
sedentários do que os jovens de alguns anos atrás (ZIRBES; GONÇALVES, 2006).
Algumas pesquisas a respeito do comportamento e estilo de vida de
adolescentes revelaram a influência de barreiras, que agem de maneira direta no
nível de atividade física dos mesmos. Segundo Allison et al. (2005 apud SANTOS et
al. 2010), as barreiras para a atividade física incluem tanto fatores internos (ca-
racterísticas individuais, menor prioridade para a atividade física, e envolvimento
com atividades relacionadas à tecnologia) como fatores externos (influência de
alguém ou da família, falta de tempo, inacessibilidade e facilidades de custo).
34

De acordo com os diagnósticos encontrados nas pesquisas, é necessário


que se aumentem os níveis de pratica de atividade física dos adolescentes, tal ação
tem se tornado uma das prioridades de saúde publica, em países de diferentes
níveis de desenvolvimento socioeconômico. Apesar de todos os esforços, e
estratégias, os programas de promoção da atividade física, têm mostrado pouca
eficiência (PATE et al. 2005; STEWART-BROWN, 2006). Acredita-se que tal
situação se deva ao fato do pouco conhecimento sobre os fatores que influenciam
os hábitos de atividade física dos adolescentes (FARIAS JUNIOR, 2008).
Em função de indicadores demográficos e socioeconômicos, e a
importância entre fatores de influência e o nível de atividade física, revelam
importantes aspectos para nortear o planejamento, desenvolvimento e avaliação dos
programas de promoção da atividade física (FARIAS JUNIOR, 2008).
Parece não existir tecido, célula ou molécula que não responda de forma
favorável ao exercício apropriado (BROOKS, 2004). De acordo com esta afirmação
observamos em última instância, a grande importância da atividade física, talvez não
seja o remédio para todas as enfermidades, mas pode ser decisiva no combate,
prevenção e tratamento de muitas delas.
35

5. MATERIAIS E MÉTODOS

5.1 TIPO DE ESTUDO

O estudo caracteriza-se como do tipo descritivo-correlacional, que de


acordo com Cervo e Bervian (1983) e Barrros e Lehfeld (2002), estuda uma dada
situação da realidade do ambiente, especialmente do mundo humano, sem a
interferência do pesquisador, procurando descobrir a freqüência com que um
fenômeno ocorre, sua natureza característica, causas, relações e conexões com
outros fenômenos.

5.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A amostra do estudo é composta por 108 adolescentes, sendo 57 do


gênero feminino e 51 do gênero masculino estudantes de uma instituição de ensino
público de nível médio, do Município de Maringá, com idade entre 16 e 19 anos,
cursando a 3ª série do Ensino Médio, nos períodos diurno e noturno.

5.3 INSTRUMENTOS DE MEDIDA

• Antropometria
Foram realizadas coletas de dados antropométricos, peso e estatura (Kg
e M, respectivamente), cálculos de Índice de Massa Corporal.
Para obtenção dos dados acerca do Índice de Massa Corporal, foi
utilizada uma balança e um estadiômetro (improvisado) para encontrarmos os
valores do peso (kg) e da altura (m), respectivamente. A partir destes dados aplicou-
se a fórmula peso/altura2, para obtermos o IMC. O critério para a classificação de
IMC é o proposto por Cole et. al (2000) para as crianças e adolescentes, com seus
respectivos valores de referência.
36

• Classe socioeconômica
Para avaliação da condição socioeconômica foi utilizado o questionário
desenvolvido pela Associação Brasileira de Pesquisa (ABEP, 2003) que visa estimar
o poder de compra das pessoas e famílias e o grau de instrução do chefe da família,
com o intuito de classificar a população em termos de classes econômicas em
detrimento a definição classes sociais. Este questionário determina as classes
econômicas da seguinte forma: classe A1 (30 a 34 pontos), classe A2 (25 a 29
pontos), classe B1(21 a 24 pontos), classe B2 (17 a 20 pontos), classe C (11 a 16
pontos), classe D(6 a 10 pontos) e classe E (0 a 5 pontos).

• Nível de atividade física


O Nível de Atividade Física (NAF) foi avaliado através do Questionário de
Atividades Físicas Habituais proposto por Nahas (2001). Este instrumento é
composto por três questões sendo uma delas com três alternativas, com perguntas
referentes a atividades físicas ocupacionais; e mais oito questões as duas ultimas
com mais três alternativas cada, com questões referentes a atividades físicas de
lazer. Possui um sistema de pontuação para cada questão, sendo que se deve
realizar uma somatória desta pontuação, o escore alcançado é usado para a
classificação de acordo com o quadro 1.
Quadro 1. Sistema de classificação do nível de atividade física proposto por Nahas.
0 – 5 pontos Inativo
6 – 11 pontos Moderadamente ativo
12 – 20 pontos Ativo
21 ou mais pontos Muito ativo

Uma parte do trabalho está destinada a levantar dados a respeito da


incidência de casos de sobrepeso e obesidade nos alunos matriculados na escola,
enquanto que foram feitas comparações com estas incidências e a pratica de
atividade física. Os alunos estão classificados de acordo com o nível e a intensidade
de suas Atividades Físicas, considerando prevalência de sedentarismo como menos
de trezentos minutos por semana de atividade física no deslocamento ou no lazer
conforme recomendação atual para adolescentes (BIDDLE; CAVILL; SALLIS, 1998).
37

5.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DOS DADOS

Os alunos entrevistados, e tiveram suas medidas aferidas na própria


instituição de ensino a que pertence, mantendo assim fácil locomoção, e
participação da pesquisa com uma amostra suficiente.
Os questionários foram aplicados durante as aulas de Educação Física,
enquanto que para as medidas de peso, estatura requisitou-se a instituição de
ensino, um local onde foram feitas as medidas.
Os critérios de inclusão na pesquisa foram:
• Estar matriculado no Ensino médio da escola participante da pesquisa;
• Possuir idade entre 16 e 19 anos;
• Estar em condições físicas adequadas para realização das medidas
antropométricas;
• Assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos pais;

5.5 ANÁLISE DOS DADOS

Para a análise de dados e obtenção de resultados, os dados foram


organizados em tabelas e gráficos do Microsoft Excel® 2003 e Microsoft Word®
2003. Também foram usadas as fórmulas de cada um dos procedimentos da coleta
de dados. O IMC é estabelecido através da divisão do peso (Kg) pela altura (m) ao
quadrado; os questionários foram analisados de acordo com os protocolos próprios.
O tratamento estatístico foi realizado por meio do pacote estatístico Social
Package for Social Science – SPSS 13.0. A estatística descritiva envolveu as
medidas de tendência central e dispersão (média e desvio-padrão, e mediana e
amplitude interquartílica), além das freqüências. O teste de normalidade usado foi o
de Kolmogorov-Smirnov (amostra acima de 50). Para dados normais utilizou-se a
correlação de Pearson, para dados não normais, utilizou-se correlação de
Spearman. E para as associações utilizou-se o teste Qui Quadrado de tendência.
38

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participaram da pesquisa 108 alunos matriculados no 3o ano do ensino


médio, sendo que 47,2% (51 alunos) são do gênero masculino e 52,8% (57 alunos)
são do gênero feminino. Sendo que 65,7% (71) estudam no período diurno, e 34,3%
(37) no período noturno de um Colégio Público Estadual da cidade de Maringá – PR.
Os parâmetros para a avaliação incluíam um questionário sobre Atividades Físicas
Habituais, proposto por Nahas (2001); questionário de Classificação econômica,
elaborado pela ABEP (Critério de Classificação Econômica Brasil, 2003) e avaliação
antropométricas (peso e estatura) para cálculo do IMC e classificação do Estado
Nutricional segundo os parâmetros de Cole (2000).
Representando as características demográficas dos adolescentes
estudados, a Tabela 1 apresenta os valores de freqüência dos dados categóricos.
De acordo com o exposto aqui é evidente a maior participação no processo de
ensino de indivíduos do sexo feminino, apesar da pouca diferença nos valores, ainda
assim é considerável sua superioridade numérica. Segundo dados do INEP (2003)
cerca de 54% das matriculas no Ensino Médio eram do sexo feminino, neste mesmo
ano. Outros estudos como o de Gomes et al. (2009); de Souza et al. (2009); NAHAS
et al. (2008); apresentam maior prevalência de estudantes do sexo feminino.
39

Tabela 1. Freqüência dos dados das variáveis categóricas.


Variável N % p
Gênero 0,00
Masculino 51 47,2
Feminino 57 52,8
Turno 0,00
Diurno 71 65,7
Noturno 37 34,3
Estado Nutricional 0,00
Baixo peso 8 7,4
Normal 72 66,7
Sobrepeso 18 16,7
Obeso 10 9,2
Status Social 0,00
Classe A 7 6,5
Classe B 53 59,1
Classe C 47 43,5
Classe D 1 0,9
Nível de Atividade Física 0,00
Inativo 12 11,1
Moderadamente 40 37
Ativo 51 47,2
Muito Ativo 5 4,6
> Valor de referencia, p>0,05 dados normais e p<0,05 dados não normais.

As medidas de posição e variabilidade das variáveis numéricas estão


descritas na Tabela 2. Devido o teste de normalidade de Kolomogorov-Smirnov,
ficou definida para a estatura os valores de media e desvio padrão (DP), enquanto
as demais medidas estão em mediana e amplitude interquartílica (AIq).

Tabela 2. Valores das medidas de posição e variabilidade, de acordo com o teste de


normalidade, de Kolmogorov-Smirnov. Variáveis numéricas.
Variável Média Desvio Padrão p
Estatura 1,68 0,09 0,20

Mediana Amplitude Interquartilica


Idade 17 1 0,00
Peso Corporal 64 18,8 0,00
IMC 21,9 5,2 0,00
> Valor de referencia, p>0,05 dados normais (Média e Desvio Padrão) e p<0,05
dados não normais (Mediana e Amplitude Interquartílica).

Na presente pesquisa buscou-se evidenciar o nível de atividade física dos


adolescentes, e de acordo com os resultados obtidos os indivíduos do gênero
40

masculino apresentam menor prevalência de inatividade física em relação ao gênero


feminino. O Gráfico 1, representa as freqüências relativas, deste modo buscou-se
identificar as diferenças entre os dois grupos. De acordo com os estudos
desenvolvidos nesta temática, os índices de inatividade física são maiores dos que
os encontrados na presente pesquisa, como o estudo desenvolvido por Gonçalves et
al. (2007); Guedes et al. (2001); Malina e Silva (2000). Tal fato pode estar
relacionado ao tipo de instrumento para as medidas, bem como o critério de
classificação. Comumente são encontradas classificações entre inativo fisicamente e
ativos fisicamente, ou seja, abordando os dois extremos, sem considerar os
intermediários. Se levarmos em conta somente os extremos teremos cerca de
48,88% de indivíduos inativos fisicamente, e 51,12% de indivíduos ativos
fisicamente, alcançando assim semelhança ou proximidade de resultados.

25,00%

20,00%

15,00%
Masculino
10,00% Feminino

5,00%

0,00%
Inativo Mod. Ativo Ativo Mto. Ativo

Gráfico 1. Percentual de adolescentes segundo o nível de atividade física.

Ainda neste sentido a Tabela 3, traz a diferença entre os gêneros e o


turno em que os alunos estudam. Portanto, pode-se dizer que os alunos do diurno
dos dois sexos, apresentam menor nível de atividade física (inativos) e são mais
moderados ativamente; também possuem maior prevalência de indivíduos ativos e
de muito ativos, no entanto os muito ativos são em sua totalidade do gênero
masculino.
41

Tabela 3. Freqüência do nível de atividade física separado por turno e gênero.


Gênero Turno Inativo Mod. Ativo Ativo Mto. Ativo Total
MASC.
Diurno N 3 9 16 4 32
% 2,8 8,4 13,1 3,8
Noturno N 2 6 10 1 19
% 1,9 5,7 9,4 0,9
Total 5 15 26 5 51
FEM.
Diurno N 4 18 17 0 39
% 3,8 17 16 0
Noturno N 3 7 8 0 18
% 2,8 6,6 6,5 0
Total 7 25 25 0 57

12 40 51 5 108
> MASC. (masculino); FEM. (feminino). Mod.Ativo (moderadamente ativo); Mto. Ativo
(muito ativo).

A Tabela 4 apresenta o resultado da relação entre nível de atividade


física, gênero e turno. Quando correlacionamos o nível de atividade física com o
gênero, observamos associação significativa, ou seja, podemos afirmar que há
correlação, ainda que fraca podemos entender que ela esta presente. No entanto
quando analisamos o nível de atividade física e o turno compreendemos que não há
correlação, tal situação pode ter decorrido do numero de alunos do noturno que é
mais baixo que do diurno. De acordo com os estudos de Tenório et.al (2010), Rolim
et. al (2007) e de Ceschini (2007), existe maior prevalência de inatividade física nos
sujeitos do sexo feminino. Apesar dos resultados gerais encontrados não serem
similares ao presente estudo, quando analisamos o gênero e o nível de atividade
física, observamos que na atual pesquisa o índice de meninas inativas ou
moderadamente ativas é maior.
42

Tabela 4. Correlação entre nível de atividade física gênero e turno.


Nível de atividade física Gênero Turno
Nível de
atividade física Correlação - -0,19* -0,03
Sig. - 0,04* 0,71
Gênero Correlação -0,19 - -0,06
Sig 0,04 - 0,53
Turno Correlação -0,03 -0,06 -
Sig 0,71 0,53 -
> *significância entre o NAF e o gênero, correlação muito fraca.

Para se estimar o estado nutricional, utilizou-se a fórmula do IMC, usando


como referência de classificação os estudos apresentados por Cole et.al (2000).
Deste modo determinamos através do IMC o estado nutricional. A mediana do IMC
dos dois grupos (masculino; feminino) foi de 21,9 com amplitude interquartílica de
5,2. Para o sexo feminino os valores de mediana e amplitude interquartílica é
respectivamente de 21,9 e 6,8; e para o sexo masculino é 22 e 3,4 respectivamente.
Deste modo sabemos que para o gênero masculino os valores de IMC são maiores,
o que também foi encontrado nas pesquisas de Farias Junior et.al (2009), Silva et.al
(2010), Romero et.al (2010).
Os valores da classificação do Estado Nutricional através do IMC, do
gênero masculino e do feminino estão representados na Tabela 5. Sendo assim,
podemos observar que o número de adolescentes com sobrepeso e obesidade é
elevado no gênero feminino, enquanto que no masculino, a incidência elevada é nos
Eutróficos (IMC normal). A porcentagem de adolescentes do sexo feminino com
sobrepeso e obesidade é de 16,6%, enquanto que no masculino é de 9,2%. Tal
prevalência de sobrepeso e obesidade pode ser entendida através da amplitude
interquartílica que nos meninos foi mais baixa (3,4) em relação as meninas (6,8).

Tabela 5. Número de adolescentes por gênero de acordo com o estado nutricional.


Variável Masculino Feminino Total
Estado nutricional
Baixo peso - 8 (7,3%) 8 (7,3%)
Normal 41 (37,7%) 31 (28,5%) 72 (66,2%)
Sobrepeso 8 (7,3%) 10 (9,2%) 18 (16,5%)
Obeso 2 (1,9%) 8 (7,3%) 10 (9,2%)

N 51 (47%) 57 (53%) 108 (100%)


43

Segundo Thomaz et.al (2010), a atividade física é um comportamento,


que é influenciado por alguns fatores como: idade, gênero, educação e nível
socioeconômico. É neste sentido portanto que buscamos entender a relação do
status econômico com os níveis de atividade física e também com o estado
nutricional. Barreta et.al (2007), encontrou também níveis de atividade física
relacionados ao padrão econômico, neste estudo, assim como no de Hallal et.al
(2003), foram encontradas diferenças significativas, não seguindo o mesmo sentido,
porém foram encontradas diferenças. Na Tabela 6 estão expressos as freqüências
das classes sociais e na Tabela 7 a correlação entre o Nível Econômico e o turno
em que os adolescentes estão matriculados. Nos estudos de Barreta et.al (2007) e
Hallal et.al (2003) os resultados apontaram relação entre níveis econômicos mais
altos e menor nível de atividade física.

Tabela 6. Freqüência das classes econômicas.


Variável N % p
Status Social 0,00
Classe A 7 6,5
Classe B 53 59,1
Classe C 47 43,5
Classe D 1 0,9

Tabela 7. Correlação entre o nível econômico e o turno.


Nível economico Turno
Coef. Corr. -0,20
Sig. 0,03
> Utilizou-se o teste de Spearman, que é usado para os dados não normais.

Podemos concluir que o valor da correlação é decrescente, ou seja, seu


valor negativo (-0,20) indica que quando uma variável cresce a outra diminui. Tal
situação indica que a uma equidade no sentido em que elas crescem, no entanto,
não podemos dizer que uma influencia a outra.
O estado nutricional de adolescentes está associado com a situação
sócio-econômica familiar (GOMES et.al, 2009). De acordo com Junior (2008) a
relação entre o nível de atividade física e o perfil socioeconômico tem sido pouco
investigada. O que se propôs no presente estudo foi investigar a relação entre as
três variáveis. De acordo com a Tabela 8 somente na correlação entre nível de
atividade física e o estado nutricional houve significância, revelando que as
diferenças entre estas duas variáveis foram significativas. Pelegrini et.al (2009);
44

Silva et.al (2010); Santos et.al (2010); também identificaram relação entre o estado
nutricional e o nível de atividade física. Na tabela 9 esta evidente a associação de
tendência entre as variáveis, estado nutricional e nível de atividade física,
confirmando assim os achados nos estudos já referidos. As demais associações não
foram representativas, não estabelecendo nenhuma associação de tendência entre
elas.

Tabela 8. Correlação entre as variáveis categóricas.


Status Nível de Estado
social Ativ. Física nutricional
Status social Correlação 1 -0,11 0,01
Sig. . 0,25 0,84
Nível de Ativ. Física Correlação -0,11 1 -0,21
Sig. 0,25 . 0,02
Estado nutricional Correlação 0,01 0,21 1
Sig 0,84 0,02 .
> Utilizou-se o teste de Spearman, que é usado para os dados não normais.

Tabela 9. Teste do Qui Quadrado de tendência. Associação entre as variáveis.


Nível de atividade física
inativo Mod. ativo ativo Mto. ativo total
Estado Baixo peso Count 0 5 3 0 8
nutricional Expected 0,9 3 3,8 0,4 8
Normal Count 3 7 37 5 72
Expected 8 26,7 34 3,3 72
Sobrepeso Count 4 6 8 0 18
Expected 2 6,7 8,5 0,8 18
Obeso Count 5 2 3 0 10
Expected 1,1 3,7 4,7 0,5 10
Count 12 40 51 5 108
Total Expected 12 40 51 5 108
> Valor de referencia p < 0,05. O valor de p da associação e tendência entre as
variáveis foi 0,00.

No presente estudo encontrou-se que o número de inativos classificados


como obesos foi de cinco indivíduos. Apesar de sua baixa prevalência, quando
comparados com os demais estados nutricionais, representou maior índice. Deste
modo, quanto menor for o nível de atividade física, mais elevado será o peso
corporal e assim representando que o estado nutricional apresenta sobrepeso e/ou
obesidade.
45

7. CONSIDERACOES FINAIS

De acordo com os resultados encontrados, podemos observar que os


adolescentes do gênero feminino representam menor nível de atividade física e
também de atividade física moderada, enquanto que no gênero masculino existe
uma parcela elevada de indivíduos ativos e muito ativos. Tal situação pode ocorrer
do estímulo que existe para as atividades físicas nas diferentes áreas da sociedade,
inclusive na escola. Deste modo é necessário que as aulas de educação física se
tornem mais interessantes aos dois gêneros, pois se sabe que na grande maioria
dos casos as aulas de educação física são destinadas aos esportes.
Outro achado importante e que foi um dos objetivos da pesquisa foi
identificar se existe correlação entre o nível de atividade física e o estado nutricional
dos adolescentes e, deste modo, compreendemos que a associação foi significativa,
apontando existência de relação entre uma variável e outra. Assim foi possível
compreendermos que o estado nutricional pode influenciar na pratica de atividade
física. O que observamos é que, se o estado nutricional apontar obesidade ou
sobrepeso, prevalece em termos gerais os indivíduos com baixos níveis de atividade
física.
Não foram encontradas relações entre os níveis de atividade física e
estado nutricional com o status social, sendo que tal situação pode ter ocorrido pela
quantidade da amostra, e ou também por não haverem interferências diretas desta
sobre as demais variáveis. No entanto, pelos estudos de outros autores, sabemos
que existe relação do status com o consumo alimentar e os níveis de atividade
física. Portanto, parece-nos necessário mais estudos que possam apontar se esta
afirmação é verdadeira ou não.
Podemos destacar a importância da atividade física como promotora da
saúde, seja em seu âmbito escolar ou não, sendo que o que se deve ter em mente
são as reais necessidades das crianças, e na atual pesquisa, os adolescentes.
Devem ser criadas alternativas para que se estimule a pratica habitual de atividade
física, com vistas ao ser humano em sua totalidade, fazendo-se necessário também
46

a abordagem de assuntos ligados ao consumo alimentar, uma vez que isso pode ser
determinante para o estímulo pessoal a uma prática de atividade física.
47

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57

APÊNDICES
58

APÊNDICE 01 – PARECER DO COPEP PARA EXECUÇÃO DO PROJETO


59

APÊNDICE 02 – TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA NA INSTITUIÇÃO DE


ENSINO
60

APÊNDICE 03 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA


MENORES

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (para


menores)
Gostaríamos de convidar seu filho(a) a participar da pesquisa intitulada Relação
entre sedentarismo e estado nutricional de escolares do ensino médio, que faz
parte do curso de Educação Física e é orientada pelo Profº Dr. Nelson Nardo
Junior da Universidade Estadual de Maringá. O objetivo da pesquisa é verificar a
relação entre o sedentarismo e o estado nutricional dos alunos do Colégio Estadual
João XXIII. Para isto a participação de seu filho(a) é muito importante, e ela se fará
da seguinte forma: com a autorização dos pais, responderão questionários a
respeito das atividades cotidianas, pratica de atividades físicas, situação econômica
da família. Serão aferidas algumas medidas, de peso, altura, circunferência do
quadril, da cintura. Os alunos serão atendidos individualmente quando necessário.
Gostaríamos de esclarecer que a participação é totalmente voluntária, podendo você
ou seu filho(a): recusar-se a participar, ou mesmo desistir a qualquer momento sem
que isto acarrete qualquer ônus ou prejuízo à sua pessoa ou ao seu filho.
Informamos ainda que as informações serão utilizadas somente para os fins desta
pesquisa, e serão tratadas com o mais absoluto sigilo e confidencialidade, de modo
a preservar a sua identidade. Os benefícios esperados são a contribuição para
estabelecer um perfil dos adolescentes, e como ajudar os adolescentes a manterem
um padrão de vida saudável e sem riscos de uma vida sedentária. Ao final da
pesquisa serão apresentados os resultados da pesquisa e também material a escola
para conscientização dos alunos, pais e professores a respeito da importância da
atividade física desde a adolescência.
Caso V. Sa. concorde com a participação no estudo solicitamos seu
consentimento preenchendo as informações abaixo:

Eu,____________________________________________________,
(responsável pelo menor) após ter lido e entendido as informações e esclarecido todas as
minhas dúvidas referentes a este estudo, CONCORDO VOLUNTARIAMENTE, (que o(a)
meu(minha) filho(a), se for o caso)
_____________________________________________ participe do mesmo.

_________________________________________ Data: ____/____/______


Assinatura (do responsável) ou impressão datiloscópica

_________________________________________ Data: ____/____/______


Assinatura (do pesquisado) ou impressão datiloscópica

Eu, JOAQUIM FILIPE MACHADO PERIOTO, declaro que forneci todas as


informações referentes ao estudo ao paciente.

_________________________________________ Data: ____/____/______


Assinatura
61

EQUIPE
Nome: Joaquim Filipe Machado Perioto
Endereço: Rua Marcilio Dias n. 1108
(telefone/e-mail): (44) 3026-8809

Nome: Nelson Nardo Junior


Endereço: Avenida Colombo, n. 5790, UEM – Campus Universitário
(telefone/e-mail): (44) 3011-4315

Qualquer dúvida ou maiores esclarecimentos procurar um dos membros


da equipe do projeto ou o Comitê Permanente de Ética em Pesquisa Envolvendo
Seres Humanos (COPEP) da Universidade Estadual de Maringá – Biblioteca Central
– Campus Central – Telefone: (44) 3261-4444.

COPEP/UEM
Universidade Estadual de Maringá.
Av. Colombo, 5790. Campus Sede da UEM.
Bloco da Biblioteca Central (BCE) da UEM.
CEP 87020-900. Maringá-Pr. Tel: (44) 3261-4444
E-mail: copep@uem.br
62

ANEXOS
63

ANEXO 01 – CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA BRASIL (ABEP, 2003)

Critério de Classificação Econômica Brasil


O Critério de Classificação Econômica Brasil, enfatiza sua função de estimar o poder
de compra das pessoas e famílias urbanas, abandonando a pretensão de classificar
a população em termos de “classes sociais”. A divisão de
mercado definida abaixo é, exclusivamente de classes econômicas.

SISTEMA DE PONTOS

QUANTIDADE DE ITENS
0 1 2 3 4 ou +
Televisão em cores 0 2 3 4 5
Rádio 0 1 2 3 4
Banheiro 0 2 3 4 4
Automóvel 0 2 4 5 5
Empregada mensalista 0 2 4 4 4
Aspirador de pó 0 1 1 1 1
Máquina de lavar 0 1 1 1 1
Videocassete e/ou DVD 0 2 2 2 2
Geladeira 0 2 2 2 2
Freezer (aparelho independente 0 1 1 1 1
ou parte da geladeira duplex)

GRAU DE INSTRUÇÃO DO CHEFE DA FAMÍLIA


Analfabeto / Primário incompleto 0
Primário completo / Ginasial incompleto 1
Ginasial completo / Colegial incompleto 2
Colegial completo / Superior incompleto 3
Superior completo 5

CORTES DO CRITÉRIO BRASIL

CLASSE PONTOS
A1 30 – 34
A2 25 – 29
B1 21 – 24
B2 17 – 20
C 11 – 16
D 6 – 10
E 0–5

ABEP, 2003.
64

ANEXO 02 – QUESTIONÁRIO DE ATIVIDADES FÍSICAS HABITUAIS

QUESTIONÁRIO DE ATIVIDADES FÍSICAS HABITUAIS


Nome: idade:
Sexo: ( ) masculino( ) feminino Turno: ( ) diurno ( ) noturno

Você é fisicamente ativo (a)?


Para cada questão respondida SIM, marque os pontos indicados a direita. A soma
dos pontos é um indicativo de quão ativo (a) você é. A faixa ideal para a saúde é a
de ATIVO.

ATIVIDADES OCUPACIONAIS DIÁRIAS PONTOS


1. Eu geralmente vou e volto do trabalho (ou escola) caminhando 3
ou de bicicleta (ao menos 800m cada percurso).
2. Eu geralmente uso as escadas ao invés do elevador 1
3. Minhas atividades diárias podem ser descritas como: 0
a) Passo a maior parte do tempo sentado e, quando muito, caminho
distancias curtas
b) Na maior parte do dia realizo atividades físicas moderadas, como 4
caminhar rápido ou executar tarefas manuais
c) Diariamente realizo atividades físicas intensas (trabalho pesado) 9

ATIVIDADES DE LAZER PONTOS


4. Meu lazer inclui atividades físicas leves, como passear de
bicicleta ou caminhar (duas ou mais vezes por semana) 2
5. Ao menos uma vez por semana participo de algum tipo de dança 2
6. Quando sob tensão, faço exercícios para relaxar 1
7. Ao menos duas vezes por semana faço ginástica localizada 2
8. Participo de aulas de yoga ou tai-chi-chuan regularmente 1
9. Faço musculação duas ou mais vezes por semana 2
10. Jogo tênis, basquete, futebol ou outro esporte recreacional:
a) uma vez por semana 2
b) duas vezes por semana 4
c) três vezes por semana 7
11. Participo de xercícios aeróbicos fortes (correr,
pedalar,remar,nadar...): 3
a) uma vez por semana 6
b) duas vezes por semana 10
c) três vezes por semana
TOTAL DE PONTOS [ ]

CLASSIFICAÇÃO:

0 – 5 pontos Inativo
6 – 11 pontos Moderadamente ativo
12 – 20 pontos Ativo
21 ou mais pontos Muito ativo

Fonte: Nahas, 2001, p. 81

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