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Fichamento 2 – Qualidade da Energia Elétrica

MEHL, Evaldo Luis de Matos. Qualidade da Energia Elétrica. Curitiba: UFPR, [2002?].
Disponível em:<http://www.eletrica.ufpr.br/mehl/downloads/qualidade-energia.pdf>. Acesso
em: 20/09/2016 as 20h57min.

1 – Apresentação

1.1 A questão da qualidade da energia elétrica aparece a partir do momento em que os


consumidores constatam interrupções no fornecimento, porém, a medida que tais
consumidores se tornam mais sofisticados sob o ponto de vista tecnológico outros
fatores precisam ser considerados.
2 Evolução das Cargas Elétricas
2.1 Até o final da década de 70 o consumidor residencial possuía uma carga plenamente
resistiva, salvo raras exceções. Entretanto, atualmente tornou-se comum a
existência de cargas eletrônicas que estão cada dia mais presentes em nossas vidas
lado a lado com as cargas elétricas.
2.2 As cargas elétricas comandadas eletronicamente possuem uma característica
intrínseca que é a não linearidade.
2.3 Dependendo da topologia do conversor eletrônico empregado, as cargas eletrônicas
acabam por distorcer a forma de onda que lhe é entregue e, como consequência,
gerando uma “poluição” na rede elétrica.
3 Distúrbios da Rede Elétrica

3.1 Permitem a avaliação da qualidade do fornecimento de energia elétrica: A


continuidade do fornecimento, o nível de tensão, oscilações de tensão,
desequilíbrios, distorções harmônicas de tensão e interferência em sistemas de
comunicações.
3.1.1 Dentro dos distúrbios referentes às oscilações de tensão tem-se os
distúrbios: Tipo Impulso, Variações no Valor eficaz, desequilíbrio de
tensão e distorções na forma de onda.
3.1.1.1 Cintilação ou Flicker: Constatado através da impressão visual
resultante das variações do fluxo luminoso de lâmpadas,
principalmente incandescentes. O efeito de cintilação pode ser
provocado pela simples variação do conteúdo harmônico de
uma carga não linear.
3.1.1.2 Cunha de Tensão ou Voltage Notch: Representa o afundamento
abrupto da tensão que ocorre em cada alternância, podendo ou
não cair a zero ou mudar de sinal. Causa por conversores de
energia trifásicos que proporcionam curto-circuito
momentâneo entre fases.
3.1.1.3 Desequilíbrio de Tensão ou Voltage Inbalance: É a diferença
entre a magnitude das tensões de ase de circuitos polifásicos,
podem ocorrer por razões como: Assimetria da rede elétrica
devido aos modelos de transformadores utilizados ou mesmo a
própria natureza da carga.
3.1.1.4 Elevação de Tensão ou Voltage Swell: Aumento na tensão de
alimentação acima do normal num intervalo de até dois
segundos. Caso ultrapasse os dois segundos é tratado como
sobretensão.
3.1.1.5 Afundamento de Tensão ou Sag (Dip): Diminuição da tensão
abaixo do limite normal cuja duração não ultrapasse os 2
segundos. Se ultrapassar é considerado como subtensão.
3.1.1.6 Ruído: É a distorção da tensão senoidal através da superposição
de um sinal de alta frequência (MHZ) sendo classificado em
ruído de modo comum (DDP entre neutro e terra) e Modo
normal (Diferença de tensão entre fase e neutro).
3.1.1.7 Interferência Eletromagnética
Um sinal de alta frequência que quando irradiado pelo ar é
chamado de EMI e pelos cabos de EMC. Os ruídos são devido a
circulação dos harmônicos gerados pelos conversores de
potencia chaveados operando em alta frequência.
3.1.1.8 Harmônicos e Interharmônicos: Costumam originar-se em
cargas com formas de correntes não periódicas em 60Hz. As
distorções são um tipo de energia “suja” que diferentemente
dos transientes de corrente e tensão presentes de forma
contínua, associados ao crescente número de acionamentos,
fontes e dispositivos de chaveamento.
3.2 Índices de Qualidade
3.2.1 Após privatização da maioria das concessionárias de energia elétrica, a
ANEEL criou o conceito de consumidor livre, com direito de comprar
energia de qualquer concessionária e não apenas daquela cuja
concessão sobre a área onde o consumidor está instalado. Entretanto
os consumidores livres eram aqueles cujas demandas eram superiores
a 10MW.
3.2.2 Muitas empresas já desejam acompanhar as curvas de tensão, de
transientes e de correntes harmônicas no ponto de entrega de suas
concessionárias. Cresceu muito a importância da qualidade da energia
entregue, e este acompanhamento.
3.2.3 As interrupções são normalmente causadas por manutenção na linha;
As quedas de tensão são normalmente causadas por falhas na
alimentação ou pela partida de cargas muito grandes como motores.
Alguns rearmam muito rapidamente (de 2 a 3 ciclos), enquanto outros
levam muito mais tempo (de 20 ciclos até 5 segundos).
3.2.4 Partida de motores ou cargas grandes faz com que aumente muito o
esforço sobre o sistema.
3.2.4.1 O desempenho das concessionárias quanto à continuidade do
serviço prestado de energia elétrica é medido pela ANEEL com
base em indicadores específicos, denominados de DEC
(Duração equivalente por unidade consumidora) e FEC
(Frequencia Equivalente de Interrupção por unidade
consumidora).
3.2.4.2 As metas de DEC e FEC a serem observadas pelas
concessionárias estão definidas em resolução específica da
ANEEL.
3.2.4.3 DIC (Duração de Interrupção por unidade consumidora) e FIC
(Frequência de Interrupção por unidade consumidora) indicam
por quanto tempo e o número de vezes respectivamente que
uma unidade consumidora ficou sem energia elétrica durante o
tempo considerado.
3.2.4.4 O DMIC (Duração Máxima de Interrupção por unidade
consumidora) é um indicador que limita o tempo máximo de
cada interrupção, impedindo que a concessionária deixe o
consumidor sem energia elétrica durante um período muito
longo.

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