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Biossegurança
Laboratório de Análises Clínicas Gonzaga
07/2018
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ÍNDICE
Objetivos do documento
Responsabilidades
2.1 Descrição das responsabilidades
Vestimenta e equipamentos
3.1 Vestimenta obrigatória para os funcionários da área técnica
3.2 Equipamentos de proteção individual
3.3 Equipamentos de proteção coletiva
3.4 Recipientes para descarte de material não contaminado, contaminado ou
esterilização de material
3.5 Apoio à biossegurança
3.6 Mapa de risco (segundo a NR5)
Armazenamento de substâncias
5. Disponibilidade, montagem e uso dos Equipamentos de proteção
5.1 Placas indicativas
5.2 Jalecos
5.3 Luvas
5.4 Máscaras e óculos de proteção
5.5 Lava-olhos
5.6 Escudo de proteção contra respingos
5.7 Kit de primeiros socorros
5.8 Kit de desinfeção
5.9 Ducha de segurança
5.10 Capelas de exaustão e câmaras de fluxo laminar
6 POP de biossegurança: Instruções de trabalho
6.1 Controle ambiental
6.1.1 Descontaminação de áreas após derramamento de material biológico
ou culturas de microrganismos
6.1.2 Descontaminação de pequenas áreas
6.2 Esterilização e descontaminação
6.2.1 Procedimentos gerais de descontaminação
6.3 Autoclavação
6.3.1 Controle do processo
6.3.2 Critérios de aceitabilidade
6.3.3 Registro
6.4 Forno Pasteur
6.5 Desinfetantes
6.5.1 Desinfetantes líquidos
6.6 Segurança biológica de centrífugas
2
7.0 Manejo do lixo
7.1 Tipos de lixo
8 Rotulagem de resíduos do laboratório
8.1 Principais resíduos químicos do laboratório
9 Recolhimento e desativação de resíduos do laboratório
10 Manipulação de produtos químicos
11 Armazenamento e transporte de produtos químicos
12 Preparo de soluções
12.1 Procedimentos em caso de acidentes com soluções
13 Incêndios
13.1 Equipamentos para controle de incêndios
14 Telefones úteis
15- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
16– Documentos anexos e legenda dos símbolos
2. Responsabilidades
Os chefes dos setores, juntamente com a comissão de biossegurança são os responsáveis pela
segurança biológica do laboratório, cabendo a cada funcionários executar as rotinas de acordo
com as normas descritas neste manual, uma vez que segurança é uma responsabilidade de
cada indivíduo.
A. Comissão de Biossegurança:
1. Preparar o manual de biossegurança, dentro das legislação vigente e suas
revisões quando necessário.
2. Distribuir a todos os setores do laboratório que estejam envolvidos direta ou
indiretamente com rotina que envolva o contato com material clínico. Isto
envolve os setores burocráticos uma vez que as visitas aos setores técnicos
constitui uma atividade de rotina.
3. Investigar os acidentes e suas causas buscando soluções que minimizem a
repetição do mesmo .
4. Coordenar a coleta e descarte de rejeitos.
5. Garantir o treinamento em biossegurança dos funcionários
6. Garantir a realização do programa de biossegurança e o registro de todas as
atividades ligadas à biossegurança.
B. Chefe de setor:
1. Verificar e relata à comissão de biossegurança os riscos decorrentes das
atividades do seu setor.
3
2. Assegurar a realização das atividades de biossegurança
3. Treinar o pessoal do seu setor em biossegurança
C. Coordenador de segurança do setor:
1. Cooperar com o chefe do setor na garantia das atividades de biossegurança ,
incluindo treinamento.
D. Criação e manutenção da CIPA (COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE
(ACIDENTES) composta por funcionários de todos os níveis, que deve atender às
exigências legais vigentes.
E. Implantação e manutenção do SESMT - (Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho). Sob responsabilidade de um médico do trabalho.
F. Implantação e manutenção do PCMSO - (Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional). Sob responsabilidade de um médico do trabalho
3. Vestimenta e equipamentos
4
Extintores de incêndio
Capelas de exaustão
Câmara de fluxo laminar
3.5-Apoio à biossegurança
Os setores que apresentarem alguma particularidade nos procedimentos de limpeza devem
apresentar um programa de treinamento aos funcionários da limpeza.
A superfície das bancadas e piso deve ser de material impermeável à água, ácidos, bases,
solventes orgânicos e no mínimo moderadamente termoresistente.
Todos os setores devem apresentar um conjunto de toalhas descartáveis, além de solução
germicida e sabão líquido.
Adesivos associados à Biossegurança, segundo as normas da ABNT.
VERDE: Físico
VERMELHO: Químico
MARROM: Biológico
AZUL: Mecânico
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AMARELO: Ergonômico
a. Agentes Físicos: são representados no ambiente de trabalho através de ruídos,
vibrações, temperaturas anormais, radiações ionizantes, radiações não-ionizantes,
iluminação e umidade.
d. Agentes Mecânicos: o agente mecânico é toda situação de risco que pode gerar
acidentes imediatos.
4. Armazenamento de substâncias
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4.1-combustíveis
Os cilindros de gás devem ser armazenados em local externo, amplo, coberto, naturalmente
ventilado e devidamente protegido.
Os reagentes inflamáveis e combustíveis deverão ser armazenados em local arejado e ao
abrigo da luz. A área de armazenagem deve conter adesivos informando a presença de
substâncias combustíveis.
4.2-substâncias químicas
Todas as substâncias consideradas nocivas deverão ser armazenadas em ambiente
devidamente sinalizado com a simbologia que represente risco. Estas devem estar em
ambientes ventilados e mantidas preferencialmente próximas ao solo para evitar acidentes de
queda sobre o manipulador ao tentar apanhá-la.
5.2-Jaleco: Deve ser de uso individual e utilizado em todas as áreas do laboratório que
desenvolvam atividades técnicas, inclusive corredores de acesso a estas áreas. Este deve ser
retirado apenas nas áreas de transição entre os setores técnicos e de apoio.
É proibida a circulação de funcionários com EPIs nos setores não técnicos, bem como
o de funcionários sem jaleco nos corredores e setores técnicos.
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O laboratório deve garantir a disponibilidade de jalecos para os visitantes e
funcionários de setores não técnicos que necessitem entrar nos setores técnicos.
5.3-Luvas:
As diferentes luvas disponíveis para os funcionários devem conferir proteção contra
risco biológico, agentes químicos específicos, temperaturas extremas e injúria
traumática.
Quando utilizadas com material biológico ou químico devem ser descartadas em
container para descarte de lixo biológico. As mãos devem ser lavadas após a remoção
das luvas.
Devem ser retiradas ou uma Segunda luva de proteção deve ser colocada para trabalho
com material não contaminado, como atender o telefone ou utilizar o terminal de
computador.
Ser descontaminada após cada uso e estocada em uma área limpa no caso das luvas
não descartáveis.
TODO MATERIAL BIOLÓGICO, deve ser manipulado com o uso de luvas de
borracha. Isto se aplica mesmo aqueles em recipientes APARENTEMENTE LIMPOS
E SECOS.
8
Quando ocorrer acidente com derrame de material nos olhos, estes devem ser lavados por no
mínimo 15 minutos.
Labs Patologia - Distinção dos níveis de risco biológico associado à rotina de trabalho
Nível do
Risco
NRB-1 NRB-2 NRB-3 NRB-4
Biológico
(NRB)
A. NÍVEL DE RISCO
GRAU DE Baixo: Baixo a moderado: Moderado a alto: Alto risco:
RISCO Serviços Transporte de Coleta de Preparo de soluções
burocráticos material para espécimes clínicos. corrosivas
9
Processamento de
espécimes para
exames (urinálise,
parasitologia, anat.
Patol., etc). Manipulação de
Preparo de culturas de
Cadastro de análise em lâminas para Mycobacterium
exames bandejas colorações ou tuberculosis e
Preparo de Autoclavação microscopia direta, demais espécies de
reagentes não Técnicas de etc) Mycobacterias
tóxicos coloração Centrifugação de patogênicas
Transporte de Microscopia sangue, urina, ou Material
material entre Calibração de outros líquidos sabidamente
os postos equipamentos sem biológicos. contaminado com
Liberação de cultura de preparo de lâminas. HIV ou HBV
resultados microrganismos Semeadura de Extração e
Atendimento material clínico manipulação de
para cultura material genético
Manipulação de (RNA ou DNA)
microrganismos ou
culturas
potencialmente
contaminadas
B. PRÁTICAS DE SEGURANÇA
1. Acesso
de pessoal permitido Não recomendado proibido Proibido
não Técnico
2. Acesso
de pessoal
permitido Permitido restrito Proibido
de outros
setores
Alertas de
atividades de risco
para o setor
(proibido fumar,
proibido
alimentos ,
proibido uso de
EPIs na área não
técnica, etc.) Alertas de risco para o Alertas de risco para o Alertas de risco para o
Placas indicativas: executante (risco executante (risco executante (risco
Saída de biológico, uso de EPIs, biológico, uso de EPIs, biológico, uso de EPIs,
emergência material contaminado, material contaminado, material contaminado,
Chuveiro e etc) etc) etc)
3.
lava olhos Alerta de atividades de Alerta de atividades de Alerta de atividades de
Sinalização
Delimitação risco para o setor risco para o setor risco para o setor
entre setores (proibido fumar, (proibido fumar, (proibido fumar,
técnicos e proibido alimentos , proibido alimentos, proibido alimentos,
burocráticos lavar as mão, utilizar lavar as mão, utilizar lavar as mão, utilizar
Área de EPIs, etc.) EPIs, etc.) EPIs, etc.)
alimentação
Extintores
Lista e
interpretação
dos sinais
encontrados
nas instalações
do laboratório
3. origem Cruzada: mãos e Frascos e equipamentos Frascos, aerossol, Queimaduras
10
equipamentos
contaminados por
perfurações com
pessoal dos setores contaminados com
material biológico ou
técnicos ou visita a patógenos de espécimes Contaminação
equipamentos
do risco estes setores clínicos Acidentes em geral:
contaminados
Acidentes em Acidentes em geral: Queimaduras, choque
Acidentes em geral:
geral: Queimaduras, choque elétrico, corte
Queimaduras, choque
Queimaduras, elétrico, corte
elétrico, corte
choque elétrico,
corte
Todo o material
utilizado deve ser
esterilizado por
As bandejas devem ser Todo o material
flambagem ou
descontaminadas com utilizado deve ser
autoclavação ou
solução de hipoclorito esterilizado por
descartado em solução
de sódio flambagem ou
germicida
Lâminas usadas devem autoclavação ou
4. Riscos Os perfuro-cortantes
nenhum ser descartadas em descartado em solução
dos rejeitos devem ser descartados
solução germicida germicida
na caixa rígida para
As toalhas de papel ou Os perfuro-cortantes
material conataminado
qualquer lixo resultante devem ser descartados
Os resíduos químicos
desta atividade devem na caixa rígida para
devem ser estocados em
ser autoclavados material conataminado
recipientes fechados e
coletados por uma
empresa especializada
Sacos plásticos para Sacos plásticos para
5. Sacos plásticos para
autoclavação dentro de autoclavação dentro de
Transporte autoclavação dentro de
baldes com indicação baldes com indicação
de lixo Não realizada baldes com indicação de
de material de material
biológico material contaminado
contaminado contaminado
Jaleco, luvas
Jaleco, luvas Jaleco, luvas
Auxiliada por Auxiliada por Auxiliada por
6. pipitarem Não realizada
equipamento equipamento equipamento
7.
Alimentaçã
o ou
proibida Proibida proibida proibida
aplicação
de
cosméticos
Bico de bunsen
8. Câmara de fluxo
Câmara de fluxo
Minimização Não necessária Não necessária laminar
laminar
de aerossóis exaustão
exaustão
C. EPIs NECESSÁRIOS PARA AS ATIVIDADES
1. JALECO OBRIGATÓRIO OBRIGATÓRIO OBRIGATÓRIO OBRIGATÓRIO
Termoresistentes
para autoclavação
2. LUVAS Não necessário látex para outras De látex De látex
atividades
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material para exames
Manipulação de
culturas
Centrifugação, etc.
Somente em atividades
com formação de
aerossol :semeadura de
espécimes para cultura.
Preparo de lâminas para Não necessário
coloração pelo Ziehl Obs: o trabalho será
4. ÓCULOS Não necessário Não necessário Nielsen. realizado apenas em
Processamento de câmara de fluxo laminar
material para exames ou capela de exaustão
Manipulação de
culturas
Centrifugação, etc.
Somente no preparo
de espécimes
5. Protetor
Não necessário Não necessário onde a Não necessário
de ouvidos
centrifugação
é empregada
D. EQUIPAMENTOS DE CONTENÇÃO DE CONTAMINAÇÃO
Obrigatório, podendo
1. Bico de ser substituído pela
Não necessário Não necessário Não necessário
bunsen câmara de fluxo
laminar
2. câmara
de fluxo Não necessário Não necessário Pode ser utilizado, OBRIGATÓRIO
NÃO OBRIGATÓRIO
laminar
USO obrigatório AO
3. USO obrigatório AO FINAL DO trabalho -
LÂMPADAS
Não necessário Não necessário FINAL DO DIA - 30 30 minutos (somente
ULTRAVIOLE
TA minutos para material
contaminado)
Descontaminação
Descontaminação
de superfícies após Descontaminação
após qualquer
qualquer contato após qualquer
contato com
5. com espécimes contato com
espécime clínico
DESCONTAM Limpeza diária de clínicos ou culturas espécime clínico
(equipamentos e
INAÇÃO rotina com hipoclorito 2% (equipamentos e
superfícies)
QUÍMICA DA Limpeza diária superfícies)
ÁREA Limpeza diária
com hipoclorito 2% Limpeza diária com
com hipoclorito 2%
nas bancadas e hipoclorito 2% nas
nas bancadas e
pisos bancadas e pisos
pisos
E. OUTRAS NECESSIDADES
Programa semestral ou Programa semestral ou Programa semestral ou
1. Necessário, com
após a entrada de um após a entrada de um após a entrada de um
TREINAMEN registro das
TO novo funcionário. Com novo funcionário. Com novo funcionário. Com
atividades
registro das atividades registro das atividades registro das atividades
2.
Necessário quando Necessário quando Necessário quando Necessário quando
vigilância
apropriado apropriado apropriado apropriado
médica
3.
vacinação obrigatória obrigatória obrigatória obrigatória
(hepatite)
4. acidentes Comunicar Comunicar Comunicar Comunicar
12
imediatamente ao
diretor do imediatamente ao imediatamente ao imediatamente ao
laboratório ou diretor do laboratório diretor do laboratório diretor do laboratório ou
médico ou médico responsável ou médico responsável médico responsável no
responsável no no momento. no momento. momento.
momento. Realizar registro do Realizar registro do Realizar registro do
Realizar registro acidente e medida acidente e medida acidente e medida
do acidente e tomada tomada tomada
medida tomada
8. Cobrir a área inteira com uma toalha absorvente e deixar o germicida agir por 30
minutos antes de recolher com os fragmentos grosseiros.
9. Colocar o material absorvente nos sacos para descarte e os perfuro cortantes nas caixas
rígidas.
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Kit de limpeza
Instrução para descontaminação por escrito e em local de fácil visualização
EPIs
Pá plástica
Desinfetantes apropriados (dentro da validade)
Toalha de papel absorvente
Saco plástico para descarte de material contaminado e caixas rígidas para perfuro
cortantes
Documentação
6.3-AUTOCLAVAÇÃO
O termo esterilização refere-se à completa eliminação de patógenos, agente biológico
com capacidade de reprodução ou potencial infeccioso. A esterilização é o melhor método de
eliminação do risco biológico. O uso da autoclave é o método mais utilizado nas instituições
de saúde e pesquisa, assegurando a completa destruição de microrganismos. Este processo
geralmente envolve aquecimento da água em uma câmara sob pressão gerando vapor sob uma
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pressão de 15 psi, o que ocorre em temperatura de cerca de 121° C por no mínimo 15
minutos. O tempo é medido após a temperatura do material envolvido atingir 121° C.
O fator crítico nesta fase é a garantia que não fique ar preso no interior do autoclave, o
que pode impedir que a temperatura no interior do aparelho atinja os 121 o C . para isto deve
haver um monitoramento da temperatura com um termômetro-manômentro, bem como
controle do processo com uso de um indicador químico ou biológico.
Caso ocorra interrupção no processo de aquecimento durante a marcação do
tempo, TODO O PROCESSO deve ser repetido.
6.3.1-Controle do processo
O melhor controle para esterilização é o uso de esporos de Bacillus stearothermophilus, que
são incluídos com o material a ser esterilizado dentro do autoclave. Esta cultura pode ser
adquirida comercialmente sendo a apresentação em ampolas com meio de cultivo e indicador
de pH. Após a esterilização as ampolas são incubadas na temperatura adequada e verificadas
para a viragem do indicador, o que indica que houve crescimento microbiano e falha no
processo de autoclavação. Em uma perfeita esterilização não haverá crescimento microbiano
ou viragem do pH.
Os indicadores químicos também podem ser empregados no controle de esterilização
por autoclavação. A fita de autoclave é um exemplo deste indicador. Neste caso o indicador na
fita branca muda para uma cor negra ou cinza, indicando que houve uma autoclavação
eficiente.
121o C
Teste atividade
Sobrevive por Morre em
B. stearothermophilus autoclavação 5 min. 13 min.
Fita indicadora autoclavação Não muda de cor Torna-se escura
Em relação Em relação
tempo/ temperatura tempo/ temperatura
ineficientes eficientes
15
121o C /15 minutos
6.3.2-Critérios de aceitabilidade
A fita indicadora deve mudar de cor
Os esporos não devem crescer após incubação da ampola
6.3.3-Registro
Registrar o resultado em uma planilha de controle de esterilização.
6.4-Forno Pasteur
O uso de esterilização seca (Forno Pasteur) é menos eficiente que a esterilização
pelo vapor do autoclave. A esterilização pelo calor seco é eficiente quando realizada à 160°-
180° C por períodos de 2 à 4 horas. Neste processo o ponto crítico é a composição química de
material que está sendo esterilizado, bem como o arranjo do material no forno. Material
termolábil não deve ser utilizado no processo.
6.5-Descontaminação (Desinfecção)
Pode ser definida como a redução da maioria ou eliminação dos microrganismos patogênicos
em uma superfície ou objeto, tornando este objeto incapaz de transmitir doenças.
Fatores que determinam a efetividade de um desinfetante
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1) Álcool etílico 80%
Eficiente desnaturante de lipídios de vírus envelopados e células vegetativas de bactérias. Não
é corrosivo.
Evapora rapidamente e é bastante inflamável.
Uso: descontaminação de superfícies (exceto acrílico) ou na antisepsia da pele, durante
a coleta de material para análise. Não utilizar em região de mucosas.
3) Formaldeido e glutaraldeído
O uso do Formaldeído na descontaminação é ideal a 5% de concentração do gás na água.
Atividades de descontaminação sob refrigeração utilizando formaldeído devem ser evitadas,
pois este ultimo em baixas temperaturas perde atividade. Uma desvantagem do seu uso é o
odor irritante liberado, podendo causar hipersensibilidade. O glutaraldeído é preferível por ser
menos irritante.
EPIs especiais principalmente com proteção para os olhos e aparelho respiratório devem ser
utilizados.
Uso: Descontaminação de pequenos equipamentos, ou superfícies com alto grau de
contaminação. Principalmente em equipamentos metálicos por ser menos corrosivo.
4) Componentes fenólicos
Com odor desagradável e altamente corrosivo, deve ser evitado no laboratório.
Uso: latas de lixo (creolina)
5) Quaternários de amônio
Excelentes desinfetantes, com baixa toxicidade e resíduos corados, bem como liberação de
odores. Apresentam em grande espectro de ação, inclusive contra os bacilos da tuberculose,
esporos bacterianos e fungos
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Descontaminação de tubos, lâminas, pipetas e ponteiras, bem como superfícies. Ex.
GERMEKIL
6) Componentes clorados
Amplamente utilizados , apresentam um grande espectro de ação. Pouco ativo em presença
de grandes quantidades de material orgânico. Altamente oxidante e extremamente corrosivo
em metais. As soluções diluídas perdem atividade rápido principalmente quando expostas à
luz. Desta forma, os frascos devem ser escuros e as soluções trocadas a cada 24 horas. A água
sanitária, 25 hipoclorito de sódio, é a mais utilizada entre as preparações comerciais.
Uso: Superfícies e chão para a limpeza de rotina. Deve ser utilizada proteção especiais
para os olhos e aparelho respiratório durante a aplicação.
7) Compostos iodados
Utilizados geralmente associados com outros compostos (detergentes, álcool, etc). Deve haver
um cuidado especial com os indivíduos alérgicos.
Uso: Equipamentos e superfícies contaminadas ou na anti-sepsia da pele em pacientes
não alérgicos.
Ex. iodine
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5- Descarte os fragmentos do tubo na caixa amarela para perfuro-cortantes.
6- Comunique o incidente ao responsável pelo setor para que seja providenciada uma
nova amostra.
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8.0- ROTULAGEM DE RESÍDUOS DO LABORATÓRIO:
Material contaminado- Devem ser coletados, entre eles: os resíduos sólidos, luvas
contaminadas, papéis, etc, em sacos plásticos brancos com O SÍMBOLO DE RISCO
BIOLÓGICO, que indica material contaminado. Em caso de necessidade de estocagem antes
da autoclavação, estes devem ser depositados em baldes de lixo que apresentem a indicação
de lixo contaminado não autoclavado.
Material não contaminado- Coletar em sacos plásticos de cor preta e depositar em latas de
lixo, com a indicação de LIXO COMUM.
2. Resíduos corrosivos
Soluções aquosas de pH menor ou igual a 2 ou maior ou igual a 12,5
3. Resíduos reativos
Soluções aquosas de materiais instáveis que sofram mudanças químicas violentas sem
detonação, possam reagir violentamente com água formando misturas potencialmente
explosivas ou que possam gerar gases perigosos ou possivelmente letais.
4. Resíduo tóxico
Resíduo que contém um dos seus componentes em concentrações iguais ou maiores que os
valores das tabelas de concentração máxima de resíduos tóxicos.
5. Resíduos de processos
Utilizado para aqueles resíduos que em virtude de algum uso, processo ou procedimento, não
atende as especificações originais do fabricante. Ex.: produtos diluídos, misturas reacionais.
Observações importantes
Um produto comercial (nunca processado) deve ser descartado no frasco
original.
Ex.: pequenos frascos de reagentes antigos nunca utilizados ou com a
validade vencida.
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8.1-Principais resíduos químicos no laboratório
1. Soluções de formol ou formaldeído:
Soluções diluídas devem ser estocadas em recipentes fechados para posterior coleta para uma
empresa especializada. O formaldeído é um agente suspeito de provocar câncer com baixos
índices de exposição permitida e poucos sintomas de advertência.
6. Materiais corrosivos
O piso dos locais de manipulação de produtos corrosivos deve ser conservado o mais seco
possível.
Quando diluir ácidos com água, este deverá ser adicionado à água, lentamente, agitando
continuamente a mistura; a água nunca deverá ser adicionada ao ácido.
O derrame ou escape de líquidos corrosivos não deve ser absorvido por meio de serragem,
estopas, pedaços de pano ou outro material orgânico. Deve-se neutralizar com cal ou absorvê-
lo com granulado absorvente.
Em caso de contato físico, deve-se lavar abundantemente com água corrente e procurar
imediatamente socorro médico.
7. Peróxidos
O uso de peróxidos deve ser limitado à quantidade mínima necessária. Qualquer respingo
deve ser imediatamente limpo. Espátulas de metal não devem ser usadas para manusear
peróxidos; e sim, de madeira ou cerâmica. Evitar fontes de calor. Soluções de peróxidos
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devem ser armazenadas em frascos de polietileno com tampa esmerilhadas, jamais frascos de
vidro. Evitar qualquer tipo de impacto tais como, moagem, fricção, etc..
Para minimizar a decomposição, os peróxidos devem ser estocados em temperaturas baixas,
de acordo com a sua solubilidade e ponto de congelamento.
Nome do produto
Quem preparou
Concentração
Cuidados
Data do preparo
Data da validade
Condições de estocagem
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
A) Ao reutilizar um frasco vazio certifique-se de que a etiqueta original foi complemente
retirada antes de colocar a nova etiqueta.
B) Quando encontrar uma embalagem sem rótulo de identificação, descarte o produto.
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11- Armazenamento
Ao armazenar substâncias químicas, considerar:
Incompatibilidades entre os materiais armazenados, principalmente nos almoxarifados.
Sistema de ventilação.
Sinalização correta.
Disponibilidade de EPIS e EPCs.
Área administrativa separada da área técnica e da armazenagem.
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É proibido o transporte de material de risco (inflamáveis, explosivos, tóxicos, irritantes
e corrosivos), em motocicletas. O transporte destes produtos deverá ser efetuada apenas em
carros de carroceiria fechada estando o produto devidamente acondicionado e claramente
identificado quanto ao risco que representa (vide informação no rótulo do produto).
Nos casos em que o risco da substância não for identificado , favor contactar o setor
de Qualidade- Biossegurança da Patologia (ramal 2121 - Marco Miguel, Márcio, Nilson,
Valéria Lessa ou Pedro Ventura).
12-Preparo de Soluções
Fazer uma leitura prévia das características da substância que está manuseando.
Utilizar sempre, EPI específico.
A vidraria utilizada no preparo de soluções deve ser de boa qualidade, de preferência de
vidro boro-silicato.
Usar sempre, bastão com proteção de borracha, teflon ou plástico, para evitar trincar o
vidro.
Não usar vidraria que esteja trincada, lascada ou corroída.
Nunca pipetar substâncias químicas com a boca
Usar peras de borracha ou pipetadores automáticos.
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Como as substâncias apresentam diferentes propriedades, a metodologia de primeiros
socorros e descontaminação da área deverão ser realizadas de acordo com a substância
envolvida e as instruções do fabricante contidas no rótulo.
13-INCÊNDIOS
Como evitá-los:
uso adequado das tomadas conforme recomendações especificadas na "normas básicas para
bujões de gás devem ser armazenados em local bem ventilado na área externa do prédio.
semana e feriados.
(extintores a gás CO2) e para papéis (extintores de água comprimida) devem estar
disponíveis. Em Ambientes que utilizam muito equipamento elétrico deve-se ter maior
químicos for muito grande devem conter extintores PQS em número suficiente. Os dois
podem ser utilizado em ambos os casos mas com meno do extintor devem ser guardados
em local livre e não distantes mais do que a 1 metro do piso e devidamente sinalizados.
Os extintores devem estar com a carga válida e devem estar a disposição em local acessível a
todos. Recomenda-se em locais com maior periculosidade que haja uma extintor a cada 10m.
elétricos.
25
Utilizesempre o extintor de incêndio adequado:
CO2 - eletricidade ( pode ser utilizado c/ menor eficiência para material químico).
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15- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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