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1. Avaliação Centrada em Especialistas
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2. Variantes da Avaliação Centradas em Especialistas
2.1. Acreditação
Surgiu com o chamado experimento Flexner, nos Estados Unidos, em 1910. Flexner foi
um educador, que avaliou as escolas de medicinas dos EUA;
O procedimento não é exatamente acreditação como entendemos hoje, dentro das
abordagens avaliativas, pois neste sentido, a acreditação é uma avaliação que exige iniciativa
voluntária por parte da instituição, que solicita a avaliação.
Mas sim, no sentido amplo, já visto anteriormente, ou seja: a acreditação é um sistema
formal de parecer, que depende de uma estrutura, utiliza padrões estabelecidos seguindo
critérios públicos e depende da especialidade do avaliador.
Flexner não era especialista em medicina, para julgar escolas de medicina, mas sim, era
especialista em educação, portanto estava apto a julgar espaços educacionais em medicina.
Flexner defendia o uso do bom senso e acredita que uma pessoa de fora do assunto
específico, é mais indicada para avaliar, pois apresenta o olhar de especialista, mas também não
está envolvido diretamente com o assunto avaliado, além de trazer um olhar diferente. Ou seja,
seria muito ingênuo chamar um médico, do círculo dos médicos, para avaliar as escolas de
medicina.
Flexner então, não usou de reforço empírico para os critérios de avaliação, mas sim
utilizou do que chamou de ''indicadores óbvios'' ou seja, era só empregar a avaliação in loco,
para observar se a escola tinha os equipamentos necessários, se os profissionais e o local
estavam de acordo com as condições de higiene e assim por diante;
Ele também dispensava de ''sutilezas profissionais'' e ''críticas corteses'', que é
geralmente comum em procedimentos avaliativos.
Nos últimos anos, a JCAHO começou a dar ênfase para a assistência clínica e a
mensuração de seus resultados começou a ser expressa em quatro níveis: Acreditação com
distinção, acreditação sem recomendação, acreditação com recomendação e acreditação
condicional. Essa nova divisão da Acreditação fez com que o setor ganhasse em eficiência,
principalmente no setor administrativo dos hospitais.
No Brasil, os sistemas de Acreditação chegaram nos anos 70, mas, segundo o site da
ONA - Organização Nacional de Acreditação até o fim dos anos 80, muitas poucas pessoas
conheciam e ainda menos utilizavam qualquer sistema de acreditação no país.
O desenvolvimento desse sistema se deu, somente em 1991. Nesse ano o presidente do
OPAS, que na ocasião era brasileiro, atribui a alguns brasileiros a missão de trazer para o Brasil
o sistema de acreditação hospital. Esse grupo, então, foi a um seminário em Washington e
posteriormente elaboraram o “Manual OPAS de acreditação dos hospitais da América Latina e
Caribe” (OPAS é a Organização Panamericana de Saúde).
Sem apoio de outras instituições, a acreditação foi inserida no vocabulário dos
profissionais, mas sua divulgação continuava andando devagar, até que em 1999 foi criada a
ONA (organização nacional de acreditação) , e assim a divulgação e importância do sistema
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aqui no país acabou sendo divulgado, pela ONA e por várias outras empresas que surgiram
depois, como ANVISA e UNIMED.
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2.5 Sistemas informais de pareceres profissionais
3. Críticas à Abordagem
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4) Os julgamentos podem refletir preconceitos pessoais ou excesso de conservadorismo,
ou seja, nem sempre há um rigor necessário, o que faz com que a qualidade das avaliações
fiquem dependentes do profissionalismo e da consciência dos avaliadores;
5) O difícil acesso aos dados, a escassez de documentação-base para as conclusões e
uma provável posição defensiva dos que terão seu trabalho avaliado (muitas vezes fornecem
informações parciais) pode dificultar muito a execução das avaliações;
6) Muitas avaliações podem envolver altos custos para as instituições avaliadas,
decorrentes principalmente dos custos das viagens dos avaliadores;
7) (HOUSE, 1980, apud WORTHEN; SANDERS; FITZPATRICK, 2004) nota que o
sigilo pode ser outro problema, pois os profissionais costumam mostrar relutância em expor
corajosamente sua visão no relatório público. Isso prejudica a confiabilidade dessas avaliações;
8) Dificuldade de reprodutibilidade das avaliações. Em outras palavras, outro
especialista ou outro grupo de especialistas pode fazer outros julgamentos e recomendações;
9) Esse tipo de avaliação pode ser competente para avaliar a obediência institucional,
mas não a qualidade de determinada instituição ou do programa. Além disso, o peso e a escolha
de cada padrão ou critério de avaliação pode ser arbitrária e não refletir ou detectar as
verdadeiras questões ligadas a qualidade do programa ou da instituição;
10) Os avaliadores necessitam de grande preparo especial para avaliar. Precisam ter
conhecimento das teorias das ciências sociais e do programa que está sendo avaliado e precisam
ter capacidade acurada de sensibilidade e discernimento. Além disso, devem seguir padrões
rigorosos de objetividade e de mensuração dos diferentes padrões e critérios.
11) Esse tipo de avaliação pode gerar fixação em objetivos que podem excluir a busca
de efeitos colaterais. Exemplo: O IDEB (índice de desenvolvimento da educação básica)
mensura o desempenho dos alunos somente nas disciplinas de português e matemática. Tal fato
gera incentivos para os professores focarem na melhora dos desempenho dos alunos nessas
disciplinas, em detrimento de outras disciplinas. Desse modo, os alunos podem piorarem nas
outras disciplinas, devido à falta de prioridade dada as mesmas;
12) Os avaliadores por não estarem inseridos no cotidiano diário das instituições
avaliadas podem fazer uma análise superficial do contexto das mesmas, deixando de levar em
conta aspectos fundamentais e possíveis erros e limitações que costumam estar presentes no
dia-a-dia, mas que no dia da avaliação não apareceram.
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4. Legados da Abordagem para o campo de Avaliação de Políticas Públicas
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10) Foi a primeira abordagem a aplicar padrões para determinar valor, qualidade,
utilidade, eficácia ou importância de programas, produtos ou instituições. Além disso, foi a
primeira abordagem a explicitar os padrões de avaliação;
11) Estimulam a excelência através do desenvolvimento de critérios e diretrizes para
avaliar programas ou produtos. (Ex: Capes no Qualis Periódicos e avaliação de programas de
pós-graduação, Sinais) (WORTHEN; SANDERS; FITZPATRICK, 2004).
5. Exemplos
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áreas curriculares são avaliados, o que se registra quase duas décadas de avaliação, perfazendo
um total de sete edições (BASSO, 2012).
Considera-se marco na história deste processo o documento de 1994 intitulado:
“Definição de Critérios para avaliação de livros didáticos” que, em síntese, consistiu na
avaliação de livros mais utilizados pelos professores das diversas disciplinas curriculares:
Língua Portuguesa, Matemática, Estudos Sociais e Ciências. Esse trabalho foi encomendado
pelo MEC a cinco especialistas de diferentes áreas de ensino, para avaliar os dez títulos de LD
mais escolhidos e utilizados pelos professores do ensino fundamental e, assim, estabelecer
critérios de análise de LD. Essa avaliação revelou que os livros comprados pelo MEC e
utilizados na escola, em sua maioria, veiculavam preconceitos e erros conceituais graves, que
prejudicavam o processo formativo dos alunos (BASSO, 2012).
O processo de análise dos livros didáticos é realizado por meio de um sistema de
inscrição sob os quais as editoras listam e enviam suas coleções para o MEC. Após a aprovação
técnica, os livros didáticos são direcionados para a Comissão de avaliadores. Um grupo de
especialistas (geralmente dois pareceristas independentes para cada coleção) avalia os livros
sem identificação dos autores ou das editoras (livros sem capa e descaracterizados de autoria,
editora etc.) seguindo os critérios avaliativos presentes no edital de convocação de editoras
(BASSO, 2012).
Contudo, na íntegra os critérios são similares, uma vez que a avaliação, em linhas gerais,
preocupa-se com a ausência de erros conceituais e preconceitos nos livros didáticos e com a
coerência da proposta teórico metodológica das coleções. De modo geral, pode-se constatar
cinco categorias de critérios que mais aparecem nas avaliações de livros didáticos do PNLD. A
saber: (1) Integridade física dos alunos; (2) Compromisso com a ética e cidadania; (3) Aspectos
teórico metodológicos; (4) Atividades experimentais; (5) Aspectos visuais (ilustrações, fotos e
figuras) e (5) Manual do Professor (BASSO, 2012).
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6. Conclusão
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7. Referências Bibliográficas
BASSO, Lucimara Del Pozzo; CAMPOS, Franciele Mota; RODRIGUES, Larissa Zancan.
Programas governamentais de distribuição de livros, em foco, o PNLD. In: Seminário
ANPAE Região Sul, 2012, Pelotas/RS. Gestão e Políticas Públicas de Educação: Desafios
Atuais, 2012.
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