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MOVIMENTO
DAS
PARTÍCULAS
15/02/2018
CAMPO GRAVITACIONAL E
CENTRÍFUGO - Prof. MSc Hugo Lemos
Equação do movimento de partículas sólidas em campo
gravitacional e centrífugo. Se estabelece a partir de um balanço
de forças (empuxo, peso, arraste) que atuam em uma partícula
submersa em um fluido sob a ação dos campos gravitacional e
centrífugo.
ESTUDO DO MOVIMENTO DAS PARTÍCULAS
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assim, substituindo conceitualmente na equação 1.0, as equações 1.1, 1.2, 1.3 e 1.4, temos,
m.a = - m.g + ∂f. g. Vp + ½ . Cd . ∂f . Ap . v² (1.5)
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Dp – diâmetro da partícula
g – aceleração da gravidade
ⱱ - viscosidade cinemática
1.1 – Questões:
a) Considerando a Lei de Stoke acima, qual a importância de se aquecer os tanques de
decantação a bordo dos navios?
b) O bombeamento de fluidos viscosos a bordo é realizado com bombas de engrenagens ou
afins. Qual sua opinião sobre a transferência de óleo dos tanques de armazenamento
para os tanques de decantação, considerando que haverá quebra das partículas em
partículas menores nas carcaças das bombas?
c) Porque a separação de partículas é melhor no campo centrífugo em comparação ao
campo gravitacional?
Observe que no campo gravitacional, consideramos que dv/dt = 0, porém no campo centrífugo,
em qualquer instante de tempo o movimento da partícula dv/dr >0, assim:
vr – velocidade terminal de queda de uma partícula esférica “Dp” no ponto de raio “r “em campo
centrífugo de velocidade angular “w”.
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∂f1
∂f2
Neste caso teremos que admitir duas velocidades médias por onde a partícula viajará
que denominaremos de vt1 ao longo do raio 1 e vt2 ao longo do raio (r2-r1). E assim:
vt2 = (∂p - ∂f) Dp². (r2-r1). w²/(18 . ⱱ) daí extraímos a velocidade média nos dois meios
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Observamos que o primeiro termo trata-se da velocidade terminal conferido na Lei de Stoke
É importante notar que o fator SIGMA relaciona o volume total da cuba, a aceleração da
gravidade, a velocidade angular, o raio na saída do tubo de alimentação r1, o raio da linha de
centro até a superfície da cuba r2 e uma posição aleatória r. Para resolvermos problemas práticos
devemos retirar algumas variáveis como w e r, pois são de difícil mensuração. Então faremos
como abaixo:
- centrífugas tubulares
Raio efetivo – raio efetivo é usado quando a espessura da camada líquida na centrífuga (r2-r1)
não é desprezível, assim:
r2 – r1/r = ln r2²/ln r1² e
w = 2 . π. N/60
Portanto podemos substituir em ∑ = V. w². r/(g. (r2 -r1)) onde
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N – rpm
(r2 -r1) – espessura da fase líquida (m)
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A eficiência é muito aumentada pois o líquido a ser purificado deverá passar entre os
discos cônicos que apresentam espaço mínimo (+-2mm) entre eles. As partículas que não
chegaram ao diâmetro interno da cuba são muito pequenas e estão abaixo do Dpc (diâmetro
crítico), desta forma pelo tempo de residência em fase terminal, estas pequenas partículas são
agora forçadas a passar pelos discos cônicos e conforme as componentes de força atuantes
nestas pequenas partículas se modificam, impõe a elas uma força g maior que a força do fluxo,
atirando-as para as paredes internas da cuba.
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É notável que as partículas colidem com as paredes superiores dos discos, perdendo a
força de fluxo. Neste momento a velocidade é igual a zero, sendo que uma das componentes, a
força centrífuga, adquire maior intensidade, expulsando a partícula para o fim da borda externa
do disco ou expurga por furos ou chanfros existentes nestes.
Apesar deste estudo enfatizar partículas sólidas na maioria das vezes, a separação de
líquidos x líquidos se dá da mesma forma, considerando que a partícula de água (por exemplo)
seja uma esfera de pequeno tamanho.
Questionário:
1) Considere 2 centrífugas de óleo diesel do navio, iguais, na mesma rotação, operando
para encher dois tanques distintos. Calcule a relação de vazão entre elas sabendo
que a centrífuga 1 tem 2 vezes mais discos cônicos montados do que na centrífuga 2.
2) Qual o tempo que a centrífuga 2 leva para encher um tanque de óleo diesel 5.000
litros, sabendo que a centrífuga 1 tem vazão de 500 l/h
R1 Q1 = 2 . Q2
R2 20h
3) Considere 2 centrífugas de óleo diesel do navio, iguais, operando para encher dois
tanques distintos. Calcule a relação de vazão entre elas sabendo que a centrífuga 2
opera com 2/3 da rotação da centrífuga 1 por conta de borra acumulada na cuba.
4) Qual a diferença em horas entre as duas centrífugas para encher dois tanques de
óleo diesel 7.000 litros cada, sabendo que a centrífuga 1 tem vazão de 700 l/h
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R1 Q1 = 2,25 . Q2
R2 12,5 h
3.0 – Balanço de forças para a determinação da interface da fase leve e fase pesada –
determinação do diâmetro do disco de gravidade.
Para um processo de purificação de qualidade, deve-se ter sempre em vista qual a
principal função do processo, que no caso da aplicação naval é a separação do óleo de
contaminantes líquidos (na maioria dos casos a água proveniente da umidade do ar ou má
qualidade do combustível).
Através da força centrifuga gerada pela rotação da cuba, o selo líquido é formado, porém
inicialmente temos duas saídas para líquido, das quais não existe nenhuma garantia de que
o líquido contaminante retirado se encaminhe para sua respectiva saída, bem como não
existe também garantia para o óleo purificado flua pela sua saída. O agente responsável pelo
bom encaminhamento desses fluídos é justamente o bom posicionamento da interface de
separação líquido-líquido.
Existem limitantes no processo citados anteriormente como o raio maior do disco
superior, pois se o raio da interface de separação ultrapassá-lo, o selo de líquido é rompido,
saindo óleo pela saída de água. Já, se o raio da interface de separação for muito pequeno,
sairá água pela saída do óleo lubrificante. Esse limite inferior do raio da interface é dado pelo
raio maior do disco cônico e o limite superior será dado pelo raio maior do disco superior.
Para que isso aconteça da forma mais harmoniosa possível, é necessário saber quais
fatores influenciam no posicionamento da interface e como influenciam (se desloca a
interface em direção ao eixo de rotação ou em direção a parede da cuba). Depois de
determinados os fatores que influenciam, só então pode se determinar uma relação entre
eles e o posicionamento.
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3.1 – Análise das pressões internas da fase leve (óleo) e fase pesada (água)
Sistema de tolerância permissível para criação de interface entre a fase leve e fase pesada
R2 – Raio interno do eixo de rotação até a interface entre a fase leve e fase pesada.
R4 – raio de saída da fase pesada (água)
R1 – raio de saída da fase leve (óleo)
Considerar densidade da fase pesada > densidade da fase leve
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𝐹𝑐 = 𝑚𝑟𝑤² (3.0)
Onde:
𝑑𝐹𝑐 = (𝑑𝑚)𝑟𝑤²
Sendo:
dm = ρ dV (3.1)
dm = ρ (2𝜋. 𝑟. 𝑏. 𝑑𝑟)
Logo:
𝜌𝑤²(𝑅2 2 −𝑅1 2 )
𝑃2 − 𝑃1 = (3.3)
2
𝜌𝑙 𝑤²(𝑅2 2 − 𝑅1 2 ) 𝜌ℎ 𝑤²(𝑅2 2 − 𝑅4 2 )
=
2 2
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𝜌ℎ 𝑅4 2 −𝜌𝑙 𝑅1 2
𝑅2 2 = (3.4)
𝜌ℎ −𝜌𝑙
Na expressão (3.4), verifica-se que se a densidade da fase leve e fase pesada forem
iguais, R2 => 0, (denominador), e não existirá interface.
Considera-se ideal que R2, diâmetro da interface, seja tangente ao maior diâmetro
dos discos cônicos para melhor eficiência da separação.
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5.0 – Bibliografia
MIEDEK, Michael. Disk stack centrifuge technology for the oil-water separation of heavy
crude oil emulsions , GEA Westfalia Separator Systems GmbH, 2Miedek - Centrifuge
Technology.pdf
METCALF & EDDY, 1991, Wastewater Engineering: Treatment, Disposal, and Reuse,
McGraw-Hill, New York, pp. 805-806; 860-864.
VESILIND, P. A., 1979, Treatment and Disposal of Wastewater Sludges, Ann Arbor
Science, Ann Arbor, MI, pp. 161-200.
WENTZ, C. W., 1995, Hazardous Waste Management, Second Edition, McGraw-Hill, New
York. pp. 193-194.
AMBLER, CM., The fundamentals of separation, including Sharpies "Sigma value" for
predicting equipment performance", Ind. Eng. Chem. 1961. 6, p.430-433
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