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FALS – FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DR.

LEÃO SAMPAIO
[ ABA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ACUPUNTURA LATO SENSU EM
ACUPUNTURA

LATO SENSU EM ACUPUNTURA

OS CINCO ELEMENTOS NO PENSAMENTO CHINÊS: AS EMOÇOES


ENQUANTO AGENTE CAUSADOR DE ADOECIMENTO.

ISABEL DE SOUSA SILVA

JUAZEIRO DO NORTE - CE
2016
FALS – FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DR. LEÃO SAMPAIO
[ ABA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ACUPUNTURA LATO SENSU EM
ACUPUNTURA

LATO SENSU EM ACUPUNTURA

OS CINCO ELEMENTOS NO PENSAMENTO CHINÊS: AS EMOÇOES


ENQUANTO AGENTE CAUSADOR DE ADOECIMENTO.

ISABEL DE SOUSA SILVA

JUAZEIRO DO NORTE - CE
2016
FALS – FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DR. LEÃO SAMPAIO
[ ABA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ACUPUNTURA LATO SENSU EM
ACUPUNTURA

LATO SENSU EM ACUPUNTURA

OS CINCO ELEMENTOS NO PENSAMENTO CHINÊS: AS EMOÇOES ENQUANTO


AGENTE CAUSADOR DE ADOECIMENTO.

ISABEL DE SOUSA SILVA

Monografia apresentada a Faculdade Dr. Leão


Sampaio e a Associação Brasileira de Acupuntura
como avaliação parcial de Lato Sensu em
Acupuntura, para obtenção do Título de
Especialista, sob a orientação do Profa. Evanilse
Maria Leite Fernandes Sales.

JUAZERIO DO NORTE - CE
2016
BANCA EXAMINADORA

_________________________________

_________________________________

_________________________________
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
EPÍGRAFE
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
INTRODUÇÃO

Um dos pilares que sustentam o pensamento filosófico oriental é a teoria dos


cinco elementos ou cinco movimentos. Este conceito, aliado ao conceito de
complementaridade e oposição contido na teoria Yin e Yang tornaram possível o devir de toda
a tradição chinesa, tendo então sido empregados ao longo dos milênios não tão somente em
aspectos religiosos e filosóficos, como também em todo segmento da existência humana,
desde a agricultura, passando por estratégias de guerra e chegando até a medicina.

Segundo a teoria contida nos clássicos da literatura chinesa, cada um dos cinco
elementos rege uma emoção específica. Para que haja harmonia estes cinco elementos devem
manter continuo equilíbrio, desempenhando cada um seu papel, quando por alguma razão este
equilíbrio é interrompido, as emoções regidas pelos elementos também entram em
desequilíbrio o que pode ocasionar o surgimento de enfermidades caso o dito equilíbrio não
seja reestabelecido.

Ao se debruçar sobre o vasto mundo dos grandes clássicos é inevitável o


assombro ao se deparar com a perfeição no prodigioso intrincado da cadeia ideológica na
teoria dos cinco elementos e em sua aplicabilidade. É devido a este fascínio que se dá esta
breve pesquisa bibliográfica, no modesto intuito de apreender da literatura existente acerca do
tema dados que promovam a compreensão do pensamento chinês no que diz respeito aos
cinco elementos em sua correlação com as cinco emoções e estas enquanto agentes
causadores de enfermidades, este constitui, portanto, o objetivo do presente estudo.

Para um estudante da medicina tradicional chinesa (MCT) que busca se tornar


um verdadeiro acupunturista, o conhecimento aprofundado acerca de tais assuntos é
indispensável, é através da compreensão de como ocorre o fluxo de energia dos cinco
elementos, como são influenciados, sobre o que geram influencia e o que os desequilíbrios
dos mesmos podem ocasionar e que se torna viável cogitar quais estratégias de tratamento
podem ser utilizadas para restabelecer e manter a devida ordem energética.

No Ling Shue, capitulo 64 se encontra: “Não há nada na terra ou dentro do


universo que não esteja relacionado com os cinco elementos, e o homem não é exceção”
(HICKS, 2007). (p. 5 citado em Liu, 1988, p.48)
I. OS CINCO ELEMENTOS

É preciso esclarecer o conceito dos cinco elementos para os chineses, aqui este
termo nada tem em relação ao conceito de matéria, a sua compreensão deve ser apreendida
enquanto forças ou tendências, elementos energéticos não materiais. A teoria dos cinco
elementos ocupa um lugar preponderante na MTC e aqueles que almejam praticar a
acupuntura correta e eficazmente não pode abrir mão dela (SUSMMANN, 1975).

Constituem os cinco elementos: Madeira, Terra, Metal, Água, e Fogo.


Elementos presentes na constituição da natureza que estão interligados numa cadeia
energética de geração e dominância, tal relação é o que permite o constante movimento e
mutação entre estes elementos e que são necessários pra a manutenção do equilíbrio (WEN,
1985 p.20).

Cada um dos elementos tem características muito particulares e se expressam


na natureza e também no homem. A expressão da natureza individual de cada elemento no
homem Hicks chamou de ressonâncias, e esclareceu que esta associação permite ao acupuntor
perceber como cada elemento se encontra dentro do paciente e se revela no mesmo. (HICKS,
200 p.6).

Para uma melhor compreensão é possível dissociar didaticamente estas


características dos elementos em relação ao meio natural e ao homem, (DULCETTI, 2001)
assim tem - se:

Elemento Direção Estação Clima Cor Sabor


Madeira Leste Primavera Vento Verde Azedo
Fogo Sul Verão Calor Vermelho Amargo
Terra Centro Interestação Úmido Amarelo Doce
Metal Oeste Outono Seco Branco Picante
Água Norte Inverno Frio Preto Salgado
Fig.1 tabela elementos em relação a natureza

Elemento Órgão Víscera Orifício Tecido Som Emoção


Vesícula
Madeira Fígado biliar Olhos Tendão Grito Raiva
Intestino
Fogo Coração delgado Língua Vascular Riso Alegria
Baço Excesso de
Terra pâncreas Estomago Boca Músculo Canto pensamento
s
Intestino Pele e
Metal Pulmão grosso Nariz pelos Choro Tristeza
Água Rim Bexiga Ouvido Ósseo Gemido Medo
Fig. 2 tabela elementos em relação ao homem

Como foi anteriormente citado existe uma inter-relação entre os cinco


elementos e para que haja harmonia e bem estar é necessário que cada elemento exerça seu
papel adequadamente, caso contrario se darão os desequilíbrios (NEI Jing, Hicks, 2007).

A disposição da representação dos cinco elementos inicial se dava na forma de


um quadrilátero com o elemento terra ao centro e os outros em sua volta na posição dos
pontos cardinais (fig. 1), contudo para uma representação mais dinâmica foi preciso deslocar
terra e assim obteve-se uma representação pentagonal (fig.2) (SUSSMMANN, 1975).

SUL

FOGO

LESTE CENTRO OESTE

MADEIRA TERRA METAL

NORTE

ÁGUA

Fig. 1

É interessante notar que nessa representação Água exerce um papel importante


como bem elucidou Maciocia (1996), este elemento é percebido aqui como a base, inicio da
sequencia, é observando sua ligação com o Rim que é o fundamento de todos os sistemas para
a MTC. Outro aspecto interessante é Terra que estando ao centro como centro de referencia
para os outros elementos, a mãe, a nutridora.

VERÃO

FOGO
PRIMAVERA

MADEIRA TERRA

INVERNO OUTONO

ÁGUA METAL

Fig. 2

Acima, (Fig. 2) se tem a representação pentagonal ou pentagrama tão utilizado


na MCT. A partir dessa disposição é possível discorrer acerca dos princípios de geração e
dominância que regem estes elementos.

I.1 CICLO DE GERAÇÃO

O ciclo de geração ou ciclo sheng ou regra mãe e filho consiste no modelo


teórico que em Sussmann (1975) diz que:

Os elementos se geram uns aos outros de acordo com a seguinte ordem: Madeira
gera o Fogo; o Fogo a Terra; a Terra o Metal; o Metal a Água; a Água a Madeira,
esta o Fogo é assim sucessivamente. Neste ciclo gerador, o elemento que gera se
chama Mãe, e o elemento gerado, Filho. Cada elemento é pois, Mãe do que se
lhe segue, e filho do que o precede. (SUSSMANN, 1975, p. 93).

FOGO

TERRA
MADEIRA

ÁGUA METAL

Fig. 3

Wen (1985) elucida o ciclo da seguinte maneira:


A Madeira, por sua combustão é capaz de gerar o Fogo, assim como promover
sua intensidade; após a combustão da Madeira restam cinzas, que são
incorporadas à Terra. Ao longo dos anos a Terra sob o efeito de grandes pressões
produz os metais. Dos metais e rochas brotam as fontes de Água; a Água dá vida
aos vegetais e gera a Madeira, fechando o ciclo da natureza.(WEN, 1985, p. 22).

Hicks (2007) explica da extrema importância do ciclo sheg, já que este permite
que através do tratamento dos órgãos de um elemento seja possível gerar alterações em outro
elemento. Assim, se o objetivo for fortalecer o elemento Fogo, pode se alcançar isto
mobilizando o elemento Mãe, no caso Madeira.

I.2 CICLO DE DOMINÂNCIA

Como visto no tópico anterior há um continuo e permanente ciclo de geração


entre os elementos o que permite vislumbrar um crescimento ilimitado dos mesmos
ocasionando desequilíbrio. Para que tal não ocorra existe uma lei de dominância a fim de
promover equilíbrio através do controle entre os próprios elementos. (SUSSMANN, 1975).

O ciclo de dominância, ou ciclo Ke, ou ciclo de inibição, ou avô- neto é a


capacidade que os elementos possuem entre si de conter, refrear um ao outro. No mistério da
natureza, nem a promoção de crescimento e nem de controle são dispensáveis. Sem
crescimento não haveria desenvolvimento; sem controle, o crescimento excessivo resultaria
em prejuízo. (Ling Shu; Hicks, 2007, p. 9).

No ciclo de dominância cada elemento exerce controle sobre outro enquanto é


controlado por um terceiro. Assim tem se Madeira que controla Terra e é controlada por
Metal; Metal controla Madeira e é controlado por Fogo; Fogo controla Metal e é controlado
por Água; Água controla o fogo e é controlada por Terra; e por fim Terra controla Água e é
controlado por Madeira fechando o ciclo Ke. (MACIOCIA, 1996).

Wen (1985) ratifica como se dá o ciclo de dominância na concepção chinesa


tradicional:

O Metal tem a capacidade de cortar a Madeira, além das rochas e metais no solo
que podem impedir o crescimento da raiz das árvores; a Madeira cresce
absorvendo os nutrientes da Terra, empobrecendo-a, e as raízes das árvores
quando muito longas perfuram a racham a Terra; a Terra impede que a Água se
espalhe, absorvendo-a; a Água inibe o Fogo; o Fogo inibe o metal, pois o Metal é
derretido pelo fogo. (Wen, 1985, p. 22).

FOGO
MADEIRA TERRA

ÁGUA METAL

Fig. 4

Diante do entendimento do funcionamento dessas duas leis, em constante ação


simultânea, gerando e controlando simultaneamente, conclui-se que devido a elas os
elementos se mantêm em equilíbrio. (SUSSMANN, 1975). Contudo Maciocia (1996)
relembra que: “...caso um elemento se torne disfuncional, pode facilmente perder o controle
ou pode agir excessivamente sobre o elemento que controla através do ciclo Ke. Quando o
ciclo Ke se torna patológico, é chamado de ciclo de desobediência.”

Uma melhor compreensão é possível ao se tomar como exemplo o elemento


Água, que através do ciclo Ke é inibidora do fogo. Suponha-se então que este se apresenta
intenso e a Água se encontra em pouca quantidade energética, dessa forma ocorrerá a inibição
Do avô pelo neto, ou seja, da água pelo fogo. Portanto para o ciclo Sheng se dê de forma
adequada é necessário que a mãe não esteja em deficiência e para o ciclo de dominância é
necessário que o avô esteja em boa condição energética. (Wen, 1985).

Ao fenômeno energético citado acima é também conhecido por ciclo de contra


dominância, quando o dominado se rebela ferindo seu elemento dominante e gerando danos
ao equilíbrio dos cinco elementos.

Uma vez excessivos, o qi não apenas age sobre o que deve agir, mas também se
contrapões sobre aquilo que não deveria. Sendo insuficiente, o qi não só é
neutralizado por aquilo que age sobre ele, mas também neutralizado por aquilo
sobre o qual ele deveria agir. (Tratado sobre as Cinco Fases do Circuito no Su
Wen; Hicks, 2007, p. 10).

FOGO
MADEIRA TERRA

ÁGUA METAL

Fig. 5

Wen (1985) bem elucida esse conceito no que tange o homem, explicando que
todos os fenômenos dos tecidos e órgãos, da fisiologia e da patologia do corpo humano estão
classificados e são interpretados pela inter-relação dos cinco elementos. Para os chineses o
homem é regido pelo mesmo principio da natureza e dessa forma o meio natural exerce
influencia na fisiologia humana, esta correlação foi bem exemplifica nas tabelas 1 e 2 do
presente estudo. Essa teoria compõe um norte para a medicina chinesa.

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