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1. Definições
- Na angina instável o paciente refere desconforto precordial isquêmico acompanhado de pelo menos uma das seguintes
características: surgimento em repouso (ou aos mínimos esforços); duração prolongada (> 10-20min); caráter mais
intenso (descrito como dor propriamente dita), início recente (últimas 4-6 semanas); padrão em crescendo (passa a
despertar o paciente do sono)
- A AI pode mostrar evidencias eletrocardiográficas de isquemia (inversão da onda T, infradesnível de ST), mas não se
observam os critérios diagnósticos do IAMST
- Se um indivíduo com dx clínico de angina instável desenvolver elevação nos marcadores de necrose miocárdica, diremos
que ele sofreu um IAMSST
- SCA sem supra de ST resulta da oclusão subtotal do lúmen coronariano. Se houver elevação dos MNM, o diagnóstico
é IAMSST, caso contrário, angina instável.
2. Fisiopatologia
3. Diagnóstico
- História clínica, exame físico, ECG e curva de MNM
ANAMNESE
- Caracterizar a precordialgia (caráter, localização, intensidade, fatores que melhoram ou pioram a dor, irradiação, curso
no tempo e associados). Assim, caracteriza-se a dor em 4 tipos:
EXAME FÍSICO
- Exame físico normal é a regra na maioria dos casos, mas na vigência de sinais e sintomas teremos dados fortemente
positivos, como surgimento de sopro de IM.
ECG
- Costuma ser normal, mas em 30-50% dos casos apresenta pelo menos uma das seguintes alterações: onda T apiculada
e simétrica, com ST retificado; onda T invertida e simétrica com ST retificado; infradesnível de ST.
MNM
- Na AI não ocorre injúria isquêmica suficiente para levar à necrose miocárdica, portanto, não há elevação de CK-MB ou
troponinas. Se houver elevação, o diagnóstico é de IAMSST
- Devem ser dosados na admissão e 6-9h após
4. Classificação clínica
- A SCA sem supra de ST pode ser classificada em 3 classes em função da gravidade do sintoma
Intensidade da dor
Classe I Angina intensa de início recente (< 2m) ou acelerada. Não há dor em repouso
Classe II Angina em repouso no último mês, mas não nas últimas 48h. Angina de repouso subaguda
Classe III Angina em repouso nas últimas 48h. Angina de repouso aguda
Circunstancias clínicas
A Existem condições extracardíacas que promovem a isquemia. Angina secundária
B Não existem condições extracardíacas que promovem a isquemia. Angina primária
C A isquemia se desenvolve nas primeiras 2 semanas após uma IAM. Angina pós-infarto
Intensidade do tratamento
1 Ausência de qualquer tratamento para angina estável crônica
2 Tratamento submáximo para angina estável crônica
3 Tratamento máximo para angina estável crônica
6. Tratamento
- Pacientes de baixo risco: AAS + Clopidogrel + heparina + terapia anti-isquêmica
- Medidas gerais: O2 a 100% 2-4L/min por até 4h após o desaparecimento da dor
- Pacientes de médio/alto risco a estratégia invasiva precoce é superior à estratégia conservadora. Em pacientes de baixo
risco, não há diferença no resultado clínico entre as duas estratégias, e por isso não se indica a estratégia invasiva precoce.