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UFPB-PRAC X Encontro de Extensão

7CEDHPPEX01

INFORMÁTICA, INCLUSÃO E CIDADANIA: PROJETO DE EXTENSÃO NA


APAE / JOÃO PESSOA - FASE VII
Maria Danielle Bidô Carvalho (1); Christina Maria Brazil de Paiva (3);
Vera Lúcia de Brito Barbosa (4); Sheyla Julle A. de Brito Máximo (5)
Centro de Educação / Departamento de Habilitações Pedagógicas / PROBEX

RESUMO

Falar da importância da informática para o mundo atual, desnecessário se faz aqui, pois o uso
do computador atualmente tem sido fundamental no processo educacional, principalmente por
se tratar de um recurso que requer uma metodologia eficaz sobre a melhor forma de utilizá-lo
em fins educacionais. O presente trabalho visa descrever as experiências que resultaram do
Projeto Bolsa Extensão (PROBEX) ,vinculado à Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários (PRAC)
da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e desenvolvido na Associação de Pais e Amigos
dos Excepcionais de João pessoa - (APAE-JP), com o objetivo de intervir pedagogicamente no
Laboratório de Informática, explorando o computador como recurso didático.

PALAVRAS-CHAVE: Informática, Inclusão, Necessidades Especiais

INTRODUÇÃO

Falar da importância da informática para o mundo atual, desnecessário se faz aqui. No


entanto, não se pode deixar de enfatizar os grandes benefícios conseguidos aplicando o ensino
com computadores na educação / reabilitação de alunos especiais. Segundo José Armando
Valente do. NIED / UNICAMP,

“...a introdução do computador na educação tem provocado uma verdadeira revolução na


nossa concepção de ensino e de aprendizagem”. “ ...sendo a educação um processo dinâmico
que se renova constantemente através de tecnologia, faz-se necessário pensá-la e viabilizá-la
através dessas tecnologias, apontando o uso da informática como ideal para a viabilização
desses processos”.

O pesquisador Julio Corte nos faz um alerta “ ...todo programa de integração de portadores
de necessidades especiais na rede regular pressupõe sua inserção, permanência e igualdade
de oportunidades em toda a dinâmica escolar. Se o computador e a informática estão nessa
escola regular, eles terão que atentar para toda a clientela.Caso contrário, corre-se o risco de
termos falsos processos de inclusão, em última instância, um prejuízo ainda maior à nossa já
tão desacreditada escola pública.” (Júlio A. D. Corte)

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

1)
Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador.
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Quanto ao processo instrucionista, Valente (1999), destaca que:

“A abordagem que usa o computador como meio para transmitir informação ao aluno mantém
a prática pedagógica vigente na maioria das nossas escolas. [...]. Isso tem facilitado a
implantação do computador na escola, já que não abala a dinâmica por ela adotada. Além
disso, não exige muito investimento na formação do professor. [...], basta ser treinado nas
técnicas de uso de diferentes softwares.”

Como vimos,ambos os autores estão de acordo no que se refere ao ensino voltado para a
educação especial - o computador é um instrumento privilegiado de mediação da realização do
ensino e aprendizagem de pessoas com algum tipo de limitações (física, sensorial, mental ou
múltipla). No entanto, é necessário que sejam observados procedimentos pedagógicos
adequados, que conduzam e exijam uma participação ativa e promova o desenvolvimento
cognitivo e emocional dos alunos que apresentam alguma deficiência e dessa forma, incluí-los
no mundo digital para que eles se tornem mais independentes.

Na APAE/João Pessoa, desde 2000, vem sendo realizado um trabalho de Extensão de


Informática para alunos especiais – com déficit intelectual e sequelados de paralisia cerebral -
por professora e alunos voluntários. A partir de 2002 o projeto de informática aplicada a
educação especial foi implantado na APAE-JP, com a doação de um laboratório de informática,
através do Programa Informática na Educação Especial (PROINESP ) em parceria com
FENAPAEs /SEESPE/ MEC, com o objetivo de incluir as pessoas com necessidades especiais
no mundo informatizado e ajudá-las a se apropriarem do conhecimento com maior facilidade,
contribuindo para a qualidade de vida, independência e inclusão.

DESCRIÇÃO DO PROJETO

O projeto de extensão está sendo realizado na (Associação de Pais e Amigos dos


Excepcionais), situada na rua projetada, s/nº Q. 332. Lot. Itibiara – Bairro Bancários na cidade
de João pessoa – PB. A APAE- JP, foi fundada em 23 de março de 1957, atualmente o
responsável é Ivaldo Araújo. É uma instituição filantrópica e conveniada com os Governos
Federal, Estadual, Municipal e sociedade. A instituição tem como objetivo minimizar as
dificuldades psicomotoras, cognitivas, emocionais, sociais e de linguagem, atuando na
prevençaão e diagnóstico, habilitando ou reabilitando pessoas com deficiências, nas diversas
faixas etárias, através de equipe multiprofissional.
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Atualmente esta instituição acolhe 161 usuários a partir de 0 ano, em regime de externato,
dividido em atendimentos Clinico e Escolar. O setor de escolaridade, atende a turmas de: pré-
escola, alfabetização, alfabetização de jovens e adultos e ensino profissionalizante.

Os usuários da APAE-JP, apresentam em sua grande maioria, Síndrome de Down,


Deficiência Mental e Física, Paralisia Cerebral, deficiências múltiplas, deficiência de fala entre
outros. A maioria destes usuários são da classe baixa da cidade de João Pessoa e cidades
circuvizinhas. A APAE- JP, dispõem de um quadro de funcionário, distribuídos em diversos
setores dentro da instituição: Secretaria, Recepção, Almoxarifado, Serviços Gerais, Portaria,
professores, Informática, Telemarkting, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia, Neurologia,
Cozinha, Assistência Social, Enfermaria, Terapia Ocupacional e Brinquedoteca.

Em relação ao laboratório de informática da APAE- JP, este é uma ambiente digital, criado
para proporcionar a aprendizagem de pessoas cujos padrões não seguem quadros típicos de
desenvolvimento.

OBJETIVOS GERAIS do Projeto de Extensão

(a) Quanto aos alunos da APAE: Proporcionar ao aluno com necessidades especiais o acesso
às novas tecnologias , habilitando o PNEE no uso do computador para que o mesmo tenha
acesso às informações do mundo globalizado e possibilitando assim a sua inclusão em todos
os setores da sociedade, reafirmando sua Cidadania.

(b)Quanto ao aluno da UFPB:Despertar, no aluno universitário, o interesse, o respeito, e o


crédito pelo PNEE

Atualmente o laboratório da APAE-JP, possui tecnologias assistivas como o teclado


especial que funciona de acordo com a atividade desenvolvida, o teclado de colméia que evita
que se pressione a tecla errada, como também um acionador que faz a função do clique do
mouse, permitindo adequações necessárias para o melhor aproveitamento das capacidades
dos usuários.Essas tecnologias diferenciadas, propõe a ampliação do desenvolvimento das
habilidades motoras e cognitivas, a percepção visual e auditiva.

Este espaço também tem como requisito ofertar aos profissionais da (APAE-JP) um apoio
alternativo, para complementar as suas atividades em suas áreas de atuação, possibilitando
aos educandos associar o que está sendo ensinado em sala de aula aos programas existentes
no computador. Nesse sentido, pode se compreender que a informática é um meio bastante útil
na educação especial, particularmente no que se refere ao desenvolvimento cognitivo e
emocional dos alunos. No referido setor de Informática a instituição caracterizada, dispõe de
uma pedagoga, atendendo os dois turnos, com usuários provenientes da área educacional e
clínica.
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Ao utilizar o computador o educando, tem possibilidade de realizar atividades lúdicas como


jogos com bastante sons e imagens de acordo com as suas necessidades, visando a
estimulação auditiva, a comunicação, a interatividade e interdisciplinaridade, constituindo
assim, um instrumento cognitivo para os alunos e um meio privilegiado de mediação no
processo de ensino para professor.

METODOLOGIA

Participaram desse trabalho, neste período, alunos com deficiência mental e paralisia
cerebral da APAE-JP, de 06 a 63 anos de IC. As atividades foram concretizadas, através de
projeto desenvolvido pela extensionista com programas para trabalhar aspectos tais como:
Motor, Visual, Auditivo, Cognitivos, Emocionais e Sociais, aspectos estes que foram avaliados
através de observações registradas diariamente. Foram trabalhados, entre outros, os
Programas: PAINT,WORD, MICROMUNDOS, HAGÁ QUÊ, FAZENDINHA, TURMA DA
MÔNICA, além de vários JOGOS Pedagógicos e de lazer.Os alunos com maiores problemas
motores tiveram suas dificuldades minimizadas com teclados e mouses especializados. Os
alunos são atendidos por turma, acompanhados pelas suas professoras, no entanto,
dependendo de suas dificuldades, alguns são atendidos individualmente pela professora de
informática e-ou pela bolsista .

Entre os diversos softwares mais trabalhados, estão alguns da turma da Mônica, que tem a
função de ser utilizado para pintar e desenhar, auxiliando no denvolvimento da coordenção
motora e para diferenciar as cores, sendo bastante usado por crianças especiais com idades
entre 7 a 12 anos. Há também um programa que tem um sítio- Fazendinha- , onde pode-se
clicar nos animais e escutar os sons de cada um, este jogo é indicado para as crianças que
estão iniciando na manipulação do computador e para os que tem dificuldade na coordenação
motora, facilitando o contato com o teclado e o mouse.

Já o Software das Mimocas, o mais usado pelos que já estão integrado ao computador e é
da preferência de todos os alunos que participam por iniciativa própria, proporciona não só a
linguagem matemática como também a linguagem escrita, auxiliando no desenvolvimento das
competências numéricas e na comunicação, partindo do concreto, do visual e do auditivo,
seduzindo e prendendo a atenção dos envolvidos, desse modo, o aluno aprende brincando.

A responsabilidade do educador é saber aproveitar as características e fazer boa escolha


dos jogos como ferramenta de apoio no processo de ensino- aprendizagem. Nesse sentido, os
educandos especiais encontraram uma alternativa a mais para estarem em condições de fazer
parte de uma sociedade informatizada, e assim ser possível a inclusão através dos recursos
que a tecnologia nos oferece.
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RESULTADOS

(a)Obtidos com o aluno - Analisando-se os trabalhos e os comportamentos apresentados


pelos alunos em 2007, constatou-se que 95% , foi beneficiado pela Informática, nos seguintes
aspectos: aumento da auto-estima; valorização dos familiares sobre as possibilidades de seus
filhos; melhoria na coordenação motora e atenção; melhor aproveitamento dos conteúdos
curriculares;maior fixação dos temas apresentados;facilitação no processo de alfabetização;
aprendizagem do manuseio de vários programas no computador.

(b) Obtidos com o Projeto : capacitação dos alunos daUFPB para o trabalho no computador
com os PNEE;credibilidade nas potencialidades dos alunos PNEE;apresentação de trabalhos
em vários eventos científicos;publicação de resumos e trabalhos completos em anais e livros
sobre o projeto;divulgação em palestras na comunidade .É importante registrar que em 2007,o
aluno bolsista recebeu o troféu ELO CIDADÃO, pelo trabalho apresentado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando o curto tempo que cada aluno permanece no Laboratório, poucas máquinas
e apenas um bolsista, as dificuldades dos alunos inerentes ao déficit de inteligência e
habilidades motoras, poucos profissionais capacitados para mais de 100 (cem) alunos, conclui-
se que: o aproveitamento dos alunos da APAE-JP foi muito bom em termos de escolaridade e
ótimo em relação ao desenvolvimento de sua auto-estima, socialização e cidadania,tendo sido
favorecido a Inclusão de vários alunos,em escolas regulares.

Quanto à aluna extensionista do Projeto, a experiência foi bastante valiosa na sua


formação pessoal e como educadora, pois adquiriu conhecimentos com crianças e adultos
com limitações, que só na teoria não seria possível; observou que os alunos especiais só
precisam de orientação e paciência como todo mundo, e para despertar seu interesse e
motivação é necessário um ambiente com atividades concretas e diversificadas, havendo a
interação com o outro, sendo fundamental que sejam valorizados e apoiados pela família,
professores e sociedade, desse modo, o educando terá êxito no seu processo de
aprendizagem, e na convivência com os demais.Compreendeu que todos, sem dúvida alguma,
são capazes de desenvolver-se e socializar-se.
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REFERÊNCIAS

FINIZOLA, Maria de Fátima Ferreira de F; BEZERRA, João PAIVA, Christina Maria Brazil de;

Informática para Portadores de Necessidades Educativas Especiais – áreas mental e motora. in


Anais do V SEMPE. João Pessoa: Ed. Universitária /UFPB/ PRAC, 2004.

RIBEIRO, Roseane Albuquerque; OLIVEIRA, Cleonice Maria de Lima. Ações educativas para
inclusão digital de sujeitos com necessidades especiais. João pessoa: UFPB, 2008.

VALENTE, J. A. O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: UNICAMP/NIED,


1999.

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