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Índice

Introdução ............................................................................................................... 2
Objectivos ............................................................................................................... 3
Objectivos Gerais ................................................................................................ 3
Objectivos Específicos ........................................................................................ 3
Capitulo I ................................................................................................................ 4
Betonagem, Colocação e Compactação .............................................................. 4
Cura .................................................................................................................. 5
Medidas de Prevenção da Betonagem ................................................................ 7
Medidas de Prevenção Armadura ....................................................................... 9
Conclusão ............................................................................................................. 11
Anexo.................................................................................................................... 12
Referencia Bibliográfica ....................................................................................... 15

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Introdução
Diante de um mundo globalizado é importante que as grandes organizações
voltem sua atenção não apenas para o desenvolvimento da produção e
comercialização de seus produtos e serviços, mas principalmente para seus
colaboradores de forma que esses não sejam encarados como meros recursos
produtivos.

As empresas devem actuar de forma ampla no mercado, enxergando os impactos


que as suas actividades geram na saúde e segurança de seus trabalhadores, no
mercado consumidor, e no meio ambiente (SILVA e MENDONÇA, 2012).

Os trabalhos de betonagem de elementos de betão são das actividades que mais


expõem os trabalhadores ao risco de queda em altura e esmagamento originando
um número significativo de acidentes de trabalho, muitas vezes com
consequências graves ou mortais.

Para verificar as condições de segurança nos trabalhos de betonagens de


elementos estruturais de betão armado em estaleiros de construção, foi efectuado
um trabalho de investigação onde é avaliada a selecção e utilização dos
equipamentos de protecção colectiva e individual.

Na construção civil, podemos observar a “industrialização” desse sector através


do uso de elementos pré-moldados. O pré-moldado na obra civil possibilitou uma
maior rapidez no processo construtivo, além de um enorme salto de qualidade
nos canteiros de obras, pois através de componentes industrializados com
controlo ao longo de sua produção, materiais de boa qualidade, fornecedores
seleccionados e mão-de-obra treinada e qualificada, as obras tornaram-se mais
organizadas.

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Objectivos

Objectivos Gerais

Permitir que os técnicos de HST e os RECSO tenham matéria que lhes permita
fundamentar o planeamento da segurança que têm de desenvolver para as
operações de montagem e desmontagem das cofragens, a consagrar em sede de
PSS.

Objectivos Específicos

Fornecer aos projectistas fundamentações complementares do ponto de vista da


Segurança Ocupacional subjacente a ciclos eficazes na implementação dos
projectos de cofragem;

Melhorar as condições de segurança existentes nesta área específica das


cofragens, durante os seus processos de montagem e desmontagem.

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Capitulo I

Betonagem, Colocação e Compactação

A realizar apenas após concluídas todas as tarefas de inspecção e desde que as


condições climatéricas o permitam (se necessário a zona a betonar deverá ser
protegida contra a radiação solar, vento forte, congelação, água, chuva e neve.

O betão deve ser colocado e compactado de modo a assegurar que todas as


armaduras e elementos a integrar no betão ficam adequadamente embebidas de
acordo com as tolerâncias do recobrimento e que se obtém a resistência e
durabilidade pretendidas, os seguintes aspectos deverão ser considerados:

 Minimizar a segregação;

 Descarregar o betão na vertical, a baixa altura;

 Começar a betonagem pelas zonas mais baixas quando existe inclinação


significativa da cofragem;

 Utilizar anteparas ou tubagens para colocar o betão;

 Vibração/compactação pode ser: Manual com vibrador ( 50m de


diâmetro), régua vibrante ou vibração da cofragem (para peças de pequena
espessura) ou com mesas vibrantes (pré-fabricação);

 Após a vibração não devem continuar a aparecer bolhas de ar à superfície;

 Por cada camada não superior a 50 cm de espessura aplicar a vibração;

 Em secções muito espessas a recompactação da camada superficial é


recomendada.

Entende-se por betonagem a colocação de betão fresco em zonas limitadas,


normalmente pela cofragem, bem como, as actividades complementares
destinadas à boa execução da operação.

Os principais riscos e medidas de prevenção para a betonagem de um elemento


estrutural de um edifício são semelhantes aos que ocorrem durante os trabalhos
de cofragem, sendo resultantes da exposição à queda em altura e à movimentação
de cargas suspensas. Por consequência, as opções arquitectónicas que acabam
por condicionar os trabalhos de cofragem vão também originar situações
similares na betonagem.

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Os requisitos a nível estético, designadamente, geometria complexa ou
estereotomia, originam tempos elevados de betonagem, fruto dos cuidados
necessários para serem obtidas as exigências estabelecidas pelo projectista,
aumentando a exposição dos trabalhadores aos riscos resultantes da actividade.

A realização de betonagem em elementos com grande desenvolvimento vertical e


sem possibilidade de juntas de dilatação aumenta os riscos de rotura da cofragem,
devido ao aumento dos impulsos do betão sobre o cimbre e à dificuldade em
realizar a vibração do betão para evitar o aparecimento de vazios.

A segurança dos trabalhadores nas actividades de betonagem está dependente da


adequada selecção e utilização de diversos equipamentos, designadamente: a
cofragem, os equipamentos para transporte, elevação e aplicação de betão, e os
equipamentos de protecção colectiva e individual.

Cura

O betão nas idades jovens deve ser objecto de cura e protecção:

 Para minimizar a retracção plástica;

 Para assegurar uma resistência superficial adequada;

 Para assegurar uma durabilidade adequada na zona superficial;

 Para assegurar resistência à congelação;

 Para o proteger contra vibrações prejudiciais, impacto ou danos.

Os princípios gerais de prevenção visam criar linhas orientadoras de actuação dos


diversos intervenientes que salvaguardem a segurança, higiene e saúde dos
trabalhadores ou utilizadores.

Os princípios gerais foram introduzidos pela Directiva 89/391/CEE, de 12 de


Junho. Estes princípios têm sido transpostos, desde o início da década de 90 até
ao presente nos diversos diplomas de âmbito geral das actividades de prevenção
de higiene e segurança no trabalho.

O Decreto-Lei nº 273/2003, de 29 de Outubro, que transpõe para o Direito


Nacional a Directiva nº 92/57/CEE, do Conselho, de 24 de Junho, relativa às
prescrições mínimas de segurança e saúde no trabalho a aplicar em estaleiros
temporários ou móveis, refere que os princípios gerais de prevenção de riscos
profissionais consagrados no regime aplicável em matéria de segurança, higiene
e saúde no trabalho devem ser tidos em conta pelo autor ou equipa de projecto.

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Salienta-se que a integração dos princípios gerais de prevenção deve ser
considerada, designadamente, nos seguintes domínios: opções arquitectónicas;
escolhas técnicas desenvolvidas no projecto, incluindo as metodologias relativas
aos processos e métodos construtivos; definições relativas aos processos de
execução do projecto, condições de implantação da edificação e
condicionalismos envolventes da execução dos trabalhos; soluções organizativas
que se destinam a planificarem os trabalhos; e, riscos especiais para a segurança
e saúde.

Segundo a lei vigente para a construção no território nacional, a ênfase para a


integração dos princípios gerais é dada aos projectistas, sendo sua
responsabilidade a realização de soluções que tenham sempre presentes a
prevenção dos riscos laborais na fase de execução, assim como, aquando da
utilização, manutenção e conservação da edificação.

Esta responsabilidade dos projectistas em matéria de segurança e saúde no


trabalho, decorrente da integração referida, deveria originar uma profunda
reflexão e criteriosa selecção aquando da selecção das opções arquitectónicas e
técnicas tendo em conta os riscos a que os trabalhadores seriam submetidos
durante a materialização do projecto.

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Medidas de Prevenção para a Betonagem

 Deve ser elaborado um plano de betonagem, definindo os modos


operatórios, equipamentos e meios humanos necessários;

 Nas betonagens efectuadas no período nocturno, deve ser garantida


iluminação adequada (mínimo de 100 lux) e colocada de forma a não
provocar encandeamento, com instalação eléctrica protegida por
disjuntor diferencial de 30 mA;

 Devem ser construídos acessos a todos os locais de betonagem que


permitam a mobilidade necessária, para que a deslocação do
trabalhador seja feita em segurança e que permita a rápida evacuação
do local em situação de emergência;

 Antes do inicio dos trabalhos, o responsável deve verificar o bom


estado de conservação dos equipamentos de protecção colectiva e das
plataformas de trabalho;

 O comportamento da cofragem e do cimbre deve ser constantemente


vigiado, suspendendo a betonagem sempre que seja detectada qualquer
anomalia. O trabalho só deve ser retomado depois de ser reposta a
normalidade da estabilidade e segurança dos elementos que
provocaram a anomalia;

 O descofrante deve ser aplicado de costas voltadas para o vento. O


pulverizador de dorso só deve ser reabastecido quando pousado no
chão;

 Deve ser rigorosamente proibida a aplicação de descofrante em tronco


nu. Em caso de contaminação acidental de qualquer parte do corpo,
deve lavar abundantemente a parte atingida com água e sabão;

 Os vibradores de betão, demais equipamentos eléctricos devem ser


abastecidos por quadro eléctrico com protecção diferencial de 30mA;

 Todos os cabos condutores eléctricos e extensões devem ser mantidos


em bom estado e os caminhos de cabos devem ser maioritariamente por
tectos, zonas altas e sinalizadas, quando existir necessidade de serem
enterrados devem estar devidamente sinalizados e colocados a uma
profundidade suficiente para não serem traçados;

 Deve ser rigorosamente proibido o acesso à zona de escoramento


enquanto decorrem os trabalhos de betonagem;
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 Deve ser executada uma bacia de lavagem para as betoneiras e baldes
de betonagem. No final da obra, a bacia deve ser limpa e os resíduos
encaminhados para aterro adequado;

 As manobras com balde devem ser dirigidas pelo encarregado,


arvorado ou pessoa com experiência;

 A tubagem da bomba deve ser amarrada para evitar movimentos


indesejados;

 A bomba só deve ser operada por trabalhadores experientes;

 Deve ser rigorosamente proibido a escalada nas cofragens dos muros


de suporte;

 Quando se betonam muros de suporte, a betonagem deve ser feita por


camadas ao longo do comprimento total do muro, evitando
sobrecargas pontuais;

 Deve ser rigorosamente proibido trepar pela cofragem dos pilares e


permanecer no topo dela a fim de executar a betonagem do mesmo;

 O betão deve ser despejado com suavidade, evitando as descargas


brutas e repentinas.

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Medidas de Prevenção para a Armadura

 Os varões devem ser armazenados em locais acessíveis á grua ou ao


multifunções. O armazenamento deve ser organizado por baias
indicadoras dos diâmetros dos varões. Os molhos de varão devem ser
colocados em cima de barrotes de madeira;

 Os desperdícios devem ser acondicionados em local apropriado para o


efeito;

 A oficina deve estar próxima do local de armazenagem, para que os


varões possam ser retirados das baias directamente para a tesoura
mecânica. As pilhas de armazenagem não devem ter altura superior a
90cm;

 A zona de corte e moldagem deve estar dimensionada para que não


exista interferência entre os operadores das máquinas;

 O trabalho deve ser organizado de forma a evitar interferências entre as


tarefas complementares, descarga, armazenagem, corte, moldagem,
armação e movimentação de elementos pré-fabricados para a aplicação
em obra e a aglomeração de pessoal em determinadas áreas;

 A bancada deve ter dimensões suficientes para os elementos a moldar e


armar e altura adequada de forma a evitar posturas inadequadas dos
trabalhadores;

 Os postos de trabalho fixos devem ter uma cobertura tipo telheiro,


montada de forma a não interferir com as movimentações mecânicas
do varão e dos elementos armados, garantido condições de iluminação
e ventilação naturais;

 Deve ser proibido o trabalho junto ao bordo das lajes antes da


instalação das redes de segurança ou guarda-corpos;

 A descarga dos molhos de varão deve ser feita pela suspensão dos
mesmos por dois pontos equidistantes e com resistência adequada,
normalmente através de um pórtico indeformável suspenso no gancho;

 Deve ser rigorosamente proibida a suspensão ou movimentação de


molhos de ferro por um único ponto de suspensão;

 Deve ser rigorosamente proibido efectuar a elevação dos molhos pelos


atilhos que envolvem os atados. A movimentação mecânica deve ser
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executada com estropos adequados e em bom estado,
preferencialmente, com correntes em vez de cabos de aço ou cintas;

 Deve ser rigorosamente proibida a permanência de trabalhadores por


debaixo de cargas suspensas;

 A recolha dos desperdícios deve ser feita de forma a não prejudicar


outras tarefas;

 Os elementos armados devem ser transportados por lingas fixadas em


pontos cujos afastamentos sejam suficientes para evitar deformações
ou deslocamentos indesejáveis;

 Deve ser rigorosamente proibido caminhar por cofragem de traves,


vigas, abobadas e outras superfícies curvas quando não estejam
resguardadas lateralmente;

 Devem ser instaladas pranchas com uma tábua de largura não inferior
a 30cm para a circulação em cima da armadura das lajes;

 As manobras para a colocação dos elementos armados devem ser


efectuadas por equipas de 3 trabalhadores. Dois guiam a peça através
de cordas, e o terceiro dá indicações ao operador da grua ou dos
multifunções;

 As pontas de ferro em espera, devem ser cortadas e dobradas ou


devidamente protegidas.

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Conclusão

Muitos riscos, ou a sua magnitude, resultam de soluções arquitectónicas que


não têm em conta medidas de prevenção para a realização dos trabalhos de
cofragem e betonagem de elementos de betão armado.

Não querendo pôr em causa a valia estética e a funcionalidade das edificações


a conceber, os projectistas devem equacionar as suas opções e a efectiva
integração dos princípios gerais de prevenção.

Este interveniente deve ter presente que para a materialização do projectado é


necessário a criação de condições de segurança com o mínimo de riscos,
permitindo a inclusão de equipamentos de protecção.

Com o objectivo de impedir algumas das situações com que os trabalhadores


se deparam em estaleiro, e que resultam de opções tomadas na fase de
concepção, foram propostas algumas medidas que visam a redução ou
eliminação riscos.

O papel da coordenação de segurança em projecto, e a sua responsabilidade


neste âmbito, é igualmente decisivo para a efectiva implementação de
medidas de prevenção em projecto, no sentido de salvaguardar a segurança
dos trabalhadores responsáveis pela execução dos trabalhos.

11
Anexo

Derrube no transporte das armaduras

12
Armado para Pavimentos com Esgotamento.

13
Betonagem de um Pavimento

Camiões Betoneiras e Girafas (bombas) para o ensoleiramento das Fundações

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Referencia Bibliográfica

Disponível em: URL: http://www.igt.idict.gov.pt/

Behm, Michael. Linking construction fatalities to the design for construction


safety concept. Safety Science, 43, 2005

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Portugal. Decreto-Lei n. 273.03 de 29 de Outubro de 2003. Higiene segurança e


saúde no trabalho em estaleiros temporários ou moveis. Diário da República,
Lisboa.

Portugal. Decreto-Lei n. 41821.58 de 11 de Agosto de 1958. Aprova o


Regulamento de Segurança no Trabalho da Construção Civil. Diário da
República, Lisboa.

Portugal. Decreto-Lei n.º 50.05 de 25 de Fevereiro de 2005. Prescrições mínimas


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Portugal. Decreto-Lei n. 320.01 de 12 de Dezembro de 2003. Estabelece as


regras a que deve obedecer a colocação no mercado e a entrada em serviço das
máquinas e dos componentes de segurança colocados no mercado isoladamente.
Diário da República, Lisboa.

Flambó, Aníbal. Segurança em andaimes, Tese: Mestrado Engenharia Civil -


Especialização em Construção, Instituto Superior Técnico, Lisboa, Universidade
Técnica de Lisboa, 2002.

Organisme Professionnel de Prévention du Bâtiment et des Travaux Publics.


Fiches de Sécurité. O.P.P.B.T.P., Boulogne (France), 1996.

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