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QSJ – Maurício Bunazar – 01/02

Dano moral do nascituro

É admitido pelo STJ;

O dano moral somente passou a ser aceito de maneira pacífica com a Constituição de
1988.

1ª Fase do Dano Moral:

Só se entendia como dano o dano patrimonial. Se não houvesse diminuição do patrimônio,


não haveria que se falar em dano. Se neste caso a pessoa era indenizada, falava-se que havia
enriquecimento sem causa.

Em uma primeira fase, diferenciou-se o dano patrimonial do dano moral nos seguintes
termos: o dano patrimonial é o que gera diminuição do patrimônio, enquanto que o dano moral
é aquele que causa dor ou sofrimento (“pretium doloris”).

No entanto, algumas situações revelavam que não havia qualquer dor ou sofrimento, mas
que havia necessidade de uma reparação. Por exemplo, no caso de dano moral à pessoa jurídica,
dano moral sofrido por deficiente intelectual incapaz de compreender a violação e dano moral
sofrido pelo nascituro.

Atualmente

Nos dias atuais, entende-se que o dano moral é consequência da violação de direitos da
personalidade.

O dano moral, ainda que considerado uma consequência da violação da dignidade


humana, sujeita-se a prazo prescricional no que tange ao exercício da pretensão indenizatória.

O Código Civil estabelece casos que impedem ou suspendem a prescrição.

Não corre prescrição contra absolutamente incapazes (somente os menores de 16 anos).

O simples fato de decorrido longo lapso temporal não implica na perda do direito
indenizatório, exceto se ocorrer a prescrição. Não há que se falar, portanto, em “supressio” do
direito de exigir indenização (perda de posição jurídica ativa – vantagem – pelo fato do seu não
exercício durante considerável lapso temporal fazer nascer na outra parte a justa expectativa de
que não mais seria exercida). É a posição do STJ.

A demora, todavia, poderá influenciar na quantificação do dano, isto é, no “quantum


debeatur”, mas não na existência do dano (à existência do dano se dá o nome de “an debeatur”).

A posição atual do STJ é no sentido de equiparar a indenização do nascituro pela morte


do pai à indenização devida aos filhos já nascidos. Isso ainda não é pacífico.

A questão fundamental é a da premissa de que deve partir o julgador. Se a premissa for a


de que o dano moral é aquele que causa dor e sofrimento, o nascituro não deverá ser indenizado
ou, pelo menos, deverá receber menos do que o filho já nascido. No entanto, se a premissa for
a de que o dano moral é consequência da violação de direito da personalidade, a distinção de
valores perde o sentido.

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