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PARTES, REPRESENTAÇÃO E TERCEIROS NO PROCESSO DO TRABALHO

DAS PARTES

NOÇÕES GERAIS

1. A relação processual (processo trabalhista) é formada por três sujeitos


(pessoas), órgão jurisdicional (estado-juiz), autor e réu, daí a conhecida
expressão Judicium est actus trium personarum.

2- Apesar do juiz ser sujeito do processo só as duas últimas pessoas indicadas


(autor e réu) são chamadas de partes do processo.

3- As partes são titulares das relações jurídicas ativas ou passivas que integram a
relação processual.

4- O status de parte pode surgir: 1. pela demanda (autor da ação); 2. pela citação
(réu); 3. pela intervenção voluntária ou compulsória – em processo de
terceiros; 4. pela sucessão – espontânea ou coacta.

5- Em regra a parte é titular do direito material deduzido em juízo – 18 do CPC.


Todavia, há casos previstos na lei em que a legitimidade é atribuída a outrem
postular em nome próprio direito alheio – Art. 8º, III, da CF.

CONCEITO DE PARTES

É pessoa que deduz em juízo pretensões de direito material, próprias ou de terceiros,


ou puramente processuais, e também em face da qual essas pretensões são
formuladas. (Manoel Antônio Teixeira Filho – Curso de Direito Processual do Trabalho,
LTr 2009).

No direito processual do trabalho, apesar da necessidade de revisão da terminologia,


nos dissídios individuais o autor recebe o nome de reclamante e o réu de
reclamado. Nos dissídios coletivos, o autor de suscitante e o réu de suscitado. No
caso inquérito judicial para apuração da falta grave de empregado estável (dirigente
sindical – art. 853 CLT) a nomenclatura é requerente (autor – empregador) e
requerido (réu-empregado).

Na fase recursal a nomenclatura é semelhante recorrente e recorrido, agravante e


agravado, embargante e embargado.

Previsão Legal

Na CLT – Título X – Do Processo Judiciário do Trabalho; Capítulo II – Do Processo em


Geral; Seção IV – Das partes e dos procuradores – Art. 791 a 793.
Aplicação Subsidiária do CPC (Art. 769 CLT c/c Art. 15 NCPC) – Livro III DOS
SUJEITOS DO PROCESSO; Título I – DAS PARTES E DOS PROCURADORES, Capítulo I –
DA CAPACIDADE PROCESSUAL - Art. 70 a 76; Capítulo – II DOS DEVERES DAS
PARTES E DE SEUS PROCURADORES; Seção I Dos deveres - Art. 77 a 78; Seção II –
Da Responsabilidade das Partes por Dano Processual.

CAPACIDADE

Com o nascimento da pessoa natural (física) surge a personalidade, oportunidade


em que a pessoa passa a ser titular de direitos e obrigações. Todavia, nem
sempre as pessoas estão aptas para exercerem seus direitos e obrigações,
diretamente, tendo em vista a falta de um elemento da personalidade, a capacidade,
especificamente a de exercício, visto que a capacidade de gozo todos os indivíduos
a possuem.

Art. 1º do CC – Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil

CAPACIDADE DE SER PARTE – Todos que se encontram no pleno gozo de seus direitos
– Art. 5º do CC, inclusive as pessoas previstas nos Art. 3º e 4º I a IV, do CC – o
absolutamente e os relativamente incapazes têm capacidade para serem partes –
legitimidade ad causam.

Podem demandar ou serem demandados, pois possuem capacidade de gozo.

CAPACIDADE PROCESSUAL

Trata-se da aptidão para a prática dos atos processuais, independentemente de


assistência ou representação – legitimidade ad processum – Art. 70 do CPC.

Os menores de 16 anos; os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; os ébrios


habituais e os viciados em tóxico; aqueles que, por causa transitória ou permanente,
não puderem exprimir sua vontade; e os pródigos; têm capacidade para serem partes
– legitimidade ad causam, mas não possuem capacidade para estarem em juízo
legitimidade ad processum. Faltam-lhes a legitimidade para o processo – capacidade
processual.

No processo do trabalho a legitimidade processual é adquirida aos dezoito anos - Art.


792 CLT.

DA REPRESENTAÇÃO

A falta de capacidade processual impõe a necessidade da representação ou


assistência do incapaz – Art. 71 do CPC.

Trabalhador menor de dezoito anos – representação legal – Art. 793 CLT


Representantes legais, e na falta Procuradoria da Justiça do Trabalho, Sindicato, MP
Estadual, curador nomeado.
Verificada a incapacidade das partes ou irregularidade de representação aplicação do
Art. 76 do NCPC – Suspensão do processo para regularização.

A falta de regularização:

Autor – extinção do processo;

Réu – será considerado revel;

Terceiros revel ou extinção do feito.

Representação legal.

Do Empregador - § 1º, do Art. 843, da CLT, fazer-se substituir pelo gerente ou


qualquer outro preposto que tenha conhecimento dos fatos.

Súmula 377 TST – necessidade de o preposto ser empregado.

Do empregado - § 2º, do Art. 843 CLT – por doença ou motivo poderoso o empregado
não puder comparecer à audiência poderá fazer-se representar por outro empregado
da mesma profissão ou por seu sindicato.

Representação legal – Art. 75 NCPC

União – AGU; Estado e DF – procuradores; município – prefeito ou procurador;


autarquia e fundação – lei designa; massa falida – administrador judicial; herança
jacente ou vacante – curador; espólio – inventariante; pessoa jurídica – atos
constitutivos designarem ou diretores; sociedade irregular – administrador bens;
pessoa jurídica estrangeira – gerente ou representante; condomínio – sindico

SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL NA JUSTIÇA TRABALHO

Por determinação legal é possível que o titular do direito material em discussão seja
substituído por terceiro, legitimação extraordinária - Legitimatio ad causam.

Sindicato – Art. 8º, III, da CF;

Sindicato – § 2º, Art. 195, da CLT (insalubridade ou periculosidade); § 1º, do Art. 791,
da CLT (propor dissídios individuais); Art. 839, “a” da CLT (apresentar reclamação
trabalhista); Parágrafo único, do Art. 872 (Ação de cumprimento).

SUCESSÃO PROCESSUAL

Art. 108 NCPC – estabilidade subjetiva da lide.

Morte das partes – sucessão pelo espólio e/ou herdeiros – Art. 110 NCPC. Habilitação ?

Regras suspensão do processo 313, §§ 1º e 2º c/c 687 NCPC

CAPACIDADE POSTULATÓRIA NA JUSTIÇA TRABALHO


Os Art. 791 e 839 da CLT – Os empregados e os empregadores poderão reclamar
pessoalmente na Justiça do Trabalho.

O jus postulandi garantido ao advogado Art. 133 CF.

Art. 1º, I, da Lei 8.906/94 – atividade privada do advogado – postular em juízo


(vedado pela Adin 1.127-8).

Limites jus postulandi - Súmula 425 TST.

Honorários Advocatícios na Justiça do Trabalho – STST 329 e 219.

Lei nº 5.584/1970 – Art. 14 a 20.

Representação do advogado se dá por meio de instrumento de mandato – procuração


(Art. 104 do CPC). Admite-se a procuração apud acta. § 3º, do Art. 791 CLT.

Instrução Normativa nº 27/2005 do TST – Art. 5º Exceto nas lides decorrentes de


relação de emprego, os honorários advocatícios são devidos pela mera sucumbência.

ATOS, TERMOS, PRAZOS E NULIDADES PROCESSUAIS

1. NOÇÕES GERAIS DOS ATOS PROCESSUAIS

1.1 Conceito: Ato processual é a manifestação de vontade que emana das pessoas
vinculadas à relação jurídica processual (NASCIMENTO 2009).

Atos processuais são as ações concretizadas pelos participantes do processo (partes


processuais), as quais visam constituir, modificar ou extinguir a relação processual.

Não se confunde ato com termo processual, este materializa aquele.

Termo é a redução escrita do ato.

É a reprodução gráfica do ato processual.

Os atos processuais são indeléveis - feitos para não serem apagados – devem ser
duráveis.

1.2 Posição Legal

Na CLT, Seção I - Dos Atos, Termos e Prazos Processuais. Do Capítulo II – Do


Processo em Geral, do Título X – Do Processo Judiciário do Trabalho - Art. 770 a 782.

No CPC, de aplicação subsidiária (Art. 769 CLT), a matéria encontra-se nos Arts. 188 a
275 CPC.

A Lei nº 11.419/2006, dispõe sobre a informatização do processo judicial eletrônico.

Para sua implantação no âmbito da Justiça do Trabalho, o Conselho Superior da Justiça


do Trabalho (CSJT), expediu a Resolução nº 94/2012, republicada em cumprimento
ao Art. 6º, da Resolução CSTJ nº 128/2013, a qual instituiu o Sistema Processo
Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho – PJe-JT.

Nos TRTs foram editadas Portarias para regulamentar PJe-JT.

2 Sujeitos que realizam os atos processuais (classificação):

2.1 Atos das partes - Art. 200 CPC. Consistem em declarações unilaterais ou
bilaterais de vontade que produzem imediatamente a constituição, modificação ou
extinção de direitos processuais (petição inicial, defesa, depoimento pessoal,
alegações, recursos).

2.2 Atos do juiz - Art. 203 CPC. Consistem em sentenças, decisões interlocutórias e
despachos. Há outros atos como: presidir audiências, fiscalizar os atos da Secretaria,
atender ao público e advogados.

2.3 Atos de terceiros – Servidores e auxiliares. Diretores de secretarias, oficiais de


justiça avaliadores, peritos, intérpretes (Art. 206 CPC).

Atos processuais – JT - Art. 770 e seguintes - formação dos autos processuais. Oficial
de Justiça 883 CLT – realização de penhora.

3. DAS CARACTERÍSTICAS DOS ATOS PROCESSUAIS.

Os dispositivos consolidados (Art. 770, 771 c/c Art. 772 CLT), em síntese
preconizam que os atos e termos processuais serão públicos, realizados em dias
úteis das 6h às 20h, poderão ser escritos ou realizados da forma indeterminada se a
lei não dispuser o contrário e deverão ser assinados.

Daí afirmam que os atos processuais devem atender a princípios/características:

a) PUBLICIDADE

O disposto nos Art. 5º, LX, c/c 93, IX, da CF, Art. 770 da CLT e Art. 189 do CPC – Os
atos processuais serão públicos.

Leciona (SANTOS 2007), que a publicidade dos atos está ligada à garantia da ordem
pública, pois que tem por finalidade permitir o controle da coletividade sobre os
serviços do Poder Judiciário.

Daí as sentenças serem publicadas e divulgadas em revistas, periódicos e serem as


audiências públicas.

A publicidade não é absoluta.

Há casos que devido ao interesse público ou social e à violação da intimidade


não se permite a plena publicidade - Art. 770 CLT e Art. 189 CPC.

b) Limites Temporais
Conforme Art. 770 CLT e Art. 212 CPC, os atos processuais realizar-se-ão nos dias
úteis das 6h às 20h.

Poderão extrapolar tais limites se iniciado antes do horário e o adiamento prejudicar a


diligência ou causar grave dano - § 1º, Art. 212 CPC.

A penhora, a citação e a intimação são atos que poderão ser realizados acima dos
limites legais - Parágrafo único Art. 770 CLT c/c § 2º Art. 212 CPC – Art. 5º, XI CF.

Com a informatização do processo judicial, Lei nº 11.419/2006, os atos processuais


consideram-se realizados por meio eletrônico no dia e hora do envio. Admite-se a
transmissão até às 24h do dia do vencimento - parágrafo único, Art. 3º da referida lei
e CPC Art. 213.

Dias úteis são aqueles em que há funcionamento forense.

São feriados os dias declarados em lei, os domingos, os sábados e os dias em que não
há expediente forense. Logo, os atos processuais poderão ser realizados de segunda a
sexta-feira – Art. 216 CPC.

Atenção, para efeito de contagem de prazo sábado não é computado (STST 1 e 262, I)

c) Da Forma.

Os atos processuais deverão ser firmados na forma da lei.

Art. 771 CLT dispõe que os atos e termos processuais poderão ser escrito a tinta,
datilografado, ou a carimbo.

O Art. 188 CPC c/c 277 CPC dispõe que os atos processuais não dependem de forma
determinada senão quando a lei exigir (princípio da instrumentalidade ou finalidade
dos atos). Realizado o ato, tendo atingido o fim, ele é válido se a lei não cominar a
nulidade.

Ainda, quanto à forma, os atos processuais poderão ser realizados e admitidos por
meios eletrônicos:

- Lei nº 9.800 de 26.05.1999 (Transmissão Fac-símile) – Súmula 387 TST.

- Resolução nº 132/2005 TST e Instrução Normativa nº 28/2005 Sistema e-DOC no


âmbito da Justiça do Trabalho (Sistema Integrado de Protocolização e Fluxo de
Documentos Eletrônicos).

- Lei nº 11.419 de 19.12.2006 – informatização do processo judicial.

- Instrução Normativa 30/2007 do TST regulamenta a Lei 11.419/2006 no âmbito da


Justiça do Trabalho.

- Resolução nº 94/2012 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) que


institui o Sistema Processo Judicial Eletrônico – PJe-JT.
- Art. 193 a 199 do CPC.

d) Documentação e Certificação.

Conforme o Art. 772 c/c Art. 777 da CLT os atos processuais devem ser documentados
e assinados.

A documentação é indispensável para que os atos processuais praticados se


perpetuem no tempo.

Já a certificação dos atos processuais traduz a assinatura da parte processual que o


elabora.

Também é necessário o uso do vernáculo, na elaboração dos atos processuais - Art.


192 CPC.

e) Preclusão

É instituto que preconiza a perda do direito da parte praticar uma faculdade


processual, seja pelo seu não exercício no prazo legal (temporal); seja por já ter
exercido o ato (consumativa); ou por realizar ato incompatível com o ato que já se
praticou (lógica).

4) Da comunicação dos atos processuais.

A comunicação dos atos processuais é levada a efeito por ordem judicial (CPC, Art.
236), por meio de dois institutos processuais: a CITAÇÃO e a INTIMAÇÃO.

A citação é ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o terceiro interessado
para integrar a relação processual - Art. 238 CPC.

A intimação é ato pelo qual se à ciência a alguém dos atos e termos do processo - Art.
269 CPC.

Comunicação por carta para prática de atos fora dos limites territoriais do local dos
tribunais e dos juízos – Art. 236 e 237 CPC.

No processo do trabalho se utiliza o termo NOTIFICAÇÃO, que é gênero e compreende


citação (notificação inicial) e a notificação (intimação). O Art. 841 CLT – Compete ao
Diretor de Secretaria notificar o reclamado (notificação inicial não se da por ordem
judicial).

Ainda, o § 1º do Art. 841, da CLT dispõe que a notificação será feita por registro
postal (correios). Na impossibilidade (reclamado criar embaraços ou não for
encontrado) a notificação se fará por edital.

Vale ressaltar que entre o recebimento da inicial (contrafé) pelo reclamado deverá
decorrer um prazo mínimo de cinco dias antes da audiência.

Para Fazenda Pública, a regra do Art. 1º , II, do Decreto 779/69, o prazo para defesa
é contado em quádruplo, logo da data do recebimento da notificação a realização da
audiência deverá existir prazo mínimo de 20 dias. (Art. 183 do CPC – demais
manifestações).

Segundo entendimento da Súmula 16 do TST, há presunção de recebimento da


notificação, 48h depois de sua postagem.

Súmula 427 do TST – indicação de intimação em nome de advogado, nulidade se


publicação se der em nome de outrem.

- Controvérsia – A notificação ao reclamado deve ser pessoal ou a considera válida


pela entrega a qualquer empregado da empresa.

- A notificação postal prevista na CLT não é pessoal.

- Aplica-se a regra do § 2º Art. 248 CPC.

- Condomínios edilícios ou loteamentos - § 4º, Art. 248 NCPC.

- Fazenda Pública - § 1º, Art. 183 CPC – LC 73/1993, art. 38 – intimação pessoal.

- Também, no processo judicial eletrônico (virtual – PJe-JT) tem-se que a comunicação


dos atos processuais (citações, intimações e notificações), inclusive em relação à
Fazenda Pública serão feitas por meio eletrônico (Art. 9º , da Lei nº 11.419/2006 c/c
Art. 18 da Resolução 94/2012 do CSJT.

5 . DOS PRAZOS PROCESSUAIS

5.1 Conceito: prazo é o tempo imposto para prática do ato processual. A sua fixação
é necessária para desenvolvimento regular do processo.

5.2 Formas dos prazos processuais.

a) Quanto à origem:

Legais (48h p/ juntada de ata de audiência – art. 851, § 2º CLT), Judiciais ou


Convencionais.

b) Quanto à natureza: Peremptórios (são fatais não podem ser modificados (Art. §
1º, Art. 222 NCPC) ou Dilatórios (podem ser alterados, são prorrogáveis – Art. 190
NCPC – Art. 775 CLT).

c) Quanto aos destinatários: Próprios (destinados aos réus e autores) ou Impróprios


(destinados aos juízes, serventuários ou auxiliares – Não opera a preclusão – Arts. 227
e 228 CPC).

5.3 Contagem dos prazos processuais

As regras de contagem dos prazos processuais no processo trabalhista estão


delineadas nos artigos 774 a 776 da CLT.

a) Os prazos são contínuos e irreleváveis, podendo ser alterados pelo juiz ou tribunal
ou em caso de força maior;
b) Exclui-se o dia do começo e inclui o do vencimento Art. 775;

c) Contam-se os prazos, a partir da data em que for feita pessoalmente ou recebida


pelo correio a notificação ou daquela data em que for publicado o expediente ou o
edital da Justiça do Trabalho - Art. 744; (marco inicial do prazo = data do
conhecimento)

Como as notificações da Justiça do trabalho são expedidas pelo correio, presumem-se


recebidas 48 horas após sua regular expedição (não recebimento ou recebimento após
o prazo, é ônus da prova do destinatário) – Súmula 16 do TST;

d) Quando a intimação é realizada na sexta-feira, o prazo é contado a partir do


primeiro dia útil seguinte. Art. 775, CLT e Súmulas do TST 1 e 262 (sábados – regra
diferente).

e) Prazos vencidos em sábados, domingos e feriados terminam no primeiro dia útil


seguinte – Art. 775, parágrafo único.

f) O vencimento é certificado nos autos – Art. 776 CLT.

g) Os prazos poderão ser suspensos ou interrompidos Art. 775 CLT.

A superveniência de recesso forense ou férias coletivas dos Ministros do TST = Súmula


262, II, do TST.

Suspende o prazo – Art. 220 CPC (20 de dezembro a 20 de janeiro); Art. 221
(obstáculo criado em detrimento da parte); Art. 313 CPC (morte das partes, convenção
das partes, força maior).

Prorrogação – Art. 222 CPC – Dificuldade de transporte ou calamidade pública.

h) Feriado local. Compete à parte demonstrar – Súmula 385 TST;

i) Prazo legal p/ manifestação sem disposição 05 dias – art. 218, § 3º, CPC. Fazenda
Pública – prazo em quádruplo p/ contestar e dobro para recorrer e demais atos
processuais – Decreto-lei 779/69 c/c Art. 183 do CPC;

j) Art. 229 do CPC (prazo em dobro contestar e recorrer para os litisconsortes que
tiverem procuradores diferentes) – OJ 310 da SBDI-1 do TST;

K) Prazo Processo eletrônico – Art. 3º a 5º da Lei nº 11.419/06 e Resolução 94/2012


CSJT (Art. 18 a 20).

1 – NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito processual do trabalho. 25ª ed.


São Paulo: Saraiva, 2009.

2 – SANTOS, Moacir Amaral dos. Primeiras linhas de direito processual civil. 25ª Ed.
São Paulo: Saraiva, 2007.
Nulidades processuais

1. NOÇÕES GERAIS

1.1 Nulidade: instituto que representa a privação dos efeitos jurídicos dos atos
processuais. As ações concretizadas pelas partes processuais e terceiros, as quais
visam constituir, modificar ou extinguir a relação processual podem estar em
desacordo com a lei.

1.2 Planos dos atos jurídicos (Pontes de Miranda – escada ponteana).

Plano da existência – verificar se o ato existe no mundo jurídico.

Ex. Sentença prolatada por pessoa não investida na jurisdição. Ato praticado por
advogado sem poderes.

Plano da Validade – verificar se o ato é válido (teoria da invalidade).

Plano da Eficácia – estudo da produção dos efeitos dos atos jurídicos. O ato pode ser
válido, mas não gera efeitos.

1.3 Vícios ou defeitos dos atos processuais

A doutrina estuda os vícios dos atos processuais e adota a divisão:

a) Atos processuais inexistentes.

b) Invalidades (Nulidade absoluto e Nulidade relativa - anulabilidade).

b.1) Nulidade Absoluta – são invalidades decorrentes de violação de normas de


ordem públicas. Podem ser conhecidas de ofício.

b.2) Nulidade Relativa – os atos processuais são realizados violando normas de


interesse das partes. Devem ser arguida pelas partes em tempo oportuno sob pena de
convalidação do ato (art. 795 CLT e Art. 278 CPC, SSTJ 33).

b.3) Irregularidades – apresentam vícios sanáveis pelas partes e ex officio (Art. 833
CLT)

2 Nulidade dos atos processuais trabalhistas

2.1 Previsão Legal: Seção V, Cap. II, Título X, da CLT – Art. 794 a 798

Súmula 427 TST – Indica de intimação exclusiva ao advogado.

2.2 Princípios que regulam as nulidades processuais trabalhistas

a) Princípio da finalidade ou instrumentalidade das formas: o processo é


instrumento da jurisdição. Como tal é conjunto de atos coordenados que sucedem no
tempo, objetivando a entrega da prestação jurisdicional. É meio (instrumento) pelo
qual se alcança o fim (aplicação do direito material – sentença).
Se o ato processual é realizado e atinge a finalidade será considerado válido - Art. 277
CPC. Ex. Citação por edital quando deve ser feita via postal. O notificado comparece, o
ato citatório será válido.

b) Princípio da transcendência ou do prejuízo – a nulidade somente será


declarada se do ato processual resultar manifesto prejuízo às partes.

Art. 794 CLT c/c 282 CPC.

Ressalta-se que se fala em prejuízo processual e não meramente econômico ou moral.

c) Princípio da Convalidação ou da preclusão – As nulidades processuais serão


declaradas mediante provocação das partes que deverão fazer na primeira
oportunidade – Art. 795 CLT c/c 278 CPC.

Tal princípio se aplica às nulidades relativas.

d) Princípio da economia processual – informa a possibilidade de saneamento dos


atos processuais viciados – Art. 796 “a” CLT.

Suprir-se a falta ou renovar o ato.

e) Princípio do interesse – está ligado ao princípio geral de que a ninguém é lícito


alegar a própria torpeza.

Art. 796, “b”, da CLT - não se pronuncia a nulidade alegada por quem lhe tiver dado
causa.

f) Princípio da utilidade (da causalidade, da concatenação ou interdependência dos


atos processuais).

Art. 798 da CLT – a nulidade de ato processual declarada somente prejudicará atos
posteriores que dela dependam ou sejam consequência do ato.

A nulidade de um ato não atinge atos independentes (Art. 281 CPC) Ex. Sentença que
acolhe adicional de insalubridade sem realização de perícia. Anula-se a partir da não
concretização da prova pericial e somente os atos dependentes.

Defesa Trabalhista

1. NOÇÕES GERAIS

1.1 Conceito: Defesa É direito subjetivo, público, constitucional, no qual o réu, após
tomar conhecimento da ação que lhe promovem, tem a faculdade de contrariá-la,
resistir os fatos e direitos que lhe são imputados, por meio das formas legais previstas.

É a materialização do princípio do contraditório e da ampla defesa – Art. 5º, LV, da CF.

1.2 Formas Legais do Exercício da Defesa (meios)

c) Contestação ( Art. 847 CLT c/c 335 CPC).


b) Reconvenção (Art. 343 CP).

c) Exceção ( Art. 799 CLT – novo entendimento 337, II, CPC)

d) Outros meios previsto na legislação:

- Modalidades de intervenção de terceiros:

Denunciação da lide - Art. 125 CPC.

Chamamento ao processo – Art.130 CPC.

- Incidente de impugnação ao valor da causa - Art. 293 CPC.

- Incidente de falsidade – 430 CPC.

- Compensação, retenção e dedução – Art. 767 CLT – Súm. 48 e 18 TST.

Alegação Ilegitimidade de parte – indicação do sujeito passivo - Art. 339 CPC.

1.3 Momento e Forma de Apresentação da Defesa Trabalhista.

No processo trabalhista o momento da apresentação dos meios de defesa acontecem


após a frustração da tentativa de conciliação, na audiência, cujo prazo é de 20 minutos
para sua arguição, nos termos do Art. 847 da CLT.

No processo eletrônico (Art. 10 da Lei nº 11.419/2006 c/c Art. 22, da Resolução 94 de


23.03.2012 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT)

Art. 22. Os advogados devidamente credenciados deverão encaminhar eletronicamente


as contestações e documentos, com opção de sigilo, quando for o caso, até antes da
realização da audiência, sem prescindir de sua presença àquele ato processual.
(Redação dada pela Resolução CSJT nº 120, de 21 de fevereiro de 2013)

Parágrafo único. Fica facultada a apresentação de defesa oral, pelo tempo de até 20
minutos, conforme o disposto no art. 847 da CLT.

A defesa trabalhista tem como forma de apresentação a oral (Art. 847 CLT). Todavia a
praxe forense, a defesa tem sido apresentada de forma escrita.

1.4 Efeitos da Apresentação.

No processo trabalhista a não apresentação da defesa gera o instituto da revelia. A


revelia é a ausência de defesa do réu e importa a confissão quanto à matéria de fato
(Art. 844 da CLT).

A revelia traz efeitos como:

a) presunção relativa de veracidade dos fatos, juris tantum, visto que há previsão legal
vedando os efeitos a revelia (Art. 344 c/c 345 CPC);

b) julgamento antecipado do processo (Art. 355, II, do CPC);


c) Fluência dos prazos independente de intimação para o réu revel que não tenha
patrono nos autos (Art. 346 CPC).

Com a apresentação da defesa fica a parte autora impossibilitada de alterar o pedido


ou causa de pedir (Art. 329 CPC) e o réu de deduzir novas alegações (Art. 342 CPC).

1.5 Da Contestação.

É a peça de defesa na qual o reclamado (parte ré) se opõe às pretensões do


reclamante (parte autora), expondo toda matéria de fato e direito, especificando as
provas que pretende produzir (336, 337 c/c 341 CPC).

O momento da apresentação – na audiência após frustrada a tentativa de conciliação


(Art. 847 CLT).

Matérias a serem deduzidas – toda matéria de defesa – Art. 336 CPC:

a) Defesa de natureza processual – arguição de preliminares 337 CPC.

I - Inexistência ou nulidade de citação; II– incompetência absoluta ou relativa; III –


Incorreção valor da causa; IV - Inépcia da petição inicial; V– perempção (Art. 486, § 3º
CPC – Art. 732 CLT); VI– litispendência; VII– Coisa Julgada; VIII– Conexão; IX–
incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; X- Convenção
arbitragem; XI- ausência de ilegitimidade ou de interesse processual; XII – falta de
caução ou outra prestação que a lei exige com preliminares; e XIII- indevida concessão
do benefício de gratuidade de justiça.

b) Defesa de natureza meritória – Impugnação dos fatos, dos pedidos e o direitos


alegados pelo autor (Art. 336 c/c 341 do CPC).

Traduz princípios:

a) Da concentração – o réu deve alegar toda matéria de defesa.

a) Da eventualidade – consiste no ônus do réu aduzir toda matéria de defesa


(preliminares ataca o processo e mérito – impugna-se o pedido).

b) Da impugnação (contestação) específica – cabe ao réu manifestar-se precisamente


sobre os fatos narrados na inicial. Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados.

É dever do réu impugnar os fatos e direito com exatidão, de forma específica.

Admite-se a alegação de compensação (Art. 368 e seguintes CC) e a retenção como


matéria de defesa – Art. 767 da CLT e STST 18 e 48.

1.6 Exceções

Art. 799 a 802 da CLT.

Art. 337, II c/c 340 CPC .

a) Tipos de exceções:
- De incompetência relativa do foro (incompetência em razão do lugar – Art. 651 da
CLT - territorial e do valor da causa);

Art. 800 CLT – suspende o feito – abre-se prazo 24h p/ manifestação (vista) ao
excepto – o juiz proferirá decisão na primeira audiência ou sessão se seguir – dessa
decisão não cabe recurso de imediato (§ 2º, Art. 799 CLT), salvo hipótese da Súmula
214, III, TST.

- De impedimento ou suspeição – questiona-se a imparcialidade do juiz.

A CLT trata da exceção de suspeição – Art. 799, 801 e 802.

O juiz deve-se dar por suspeito – a parte pode recusá-lo

Motivos da suspeição CLT – Art. 801

Inimizade pessoal, amizade íntima, parentesco por consanguinidade ou afinidade até o


terceiro grau.

Art. 145 CPC – Outras causas: receber presentes de pessoas que tiver interesse na
causa (II); juiz for credor ou devedor das partes (III); interessado no julgamento da
causa (IV).

Oposta a exceção pela parte (excepiente), o juiz deve suspender a causa e designar
audiência 48h – reconhecendo a suspeição o juiz encaminhará o feito a outro juiz

- Não reconhecendo, no prazo de quinze dias dará suas justificativas e encaminhará o


feito para o tribunal (Art. 146 CPC).

Motivos de impedimento

Motivos – Art. 144 do CPC.

1.7 Reconvenção

Meio de defesa, no qual o réu demanda contra o autor, no mesmo processo em que
está sendo demandado. Art. 343 do CPC.

É ação autônoma § 2º, Art. 343 CPC.

Partes reconvinte e reconvindo.

Requisitos: a) Juiz deve ser competente para processamento e julgamento da


reconvenção; b) procedimento deve ser o mesmo para ação originária e a
reconvenção; c) conexão com ação originária.

É apresentada na contestação, no mesmo prazo da contestação (Art. 343 CPC c/c Art.
847 CLT). O juiz deve oportunizar a parte contrária a manifestação, adiando a
audiência, no mínimo de 05 dias (Art. 841 CLT).

Não admite reconvenção: procedimento sumário e sumaríssimo; execução, cautelares;


Inquérito Judicial e consignação em pagamento.
Ação declaratória – admissível - SSTF 258.

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