Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Notas de Aula:
“Se a alma humana é alguma coisa, esta deve ser de uma complexidade e diversidades
inimagináveis, o que torna impossível atingi-la com uma simples psicologia dos
instintos...”
C. G. Jung
Freud via o inconsciente como uma espécie de sótão criado por uma
clivagem da consciência a partir do trauma do Complexo de Édipo.
Funcionaria, então, como um “depósito” onde estariam as idéias e
lembranças censuradas da mente.
1
II - Diferenças quanto ao conceito de Libido
IV - A Linguagem Simbólica
Jung não concorda com a interpretação reducionista de Freud no que toca aos
símbolos, mesmo os religiosos. Jung os vê como um meio imagético de acesso a
um nível psíquico profundo que transcende qualquer definição racional.
Esta base psíquica se fez pela própria evolução da espécie humana. Lá estão
gravadas as disposições funcionais que possibilitam toda a gama de
comportamentos, dos mais biológicos, pelos instintos, às mais sutis
diferenciações destes, pelos arquétipos. Estes últimos são estruturas psíquicas
que constituem a contraparte mais desenvolvida daqueles.
2
Desta maneira, “é um grande erro supor que a psique de um recém-nascido seja
uma tabula rasa, no sentido de nada haver nela” (JUNG, 2002). Os arquétipos
são estruturas, semelhantes às estruturas ocultas que conformam um prédio, as
regras de uma língua, ou o formato de um rio, e que influenciam a percepção e
o comportamento, assegurando um grau mínimo de similaridade no
comportamento dos indivíduos.
Um Arquétipo é dinâmico e dualista o que significa que ele opera como todos os
demais fenômenos psíquicos. Pode, portanto, conter a possibilidade do
desequilíbrio em uma distribuição desigual de libido.
Do mesmo modo que possui certa capacidade para o desequilíbrio, por ser dual
o Arquétipo igualmente possui extrema capacidade de maturação e cura e dotado
de uma dimensão de significado teleológico prospectivo que é a meta do
equilíbrio psíquico, da individuação e fortalecimento diferenciado do Self.