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Professor: Leonardo Heluany Zeitune

leonardo.zeitune@kroton.com.br

Manufatura Mecânica:
Conformação dos Metais

04 - Trefilação
Processo de Trefilação
INTRODUÇÃO

A trefilação é um dos processos


mais antigos na fabricação de
produtos metálicos
contínuos de diversas
geometrias possíveis.

Caracteriza-se sempre pelo


tracionamento do produto
através de uma matriz (fieira)
que lhe confere a geometria
e dimensões especificadas.
INTRODUÇÃO
O escoamento plástico é produzido pela combinação da
força tracionadora com as forças compressivas
provenientes da reação da matriz sobre o material
Finalidade da Trefilação
A finalidade do processo de trefilação é a obtenção de fios,
barras e tubos de dimensões mais restritas, acabamento
superficial e propriedades mecânicas controladas.

Obtenção de produtos de grande comprimento contínuo,


com seções transversais que podem variar de 0,02 a 25
mm, com baixa rugosidade, podendo chegar a 0,3 µm
Fios e Arames Comuns e Especiais
 Os comuns são divididos em três categorias:

os grossos, que apresentam diâmetro entre 5 e 25 mm;


os médios, que variam de 1,6 a 5 mm;
os finos, que têm entre 0,7 a 1,6 mm.

Os especiais possuem diâmetros menores que 0,02 mm.


Vantagens

✓ O material pode ser estirado e reduzido em secção


transversal mais do que com qualquer outro processo;

✓ A precisão dimensional obtida é maior do que em qualquer


outro processo exceto a laminação a frio, que não é aplicável
às bitolas comuns de arames;

✓ A superfície produzida é uniformemente limpa e polida;

✓ O processo influi nas propriedades mecânicas do material,


permitindo, em combinação com um tratamento térmico
adequado, a obtenção de uma gama variada de propriedades
com a mesma composição química.
Matérias Primas

Tubos de aço com


costura

Tubo de aço sem costura


Bobinas de fio máquina apontado para trefilar
Geometria da fieira
A Geometria da fieira é dividida em quatro zonas

• de entrada
• de redução (ά = semi-ângulo
de trefilação)
• de calibração (zona cilíndrica)
• de saída

O ângulo de trefilação está relacionado com a carga de trabalho


total de trefilação.
Quanto maior é o ângulo menor será a área de contato, e
consequentemente menor será o atrito. Quanto maior é o
ângulo, maior será a força para conformação porque maior será a
redução.
Ângulo das Fieiras

Ângulo de entrada: tamanho suficiente para dar espaço ao


lubrificador;

Ângulo de aproximação: seção da matriz onde realmente ocorre


a redução do diâmetro;
Ângulo das Fieiras

Zona critica: onde o material toma dimensão desejada;

Ângulo de saída: alivio para evitar atrito do material


conformado
Ferramentas técnicas
A fieira é uma ferramenta cilíndrica que
contém um furo no centro por onde passa o
fio, e cujo diâmetro vai diminuindo, possui o
formato de um funil.

È um dispositivo básico da trefilação, são


fabricadas geralmente em duas partes uma
denominada estojo confeccionada
geralmente em aço 1045 e o núcleo
fabricado em aços ligados metal duro e
diamante.
Materiais das Fieiras
Materiais das Fieiras

As fieiras são produzidas a partir de materiais com dureza


superior a do material a ser trefilado.
Reduções
Com arames, as reduções proporcionadas pela matriz são
dadas em função do diâmetro a ser trefilado.

Estão na faixa de 20% a 50% por passe para bitolas grossas


e de 15% a 25% por passe para bitolas de arames finos.
Equipamentos de Trefilação

Classificam-se os equipamentos para trefilação em dois grupos


básicos:

Bancadas de trefilação: utilizadas para produção de


componentes não bobináveis como barras e tubos

Trefiladoras de tambor – utilizada para produção de


componentes bobináveis, ou seja, arames.
Bancadas de Trefilação

Utilizada para produzir peças


não bobináveis, como barras e
tubos, cujo comprimento final
é definido e limitado.

As forças de tração podem ser


superiores a 100 toneladas, e
as velocidades empregadas
podem variar de 10 a 100
metros por minuto.
Bancadas de Trefilação

Agumas partes principais:


estrutura, fieira (matriz),
mordaça, gancho e corrente
sem-fim.

Necessário construir uma


ponta no início material,
Bancadas de Trefilação
O carro que fixa a mordaça
inicia um deslocamento
linear através de
barramentos ou trilhos, no
sentido oposto à matriz.

Traciona o fio-máquina em
direção a essa matriz e força
a passagem do metal através
do orifício da matriz,
gerando sua redução e o
produto acabado.
Bancadas de Trefilação
Trefiladores de Tambor

Classificam-se em três grupos:

• Simples (um só tambor) –


Para arames grossos

• Duplas – Para arames médios

•Múltiplas (contínuas) – Para


arames médios e fino
Trefiladores de Tambor

As forças de tração utilizadas


nos bancos de estiramento
podem ser superiores a 100
toneladas.

As velocidades empregadas
podem variar de 9 a 1.500
metros por minuto
Classificação dos Tambores
- Simples, Utilizada para trefilar arames grossos;
Classificação dos Tambores
- Dupla, que serve para trefilar arames médios;
Classificação dos Tambores
- Múltiplas ou contínuas, que manufaturam arames médios e
finos.
Máquina de refilar SEK Deslizamento

O fio é tracionado através do


orifício da fieira com a utilização
de um tambor, que inicialmente
acumula o fio trefilado e só
então libera o seu movimento
em direção à próxima fieira, daí
o termo sem deslizamento
Máquina de Trefila COM Deslizamento
O fio-máquina da desbobinadeira e é alinhado em uma roldana
e se desloca à primeira fieira.

Ao sair dessa fieira, o fio recebe o tracionamento proveniente


de um anel tirante, ou tambor, e dá algumas voltas em formato
de hélice nesse anel.
Máquina de Trefila COM Deslizamento
O passo utilizado equivale ao diâmetro do fio e que deve
existir um alinhamento do início da hélice com a primeira fieira
e do fim da hélice com a segunda fieira.

O segundo anel, que gira com uma velocidade maior que o


primeiro devido ao aumento do comprimento do fio-máquina
obtido no processo, trabalha para que o fio passe pela segunda
fieira.
Máquina de Trefila COM Deslizamento

Observando-se as mesmas características citadas quanto ao


primeiro conjunto de fieira-anel tirante.
Para outros conjuntos postados em série no processo de
trefilação, as características citadas deverão se repetir.
Tipos de Lubrificantes Utilizados no
Processo de Trefilação
Trefiladores de Tambor

Componentes básicos que


usualmente sempre estão
presentes nas trefiladoras. Eles
são:
 Carretel alimentador
 Porta-fieira
 Garra ou mordaça para puxar
a primeira porção do arame
 Tambor para enrolar o arame
trefilado
Fluxo do Processo
Fluxo do processo
Processo Produtivo
• Descarepação:
- Mecânica (descascamento), dobramento e escovamento.
- Química (decapagem): com HCl ou H2S04 diluídos.
• Lavagem: em água corrente.
• Recobrimento: comumente por imersão em leite de cal Ca(OH)2
a 100°C a fim de neutralizar resíduos de ácido, proteger a superfície
do arame, e servir de suporte para o lubrificante de trefilação.
• Secagem (em estufa) - Também remove H2 dissolvido na superfície
do material.
• Trefilação - Primeiros passes a seco. Eventualmente: recobrimento
com Cu ou Sn
Apontamento

Como o material trefilado


deverá ser tracionado, é
necessário fazer uma ponta em
uma das extremidades do
material
Mandris
O mandril é a ferramenta utilizada no interior do tubo,
durante o processo de trefilação, que irá controlar o
diâmetro interno e a espessura da parede do tubo.

Nesse processo utiliza-se uma matriz para definir o


diâmetro externo e um mandril para controlar o diâmetro
interno.

O material de partida apresenta-se na forma de tubos.


Mandris
O mandril pode ser estacionário limitando o comprimento
do tubo trefilado, ou flutuante que permite obter-se tubos
longos.
Alguns Tipos de Mandris

Mandril flutuante

Mandril Paralelo ( Plug )

Mandril passante
Principais Avarias em Produtos Trefilados

Diâmetro escalonado: causado por


partículas duras retidas na fieira e que se
são desprendidas após o processo;

Fratura irregular com estrangulamento:


causada pelo esforço excessivo devido à
lubrificação ineficiente, excesso de
espiras no anel tirante, anel tirante com
aspecto rugoso ou com diâmetro
irregular, redução excessiva
Principais avarias em produtos trefilados

Fratura com risco lateral ao redor da


marca de inclusão: causada por partícula
dura no interior do fio inicial
proveniente da laminação ou extrusão;

Fratura com trinca: causada por trincas


de laminação e geralmente aberta em
duas partes;
Principais avarias em produtos trefilados

Marcas em V ou fratura em ângulo:


causadas pela alta redução e parte
cilíndrica pequena com inclinação do fio na
saída; ruptura de parte da fieira com
inclusão de partículas no contato fio-fieira;
inclusão de partículas duras

Ruptura em forma de taça-cone: causada


pela redução pequena e ângulo de fieira
muito grande, com acentuada deformação
da parte central

Riscos internos e externos: falha da lubrificação que ocasiona em agarramento do


material trefilado ou carepa nas ferramentas de trefilação;
TRATAMENTOS TÉRMICOS
RECOZIMENTO:
Indicação: principalmente para arames de baixo carbono,
Tipo: subcrítico, entre 550 a 650°C,
Objetivo: remover efeitos do encruamento.

PATENTEAMENTO:
Indicação: aços de médio a alto carbono (C> 0,25 %)
Tipo: aquecimento acima da temperatura crítica seguido de resfriamento
controlado, ao ar ou em banho de zinco mantido entre 450 e 550°C. A
seguir, encruamento em trefila .

Objetivo: obter uma boa combinação de resistência e ductilidade,


pela estrutura resultante de perlita fina ou bainita encruadas.
TRATAMENTO TÉRMICOS
Esferoidização - O tratamento térmico onde os aços são
aquecidos e resfriados de forma a produzir uma estrutura de
carbonetos globulares em uma matriz ferrítica.

O tratamento reduz significativamente a dureza de aços de alto


teor de C aumentando sua usinabilidade
Desempeno
Após o tratamento térmico o material poderá seguir para uma
nova preparação se não estiver na bitola desejada pelo cliente
(materiais intermediários);

Tem a finalidade de endireitar o material através de pressão e


um leve arqueamento exercida por rolos.
Ensaios não Destrutivos
Inspeção por US, teste é
caracterizado pela emissão de
ruídos não perceptiveis a
audição humana e pela
velocidade do som no material
em questão. O som percorre
toda área do material, capaz de
identificar qualquer
descontinuidade através da
reflexão do som.

Inspeção de partículas
magnéticas.
Inspeção Final, Fagulha e Embalagem
Na inspeção final é observado todas as carcterísticas
pedidas para a aplicação do material (dimensional e visual)

A fagulha é um processo em que o inspetor é treinado para


reconhecer o grau do material(aço) através de fagulhas de
esmerilação.
Produtos Mais Comuns
Produtos Mais Comuns
Aplicações

Barra trefilada para haste de amortecedor Molas helicoidais

Fios para diversas aplicações Barras em perfis diversos


LUVA DE COLUNA DE DIREÇÃO
SUSPENSÃO SUPERIOR

COLUNA DE
DIREÇÃO
INFERIOR
TUBO DE
ACESSO
DO CARTER

TUBO DE AR
CONDICIONADO

ROLAMENTOS
BOMBAS
ALTERNADOR

ROLAMENTO
DE RODA

BARRA
ESTABILIZAD
ORA
BRAÇO DE
EIXO
ARTICULAÇÃ
TRASEIRO
O

BARRA PINO
DE PARA
DIREÇÃO PISTÃO
TUBO MANCAL EIXO COMANDO
DE VÁLVULA
AMORTECEDOR ESPAÇADOR
GAIOLA DE DE SEMI-EIXO ENGRENAGEM
HOMOCINÉTIC PARA- DIANTEIR CAIXA DE CÂMBIO
A CHOQUES O
CIRCUITOS HIDRÁULICOS
Tubos Injetores
Referencias Bilbiográficas
 CALLISTER JR., William D. Ciência e engenharia de materiais:
uma introdução. 7. ed. São Paulo: LTC, 2008.
 CHIAVERINI,Vicente. Tecnologia mecânica: processos de
fabricação e tratamento.Volume II. 2. ed. São Paulo:
 McGraw-Hill, 1986. COLPAERT, Hubertus. Metalografia dos
produtos siderúrgicos comuns. 4. ed. São Paulo:
 Blucher, 2008. HELMAN, Horacio; CETLIN, Paulo Roberto.
Fundamentos da conformação mecânica dos metais. 2. ed. São
Paulo: Artliber, 2005;
 TORRES, Roberto. Linha de trefilação multipasses para
produção de arames de aços BTC, MTC e ATC. Disponível em:
<https://www.youtube.com/ watch?v=bXpmoWMN-ZQ>.;

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