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SUMÁRIO:
1.Prólogo
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Devemos, portanto, analisar as vantagens e desvantagens que
advirão da constituição de uma sociedade civil de prestação de serviços
médicos.
2- Aspectos Tributários
1[1] Em alguns casos, a Prefeitura de Belo Horizonte tem tentado cobrar a alíquota de 5% sobre o faturamento, tal
prática é questionável em juízo, com excelentes chances de êxito.
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Ressalte-se, por relevante, que o mesmo diploma legal suso citado
determinou que o tomador de serviço autônomo deverá recolher ao INSS o
equivalente à 20% do valor da remuneração paga ao prestador de serviço.
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tributos é menor, implicando, na maioria das vezes, em uma vantagem para
o contribuinte. A sociedade civil, desde que opte pela sistemática de
apuração pelo lucro presumido, está sujeita, hoje, ao IRPJ (4,8 %), à CSL
(1,08%), ao PIS (0,65%), à COFINS (3%2[2]) e ao ISS (5%3[3]), todos
incidentes sobre a receita. Somente será devida contribuição ao INSS se a
sociedade possuir empregado(s) ou se fizer pagamentos aos seus sócios na
forma de remuneração. A distribuição dos lucros da sociedade entre os
sócios não sofre qualquer tipo de tributação.
2[2] Existem decisões judiciais eximindo as sociedades civis prestadoras de serviço de profissão regulamentada do pagamento da
COFINS.
3[3] Pode ser postulado em juízo, para as pessoas jurídicas, o mesmo tratamento dispensado, normalmente, às pessoas físicas
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1a Situação:
4[4] Existem decisões judiciais eximindo as sociedades civis prestadoras de serviço de profissão regulamentada do pagamento da
COFINS.
5[5] O valor a ser pago, normalmente, é de 272 UFIR anual. Contudo, em alguns casos, a Prefeitura de Belo Horizonte tem tentado
cobrar a alíquota de 5% sobre o faturamento, tal prática é questionável em juízo, com excelentes chances de êxito.
6[6] Pode ser postulado em juízo, para as pessoas jurídicas, o mesmo tratamento dispensado, normalmente, às pessoas físicas
autônomas, com grandes chances de êxito e substancial economia tributária.
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INSS paga a cada um
Registro R$ 500,00
no CRM (anual)
Taxa de Depender
localização á da área utilizada
(Prefeitura)
TOTAL R$ TOTAL R$
6.140,00 2.947,66
2a Situação:
7[7] Existem decisões judiciais eximindo as sociedades civis prestadoras de serviço de profissão regulamentada do pagamento da
COFINS.
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(autônomo)8[8] (Autônomo, por
número de
profissionais
(dois))9[9]
INSS Depender INSS Depender
(20%) á da remuneração (20%) á do número de
e da época de sócios e da
inscrição no remuneração
INSS paga a cada um
Registro R$ 500,00
no CRM (anual)
Taxa de Depender
localização á da área utilizada
(Prefeitura)
TOTAL R$ TOTAL R$
5.264,08 1.995,82
8[8] O valor a ser pago, normalmente, é de 272 UFIR anual. Contudo, em alguns casos, a Prefeitura de Belo Horizonte tem tentado
cobrar a alíquota de 5% sobre o faturamento, tal prática é questionável em juízo, com excelentes chances de êxito.
9[9] Pode ser postulado em juízo, para as pessoas jurídicas, o mesmo tratamento dispensado, normalmente, às pessoas físicas
autônomas, com grandes chances de êxito e substancial economia tributária.
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pessoas jurídicas, em detrimento das pessoas físicas prestadoras de serviços
médicos.
3. Questões Consumeristas
10[10] RODRIGUES, Silvio. Direito Civil- Responsabilidade Civil. 9a ed., São Paulo, Saraiva, 1985, v. 4, p. 9-10.
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causado por ato culposo seu, o que não ocorre em relação a eventuais
danos a que haja dado causa de modo absolutamente imprevisível, e pelos
quais não se reconhece responsável.
11[11]ALVIM, Agostinho. Da Inexecução das Obrigações e suas Consequências,5ª ed., São Paulo, Saraiva, 1980, p. 333 e seg..
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No Brasil, quanto à responsabilidade médica, o elemento de
referência é a análise da culpa individual do médico12[12], com o ônus da
prova a cargo do ofendido (salvo em alguns casos específicos, como
cirurgia plástica embelezadora, check up, etc.).
12[12] STREGNER, Irineu. Direito Moderno em foco, São Paulo, Revista dos Tribunais, p. 9.
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somente serão responsabilizados por danos quando demonstrada a ocorrência de culpa
subjetiva, em quaisquer de suas modalidades : negligência, imprudência e imperícia”.
Afim é incisivo: “Não é o caso dos serviços prestados por pessoas jurídicas,
pela sociedade civil, seja associação profissional.”13[13]
13[13] DENARI, Zelmo. Código Brasileiro de Defesa do Consumidor Comentado pelos Autores do Anteprojeto. Rio, Forense
Universitária, 1991, p. 95.
14[14] In, BENJAMIM, Antônio Herman Vasconcelos. Comentários ao Código de Defesa do Consumidor. São Paulo, Saraiva, 1991, p.
79-80.
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“Ementa:
Responsabilidade Civil—Hospital—Ajuizamento
com base no Código de Defesa do Consumidor—
Responsabilização objetiva—Inadissimilidade—Hipótese
de exercício de profissão liberal, na medida em que o que se
põe em exame é o próprio trabalho médico—Necessidade de
prova de que o réu agiu com culpa ou dolo—Art. 14, §3°,
do referido Código—Recurso não provido.
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3.3. Sujeito Passivo da Obrigação de Indenizar
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limitada ao montante do capital social, devidamente integralizado, os sócios
da empresa não responderão com o seu patrimônio pessoal pelas
obrigações da sociedade, inclusive as decorrentes das indenizações por
“erro médico”.
15[15] “Diregard Doctrine”. In: Revista dos Tribunais, v. 410/12, dez. 1969.
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Assim, no caso de uso abusivo da autonomia patrimonial da pessoa
jurídica (art. 20, CC) é possível a responsabilização pessoal dos
sócios/administradores.
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No ordenamento jurídico pátrio, até o momento, somente as
pessoas físicas podem ser responsabilizadas penalmente, salvo nos crimes
relacionados com a defesa ao meio ambiente.
4- Conclusão
OAB/MG 70.171
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