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Atenção.
Aula 05
Olá Pessoal!
Chegamos ao nosso último encontro. Espero que as aulas tenham sido proveitosas e
que tenham ajudado vocês a se prepararem para essa dura batalha. O objetivo maior
deste curso era passar uma idéia de como o CESPE cobra Administração Pública.
Tentei ser o mais abrangente em termos de conteúdo, mas sei que muitas coisas
ficaram de fora e em muitos pontos não teve como aprofundar. O edital é enorme e
seria muito desgastante, neste momento tão próximo do concurso, tentar ampliar muito o
escopo da matéria.
Nesta aula trabalharemos os últimos três itens do edital, referentes a políticas públicas:
14. Processo de formulação e desenvolvimento de políticas: construção de
agendas, formulação de políticas, implementação de políticas.
15. As políticas públicas no Estado brasileiro contemporâneo. Descentralização
e democracia. Participação, atores sociais e controle social. Gestão local,
cidadania e eqüidade social.
Estarei no fórum até alguns dias depois do concurso para ajudar vocês nos recursos.
Portanto, quem tiver dúvidas, fique à vontade para perguntar no fórum.
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Introdução
Vamos começar vendo alguns aspectos gerais sobre políticas públicas, o que são,
características, para depois entrarmos nos itens do edital.
Percebemos nas quatro primeiras definições uma grande valorização do Estado como
responsável pelas políticas públicas. Quando a Maria das Graças Rua fala em
“alocação imperativa de recursos”, o que ela quer dizer é que uma das suas
características centrais é o fato de que são decisões e ações revestidas da autoridade
soberana do poder público. Não podemos negar isso.
Questão CORRETA.
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Maria G. Rua fala ainda que “as políticas públicas são ‘públicas’ – e não privadas ou
apenas coletivas”. No entanto, Potyara Pereira afirma que:
Política pública significa ação coletiva que tem por função concretizar
direitos sociais demandados pela sociedade e previstos em lei.
Questão CORRETA.
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Por mais óbvio que possa parecer, as políticas públicas são ‘públicas’
- e não privadas ou apenas coletivas. A sua dimensão ‘pública’ é dada
não pelo tamanho do agregado social sobre o qual incidem, mas pelo
seu caráter “imperativo”.
Portanto, devemos levar para a prova a posição da Potyara Pereira. A questão fala
ainda em “controle sobre os atos e as decisões do governo e do mercado”. Falar em
controle sobre os atos e as decisões do mercado parece algo estranho, mas percebam
que é cópia do que a Potyara Pereira fala. Esse controle ocorre porque as políticas
públicas também atuam com o poder extroverso do Estado, ou seja, o poder de
influenciar as outras pessoas, de poder intervir fora de sua esfera. Portanto, por meio
das políticas públicas, a sociedade também controla os atos e decisões do mercado.
Questão CORRETA.
Questão ERRADA.
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Outro aspecto importante da definição de política pública também pode ser observado
na definição de Potyara Pereira.
Política pública significa ação coletiva que tem por função concretizar
direitos sociais demandados pela sociedade e previstos em lei.
A função das políticas públicas é concretizar direitos sociais previstos nas leis. Os
direitos sociais são os chamados direitos de segunda geração. Os direitos de primeira
geração surgiram no liberalismo, quando se buscava uma não-ação do Estado, no
sentido deste respeitar a liberdade dos particulares. São os direitos à liberdade de
locomoção, de reunião, de manifestação do pensamento, o direito à vida e à
propriedade, entre outros.
6 (CESPE/CHESF/2002) Política pública é uma ação coletiva que tem por função
concretizar direitos sociais demandados pela sociedade e previstos nas leis. Os direitos
declarados e garantidos nas leis só têm aplicabilidade por meio de políticas públicas.
Nesta questão o CESPE exagera um pouco na dose e afirma que os direitos previstos
nas leis “SÓ tem aplicabilidade por meio de políticas públicas” e dá como gabarito
CORRETA. Na realidade, esta questão também foi tirada da Potyara Pereira.
Políticas públicas são ações coletivas que tem por função concretizar
direitos sociais, demandas da sociedade e previstos nas Leis. Em
outros termos, os direitos declarados e garantidos nas leis só têm
aplicabilidade por meio de políticas públicas correspondentes, as
quais, por sua vez, operacionalizam-se mediante programas, projetos
e serviços.
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Contudo, nem todos os direitos exigem uma política pública para poderem ser
exercidos, como é o caso dos direitos de primeira geração, vistos na questão anterior,
que justamente surgiram com o objetivo de evitar a ação do Estado, que buscavam a
sua ausência.
Potyara não estava generalizando nesta afirmação, dizendo que todos os direitos só
têm aplicabilidade por meio de políticas públicas. Ela estava está se referindo apenas
aos direitos sociais, que estão na primeira parte da afirmação. Apesar de falar apenas
em “direitos” na segunda parte, a intenção dela deve ter sido restringir apenas aos
direitos sociais. Mesmo sendo cópia de um autor, este gabarito não deveria ter sido
mantido.
Vimos que os direitos “só têm aplicabilidade por meio de políticas públicas”, e que é
função destas concretizar os direitos previstos nas leis. Isso implica na possibilidade de o
Poder Judiciário determinar a implementação de determinada política pública para
atender a um direito social presente em nossa Constituição.
Quando provocado, o Judiciário pode e deve garantir o cumprimento dos direitos
fundamentais sociais, sem que isso possa configurar afronta ao princípio da separação
de poderes ou trazer desequilíbrio ao orçamento do Estado. Levando em conta as
circunstâncias do caso concreto, cabe ao juiz assinalar ao Poder Público um prazo
razoável para o cumprimento da obrigação constitucional, sem que restem afetados os
programas governamentais traçados nas leis orçamentárias.
O Judiciário não pode elaborar políticas públicas, mas pode compelir o poder público a
implementá-las caso estejam previstas nas leis. Por exemplo, em 2005 o STF decidiu
que o município de Santo André (SP) deveria garantir a matrícula de um menino de
quatro anos na creche pública administrada pela prefeitura. O entendimento é o de que é
obrigação do município garantir o acesso à creche a crianças de até seis anos de
idade, independentemente da oportunidade e conveniência do poder público. Segundo
Celso de Mello:
Quando a proposta da Constituição Federal impõe o implemento de
políticas públicas, e o poder público se mantém inerte e omisso, é
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Entre outros tipos de decisões que estão se tornando comuns estão: juízes que
determinam o aumento do número de leitos em UTI’s, a construção ou reforma de
escolas, a execução de obras de saneamento básico, a realização de cirurgias de
mudança de sexo, como aconteceu no ano passado, como podemos ver nessa notícia
da internet.
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região estabeleceu um
prazo de 30 dias para que o Sistema Único de Saúde (SUS) passe a
realizar cirurgias de transgenitalização, conhecida como mudança de
sexo.
Questão ERRADA, já que o Judiciário não só pode, como deve garantir os direitos
previstos em leis, determinando a implementação de políticas públicas.
O Judiciário, além de intervir quando houver omissão do Executivo, também pode atuar
quando ocorrerem abusos. As políticas públicas constituem-se por meio de atos
administrativos e leis, portanto sujeitas ao controle de legalidade por parte do
Judiciário. Questão ERRADA.
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Aqui entramos no ciclo da política, que são as fases por meio das quais as políticas
públicas nascem, evoluem e eventualmente morrem. Podemos considerar que o ciclo
das políticas públicas (policy cycle) é composto de quatro fases: construção da agenda,
formulação, implementação e avaliação. No entanto, tem que ficar bem claro que estas
fases não são períodos estanques, muito bem separados. Somente para fins analíticos
que podemos fazer esta separação. Veremos, inclusive, que a separação entre as
fases da formulação e da implementação é um dos maiores problemas das políticas
públicas brasileiras atualmente.
Questão CORRETA.
Se o CESPE falar que “as fases da política pública ou do ciclo da política são a
formulação, a implementação e a avaliação”, não estará errado, mesmo que não fale
na formação da agenda. Isto porque alguns autores só se referem a estas três fases
mesmo e, além disso, vivo repetindo: para o CESPE, incompleto quase sempre não é
errado.
Podemos dizer que a construção da agenda é a primeira fase das políticas públicas, já
que é neste momento que são definidos os problemas que serão atacados por meio de
uma política pública.
Algumas vezes existem situações que permanecem “estados de coisas” por períodos
indeterminados, sem chegar a serem incluídos na agenda governamental, pelo fato de
que existem barreiras culturais e institucionais que impedem que sequer se inicie o
debate público do assunto. Um exemplo é o aborto. O Ministério da Saúde deseja
formular uma política pública com o objetivo de realizar o aborto em hospitais públicos,
evitando que ele seja feito de forma ilegal em locais não adequados. No entanto, ainda
não se avançou em uma alteração na legislação.
A questão é ERRADA porque a agenda pode ser formada a partir de situações de
crise, calamidade ou catástrofe.
Apesar de ser possível, até mesmo bastante provável, que a agenda seja formada a
partir de situações de crise, isto não significa que sempre que acontecer uma
calamidade o problema vai chegar a entrar na agenda de decisão, ou até mesmo na
governamental. Aqui temos que fazer a distinção entre os três tipos de agenda:
Quando temos um crime hediondo, como, por exemplo, o do menino João Hélio, que
foi arrastado no carro por bandidos, a segurança pública, mais especificamente a
redução da maioridade penal, geralmente entram na agenda, mas não chegam à
agenda de decisão, ou seja, não se faz nada além de discursos no Congresso.
Questão ERRADA.
Vimos que nem sempre um problema que incomoda determinados grupos é visto como
tal pelas autoridades, permanecendo fora da agenda. Por isso, a construção da agenda
passa necessariamente pelo reconhecimento do problema, ou seja, diferenciar uma
situação, um “estado de coisas”, de um problema.
O modelo de Fluxos Múltiplos é o mais adequado para explicar como as agendas são
definidas e decididas por governos nacionais sob condições de ambigüidade de
objetivos (preferências não definidas claramente) e ambientes instáveis, onde as
escolhas são dependentes do contexto político e institucional.
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Questão CORRETA.
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A questão se aproxima muito do modelo, mas não são os meios mediante os quais as
autoridades tomam conhecimento das situações que determinam a formação da
agenda. Eles favorecem a mudança, mas não vão ser os únicos responsáveis pela
inclusão do tema na agenda. Questão ERRADA.
Vimos que um dos fluxos do modelo dos fluxos múltiplos é o das alternativas, o da
formulação de soluções. Para que um tema chegue à agenda de decisão, é preciso
que existam alternativas de soluções disponíveis. É como aquele ditado:
Todo problema tem uma solução; se não tem solução, é porque não é
um problema.
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O que vai dificultar a implementação de uma política pública está mais relacionado aos
seus resultados do que se ela é inteiramente nova ou não. Políticas redistributivas são
mais difíceis de implementar porque o objetivo é tirar de uns (geralmente aqueles que
têm mais) para dar a outros, portanto haverá a dificuldade em superar a resistência
daqueles que irão perder.
A questão é ERRADA porque não é sempre que as políticas inteiramente novas serão
mais difíceis de implementar, vai depender do que elas propõem fazer.
Por exemplo, na reforma agrária, são issues: o conceito de terra improdutiva, a forma
de indenização nas desapropriações e o rito de desapropriação. Por que são issues?
Porque, dependendo da decisão que for tomada quanto a esses pontos, alguns atores
ganham e outros perdem, seus interesses são afetados e a política assume uma
configuração ou outra. Para entender o processo de formulação (e também a
implementação) é essencial definir quais são os issues de uma política e identificar as
preferências dos atores em relação a cada um deles.
Questão CORRETA.
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Questão ERRADA.
Questão CORRETA.
Questão CORRETA.
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22 (ESAF/CGU/2008) São atores invisíveis aqueles que, embora atuem fora do centro
das atenções da sociedade, são dotados de elevado poder de influenciar as políticas
públicas devido à sua posição econômica, como financistas, banqueiros, empreiteiros.
Os temas além de entrar na agenda também saem dela. A agenda não é como coração
de mãe, sempre cabe mais um. Quando alguns temas ganham importância, outros
deixam de receber atenção da sociedade e dos políticos. Além disso, assim como
existem atores querendo colocar suas demandas na agenda, também existem atores
tentando tirar de lá. Por exemplo, a Igreja atua em diversos casos no sentido de tirar
um tema da agenda, como na união entre homossexuais, na distribuição de camisinhas
pelo Ministério da Saúde, no aborto, etc.
Questão ERRADA.
Questão CORRETA.
ƒ Modelo Racional-Compreensivo
ƒ Modelo Incremental
ƒ Mixed-scanning
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A questão é ERRADA por dois motivos. Primeiro, porque neste modelo a decisão é
mais lenta, pois requer, antes, o levantamento de todas as informações disponíveis
sobre o assunto, o estudo de todas as possibilidades técnicas e políticas para
solucionar o problema, etc. Geralmente pretende-se realizar grandes mudanças a partir
de objetivos e cursos de ação previamente definidos a partir dos valores que orientam a
decisão.
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Questão CORRETA.
Dentro do método dialético, da filosofia grega (ô professor besta que fica viajando na
reta final do concurso!!!), temos a Tese, a Antítese e a Síntese. A tese é uma afirmação
ou situação inicialmente dada. A antítese é uma oposição à tese. Do conflito entre tese e
antítese surge a síntese. O mesmo ocorre em quase tudo. Aqui no nosso estudo, o
racionalismo é a tese, o incrementalismo a antítese e o modelo mixed-scannig a
síntese.
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Questão CORRETA.
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Esta questão é um absurdo. Isto porque o seu gabarito é CORRETA. Ela é muito mal
redigida. O que eu achei de parecido, de onde talvez o examinador tenha tirado a
questão, é que existe consenso em relação a algumas restrições na elaboração de
uma política perfeita, que seriam: o tempo decorrido entre a decisão, a formulação e a
verificação dos resultados obtidos; a subordinação da avaliação à obtenção de
informação qualificada e em tempo oportuno; e a preponderância de valores e
diferenças de visão política no decorrer dos processos.
Esta visão clássica não considera os aspectos relativos à implementação e seus efeitos
retroalimentadores sobre a formulação de política. A implementação é entendida,
fundamentalmente, como um jogo de uma só rodada, onde a ação governamental,
expressa em programas ou projetos de intervenção, é implementada de cima para
baixo (top down).
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Para implementar uma política pública formulada nos altos escalões, é necessária uma
contínua negociação a fim de que a burocracia de nível de rua se comprometa com
suas metas.
O modelo de ação enfatiza que implementação envolve mais do que uma cadeia de
comando. É um processo que requer o entendimento sobre a maneira com que os
indivíduos e as instituições ‘percebem’ a realidade, e como essas instituições interagem
com outras instituições para a obtenção de seus objetivos.
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Questão CORRETA.
4. A política a ser implementada deve ser baseada numa teoria adequada sobre a
relação entre a causa (de um problema) e o efeito (de uma solução que está
sendo proposta);
5. Esta relação entre causa e efeito deve ser direta e, se houver fatores
intervenientes, estes devem ser mínimos;
6. Deve haver uma só agência implementadora, que não depende de outras
agências para ter sucesso; se outras agências estiverem envolvidas, a
relação de dependência deverá ser mínima em número e em importância;
10. Os atores que exercem posições de comando devem ser capazes de obter
efetiva obediência dos seus comandados.
Questão ERRADA.
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Tanto o CESPE quanto a ESAF usam muito o texto da Maria das Graças Rua em que
ela fala das regularidades das políticas públicas brasileiras. Regular pode significar
algo que está em conformidade com as regras, as leis, mas pode significar também
algo que demonstra constância, continuidade. A autora usa o termo aqui no segundo
sentido, ou seja, fala de características que estão presentes na grande maioria de
nossas políticas públicas.
Segundo a autora:
Um dos aspectos que primeiro chamam a atenção nas políticas
públicas brasileiras é a fragmentação. De fato, um traço recorrente é
que embora comumente as demandas da sociedade impliquem a
articulação e cooperação de diferentes agências setoriais, o que
ocorre é a existência de linhas rígidas - mas nem sempre consensuais
e respeitadas - de demarcação das áreas de atuação de cada uma
delas.
A questão é ERRADA porque não é a atuação do terceiro setor que irá resolver o
problema da fragmentação. Não é a atuação das entidades não-governamentais em
áreas que não estão sendo atendidas pelo Estado que irá superar a falta de
coordenação entre os ministérios.
Maria das Graças Rua cita o exemplo do SUS como um caso de fragmentação:
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Questão ERRADA.
Questão CORRETA.
Outro ponto a ser examinado diz respeito à idéia de que a competição interburocrática
pode contribuir para a eficiência da máquina estatal. Sob esta perspectiva, assim como
no mercado, a competição promoveria a emergência de estratégias políticas
alternativas e poderia estimular a eficiência e eficácia das agências burocráticas,
preocupadas em não perder o seu poder de influência.
As alterações podem ser mudanças de rumo, de prioridade, etc. e podem ocorrer até
mesmo sem visibilidade alguma no curto e médio prazo: basta, por exemplo, que o
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novo dirigente de uma agência decida, de si para consigo, que uma determinada
política ou programa – prioritário para o dirigente anterior – deverá ter menos
centralidade nas suas atenções.
Questão CORRETA.
Como conseqüência das mudanças nos cargos políticos dos altos escalões,
freqüentemente programas e políticas são redimensionados, reorientados, suspensos,
ou deixam de concentrar as atenções e energias dos quadros daquelas agências. Além
disso, nas raras situações em que se logra superar a fragmentação e a disputa
interburocrática e são estabelecidas formas cooperativas de ação entre as agências,
nem sempre os novos dirigentes mantêm os vínculos de solidariedade dos seus
antecessores, porque também as relações de cooperação tendem a ser
personalizadas.
Questão CORRETA.
Esses problemas são ainda mais aflitivos na área das políticas sociais, onde é
acentuada a ineficácia e dispersão organizacional. De fato, comparadas com outras
áreas, a maior parte das agências e dos seus quadros são pouco modernos, exibem
capacitação insuficiente e reduzida eficácia/eficiência gerencial; as diversas agências
são desarticuladas entre si e freqüentemente constituem nichos de interesses políticos
personalizados. Além disso, como se trata de agências (e políticas) que consomem
recursos, ao invés de gerá-los, a clivagem acima mencionada se torna ainda mais
acentuada com a sua exclusão da maioria das decisões relevantes, ou seja, as
decisões quanto a recursos, que são tomadas em outras esferas governamentais.
Isso, por sua vez, tem a ver com outra recorrência observada: a hegemonia do
economicismo e a desarticulação entre política econômica e política social. Como
regra, as políticas econômicas assumem a primazia em todo o planejamento
governamental, cabendo às políticas sociais um papel absolutamente secundário,
subordinado e subsidiário.
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São várias as concepções que sustentam o primado da política econômica. Uma delas
supõe que o mercado é perfeito e que, se for permitido o seu livre funcionamento, aos
poucos as distorções serão resolvidas; logo, as políticas sociais devem ficar restritas
aos interstícios nos quais não cabe a ação do mercado e onde, por isso mesmo, não
serão capazes de transtornar a sua dinâmica. Outra perspectiva admite que o mercado
não é perfeito, mas mantém o crescimento econômico como prioridade máxima; assim,
caberia às políticas sociais a função de corrigir os desvios sociais advindos em
conseqüência. Uma variante desta concepção, em época relativamente recente,
encontrava-se na máxima do regime militar de que “primeiro é preciso deixar o bolo
crescer, para depois dividir”.
Como vimos, antes existia a percepção de que a implementação era uma fase
separada da formulação. Este problema ainda existe no Brasil, na visão de Maria das
Graças Rua. Clivagem, segundo o dicionário Houaiss, significa: “separação,
diferenciação ou oposição entre duas ou mais coisas quaisquer”.
Essa clivagem é observada, primeiro, pela presença de uma cultura que enfatiza a
formulação/decisão, tomando a implementação como dada. Ou seja, a percepção da
complexidade das políticas públicas se restringe ao ambiente/fase da
formulação/decisão, enquanto a implementação é vista como um conjunto de tarefas
de baixa complexidade, acerca das quais as decisões já foram tomadas.
Por outro lado, essa clivagem se manifesta nas diferenças de status e de capacitação
dos quadros funcionais encarregados, respectivamente, da formulação/decisão e da
implementação. Concretamente, esta característica tem como resultado a tendência à
centralização, a reduzida autonomia das agências implementadoras, a baixa
adaptabilidade dos modelos adotados para as políticas públicas e uma acentuada
fragilidade dos níveis e agências implementadores. O produto final, freqüentemente, é o
desperdício de recursos pela ineficácia das políticas públicas.
De fato, à luz dessa clivagem é possível entender a constatação recente de que, “em
lugar da suposta paralisia decisória, o que tem se observado é a incapacidade do
governo no sentido de implementar as decisões que toma. Dessa forma, à
hiperatividade decisória da cúpula governamental contrapõe-se a falência executiva do
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Estado, que não se mostra capaz de tornar efetivas as medidas que adota e de
assegurar a continuidade das políticas formuladas”.
Questão CORRETA.
Outra regularidade apontada por Maria das Graças Rua é a falta de focalização dos
programas existentes. O Consenso de Washington passou a defender a focalização,
em oposição à universalização defendida no Estado de Bem-Estar Social, restringindo o
grupo dos beneficiados pelas políticas. Tal modelo foi muito criticada por setores
brasileiros, que consideram que, embora tal estratégia seja potencialmente viável nas
economias desenvolvidas – onde o bem-estar é mais ou menos generalizado e
identificam-se apenas minorias excluídas – no caso dos países em desenvolvimento,
suas imensas assimetrias sociais e uma maciça maioria de excluídos, a focalização
parece perder totalmente o sentido. Contudo, segundo a autora:
Questão ERRADA.
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Por Serviços, Funcional ou Técnica: ocorre quando o poder público cria uma pessoa
jurídica de direito público ou privado e a ela atribui a titularidade e a execução de
determinado serviço público. No Brasil, esta criação somente pode dar-se por meio de
lei e corresponde, basicamente, à figura de autarquia, mas abrange também as
fundações governamentais, sociedades de economia mista e empresas públicas, que
exerçam serviços públicos.
Já vimos que o Plano Diretor de 1995 tinha como objetivo limitar a ação do Estado às
funções que lhe são próprias, reservando, em princípio, os serviços não-exclusivos
para a propriedade pública não-estatal, e a produção de bens e serviços para o
mercado e para a iniciativa privada. Portanto, as entidades da administração indireta
que exercessem atividades não-exclusivas, deveriam ser publicizadas, ou seja, extintas e
suas funções transferidas para organizações sociais. Portanto, haveria a substituição da
descentralização por serviços pela por colaboração. Questão CORRETA.
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Celso Antonio Bandeira de Mello dá grande ênfase ao fato de, na desconcentração, ser
mantida a hierarquia.
Em questões de APU, não é errado falarmos que dentro das organizações ocorre a
descentralização. Vimos que uma das características do sistema de autoridade da
estrutura organizacional é a centralização ou descentralização do poder de decisão.
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Questão CORRETA.
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Questão CORRETA.
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Questão CORRETA.
Já vimos no início desta aula que política pública envolve sempre a participação da
sociedade. Isto não retira do Estado o papel central no meio do grande número de
atores presentes nas políticas públicas.
Eu considero que esta questão exagerou um pouco, mas não podemos dizer que
esteja errada. O Estado é sim o grande responsável pelas políticas públicas. Questão
CORRETA.
Aqui nós temos o outro lado da moeda. O Estado é o grande responsável, mas a
sociedade também é indispensável. Segundo Raquel Raichelis:
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Na Aula 03 foi falado que a accountability pode ser classificada como vertical e
horizontal. No entanto, esta em voga hoje um terceiro conceito, o de accountability
societal.
Vimos que a accountability vertical diz respeito ao controle exercido pela população por
meio das eleições, retirando os administradores públicos com desempenho insuficiente,
ou então por órgãos com superioridade hierárquica. Já a accountability horizontal está
ligada à idéia de “check and balances”, ou seja, o controle exercido por um dos
Poderes sobre o outro, ou ainda por órgãos governamentais com a função de controle,
dentro do aparelho estatal, como é o caso do TCU.
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Portanto, para ser um ator, é necessário que tenha interesse. Questão CORRETA.
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O Dicionário Houaiss traz algumas definições para o verbo superar. Vejamos duas
delas:
Questão CORRETA.
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Na questão anterior falei em discriminação positiva, mas não quis entrar no conceito
dela porque preferi explica-lo nesta questão. A equidade de efeitos ou resultados
entende que apenas a igualdade de condições não é suficiente, que é preciso dar um
tratamento diferenciado para aqueles que estão em piores condições de competição.
Surge aqui o conceito de discriminação positiva, que é o tratamento desigual para os
desiguais. Entende-se que é preciso compensar as piores condições de determinados
grupos em competir pelas oportunidades, concedendo-lhes vantagens nesta
competição. Por isso diz-se que se trata de uma “política de conteúdo compensatório”. A
discriminação positiva é chamada também e ação afirmativa. Os maiores exemplos são
as cotas raciais em universidades públicas destinadas aos estudantes e as vagas
reservadas para portadores de necessidades especiais nos concursos públicos.
Na prática, a utilização do conceito de eqüidade na conformação das políticas
pressupõe o tratamento desigual para os que estão em condições de desvantagem,
uma espécie de discriminação positiva. Questão ERRADA.
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A equidade horizontal prevê o tratamento igual àqueles que são iguais, enquanto a
equidade vertical defende o tratamento desigual para os desiguais. Questão ERRADA.
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A 67 também é CORRETA, já que é o projeto que define como vai ser a operação.
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Questão CORRETA.
Deve ser passível de aferição e coerente com o objetivo estabelecido, ser sensível à
contribuição das principais ações e apurável em tempo oportuno. O indicador permite,
conforme o caso, mensurar a eficácia, eficiência ou efetividade alcançada com a
execução do programa.
O exemplo de indicador seria o número de crianças que deixaram de estar abaixo do
peso. Questão CORRETA.
Questão ERRADA.
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Questão CORRETA.
O PES propõe teoria e métodos para acumular conhecimentos antes de agir. Divide-se
em quatro momentos (momento explicativo, normativo, estratégico e tático-operacional)
que são um permanente fazer, uma aprendizagem, cálculo, explicação e desenho
permanentes, resultando em ações do dia-a-dia.
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realidade que nos cerca e que está ligada à ação dos envolvidos. Desta forma, explicar é
também desenhar (dizer o que o ator deseja), fazer o cálculo estratégico e avaliar o
que o ator fez até aquele momento. É importante, também, precisar e definir qual é a
explicação dos outros atores que se relacionam com o plano e saber por que a
explicação dos outros é parte da realidade.
O momento normativo trata do modo como se formula o plano. Seu objetivo é produzir
as respostas de ação em um contexto de incertezas e surpresas. Coloca a questão do
como pode ser a realidade. É o momento em que os envolvidos dizem como deve ser a
situação ideal, a partir do momento explicativo. É o momento também chamado do
"desejo e do sonho", pois é o momento de apresentar o conteúdo propositivo do plano,
isto é, como deve ser a realidade em contraposição aos problemas levantados no
momento explicativo. Faz-se o desenho da situação-objetivo (árvore do desejo, que
descreve como desejamos essa situação no prazo do plano). Para construí-la, deve-se
definir a mudança que se espera em cada descritor, no prazo previsto, e as causas e
conseqüências dessa nova situação.
Após ter selecionado o problema, explicado suas causas, elaborado a situação objetivo
e traçado as operações, o ator do planejamento deve-se perguntar o que é possível
fazer e o que é necessário para viabilizar o plano. É o momento de pensar como deve
ser a articulação entre o "deve ser" (desejo) e o "pode ser" (realidade). Assim, o
momento estratégico trata do modo de examinar a viabilidade política do plano e do
processo de construção de viabilidade política das operações não viáveis na situação
inicial.
Quando um problema passou por estes três momentos, mudou o conhecimento que a
equipe de governo tem sobre o mesmo, mas a realidade continua à espera de ação.
Daí a importância da mediação entre o conhecimento que se acumula nos três
momentos anteriores e o quarto momento. O momento tático-operacional é o momento
do fazer.
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O CESPE usa a sigla ZOOP, mas na realidade é ZOPP, pois vem de "Ziel orientierte
Projekt Planung", traduzido por “Planejamento de Projetos orientado por Objetivos”. Essa
metodologia foi criada pela Agência Alemã de Cooperação Técnica (GTZ), entre as
décadas de 70 e 80. A criação do ZOPP veio preencher uma lacuna em termos de uma
metodologia que privilegiasse a participação social nos processos de
planejamento e gestão de projetos voltados ao desenvolvimento. Por isso dizemos que
ele é um planejamento participativo de projetos.
O ZOPP é constituído de duas grandes etapas que se sucedem de forma interligada e
integrada. A primeira etapa, chamada de etapa de análises, é a fase em que são
realizados os diagnósticos da situação existente, os prognósticos da situação futura, a
análise dos envolvidos e a seleção da estratégia mais adequada a ser adotada na fase
seguinte. A etapa seguinte, direcionada à concepção do plano do projeto se caracteriza
por sumarizar numa matriz lógica (marco lógico) toda a estratégia do projeto.
Portanto, a questão é ERRADA por dois motivos. Primeiro, porque se deve analisar o
problema com os demais envolvidos, não somente com a direção. Segundo, porque é
mais importante identificar os principais problemas existentes e analisar as relações
causais.
Já vimos que o TCU usa a análise stakeholder para identificar os principais atores
envolvidos, seus interesses e do modo como esses interesses irão afetar os riscos e a
viabilidade de programas ou projetos. Trata-se de uma ferramenta utilizada pelo ZOPP
na etapa de análises, que começa com a análise de envolvimento.
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Questão CORRETA.
Esta questão da ESAF é muito semelhante ao que diz Carla Bronzo Ladeira Carneiro:
Elaborada idealmente com a participação dos diferentes atores
envolvidos, essa ferramenta permite a estruturação de um problema
de maneira interativa, possibilitando desempacotá-lo, percebê-lo por
dentro, explicitar a lógica causal subjacente a ele. Tais questões
pressupõem o diálogo, exigem a concertação entre visões e
interesses distintos e estão permeados por dimensões subjetivas e
valorativas, culturais, políticas e institucionais, dentre outras.
No entanto, o objetivo da árvore de problemas não é estabelecer uma inteligibilidade
compartilhada quanto a uma situação real. Ela busca identificar os problemas mais
importantes e as relações de causa e efeito, por meio da participação de diversos
atores que enxergam o problema de forma diferente. Questão ERRADA.
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Mortalidade
Infantil
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Contudo, temos que entender que não se trata de se fazer uma simples "versão" do
problema para o objetivo (por exemplo, trocar "serviço ineficiente" por serviço
eficiente"). Muitas vezes, é necessário se buscar o objetivo realmente desejado para o
problema apontado. Vejamos um exemplo:
Qualidade de Vida
Aumentada
Redução do Índice
de Mortalidade Infantil
Aumento da Publicidade
dos Programas
Assistenciais
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índice, teremos como fim uma maior produtividade na família, que possibilitará uma
melhor qualidade de vida.
Questão CORRETA.
A cada situação problemática estudada pode haver uma gama bastante grande de
possíveis soluções a serem adotadas como estratégias de um projeto. Entretanto, na
elaboração de um projeto, só uma dessas alternativas vai ser considerada em princípio e
por isso é importante que se proceda a uma análise das mesmas para que se possa
escolher aquela que terá maiores chances de sucesso, dentro do horizonte temporal,
dos recursos disponíveis (se estes já estiverem definidos) da abrangência de sua
atuação e do objetivo de desenvolvimento estabelecido, entre outros fatores.
Se as ações
subirem?
Se as ações
Compro
caírem?
mais
Compro
mais
Ações Vendo
Onde investir Vendo
meu dinheiro? Compro
Poupança mais
Compro
Vendo
A análise do campo de forças é a técnica que permite identificar forças ativas e reativas
existentes, para a administração delas a fim de reduzir resistências capazes de
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O Marco Lógico consiste de uma matriz de duas entradas 4x4, que resume em seus 16
campos a estratégia do projeto, os possíveis riscos externos e os indicadores que
possibilitem a aferição do desempenho. Desta forma ele representa um poderoso
instrumento de comunicação (interna e externa) do projeto, bem como o centro da
gerência do projeto.
A principal inovação do Marco Lógico está em sua estrutura lógica, que obriga à
precisão no seu preenchimento. O QL é uma matriz que é elaborada sucessivamente
num processo de estruturação daqueles elementos considerados os mais importantes
de um projeto e que permitem a sua apresentação sistemática, lógica e sucinta. Questão
CORRETA.
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Questão CORRETA.
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substitui o processo de tomada de decisão política, mas permite que as decisões sejam
tomadas de maneira mais consciente.
Questão ERRADA.
Por fim, há o uso para o "esclarecimento", que nem sempre é propositado, mas que
acarreta, pela via do acúmulo de conhecimento oriundo de diversas avaliações,
impacto sobre as redes de profissionais, sobre os formadores de opinião e demais
atores, bem como alterações nas crenças e na forma de ação das instituições,
pautando, assim, a agenda governamental. Esse é um tipo de influência que ultrapassa a
esfera mais restrita das políticas e dos programas avaliados.
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Devemos avaliar não somente de forma quantitativa, mas também qualitativa, por isso
a dimensão subjetiva, o envolvimento dos sujeitos, deve ser utilizado, e não evitado.
Questão ERRADA.
Vimos na questão 56 que o verbo superar tem sido usado pelo CESPE como algo que
vai além, sem abandonar o conceito anterior. Assim, quando falamos que, na avaliação
de políticas e programas sociais procurou-se superar o uso de métodos quantitativos,
estamos dizendo que é preciso ir além deles, usando métodos também qualitativos.
Portanto, superar não envolve abandonar. Questão CORRETA.
Esta questão tem um grave problema de redação. O seu gabarito é CORRETA, o que
nos leva a crer que ou o examinador estava de má fé ou deixaram passar um erro
grave. Da forma como esta, a questão dá a entender que a avaliação de políticas e
programas sociais não considera a complexidade da questão social. Ela leva em
consideração, tanto que se preocupa com modelos alternativos.
O que aconteceu (olhando na minha bola de cristal) é que, quando a questão fala
“Essa avaliação”, ela está se referindo aos enfoques puramente quantitativos, estes
sim que não consideram a complexidade da questão social.
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Eu consideraria como efetividade, porque a questão fala em alcance social das metas
propostas, e alcance social, a meu ver, relaciona-se com efetividade, impacto na
sociedade. No entanto, a questão também fala em “adequação dos meios utilizados”, o
que nos leva para a eficácia.
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Estou colocando estas questões juntas porque elas trazem uma classificação das
avaliações elaborada pela Maria Ozanira da Silva. Segundo a autora, a avaliação pode
ocorrer através de quatro enfoques diferenciados: o monitoramento, a avaliação política
da política, a avaliação de processo e a avaliação de impacto.
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Esta questão fez uma confusão com os tipos de avaliação. A avaliação de processo é
feita durante a implementação do projeto. Trata de realizar o acompanhamento de
ações e tarefas, no que fiz respeito ao conteúdo, método e instrumentos inerentes à
execução de um programa ou projeto. Trata-se, portanto, de um conceito de extrema
relevância no processo de avaliação de políticas públicas, pois possibilita compreender
em que medida a otimização dos recursos públicos acontecem - aqui entendidos como
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Portanto, este tipo de avaliação não se preocupa com a efetividade do programa, pois
focaliza seus processos e mecanismos de execução. Sua função maior é a de observar
em que medida o programa está sendo implementado como planejado. Preocupa-se
em responder, entre outras, as seguintes indagações:
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Nesta questão não é preciso saber nada sobre a Análise Custo Benefício. Basta saber
que a relação entre custos e produtos é medida pela eficiência, mas não dá
informações em relação à eficácia, já que não sabemos se as metas foram alcançadas.
Questão CORRETA.
Durante a década de 1960 nos Estados Unidos, estudos realizados comprovaram que
algumas obras públicas estavam degradando a qualidade de vida e o meio ambiente.
Entre essas obras estavam estradas e hidroelétricas. Os críticos argumentavam que as
conseqüências ambientais e sobre a saúde pública não estavam sendo consideradas.
Assim na década de 70, muitos países industrializados estabeleceram políticas, nas
quais os impactos ambientais passaram a ser considerados no processo de tomada de
decisão, utilizando instrumentos de auxilio ao processo de tomada de decisão.
A análise custo benefício (ACB) e a análise custo-efetividade (ACE) são ferramentas
que buscam comparar os custos estimados de determinado projeto com os benefícios
esperados. Trata-se de uma forma de decidir sobre a adequabilidade e aceitabilidade
de prosseguir com um projeto. Entende-se que não podemos decidir acerca da
realização ou não de um projeto com base somente nos seus resultados, sem levar em
consideração os custos, ou o inverso, pensar nos custos sem analisar os possíveis
resultados. É preciso avaliar a aceitabilidade de um projeto comparando-se custos com
resultados esperados.
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A questão é ERRADA porque não podemos dar valores monetários para a vida
humana ou para os efeitos intangíveis, por isso devemos usar a ACE, e não a ACB.
A ACB avalia se os custos irão ou não exceder aos benefícios, ou seja, permite
determinar se os projetos são ou não rentáveis. A questão fala em comparar os fluxos
atualizados de benefícios e custos previstos em sua implementação porque a avaliação
é feita geralmente num momento diferente do da ocorrência dos custos e benefícios,
por isso é preciso trazê-los para valor presente. Para a identificação dos custos e
benefícios do projeto, que são pertinentes à sua avaliação, é necessário definir uma
situação-base ou situação sem projeto. A comparação do que ocorre com o projeto
versus o que teria ocorrido sem projeto definirá os custos e benefícios pertinentes ao
mesmo. Questão CORRETA.
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Avaliação Social: considera que certos objetivos de interesse público não são
relevantes financeiramente, por não trazerem benefícios diretos numa avaliação
privada, mas devem ser inseridos numa avaliação social. Tanto os custos quanto os
benefícios são valorizados a preços-sombra ou de eficiência.
Questão CORRETA.
Como vimos, a principal diferença entre a avaliação privada e a social é que aquela
considera apenas os valores de mercado dos bens, enquanto esta corrige o valor dos
bens com base em custos ou benefícios sociais que não tenham valor econômico, mas
que sejam importantes para a sociedade.
Portanto, a questão está CORRETA ao dizer que a avaliação social aplica-se quando a
privada não consegue dar um preço para todos os benefícios ou custos associados ao
projeto. É preciso definir um preço social, ou preço-sombra.
Geralmente a ACB e a ACE são realizadas como avaliações ex-ante, o que não
impede que não sejam feitas também durante ou após a implementação do programa.
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Questão CORRETA.
Vimos que a principal diferença entre a ACB e a ACE é que a primeira avalia custos e
benefícios que podem ser valorados monetariamente, enquanto na ACE os custos
terão valor monetário, mas os resultados não. Assim, um programa que busque reduzir o
número de acidentes nas estradas terá como resultado vidas salvas. Neste caso, não
poderemos usar a ACB, teremos que usar a ACE.
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A ACE é definida como a técnica que leva em conta os custos e efeitos de selecionar
alternativas, tornando possível escolher as que provêem os melhores resultados para
qualquer determinado dispêndio de recursos ou aquela que minimize a utilização do
recurso para qualquer determinado resultado. Traduzindo, permite dizer qual alternativa
vai salvar mais vidas a cada R$ 100,00 gastos, ou qual programa vai gastar menos
para cada vida salva.
A ACE avalia as alternativas de decisão tornando comparáveis todos os efeitos em
termos de uma unidade de produto não monetária e comparando o impacto das
alternativas. De modo similar, no caso de existir diversas alternativas para alcançar os
objetivos de um projeto, pode ser descoberta a ótima, seja minimizando os custos a
certo nível dado de êxito, ou maximizando o alcance dos fins para um nível de gasto
total prefixado. A questão traz apenas uma dessas óticas. Ela fala na alternativa que
obtenha o melhor resultado a cada real gasto. Poderia ser também quanto se gastaria
para ter um determinado resultado clínico.
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Treinamento de
30 15% 2
professores
Pessoal,
Chegamos ao fim de nosso curso. Agradeço a vocês a confiança que depositaram em
meu trabalho e espero ter correspondido às suas expectativas.
Quem sabe ainda nos vemos nos corredores do TCU.
Um abraço a todos e boa sorte.
Abraço,
Rafael.
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6. (CESPE/CHESF/2002) Política pública é uma ação coletiva que tem por função
concretizar direitos sociais demandados pela sociedade e previstos nas leis. Os direitos
declarados e garantidos nas leis só têm aplicabilidade por meio de políticas públicas.
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22. (ESAF/CGU/2008) São atores invisíveis aqueles que, embora atuem fora do
centro das atenções da sociedade, são dotados de elevado poder de influenciar as
políticas públicas devido à sua posição econômica, como financistas, banqueiros,
empreiteiros.
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39. (CESPE/MDS/2006) No Brasil, seguidas mudanças nos altos escalões dos cargos
públicos freqüentemente levam programas e políticas públicas a serem
redimensionados, reorientados ou suspensos.
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respectiva garantia dos meios para exercê-lo. Porém, isso não implica a
descentralização do poder de decisão.
55. (ESAF/CGU/2008) Atores são exclusivamente aqueles que têm algum tipo de
interesse em jogo em uma política pública e variam conforme a sua inserção
institucional, os seus recursos de poder e suas expectativas quanto aos efeitos das
decisões sobre tais interesses.
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GABARITO
01 - C 07 - E 13 - C 19 - E 25 - E 31 - E
02 - C 08 - E 14 - E 20 - C 26 - C 32 - C
03 - C 09 - E 15 - E 21 - C 27 - C 33 - E
04 - E 10 - C 16 - E 22 - E 28 - C 34 - E
05 - C 11 - E 17 - E 23 - E 29 - E 35 - E
06 - C 12 - E 18 - C 24 - C 30 - C 36 - C
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P/TCU
37 - E 50 - C 63 - E 76 - E 89 - C 102 - C
38 - C 51 - C 64 - E 77 - C 90 - C 103 - E
39 - C 52 - C 65 - C 78 - C 91 - E 104 - C
40 - E 53 - C 66 - C 79 - C 92 - E 105 - C
41 - C 54 - C 67 - C 80 - E 93 - C 106 - C
42 - E 55 - C 68 - C 81 - E 94 - E 107 - C
43 - E 56 - C 69 - C 82 - C 95 - E 108 - C
44 - C 57 - E 70 - C 83 - E 96 - E 109 - E
45 - C 58 - E 71 - E 84 - E 97 - E 110 - C
46 - E 59 - E 72 - C 85 - C 98 - C
47 - C 60 - E 73 - C 86 - E 99 - E
48 - C 61 - E 74 - E 87 - E 100 - C
49 - E 62 - E 75 - C 88 - E 101 - C
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