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PÓS-PARTO
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principais
ALTERAÇÕES
Logo após o parto, a mãe começará a sentir contrações no útero e isso levará
até seis semanas para voltar ao normal. Todas essas mudanças corporais, somadas à
chegada do bebê, tornam essa fase um período de grandes emoções, boas e ruins
também. Uma das atitudes mais importantes nesse período é ter paciência. Saber que
cada corpo é único, e que nem sempre será como foi com a sua irmã, prima, amiga, etc.
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No parto vaginal muito bem sucedido o assoalho pélvico não sofre nenhuma
lesão, nesse caso essa musculatura estará muito distendida, pelo próprio esforço,
porém a recuperação é tranquila e progressiva, claro que essa mãe precisa realizar os
exercícios de fortalecimento diariamente. Quando essa mãe trabalhou o
fortalecimento dessa musculatura durante a gestação, fica bem mais fácil de trabalhar
novamente com o assoalho pélvico, no caso contrário precisaremos de um pouco mais
de paciência e dedicação.
Esta separação do músculo reto abdominal pode comprometer a estabilidade corporal, contribuindo
para o aparecimento de dores lombares, sacroilíacas entre outras. Porém há uma queixa bem importante
que acontecem nas mulheres, é de que a “barriguinha” não volta a ser como antes.
Existem evidências que mostram que 37% das mulheres grávidas apresentam essa condição, com
recuperação espontânea após o parto. Porém existem alguns casos que não recuperam e que para
isso é importante alguns cuidados específicos.
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Sempre que recebo uma aluna para retornar as
atividades após o parto, eu necessariamente devo
avaliar a diástase. Os cuidados iniciais com essa
mulher serão semelhantes, independente da diástase
ou não.
Outra alteração extremamente significativa que
ocorre com essa mulher e que por isso precisamos
estar atenta, principalmente nas orientações, é a
POSTURA.
Com a nova e atribulada rotina, ela realizará
movimentos novos e em condições difíceis, como
amamentar, dar banho, trocar, colocar no berço, entre
tantas outras. Sendo assim, mesmo que a mamãe
tenha um bom fortalecimento da musculatura, se ela
continuar realizando as atividades da maneira incorreta,
isso poderá acarretar dores e lesões, dificultando ainda
mais esse processo do dia a dia. 06
Por isso nós, como professores de Pilates, temos a obrigação de orientá las durantes
as AVd's e também de utilizar exercícios durante as aulas, com ênfase na musculatura
estabilizadora e cobrar atentamente os alinhamentos.
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DIÁSTASE DOS RETOS
ABDOMINAIS
Durante a gestação alterações hormonais provocadas pela relaxina, progesterona e estrogênio,
associadas ao crescimento uterino podem provocar o estiramento da musculatura abdominal,
atingindo principalmente os músculos retos abdominais. Alterações na postura da gestante,
como a anteversão pélvica acompanhada ou não de hiperlordose lombar provocam mudanças
do ângulo de inserção dos músculos abdominais e pélvicos, influenciando a biomecânica
postural e gerando um déficit na função de sustentação dos órgãos pélvico-abdominais.
(RETT, BRAGA, BERNARDES, & ANDRADE, 2009).
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quando
INICIAR OS EXERCÍCIOS
Após 24 horas do parto essa mulher já deve iniciar os exercícios de fortalecimento do assoalho
pélvico, que incialmente será bem difícil, pois o mesmo estará enfraquecido, mas é importante
que ela comece os estímulos o quanto antes. A contração do transverso também é importante,
e este será ainda mais difícil, principalmente após o parto cesariano. No caso do parto vaginal,
podemos iniciar os estímulos desde o início, na cesariana, aguardar a liberação do médico.
Naturalmente as necessidades do bebê estarão em primeiro lugar, porém essa mãe não deve
negligenciar sua própria saúde, já que tem uma vida que depende dela neste momento. Uma
boa recuperação significa uma mãe com mais energia para lidar com as exigências do bebê.
Na maioria dos casos a mãe está tão cansada que prefere aproveitar todos os intervalos para
descansar, e a última coisa a pensar é em exercícios. Está enganada a mulher que acha que
fazer exercícios nesta fase será ainda mais cansativo. Muito pelo contrário, praticar uma
atividade, nem que seja de curta duração, dará mais energia e disposição. No início será bem
difícil, mas depois de inserido na rotina, tenho certeza de que ela não irá se arrepender, pois
terá um benefício bem importante, que é o corpo de volta mais rapidamente.
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No tratamento da diástase, que pode ser iniciado em puerpério imediato, com atividades em
decúbito dorsal, com quadris e joelhos flexionados, fazendo a contração isométrica da
musculatura abdominal que se encontra flácida e muito fraca. Ainda em puerpério tardio a
diástase do reto abdominal pode estar presente. O trabalho de contração isométrica do
transverso abdominal e os exercícios de mobilização pélvica com contração do reto abdominal
devem continuar e devem ser realizados em todas as posições (BELEZA & DE CARVALHO, 2010).
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Nesta nova fase de vida, a prática de uma atividade física trará benefícios para o corpo e também
para a mente dessa mulher. A queda abrupta dos níveis hormonais de progesterona e estrogênio
pode acarretar tristeza e um cansaço permanente, como a prática de atividade física eleva as
endorfinas no organismo, estimulando a sensação de prazer e bem estar.
Segundo o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (2002), o retorno à atividade física
no pós-parto está associado a inúmeras vantagens, como a redução da incidência de depressão,
diferenças no perfil hormonal, redução da pressão arterial, entre outras.
Nós sabemos que o retorno ao Pilates sempre será mais fácil , quando essa aluna já era praticante
do método antes do nascimento, já que ela terá certeza da importância dos exercícios para a volta
ao corpo, entre tantos outros benefícios.
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Mas também e bem comum que as mamães que não se cuidaram durante a gestação, também
resolvam iniciar as atividades logo após o parto, ou até mesmo, alguns meses depois, que é
quando conseguiram se organizar para cuidar do corpo.
Outro benefício de extrema importância para essa mãe é a melhora da postura, que ficará
prejudicada, devido às novas demandas diárias com o bebê. O fortalecimento da musculatura
estabilizadora de tronco irá melhorar a sustentação da coluna, diminuindo a chance de dores
indesejadas.
O ganho de flexibilidade deve ser ponderado em um pós-parto tardio, já que esse corpo estará
ainda sob efeito de hormônio, como a relaxina. Porém em um pós-parto remoto ele já será muito
bem vindo para aliviar as tensões do dia a dia e os desalinhamentos ocasionados pelas más
posturas.
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O fortalecimento de assoalho pélvico será de extrema
importância para o retorno da sustentação dos órgãos pélvicos.
Membros superiores e inferiores fortes, irão auxiliar para
suportar o peso do bebê, que terá uma tendência de aumento
a cada dia, e prevenir sobrecargas articulares, devido a tantas
alterações estruturais.
E também o que não poderia faltar é o fortalecimento de
abdômen que além de proteger a coluna, tem um fator estético
bem importante para as mulheres. Devemos sempre ter como
parâmetro, como era essa região antes da gestação, pois essa
mulher precisa saber que o mais provável é que conquiste como
era antes. E também não depende apenas do exercício essa volta
da barriga, mas também de hábitos alimentares durante a vida e
principalmente nessa fase.
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O PÓS-PARTO IMEDIATO
Dificilmente chegará a nosso Estúdio uma mãe nesta fase, porém é de extrema importância, que
se ela esteve sob os seus cuidados durante a gestação que você oriente o que ela pode fazer
durante essa fase.
Que será a ativação de assoalho pélvico, 24 horas após o nascimento, desde que não tenha
intercorrências durante o parto. E o estímulo precoce ao transverso do abdômen, mesmo que seja
difícil a consciência do músculo. Sempre com a prévia autorização médica, já que só ele sabe o que
aconteceu durante o trabalho de parto.
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O PÓS-PARTO TARDIO
Nessa fase também é menos comum que apareçam, porém não é impossível, normalmente no parto
vaginal sem intercorrências, o médico libera para a prática do Pilates de 15 a 20 dias após o parto.
E nesse momento, devemos ter muito cuidado, primeiro com a avaliação da diástase abdominal que
se estiver presente, vamos evitar as flexões e rotações de tronco contra a gravidade, ou seja, os
fortalecimentos nesse sentido.
Inicialmente devemos focar em praticar a respiração do Pilates e a ativação de Power house. Isso
mesmo, apenas um treino educativo, que parece simples para o professor, mas é de extrema
complexidade para essa aluna. Esse treino deve acontecer em várias posições, como sentada, deitada,
ajoelhada, de pé, entre outras.
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As aulas poderão ser mais curtas do que ela estava
habituada, mas não necessariamente uma regra. Vai
depender da condição física anterior à gestação.
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O PÓS-PARTO REMOTO
A partir dos 45 dias pós – parto, com a autorização médica, essa aluna
já pode retornar as aulas, porém não podemos esquecer os principais
cuidados que devemos ter. Vamos continuar dando ênfase na respiração,
power house, alinhamentos, consciência corporal, e ativação da musculatura
postural.
A facilidade em evoluir nesses itens será variável de acordo com cada uma,
portanto este será o parâmetro que vai nos orientar se devemos evoluir com
outros exercícios.
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Podemos trabalhar membros superiores,
inferiores e tronco. O principal cuidado
ainda será com a região abdominal que
estará ainda bem fraca. O professor vai
avaliar de acordo com cada aluna se já
pode evoluir. Lembrando que o corpo pode
demorar até um ano após o nascimento do
bebê para retornar ao que era antes.
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Objetivos: Fortalecimento de quadríceps, iliopsoas e estabilização pélvica.
Instruções: Em decúbito dorsal, com um joelho flexionado e o pé apoiado, manter o
outro MI estendido, na expiração realizar uma flexão de quadril com o joelho estendido,
inspira parado e retorna ao posicionamento inicial.
Erros comuns dos Alunos: Perder o alinhamento da pelve.
Modificações Dificultadoras: Realizar o movimento sem descanso no solo.
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Patricia de Andrade Valeriano é Fisioterapeuta, formada desde
2004. Possui Pós-graduação em Terapia Manual e Postural.
Atua com Pilates desde 2007, quando fez a primeira formação
em Pilates Clínico e Pilates Aplicado à Saúde da Mulher. Anos
mais tarde, fez formação em Pilates Fitness, Pilates Dermato
Funcional, Pilates para Grupos e Pilates Avançado. Possui
formação internacional em RPG (Sistema Australiano),
Reeducação Uroginecológica e Conceito McConnell - Bandagem
Funcional. É professora de cursos de formação em Pilates há
mais de 4 anos, participou da formação de quase 80 turmas. Patricia de Andrade
Todo ano participa de whoskshops relacionados ao Pilates, Valeriano
assim como o Pilates Leader Programme. Atualmente é
sobre a autora
proprietária da WP Pilates & Saúde (sede São Paulo do Voll
Pilates Group) e integrante do grupo das idealizadoras do
Projeto Mamãe Saudável . Desenvolveu o curso de Pilates
Aplicado para Gestantes e ministra whorkshops do mesmo
tema em eventos como o último Meeting em Pilates e
Treinamento Funcional 2014. Recentemente participou da
Certificação de Personal Gestante do Programa Mais Vida
Gestantes e do curso de atualização de fisioterapia obstétrica
da Sabrina Baracho.
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referencias
BELEZA, A. C., & DE CARVALHO, G. P. (2010). Atuação Fisioterapêutica no Puerpério. Revista
Hispeci e Lema On Line. Disponível em: [http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/
hispecielemaonline/sumario/12/1 9042010145924.pdf] Acesso em: 25/03/2012
RETT, M. T., BRAGA, M. D., BERNARDES, N. O., & ANDRADE, S. C. (2009). Prevalência de diástase
dos músculos retos abdominais no puerpério imediato: comparação entre primíparas e multíparas.
Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v. 13, n. 4, jul./ago., p. 275-280.