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Relatório referente a

segurança do trabalho em
máquinas e implementos de
uso agrícola e florestal
1 – Introdução

O ambiente agrícola é um dos mais perigosos atualmente, chegando a superar, em alguns


casos, o ambiente da construção civil. Isso ocorre por inúmeros motivos mas pode-se destacar:
o freqüente emprego da mão de obra familiar sem qualquer restrição de gênero ou idade (de
crianças a idosos), falta de uniformidade no local de trabalho e nas atividades, presença de
mecanismo único como regulador (o Estado) que possui legislação defasada e incompleta
acerca do assunto.
Sem dúvidas, a operação com máquinas é a que apresenta os maiores perigos e nesse
sentido, é necessário um estudo que aponte de forma clara e eficiente para uma relação homem-
máquina melhor. A utilização de maquinário moderno e tecnológico vem se desenvolvendo de
forma muito rápida e a legislação não foi capaz de se adequar a isso ainda. O futuro do setor
agrícola está na modernização e utilização de tecnologias que sejam capazes de otimizar o
processo e contribuir para redução de custos.
O grande problema reside no fato da maior parte dos trabalhadores-rurais do país não
possuir treinamentos e muitas vezes, ser completamente leigo ao maquinário que utiliza. A
grande maioria desses trabalhadores é da agricultura familiar e, nesses casos, muitos sequer tem
a instrução necessária para entender possíveis manuais ou instruções.

2 – Objetivo

O presente relatório tem o objetivo de elucidar e aprofundar o conhecimento do setor


agrícola e florestal dando indicativos de como está o setor atualmente, quais as principais
máquinas são utilizadas e o que pode ser melhorado para que se tenha uma regulamentação
mais segura e que vá ao encontro dos interesses dos trabalhadores.

3 – Resultados e Discussão

Dados

No Brasil, os acidentes com máquinas agrícolas e florestais apresenta números grandes


se comparados a outros setores. Observa-se, também, que esse não é um problema exclusivo
do nosso país, dado que, nos EUA saiu uma estimativa que a cada pessoa morta com um trator,
outras 40 são feridas. Isso mostra que a necessidade de uma regulamentação eficaz é crucial ao
mundo todo. Outro fato relevante é que pelo país apresentar um setor de agricultura familiar
muito forte e esse ser extremamente precário, muitos dos acidentes sequer entram nos registros,
o que dificulta ainda mais se mensurar seu real impacto.
Em dado recente, o Brasil se apresentou como o quarto país do mundo em acidentes de
trabalho, uma estatística lastimável (Previdência Social, 2015). Ainda nesse estudo, verifica-se
que foram registrados através de CAT cerca de 20 mil acidentes, uma média um tanto menor se
comparada a nacional de 620 mil acidentes, mas há de se lembrar o que já foi dito anteriormente
que a maioria desses acidentes não é notificada. Ainda, se compararmos o setor com a
construção civil, com 41 mil acidentes no estudo, temos cerca de metade no setor de máquinas
agrícola e florestais. Vale lembrar que a construção civil é um dos setores que mais emprega no
país e ainda assim os valores não são tão diferentes.
Há de se mencionar, portanto, alguns aspectos que ilustram como é importante atuar na
prevenção de acidentes nesse setor. Um desses aspectos é o econômico e nele podemos destacar
os gastos com o maquinário danificado ou inutilizável, a interrupção da atividade que estava
sendo desenvolvida (pode ocorrer de um operador importante ficar inapto a trabalhar e
atrapalhar o andamento dos processos), o afastamento dos trabalhadores envolvidos (de forma
definitiva, por óbito ou doença ocupacional grave ou de forma temporária até estar apto a
exceutar novamente sua função), e o gasto do Estado no que tange a previdência social que
precisará onerar custos para atender aos trabalhadores lesados. Outro aspecto relevante é o
social e familiar dado que os prejuízos vindos do acidente acabam por onerar mais impostos
sobre a sociedade, perdas em renda para as famílias dos acidentados e até a desestruturação
familiar que pode ser causada devido ao ocorrido.

Normas

No intuito de regulamentar o setor que vem crescendo exponencialmente e sendo


modernizado também, é necessária a criação de leis e normas que objetivem esse fim. Algumas
dessas normas serão listadas a seguir para fins de exposição. Caso o leitor se sinta interessado
na extensão total da norma, basta consulta-la com a nomenclatura dada.

NBR’s

1- ABNT NBR ISO/TS 28924:2016 – Máquinas agrícolas – Proteções para partes


móveis de transmissão de potência – Abertura da proteção sem ferramenta;

2- ABNT NBR ISO 5674:2017 – Tratores e máquinas agrícolas e florestais — Proteções


para eixos de transmissão da tomada de potência (TDP) — Ensaios de resistência e
desgaste e critérios de aceitação;

3- ABNT NBR ISO 8210:2016 – Equipamentos para colheita — Colhedoras de grãos


— Procedimento de ensaio;

4- ABNT NBR ISO 7914:2016 – Máquinas florestais — Motosserras portáteis —


Espaçamentos e tamanhos mínimos da empunhadura;

5- ABNT NBR ISO 15077:2016 – Tratores e máquinas agrícolas autopropelidas –


Controles do operador – Forças de acionamento, deslocamento, localização e método de
operação;

6- ABNT NBR ISO 5697:2016 – Veículos agrícolas e florestais — Determinação do


desempenho de frenagem;

7- ABNT NBR ISO 5700:2015 – Estruturas de proteção na capotagem (EPC) – Método


de ensaio estático e condições de aceitação;

8- ABNT NBR ISO 8082-1:2016 – Máquinas florestais autopropelidas – Ensaios de


laboratório e requisitos de desempenho para estruturas de proteção na capotagem. Parte
1: Máquinas gerais;

9 – ABNT NBR ISO 11783-6: 2017 – Tratores e máquinas agrícolas e florestais – Rede
serial para comunicação de dados e controle, Parte 6: Terminal virtual;

10- ABNT NBR ISO 17962:2017 – Máquinas agrícolas – Equipamento para semeadura
– Minimização dos efeitos ambientais de exaustão do ventilador de sistemas
pneumáticos;
11- ABNT NBR ISO 18471:2017 – Equipamentos de irrigação agrícola – Filtros –
Verificação do grau de filtragem;

12- ABNT NBR ISO 14223-2:2016 – Identificação de animais por radiofrequência –


Transponders avançados. Parte 2: Código e estrutura de comando.

NR’s

1 - Norma Regulamentadora Nº 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e


Manuseio de Materiais.

2 - Norma Regulamentadora Nº 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e


Equipamentos.

3 - Norma Regulamentadora Nº 31 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no


Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura.

Máquinas

A tipificação das máquinas e de seus propósitos bem com os métodos de proteção pertinentes
ao seu uso são também de grande relevância. Nesse sentido, iremos listar algumas das máquinas
e dar um detalhamento breve da sua utilização:

Adubadora automotriz: máquina destinada à aplicação de fertilizante sólido granulado e


desenvolvida para o setor canavieiro.

Adubadora tracionada: implemento agrícola que, quando acoplado a um trator agrícola, pode
realizar a operação de aplicar fertilizantes sólidos granulados ou em pó.
Colhedora de algodão: a colhedora de algodão possui um sistema de fusos giratórios que retiram
a fibra do algodão sem prejudicar a parte vegetativa da planta, ou seja, caules e folhas.
Determinados modelos têm como característica a separação da fibra e do caroço, concomitante
à operação de colheita.

Colhedora de café: equipamento agrícola automotriz que efetua a “derriça” e a colheita de café.

Colhedora de cana-de-açúcar: equipamento que permite a colheita de cana de modo uniforme,


por possuir sistema de corte de base capaz de cortar a cana-de-açúcar acompanhando o perfil
do solo. Possui um sistema de elevador que desloca a cana cortada até a unidade de transbordo.
Colhedora de forragem ou forrageira autopropelida: equipamento agrícola automotriz
apropriado para colheita e forragem de milho, sorgo, girassol e outros. Executa o corte da planta,
sendo capaz de colher ou recolher, triturar e recolher a cultura cortada em contentores ou
veículos separados de transbordo.

Colhedora de grãos: máquina destinada à colheita de grãos, como trigo, soja, milho, arroz,
feijão, etc. O produto é recolhido por meio de uma plataforma de corte e conduzido para a área
de trilha e separação, onde o grão é separado da palha, que é expelida, enquanto o grão é
transportado ao tanque graneleiro.

Colhedora de laranja: máquina agrícola autopropelida que efetua a colheita da laranja e outros
cítricos similares.
Escavadeira hidráulica em aplicação florestal: escavadeira projetada para executar trabalhos de
construção, que pode ser utilizada em aplicação florestal por meio da instalação de dispositivos
especiais que permitam o corte, desgalhamento, processamento ou carregamento de toras.

Forrageira tracionada: implemento agrícola que, quando acoplado a um trator agrícola, pode
realizar a operação de colheita ou recolhimento e trituração da planta forrageira, sendo o
material triturado, como forragem, depositado em contentores ou veículos separados de
transbordo.

Motocultivador - trator de Rabiças, “mula mecânica” ou microtrator: equipamento motorizado


de duas rodas utilizado para tracionar implementos diversos, desde preparo de solo até colheita.
Caracteriza-se pelo fato de o operador caminhar atrás do equipamento durante o trabalho.
Trator acavalado: trator agrícola em que, devido às dimensões reduzidas, a plataforma de
operação consiste apenas de um piso pequeno nas laterais para o apoio dos pés e operação.

Trator agrícola: máquina autopropelida de médio a grande porte, destinada a puxar ou arrastar
implementos agrícolas. Possui uma ampla gama de aplicações na agricultura e pecuária, e é
caracterizado por possuir no mínimo dois eixos para pneus ou esteiras e peso, sem lastro ou
implementos, maior que 600 kg (seiscentos quilogramas) e bitola mínima entre pneus traseiros,
com o maior pneu especificado, maior que 1280 mm (mil duzentos e oitenta milímetros).
Trator agrícola estreito: trator de pequeno porte destinado à produção de frutas, café e outras
aplicações nas quais o espaço é restrito e utilizado para implementos de pequeno porte. Possui
bitola mínima entre pneus traseiros, com o maior pneu especificado, menor ou igual a 1280 mm
(mil duzentos e oitenta milímetros) e peso bruto total acima de 600 Kg (seiscentos
quilogramas).

Recomendações e proteções aplicáveis

Dentre as recomendações que devemos ter nas atividades envolvendo maquinas


agrícolas e florestais, podemos citar: atenção a simbologia de perigo presente nas mesmas e
saber sua distinção através dos pictogramas, utilização de vestimenta adequada (roupas justas,
sem cordões e correntes, calçado de couro fechado, cabelo presos e calças compridas),
utilização de EPI (viseira facial, óculos fechados, respiradores, macacões se necessário, luvas e
protetores auriculares), atentar para possíveis pontos de corte, esmagamento, queimadura ou
captura, estruturação de proteção contra capotagem nas máquinas, entre outros.

Vale destacar que o compartilhamento das práticas e a conscientização de todos num


sentido comunitário ajuda muito na prevenção de acidentes de modo que um trabalhador atento
pode salvar a vida de vários.

4 - Conclusão

Por fim, cabe uma reflexão: para que se reduzam os riscos de adicentes, é necessário
que o trabalhador entenda as consequências de suas ações. Apenas dessa forma, teremos uma
redução nos índices de acidentes nesse setor, através de uma gestão integrada, objetiva e clara
da problemática e dos mecanismos de minimização. A atualização da legislação pertinenete
precisa ser uma constante e a adequação as novas tecnologias criadas também.

5 – Referências Bibliográficas

REIS, Ângelo e MACHADO, Antônio. Acidentes com máquinas agrícolas: texto de referencia
para tecnicos e extensistas. Pelotas, UFPEL. 2009.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 12 – Segurança do Trabalho em Máquinas e


Equipamentos, 1978. Disponível em:
< http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEF19C09E2799/nr_12_ssst.pdf
>. Acessado em: 08 jan. 2018.

BRASIL. Previdência Social. Base de dados Históricos da Previdência Social. Disponível em:
<http://www3.dataprev.gov.br/scripts10/dardoweb.cgi>. Acessado em: 08 jan. 2018.

SOUZA, Renato. Brasil tem 700 mil acidentes de trabalho por ano. Disponível em :
<https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2017/06/05/internas_economia,874113/brasil-
tem-700-mil-acidentes-de-trabalho-por-ano.shtml>. Acessado em: 08 jan. 2018.

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