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Direito Constitucional – Prof.

Nelma Fontana

Aula 01 - 27/01/2012
I - Teoria Geral do Direito Constitucional

1. Direito:

1.1 Natural – direito do homem, inerente a condição humana. Está acima das próprias
leis, nasce da dignidade da pessoa humana.

Ex.: Eu não preciso de uma lei que diga que é meu direito me
alimentar. É inerente à condição humana que eu tenha esse direito.

1.2 Positivo – nasce de um conjunto de regras de caráter obrigatório extraídas da


norma fundamental. É a sistematização das regras, de normas, que tem caráter
obrigatório. É a lei em seu sentido amplo (leis, normas, regulamentos, etc.)

Obs.1:
Norma fundamental é a vontade do povo, vontade da maioria.

Questão de prova

CESPE
Item: No Brasil o direito alienígena se sobrepõe ao direito interno.
Resposta: Errado, pois a lei estrangeira não se sobrepõe à lei interna.

CESPE/ABIN
Item: É compatível com Estado de Direito o Estado Policial.
Resposta: Errado. São conceitos diferentes.
Comentários:
Estado de Direito – o estado obedece às leis.
Estado Policial – prevalece à força

O direito positivo pode ser Público ou Privado:

1.2.1 Público – De todos para todos, o estado se sobrepõe à vontade dos


demais. Prevalece a vontade coletiva.

Estado
Ex: João tenta matar José, mas
João perdoa José. Mesmo assim o
Estado entra atuando, independente
das partes.
João José

1.2.2 Privado – O estado só atua se for provado, chamado.

Estado

Ex: João dá um calote em José. O


Estado só atua se José acionar João
José João na justiça.

~1~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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2. Direito Constitucional

2.1 Conceito – ramo do direito positivo público que organiza o Estado nos mais vários
aspectos.
Obs.2:
Constituição  Constitui algo.

3. Conceitos de Constituição

3.1 Sentido Sociológico  Ideia defendida por Ferdinand Lasalle , para o qual, a
constituição não é lei, é fator de poder . Ou seja, a organização completa,
sociológica do Estado.

3.2 Sentido Político  Ideia defendida por Carl Shimitt, para quem, a constituição é
A partir do a organização política do Estado .
sentido
Político, 3.3 Sentido Material  é a que é reconhecida por assunto, pois trata de toda
surgem os
sentidos: estrutura fundamental do Estado – organização política, organização
Material e administrativa, direitos fundamentais.
Formal de
constituição. 3.4 Sentido Formal  Constituição é lei , cujo assunto é irrelevante, importa apenas
a forma utilizada para colocá-lo na constituição.

3.5 Sentido Jurídico  Ideia defendida por Hans Kelsen , para o qual, a constituição é
a lei suprema do estado , independentemente do assunto que trata, da forma
como foi feita ou de qualquer ideologia.

Obs.3:
Norma programática  norma de aplicação futura.
Obs.4:
Constituição programática  NÃO EXISTE ISSO, pois a
constituição cria o Estado e não se pode criar o Estado para o futuro,
mas uma constituição pode possuir normas programáticas.

 Não há certo e errado nos conceitos de Constituição. Qualquer um dos pontos


de vistas é considerado correto de acordo com cada autor.
 Analisando a constituição brasileira, pode-se chegar à conclusão que o sentido
que mais se adéqua a ela é o Sentido Formal.

~2~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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Questão de prova

CESPE/TER-GO
Item: Direito Administrativo;
Direito Penal;
Etc.

Constituição
.

Povo.

Considere que esse símbolo seja o ordenamento jurídico brasileiro, onde se


encontra a CF e porque.
Resposta: Tronco.
Comentários:
É a CF que dá sustentação e “alimenta” os ramos do direito.

4. Classificação das Constituições (Segundo José Afonso da Silva)

4.1 Quanto ao Conteúdo

4.1.1 Material: é aquela que só trota de assuntos essenciais, fundamentais


para a existência do Estado (organização Política, administrativa).

Ex.: EUA.
A
constituição 4.1.2 Formal: é aquela que o assunto é irrelevante, importando apenas a
Material, só forma como foi criada.
pode ser
escrita. Ex.: Brasileira.

Questão de prova

Item: A constituição material tem mais estabilidade que a formal.


Resposta: Certo.
Comentário: Pois por ter menos conteúdo as chances de alterações são
menores.

ESAF
Item: Uma constituição possui conteúdos relativos à organização política e
administrativa do Estado, outras normas só são consideradas
constitucionais pelo sentido formal.
Resposta: Certo.
Comentário: Não que a Constituição possa ser material e formal ao mesmo
tempo, mas o conteúdo só é considerado constituição por estar na
constituição, pois não é de material constitucional.

~3~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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4.2 Quanto à apresentação

Obs.5:
A Constituição Escrita pode ser material ou formal e a não
escrita só poderá ser material.

4.2.1 Escrita: está organizada em um documento.

Ex.: Brasileira.

Esquema 01.

Constituição Um único texto trazendo tudo que trata de matéria constitucional.


Federal

4.2.2 Não escrita: (costumeira, consuetudinária - tradicional) Está


organizada em mais de um documento. Essa não poderá ser formal,
pois nessa só é considerada matéria constitucional, assuntos que
tratem de temas fundamentais para a existência do Estado.

Ex.: Inglesa.

Esquema 02. Lei – B Lei – c


Lei – A
Todo seu conteúdo é Tem conteúdo constitucional Não possui conteúdo
constitucional e conteúdo não constitucional

A B C

As matérias constitucionais estão espalhadas por diversos textos, leis esparsas.

Questão de prova

Item: É certo que a constituição material é consuetudinária.


Resposta: Errado.
Comentário: Errado, a constituição material pode ser consuetudinária (não
escrita) ou escrita.

~4~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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Item: É certo que a constituição consuetudinária é material.


Resposta: Certo.
Comentário: a constituição consuetudinária (não escrita) só pode ser
material.

4.3 Quanto ao modo de elaboração

4.3.1 Dogmática: é a mesma escrita.

Ex.: Brasileira.

4.3.2 Histórica: é a mesma não escrita .

Ex.: Inglesa.

4.4 Quanto à extensão

4.4.1 Analítica: é uma constituição grande, extensa, pois trata de temas


variados.  é a mesma formal.

Ex.: Brasileira.

4.4.2 Sintética: é concisa, resumida, pois só trata de assuntos fundamentais.


 é a mesma material.

Ex.: EUA.

Obs.6:
A quantidade de artigo não interfere na extensão da
Constituição, o que interfere são os assuntos.

Questão de prova

Item: É típico, de constituições analíticas, conter normas programáticas em


seu texto.
Resposta: Correto.
Comentário: pois por tratar de muitos assuntos pode tratar inclusive de
temas futuros.

4.5 Quanto à origem

4.5.1 Outorgada: é uma constituição imposta ao povo.

Ex.: Brasileira de 1824.

4.5.2 Promulgada: é feita por representantes do povo.

Ex.: Brasileira 1988.

~5~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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Obs.7:
A Constituição Brasileira de 1824 foi outorgada, que
estabeleceu limite temporal para sua modificação, além de adotar o
voto censitário (que diferencia o cidadão pela capacidade econômica).
A Constituição Brasileira de 1891 foi promulgada, acabou com o
voto censitário e foi a primeira constituição brasileira à:

Ser promulgada;
Ser republicana;
À adotar a democracia como regime político;
Estabelecer o presidencialismo;
Estabelecer a forma federativa de estado;

A Constituição Brasileira de 1934 foi promulgada e foi a primeira


constituição brasileira à falar sobre direitos sociais e ela foi criada para
tal. Foram criados os primeiros direitos trabalhistas. Foi a primeira
constituição à permitir que a mulher e os analfabetos pudessem votar.

A Constituição Brasileira de 1937 foi outorgada, criada na era


Vargas, vem para “fazer o país crescer”, acaba com a democracia, com
as liberdades individuais e proibiu o judiciário de analisar questões
políticas.

A Constituição Brasileira de 1946 foi promulgada, que


restabeleceu a democracia, as liberdades individuais e consolidou o
poder judiciário.

A Constituição Brasileira de 1967 foi outorgada. Os militares


estavam dentro do CN exigindo a aprovação da constituição e se essa
não fosse aprovada o CN seria fechado.

A Constituição Brasileira de 1967/69 houve alterações


significativas no Estado e foi realizada uma Emenda à Constituição de
1967, mas alguns autores dizem que foi uma nova constituição. Pode
cair da mesma forma na prova. Por isso vamos trabalhar com a de
1967 e a de 1969 sempre como uma podendo ser duas, ou seja
1967/69.

A Constituição Brasileira de 1988 é uma das melhores


constituições do mundo. Um dos fatores é que o Brasil é um dos poucos
países que adotam a democracia semi-direta, onde o povo pode
exercer o direito por meio de representantes ou diretamente
(plebiscito, referendo). Outro fator é que o direito ao voto é clausula
pétrea.

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Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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Aula 02 - 03/02/2012

4. Classificação das Constituições (Segundo José Afonso da Silva) – Continuação.

Obs.8: Constituição cesarista  é aquela submetida à consulta


popular.

4.6 Quanto à estabilidade

4.6.1 Imutável: é uma constituição que não admite nenhum tipo de


modificação.

Ex.: Não há nenhum exemplo.

Os países árabes tem o alcorão como lei maior, mas não se


considera o alcorão como uma constituição, pois o alcorão está no
campo religioso, alguns países árabes já tem um documento
formalizado como constituição outros não,mas o modelo dessa
classificação são classificações de constituições ocidentais, o modelo
oriental é diferenciado.

4.6.2 Rígida: admite modificações em seu texto, mas exige para tal um
processo legislativo bem mais complexo do que o utilizado para
alterações de outras leis. Essa só pode ser escrita.

Esquema 03.

CONSTITUIÇÃO CONSTITUIÇÃO

a a

Lei Lei

-a -a

Ex.: Brasileira 1988.

~7~
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Obs.9: da rigidez constitucional, surge o principio da supremacia


formal da constituição.

Supremacia da Constituição:

Material – todas as constituições possuem, é o


reconhecimento das normas constitucionais.

Formal – há em constituições rígidas e na parte rígida da


constituição semirígida, é a supremacia na forma de modificação da
constituição.
Obs.10: Segundo Alexandre de Morais a atual constituição brasileira é
classificada como super-rígidas ou semi-imutáveis, porque contém
cláusulas pétreas no seu texto.

4.6.3 Flexível: admite modificações em seu texto, utilizando o mesmo


procedimento aplicado para a atualização das demais leis.

Esquema 04.

CONSTITUIÇÃO CONSTITUIÇÃO

a a

Lei Lei

-a -a

Ex.: Inglesa.

4.6.4 Semirígida ou semiflexível: parte do texto exige um procedimento


complexo de modificação e outra parte um procedimento simplificado.

Obs.11: Não confundir Semirígida ou semiflexível com super-rígidas


ou semi-imutáveis são diferentes.

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Esquema 05.

CONSTITUIÇÃO CONSTITUIÇÃO CONSTITUIÇÃO CONSTITUIÇÃO

a - rígido a - rígido a - rígido a - rígido


b - flexível b - flexível b - flexível b - flexível

Lei Lei Lei Lei

-a -a -b -b

Ex.: Constituição Brasileira de 1824.

4.7 A constituição Brasileira de 1988 é:

romulgada

scrita

ogmática

ígida

nalítica

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II – Poder Constituinte

1. Conceito: é o que cria ou atualiza uma constituição.

1.1 Titularidade – a titularidade desse poder é do povo.


1.2 Exercício – quem o exerce são os representantes eleitos pelo povo.

2. Espécies:

2.1 Originário (Cria) 2.2 Derivado (Atualiza a CF ou cria a


CE – Constituição Estadual)
Histórico – é o que cria a primeira constituição
do país;  Reformador;
Ex.: Constituição Brasileira de 1824  Revisor;
 Decorrente;
Revolucionário – é o que cria nova constituição.  Difuso.
Ex.: Constituições Brasileiras de: 1891,
1934, 1937, 1946, 1967/69, 1988. Principais Características:

Principais Características: Limitado


 Condicionado;
*** Ilimitado***; Subordinado;
Secundário;
Tese Jus Naturalista - para essa corrente o Dependente;
poder constituinte originário é ilimitado, porém tal ***Permanente***.
característica é apenas relativa, já que regras
internacionais e os direitos humanos impõem ao
poder restrições.

Tese Jus Positivistas - para essa corrente o


poder constituinte originário é absolutamente
ilimitado. O Brasil adota o Jus Positivismo.

 vale o que esta posto, vale o que está


escrito.

 Essa é a teoria aceita hoje, no Brasil. E não


é porque o Brasil tem uma constituição que
acolhe os direitos fundamentais que ele não é
adotado a Tese Jus Positivistas. Que bom que a
CF brasileira prima por esses direitos, mas se
houvesse uma nova constituição criada hoje,
essa, poderia alterar tudo e não respeitar esses
direitos fundamentais.

Incondicionado;
Insubordinado;
Inicial;
Autônomo;
***Permanente***.
 Pois, pode se manifestar à
qualquer tempo.

~ 10 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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3. Poder Derivado Reformador

3.1 Emendas – Art. 60 – C.F


Nas Emendas Constitucionais, não se pode
3.1.1 Iniciativa falar em casa iniciadora e revisora. Fala-se
apenas CD ou SF.
 Presidente da República Esses termos não são bem vindos quando se
 1/3 da câmara; fala de emendas.
 1/3 do senado;
 Mais da metade das assembléias legislativas manifestando-se, cada
uma delas pela maioria relativa dos seus membros.
Maioria qualificada –
3.1.2 Aprovação: fração, maior que 1/2.

 Quorum de 3/5 do total de membros da casa


 Votação de dois turnos em cada casa.

Atenção!!!
3/5 é mais que maioria absoluta.

3.1.3 Bicameral

 Passa pela câmara e pelo Senado.

Obs.12:
Se proposta pelo presidente ou por 1/3 da câmara dos Deputados 
Inicia na Câmara;
Se proposta por 1/3 do Senado ou por mais da metade das assembléias
legislativas  inicia no Senado.

Câmara Senado

- Comissão; - Comissão;
- Plenário (2 vezes) - Plenário (2 vezes)

3.1.4 Sanção e Veto: NÃO HÁ.

Obs.13:
No processo legislativo de emenda constitucional a única participação do
Presidente da República é na iniciativa

3.1.5 Promulgação: Realizada em sessão conjunta pelas mesas da câmara e


do senado. Logo, a promulgação é feita pelos dois órgãos
administrativos Câmara e Senado. É aqui que a EC ganha seu número
de ordem.

~ 11 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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3.1.6 Publicação: Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua


publicação, salvo quando seu texto estabelece outra data.

Obs.14:

Matéria constante de proposta de Emenda rejeitada ou havida por


prejudicada (não chegou à ser votada por algum impedimento, como por
exemplo propositura por pessoa incompetente para tal) não será objeto
de nova deliberação na mesma sessão legislativa.

Obs.15:

Sessão legislativa corresponde à um ano de trabalho que não é igual


ao ano civil.

Sessão Legislativa Ano Civil.

02/02 à 17/07 e de 1º/08 à 22/12 01/janeiro à 31/dezembro

Obs.16:

Matéria constante de PEC rejeitada durante a sessão legislativa


ordinária poderá ser reapreciada numa sessão legislativa extraordinária,
ainda que no mesmo ano civil.

~ 12 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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Aula 03 - 10/02/2012 Não se pode criar cláusulas


pétreas, só pode ampliar as já
existentes. Para dar origem à
3. Poder Derivado Reformador (continuação)
Cláusula Pétrea, só por nova
constituição.
3.2 Emendas – Art. 60 – C.F –(continuação)

3.2.1 Limites:

-Expresso – Cláusulas Pétreas - Art. 60, §4º, C.F .

 Quais são (São Taxativos):

♦ Forma federativa do Estado;


♦ Voto direto, secreto, universal e
É o direito de votar e periódico;
não o ato de votar em si. ♦ A separação dos poderes;
EC não pode tirar o ♦ Os direitos e garantias individuais.
direito de votar, mas
pode tirar a Obs.17: Para combater a deliberação de uma PEC
obrigatoriedade do voto. inconstitucional o STF apenas admite Mandato de Segurança
(MS) que só poderá ser impetrado por parlamentar.

Ex.: PEC “trem da alegria”.

 Formas de modificação de Cláusulas


Pétreas:
a. Material ♦ Para ampliar ;
Ex.: Art. 5º, LXXVIII – ampliação feita
pela EC Nº 45, de 2004.

♦ Para reduzir, sem prejudicar o núcleo


essencial;

♦ Para alterar a expressão literal (como


foi escrito o texto), desde que não
prejudique a essência (eu mudo só
uma vírgula que muda todo o
sentido do texto).

-Implícito – Não está escrito na CF, mas entende-se


Não pode ser chamada como limite material.
de Cláusula Pétrea, mas
se for chamada de  Quais são (taxativos):
Cláusula Pétrea
IMPLICITA está correta. ♦ Titularidade do poder constituinte
(povo);
♦ Exercício do Poder Constituinte;
♦ O Art. 60 da CF .

~ 13 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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b. Circunstancial – A CF não poderá ser emendada na vigência de


estado de sítio, estado de defesa e intervenção federal.

c. Formal/Processual – O processo legislativo de Emenda Constitucional


deve ser integralmente cumprido sobre pena de
inconstitucionalidade.

Ex.: EC/19 foi declarada inconstitucional por esse motivo. Por ter
sido votada uma única vez em cada casa.

d. Temporal – não há.

4. Poder Derivado Revisor

Poder Revisor Poder Reformador

 Emendas de Revisão (ADCT, Art. 3º, CF);  Emendas (Art. 60, CF);
 Único (realizado uma única vez);  Permanente;
 Limite Temporal  Após 5anos (não  Não há limite temporal;
precisava ter sido feita no 5º ano  Rigoroso;
exatamente, como foi feita, poderia ter o Bicameral (CD e SF);
sido feita à qualquer tempo depois de o 2 turnos em cada Casa;
completado 5anos); o Quorum: 3/5.
 De modo simplificado (em relação ao
procedimento do reformador);
o Unicameral (CN);
o 1 turno;
o Quorum: Maioria Absoluta.

Unicameral ≠ Conjunta

Unicameral Bicameral

513 + 81 = 594 parlamentares Deputados + Senadores

Não vejo deputado e senadores, vejo Vejo Deputados e Senadores, ou seja,


parlamentares, ou seja, Deputados e Deputados e senadores estão juntos,
senadores estão juntos e votam juntos. mas votam separados.

Obs.18: Os limites definidos para o poder reformador, valem para o poder


revisor, com a única diferença que para o poder reformador não há limite
temporal e para o poder revisor há o limite temporal.

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5. Poder Derivado Decorrente

É o que cria a Constituição estadual.

Esquema 06.

Constituição
Federal

Constituição Lei Orgânica


Estadual Municipal

Lei Orgânica É uma Lei e está subordinada à CF e a


DF CE. Não tem poder Constituinte
Decorre da CF
Decorrente.
Tem poder Constituinte
Decorrente

♦ Tem Estatutos de Constituição Estadual, pois se subordina apenas à CF, mas há


discordância se tem ou não Poder Constituinte Decorrente, uma vez que o DF em alguns
aspectos tem características de Estado e em outros momentos tem características de
municípios.
♦ Se a prova particularizar a doutrina dizendo que o DF é estado ou município eu aplico o
entendimento de que se particularizado como Estado tem poder decorrente e se
particularizado como município não há poder decorrente, mas se não houver nenhuma
dessas particularizações não há poder decorrente.

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Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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Aula 04 - 17/02/2012

6. Poder Derivado Difuso (Mutação Constitucional)

É uma mudança informal na constituição pois o texto constitucional não é modificado


tão somente é alterada a forma de sua interpretação.

Ex.: Art. 5º, LXVII e Art. 226, §3º.

7. Hierarquia das normas

Obs.19: Lei que seja contrária à Lei orgânica dos municípios não será inconstitucional e sim
ilegal. Apenas leis contrarias à Lei Orgânica do DF serão consideradas inconstitucionais
tendo em vista que a Lei Orgânica do DF tem status de constituição.
constituição
Obs.20: Não háá hierarquia entre Lei Federal, Estadual e Municipal.
Municipal Havendo entre elas
conflito, o conflito será esclarecido verificando-se
verificando se de quem é a competência para tal
matéria.

Esquema 07
CF CF
TIDH - CE/LODF
Obs.21:

Primarias (Art.
59 CF)
Primarias

Secundárias Secundárias
Federal Estadual
Obs.21: TIDH – Tratados Internacionais de Direitos Humanos. Será falado
falado mais à frente, mas
antecipa-se
se que eles devem ser aprovados conforme trâmite de emendas (art. 5º, §3º, CF).

CF
CE
LOAM
Primárias
Secundárias

Municipal

~ 16 ~
Ano
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8. Tratados Internacionais

a) Tratados Internacionais  Vale como uma Lei Ordinária (que é uma lei de espécie
primária);

b) Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos  aprovação pelo procedimento


de emenda  Vale como uma Emenda Constitucional (Art. 5º, §3º)

c) Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos, sem a aprovação pelo


procedimento de emenda  Vale como Lei Supra legal (Não é maior que a Emenda,
mas vale mais que as leis - decidido pelo STF).

9. Aplicação de uma nova constituição.

9.1 Constituição Nova X Constituição Passada –

9.1.1 Revoga  a nova Constituição revoga completamente a Constituição


Passada.

Esquema 08. - Revogação

CF/67 CF/88

9.1.2 Recepção  recepcionar é permitir que normas da constituição


anterior continuem a produzir efeitos. O Brasil não adota Recepção
tácita, mas aceita se a recepção estiver expressa.

Esquema 09. - Recepção

CF/67 CF/88
b
a
c

É recepcionada, ou seja, apesar de não estar


escrita no texto constitucional é recepcionada
por não dizer nada contrário ao escrito pela
nova CF.

~ 17 ~
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9.1.3 Desconstitucionalização  é recepcionar normas da constituição


passada, mas rebaixando-as à condição de leis.

Esquema 10. - Desconstitucionalização

CF/67 CF/88
b
a
c

Lei
a

É recepcionada, mas perde o valor de item


constitucional e passa à ser uma lei normal.

9.1.4 Repristinação  Repristinar é devolver ao ordenamento jurídico


norma constitucional já revogada, pelo fato de que o que foi utilizado
para revogá-la, também passou por revogação.

Esquema 11. - Repristinação

Lei 1 Lei 2
a -a

Lei 3
Lei 1 Lei 2
Revoga
a -a
Lei 2

Volta à valer!

Obs.22: O Brasil não adota repristinação tácita, porém uma decisão do STF
poderá ter efeito repristinatório.

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9.2 Constituição Nova X Leis Infraconstitucionais

9.2.1 Se materialmente compatível Recepção.


9.2.2 Se materialmente incompatível  revogação.
9.2.3 Inconstitucionalidade superveniente  não é aplicada no Brasil. É a
declaração de inconstitucionalidade de lei anterior a constituição, que
apresenta com esta incompatibilidade

Obs.23: Não há inconstitucionalidade de lei anterior. Ou ela é recepcionada ou é


revogada, se ela for revogada é incompatível e não inconstitucional.

Esquema 12. – Inconstitucionalidade superveniente

CF/88
CF/67
-a

Lei Lei
a a

Não é É inconstitucional.
inconstitucional, é
incompatível.

9.3 Constituição Nova X Negócios Jurídicos

O Brasil adota a teoria da Retroatividade mínima.

Retroatividade Mínima  alcança as parcelas à vencer de negócio jurídicos


anteriores à ela.

Esquema 13. – Retroatividade Mínima

CF/67 CF/88
Juros Juros
de 40% de 1%

40% 1%

~ 19 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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Aula 05 - 24/02/2012
III – Eficácia das Normas Constitucionais
*Segundo José Afonso da Silva

1. Plena: Tem aplicação Imediata, integral da norma e alcance amplo.

2. Contida: Tem aplicação Imediata, integral da norma, porém seu alcance é redutível
seja por lei ou pela própria CF..

Ex.:
Limitada por lei  Art. 5º, XIII

“XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou


profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer;”

Limitada pela própria CF  Art. 5º, XXII

“XXII - é garantido o direito de propriedade;”

Esse inciso é limitado por outro inciso do mesmo artigo da CF, à saber:

“XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;”

3. Limitada: Tem aplicação mediata (futura), depende de regulamentação –


necessariamente por Lei.

4. Programática: Tem aplicação mediata (futura), depende do dia do possível.

Ex.:
Art. 7º, IV.

“IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado,


capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua
família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
vestuário, higiene, transporte e previdência social, com
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo,
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.”

~ 20 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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IV – Interpretação Constitucional

 A constituição assegura uma igualdade material;

Ex.:

Deve-se tratar os iguais igualmente e os desiguais na medida de suas


igualdades.

1. Princípios:

1.1. Princípio da Unidade:

 Não há hierarquia entre normas constitucionais;


 Uma norma constitucional complementa a outra;
 Não há contradição entre normas constitucionais.

2. Preâmbulo

Conforme posicionamento do STF, o preâmbulo da Constituição Federal não tem


valor jurídico. Haverá apenas valor político e histórico e é utilizado para a interpretação
constitucional.
O preâmbulo da CF/88 reconhece, oficialmente, a existência de Deus, mas não
determina religião oficial.

3. ADCT – Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

São normas constitucionais criadas para produzir efeitos em um determinado


momento, com um prazo pré-estabelecido.
Podem ter emendas em seus dispositivos.
O STF entendeu que as Constituições estaduais não podem ter ADCT.

~ 21 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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Aula 06 - 02/03/2012
V – Princípios Fundamentais
(1º ao 4º)

1. Formas de Governo (Art. 1º):

É a relação do governante com o governado.


Há duas formas de governo:

1.1. República:

O Brasil adota essa forma de governo desde a nossa 2ª Constituição (CF


1891).

1.1.1.Características republicanas (Princípios Republicanos):

 Eletividade;
 Representatividade popular;
 Temporalidade - Há duas teorias à cerca disso:
 A primeira diz que se precisa ter mandato com data de início e
data de fim;
 Mandato com alternância.

O presidente da república só poderá ser reeleito por 2mandatos


consecutivos, mas poderá ter o 3º mandato desde que haja ao menos
1(um) mandato entre o 2º e o 3º mandato.
O vice-presidente, mesmo tendo sido vice por 2mandatos
consecutivos, poderá se candidatar ao cargo de presidente da
República, uma vez que são cargos distintos, mas caso esse vice-
presidente tenha sucedido (de maneira definitiva) ao presidente, o
próximo mandato contará como re-eleição.
O presidente da república não poderá se candidatar, na eleição
imediatamente posterior ao 2º mandato, à vice presidente, uma vez
que, pode haver necessidade de sucessão e isso resultaria em um
terceiro mandato do presidente.

 Responsabilidade.
 Dever de prestar contas.

1.2. Monarquia:

1.2.1.Características Monárquicas (Princípios Monárquicos):

 Hereditariedade;
 No vaticano a hereditariedade é na verdade uma Eletividade já
que não dá pra haver hereditariedade com relação ao Papa.
 Não há representatividade popular;
 Vitaliciedade;
 Irresponsabilidade.

~ 22 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Obs.24: A forma republicana de governo não é cláusula pétrea, mas constitui limitação
material implícita ao poder de reforma da Constituição. É uma cláusula pétrea implícita.

Obs.25: A república é princípio constitucional sensível. (art. 34, VII)


Princípio constitucional sensível são aqueles que são capazes de gerar por si só a
intervenção federal.

Esquema 14. – Diferença estrutural entre República e Monarquia.

Povo Monarca

Governante Súditos

2. Formas de Estado (Art. 1º):

Organização político-administrativa do país.

2.1. Unitário:

Poder centralizado.

2.2. Federal:

Poder descentralizado.
O Brasil adota o estado federal em sua constituição de 1891.

2.2.1.Características Federativas (Princípios Federativos):

 Descentralização;
 Autonomia – capacidade de auto-organização;
 Soberania – autodeterminação.
 Quem detém a soberania é o Brasil.
 Quem representa a soberania do Brasil é a União.
 Tríplice autonomia 
 auto-governo;
 organização política; e
 organização administrativa.
 Constituição rígida;
 Proibição de secessão;
 Órgão que represente os estados membros  senado;
 Guardião da CF  STF.

3. Regimes Políticos (Art. 1º):

3.1. Autocracia:

 Totalitarismo

~ 23 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

3.2. Democracia:

3.2.1.Direta  o povo toma as decisões.

3.2.2.Indireta (representativa)  o povo elege representante para a tomada de


decisões.

3.2.3.Semi-direta (participativa)  algumas decisões tomadas pelo povo e outras


pelos representantes do povo.

3.2.4.Formas de participação direta (art. 14)

3.2.4.1. Plebiscito

Consulta prévia ao povo. A competência de convocação é do CN (art.


49, CF).
O congresso pode convocar sempre que julgar necessário, mas existem
convocações obrigatórias: Criação de novos Estados, Territórios e
Municípios (art. 18);

3.2.4.2. Referendo

Consulta, que se faz ao povo, posterior à uma lei ou decisão para


confirmar ou não a decisão.

3.2.4.3. Iniciativa popular

Capacidade que o cidadão tem de propor projeto de lei.


A iniciativa popular em âmbito federal exige que o projeto de lei seja
subscrito por no mínimo 1% do eleitoral nacional dividido por pelo menos
5estados da federação, tendo cada estado no mínimo 0,3% de seus
eleitores. (art. 61)
Cabe pra qualquer lei, seja complementar ou ordinária, mas não vale
para emenda constitucional.

 Iniciativa popular nos estados  será definida pela lei. (art.


27, CF)
 Iniciativa popular nos municípios  o projeto de lei deve ser
subscrito por no mínimo 5% do eleitorado municipal.

~ 24 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 07 - 09/03/2012

3. Estado de direito (Art. 1º):

Estado regulamentado por lei. em que prevalecem as leis – só as leis podem


obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer algo.

4. Estado Policial de direito (Art. 1º):

Prevalece o próprio arbítrio, a própria vontade. Prevalece à própria razão.

É justamente o contrário do Estado de Direito, é a ideia de que os “fins justificam


os meios” e no estado de direito isso não é válido.

5. Fundamentos (Art. 1º):

Prevalece o próprio arbítrio, a própria vontade. Prevalece à própria razão.

berania
dadania
gnidade da pessoa humana
ores sociais do trabalho e da livre iniciativa
ralismo político.
5.1. Soberania:
É a soberania do povo, só se trata de soberania do Estado (país) quando se
compara um Estado (país) á outro Estado (país).

5.2. Cidadania:
É a plena atuação do povo na estrutura do Estado. Não é apenas o direito de votar
e ser votado, é um conceito mais amplo.

5.3. Dignidade da Pessoa Humana:


Segundo o STF é o maior de todos os fundamentos. Fala-se de “pessoa humana”
para diferenciar da pessoa Jurídica.

5.4. Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa:


Livre iniciativa  o estado não vai interferir na escolha da sua profissão.

5.5. Pluralismo Político:


Podemos defender diferentes tipos de ideologias. É o mesmo que pluralismo
ideológico.
Por consequência eu tenho o pluralismo partidário, pois o partido político, em
tese, tem por base uma ideologia.

~ 25 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

6. Separação dos Poderes (Art. 2º):

Quem primeiro identificou a existência das três funções do estado – administrar,


legislar e julgar – foi Aristóteles.
Montesquieu veio depois afirmando essa existência e efetivando a tripartição dos
poderes, dando “nomes” aos poderes responsáveis por cada uma das funções, dando
existência então aos poderes Executivo, Legislativo e judiciário.
A teoria definida por Montesquieu já foi superada, uma vez que, hoje a teoria que
se aborda é que não há três poderes, mas sim um poder só que é o poder do povo,
esse poder é que se divide em três funções sendo então o Poder do Povo para Legislar,
o Poder do Povo para Administrar e o Poder do Povo para Julgar.
Os poderes tem uma separação clara, mas não rígida ou seja podem exercer
“atipicamente” funções típicas de outros poderes.

Ex.:

A posse de um servidor no senado será realizada pelo Presidente do Senado,


um ato tipicamente administrativo, realizado de maneira atípica pelo
legislativa.

7. Objetivos Fundamentais (Art. 3º):

São desejos futuros. É algo que será feito dentro da medida do possível, não se
pode dizer que nunca serão implementados, ao menos na teoria o Estado deve buscar
diariamente alcançar esses objetivos.

nstruir uma sociedade livre, justa e solidária.


rantir o desenvolvimento nacional.
radicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais.
mover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

8. Princípio que regem as relações internacionais do Brasil (Art. 4º):

ndependência Nacional
revalência dos Direitos Humanos.
utodeterminação dos povos.
ão intervenção.
gualdade entre os Estados.
efesa da paz.

olução pacífica dos conflitos

epúdio ao terrorismo e ao racismo.

operação entre os povos para o progresso da humanidade

ncessão de asilo político.


~ 26 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

8.1. Crimes Imprescritíveis:

Só a CF pode estipular crimes imprescritíveis e ela define apenas dois:

 Racismo (Art. 5º, XLII); e


 Ações de grupos armados (Art. 5º, XLIV).

8.1.1.Racismo (Art. 5º, XLII):

É crime inafiançável imprescritível e sujeito à pena de reclusão.


Tanto a não permissão de fiança e a imprescritibilidade do crime de
racismo, são exceções.

A pena de reclusão deve obrigatoriamente começar a ser cumprida em


regime exclusivamente fechado (ou seja encarcerado) já a detenção fica a
critério do juiz a possibilidade de se iniciar o cumprimento da pena em
regime aberto.

8.2. Crimes Inafiançáveis (Art. 5º, XLIII):

Só a CF pode estipular crimes inafiançáveis e ela define apenas:

 Racismo;
 Terrorismo
 Crimes hediondos; e
 Trafico ilícito de substâncias entorpecentes.

8.2.1.Terrorismo (Art. 5º,):

O terrorismo não é praticado apenas contra povos, mas contra


cultura ou características físicas, mentais e etc. É crime inafiançável e
não cabe graça ou anistia.

8.2.1.1. Graça  dada pelo presidente da república e alcança (perdoa)


apenas uma pessoa, por um determinado crime;

8.2.1.2. Anistia  vem de lei, logo contempla todos que estão na


mesma situação.

8.3. Asilo Político:

É concedido por Crime Político ou Crime de Opinião.

A concessão de asilo Político não impede a posterior extradição, desde que não
seja por crime político nem de opinião.

~ 27 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

8.3.1.Extradição (Art. 5º, LI):

É um pedido de entrega de um criminoso. A extradição da que


trataremos é relacionada a extradição do Brasil, a extradição para o
Brasil é conforme lei do Estado que efetuará a extradição.

A decisão de extraditar ou não é do Presidente da República, mas a


competência pra julgar se o pedido é ou não legal e constitucional.
(Competência do STF – Art. 102, I, “g”)

O pedido de extradição chega ao País por meio do Itamaraty é


encaminhado ao presidente que toma ciência e o encaminha ao STF que
é quem diz se pode ou não haver a extradição, a informação retorna ao
presidente. Sendo informado de que a extradição é ilegal ou
inconstitucional o presidente da república simplesmente diz que não
pode extraditar, mas sendo a informação de que a extradição pode
ocorrer o presidente decide se é ou não conveniente extraditar.

Para que o STF julgue o pedido de extradição o extraditando deverá


estar obrigatoriamente preso.

O STF deve seguir alguns princípios para julgar essa extradição são
eles:
 Nacionalidade 

o Brasileiro

 Nato  Jamais extradita;


 Naturalizado  Pode por:
♣ crime anterior a naturalização;
♣ Tráfico Ilícito de Substancias entorpecentes à
qualquer tempo.

o Estrangeiros  Pode desde que não se trate de crime


político ou de opinião. (Art. 5º, LII)

 Crime 

o Não poderá ser político ou de opinião;


 O Brasil pode dar asilo por crime político e
de opinião e depois extraditar a mesma
pessoa por outro crime que não os de crime
político ou de opinião.
o Tem que ter dupla tipicidade (ser crime lá e ser crime
aqui também);
o As penas, para o crime, não podem ser nenhuma das
penas proibidas no Brasil que são:
 Pena de Morte;
 Caráter perpetua;
 Banimento;
 Trabalhos forçados;
 Cruéis.

~ 28 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 Penas  As penas, para o crime, não podem ser nenhuma


das penas proibidas no Brasil que são:

o Pena de Morte;
o Caráter perpetua;
o Banimento;
o Trabalhos forçados;
o Cruéis.

 Tratado  os países envolvidos devem ter tratado de


extradição, pois é o documento que contém as regras para
essa extradição. Esse tratado não precisa ser prévio, basta
que ele exista, pode ser feito no ato da extradição.

~ 29 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 08 - 12/03/2012

8.3.2.Deportação:

Mandar sair do país o estrangeiro ilegal.

8.3.3.Expulsão:

Mandar sair do país o estrangeiro que não é bem vindo. Não está
ilegalmente, entrou no país pelos caminhos corretos e depois foi
considerado “persona non grata”.
Essas decisões cabem Não necessariamente será um criminoso, mas poderá ser apenas não
sempre ao chefe do quisto. Um exemplo de não criminoso que quase foi expulso do Brasil foi
poder executivo. o jornalista que fez reportagem chamando o Presidente Lula de
“Cachaceiro".

8.3.4.Banimento:

É inconstitucional.
É mandar sair do País o Nacional. Seria a expulsão do Brasileiro. Não
pode ocorrer independente de ser Brasileiro nato ou naturalizado.
Na constituição anterior à de 1988 muitos brasileiros foram banidas
do país, entre eles grandes escritores, músicos, poetas, artistas em geral.

~ 30 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

VI – Organização do Estado
(Art. 18 a 36)

1. Entes Federativos:

Os artigos 1º e 18 da CF são diferentes. O 1º trata de organização geográfica e o art.


18 trata de estrutura político-administrativa.

 União;
 Estados;
 DF;
o Distrito normalmente não possui autonomia, integra a estrutura do
Estado, mas a CF/88 deu ao Distrito Federal a autonomia que antes não
tinha. O DF é um ente federativo hibrido já que em alguns aspectos tem
características de Estado e em outras tem características de municípios.
o A autonomia do DF foi parcialmente tutelada pela União. O DF não pode
legislar sobre:
 Poder judiciários;
 Ministério Público;
 Defensória pública;
 Polícia civil;
 Polícia Militar;
 Bombeiro Militar.
 Municípios.

Não há relação de hierarquia entre os entes.


Territórios não é ente federativo, pois não tem autonomia política, é considerada
uma autarquia “especial”.

~ 31 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

2. Autonomia:

União Estados DF Municípios


Presidente da República auxiliado
pelos ministros de Estado.
Prefeitos auxiliados pelos secretários
Executivo

Art. 76, CF de municípios.


Governador auxiliado pelos secretários Governador auxiliado pelos secretários
de Estado. de Estado.
* Assessor não pode substituir *Eleições sempre 2anos após as
Ministros, pois assessor não possui eleições gerais.
função pública enquanto que o
Ministro sim.
1º Turno:
- 1º Domingo de Outubro;
- Se nenhum candidato obtiver no 1º turno a metade (50%) mais um (um voto) dos votos válidos (excluídos brancos e nulos);
2º Turno: (se houver)
- Último Domingo de Outubro.
Eleição

- Concorrem os 2candidatos mais votados (se houver empate, aplica-se o critério de idade, dos dois o mais idoso).
- Tais situações valem também para os Estados e DF. Nos casos de municípios só se aplica a regra de 2º turno para municípios com mais de 200mil eleitores.
Havendo menos, os municípios elegerão simplesmente o mais votado, independente de atingirem ou não a regra de e 50%+1 votos válidos. Lembrar que são mais de
200mil eleitores e não habitantes.

Se após as eleições e antes da posse houver vacância do cargo de Presidente o Vice assume, havendo vacância dos dois efetiva-se a regra de vacância como se eles
tivessem tomado posse, ou seja, serão realizadas novas eleição 90dias após aberta a última vaga.

~ 32 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

União Estados DF Municípios


Câmara Legislativa

Recebe esse nome para


Congresso Nacional
mostrar que é hibrido.
 Câmara dos Deputados (CD); Assembléia Legislativa (AL) Câmara Municipal
Câmara (retirada de “câmara
 Senado Federal (SF).
municipal”)+ Legislativa
(retirada de “assembléia
legislativa”).
Câmara dos Deputados Senadores Federais Deputados Estaduais Deputados Distritais Vereadores
 O número de Deputados Federais é fixo:  O número de senadores hoje é de  A cada 4anos renovação  A cada 4anos renovação  Eleição
513 (LC). 81; total; total; Proporcional;
 A quantidade de Deputados federais por  Cada estado terá a  Idade mínima 21anos –  Idade mínima 21anos – na  Idade mínima de
estado é proporcional à população, representatividade de 3 (três) na data da posse; data da posse; 18anos.
Legislativo

respeitando o número mínimo e o senadores;  Eleição proporcional;  Eleição proporcional;  Mínimo de 9


máximo por estado. Números esses  Todos os senadores possuem  Os suplentes são os  Os suplentes são os (nove)
definidos pela CF/88 como: mandato de 8anos – pois próximos mais votados próximos mais votados da vereadores;
 Mínimo de 8 (oito); representa o estado então o da coligação; coligação.  Máximo de 55
 Máximo de 70 mandato é maior para  Tendo até 12 Deputados  Tendo até 12 Deputados vereadores;
 Cada território terá a acompanhar o crescimento do federais o número dos federais o número dos 
representatividade, fixa, de 4 (quatro) Estado; Deputados estaduais será Deputados estaduais será
Deputados federais;  Renovação parcial em 1/3 (27) e 3x o número de 3x o número de Deputados
 Todos os Deputados possuem mandato 2/3 (54) à cada 4anos; Deputados federais, federais, passando de 12
de 4anos;  Territórios não têm passando de 12 soma-se soma-se 24 ao número de
 A cada 4anos renovação total; representatividade no senado, 24 ao número de Deputados Federais para se
 Idade mínima 21anos – na data da pois não são entes federativos; Deputados Federais para ter a quantidade de
posse;  Idade mínima 35anos – na data se ter a quantidade de Deputados Estaduais. (Vide
 Eleição proporcional; da posse; Deputados Estaduais. tabelinha de contagem)
 Os suplentes são os próximos mais  Eleição majoritário; (Vide tabelinha de
votados da coligação.  O senador já é eleito com dois contagem)
suplentes.

~ 33 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Calculo de quantidade de Deputados Estaduais


Federais Estaduais/Distritais
8 X 3 = 24
9 X 3 = 27
10 X 3 = 30
11 X 3 = 33
12 X 3 = 36
13 + Diferença entre 36 e 12 = 24 = 37
14 + 24 = 38
15 + 24 = 39
. . . . .
. . . . .
. . . . .
69 + 24 = 93
70 + 24 = 94

União Estados DF Municípios

Tribunais de justiça, juízes


estaduais, e justiça militar se houver
STF, STJ, Tribunais e Juízes (o estado que tiver um efetivo
do Trabalho, eleitorais, militar superior à 20mil integrantes
militares, federais e do poderá criar a sua justiça militar
Distrito Federal e Territórios própria – é pra julgar os militares
estaduais, os das forças armadas Tem Judiciário
Judiciário

Não há.
*O STF é uma corte são julgados pela justiça especial mantido pela União!
constitucional militar da união – no caso do estado
** O STJ e STF são não ter justiça militar própria é a
chamados de órgãos de justiça “comum” que julga e no caso
superposição. de haver tribunais militares esses
fazem parte da justiça comum
estadual).

O CNJ é órgão do judiciário, mas tem caráter meramente administrativo. O STF entendeu que o CNJ não é
órgão da união, mas é um órgão nacional sendo assim ele pode fiscalizar também a justiça estadual

~ 34 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Órgãos de Superposição
STF

CNJ
Superiores
Tribunais

STJ TST TSE STM


Ministros Ministros Ministros Ministros

Desembargadores
Instancia

TJ´s TJDFT TRF´s TRT´s TRE´s -


Instancia

1ª Instancia
Juiz Juiz Juiz Juiz Juiz Juiz

Juiz de
Justiça Comum Justiça Especializada

~ 35 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 09 - 16/03/2012

3. Competência:

Assuntos de interesse nacional  Competência da União;


Assuntos de interesse Regional  Competência dos Estados;
Assunto de interesse Local  competência dos Municípios.
O DF por ser ente federativo hibrido vai acumular competências estaduais e
municipais.

3.1. Da União:

3.1.1. Administrativas – Para Administrar  Não trazendo a informação de “Legislar”


será competência administrativa

3.1.1.1. Exclusiva (Art. 21, CF) – Só da União.

 É indelegável;

3.1.1.2. Comum (Art. 23, CF) – É da União, dos Estados, do DF e dos


Municípios.

3.1.2.Legislativas – Para legislar  Sempre que for competência legislativa a CF vai


trazer a informação “legislar”.

3.1.2.1. Privativa (Art. 22, CF) – Só da União;

 É delegável aos estados – Parágrafo Único.


o Ao efetuar a delegação a União não poderá delegar para um
em específico, ela vai delegar para todos, mesmo que nem
todos façam a lei.

3.1.2.2. Concorrente (Art. 24) – É da União, dos Estados e do DF.

 A união não tem competência concorrente expressa com o


município;

Esquema 15. –
Estado “X” DF
União Até Exatamente
120dias 120dias

Norma Norma Norma


Geral Geral Geral

Ex.: A união no art. 5º, L trás que: “ às presidiárias serão asseguradas condições para
que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação”, mas
não trás os detalhes. Mantém a norma geral em todos os Estados e cada qual faz o
“detalhamento” de sua lei.

~ 36 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Estado “X” DF
União “a” “b”

União

-a
Suspende Permanece

Estado “X” DF
“a” “b”

Ex.: (suposição) A união não legisla sobre determinado assunto e um Estado legisla e
depois vem a União e legisla dizendo o contrário. A lei federal vem suspendendo a
eficácia do que for contrário a CF, só suspende não revoga, se a lei federal for
revogada a lei estadual volta à valer, a lei estadual só poderá ser revogada se houver
outra lei estadual revogando tal lei. Deve-se lembrar também que só se suspende a
eficácia do que for contrário o que for igual ou não for dito na lei federal continua
valendo.

3.2. Dos Estados – Art. 25:

É competência Residual. Há uma competência residual destinada à União que é para


dispor sobre matéria tributária, nos termos do Art. 154, CF.

3.3. Dos Municípios – Art. 30:

3.4. Do DF– Art. 32:

~ 37 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

3.5. Estados X DF:

Estados DF
Não podem ser divididos em municípios, já
que o DF foi criado para proteger a capital
Podem ser divididos em Municípios. federal, Brasília, e criar municípios significa dar
autonomia à eles e essa autonomia
atrapalharia a proteção à capital Federal.

4. Criação de Novos Estados:

 Tem que haver plebiscito com a população interessada;


o Não sendo aprovado por plebiscito o projeto é arquivado e só poderá
ser discutido novamente na próxima legislatura;
o Sendo aprovado pela população o Congresso Nacional poderá realizar
a criação do novo Estado, mas o Congresso não fica obrigado à criar o
novo estado.
 É feita através de Lei Complementar Federal.

4.1. Fusão (incorporar):

Dois estados se unem para formar um só;

4.2. Subdividir:

Um estado é dividido. O Estado original continua existindo e um pedaço dele se torna


outro estado.

Ex.: Goiás que teve uma parte que se tornou o Estado do Tocantins.

4.3. Desmembrar:

Um estado é dividido. O Estado original deixa de existir e se criam dois ou mais


territórios.

Ex.: Goiás que teve uma parte que se tornou o Estado do Tocantins.

~ 38 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 10 - 19/03/2012

5. Formação de Novos Municípios (art. 18, §4 º):

 Tem que haver estudo de viabilidade;


 Realizar plebiscito com a população diretamente interessada;
o Não sendo aprovado por plebiscito o projeto é arquivado e só poderá
ser discutido novamente na próxima legislatura;
o Sendo aprovado pela população o Congresso Nacional poderá realizar
a criação do novo Estado, mas o Congresso não fica obrigado à criar o
novo estado.
 É feita através de Lei Estadual. Após autorização de Lei Complementar Federal
para criação de novos municípios;

6. Territórios:

 Não é ente federativo;


 É considerado autarquia;
 O território é sempre parte da união;
 Motivos para criação de territórios:
o Segurança (defesa nacional);
 Caso de um estado sendo invadido por outro país que é
transformado em território para que assim a União tivesse a
gestão daquele estado que se tornou um território.
o Proteção ambiental;
 Um exemplo disso é Fernando de Noronha que era um
território por questão de proteção ambiental, mas foi dada
autonomia para que os estados cuidassem desses aspectos,
logo Fernando de Noronha foi incorporado ao estado de
Pernambuco.
 Para criação de novos territórios fica obrigatória a realização de plebiscito
com a população diretamente interessada, no caso daquele que for criado ser
parte de um Estado;
o No caso de ser um “pedaço de terra” conquistado de outro país, por
exemplo, não há necessidade de plebiscito nesse caso.
 Por meio de lei complementar federal

7. Proibições:

 Eles não poderão criar distinções de tratamento entre brasileiros;


 Não poderão recusar fé à documento público emitido por outro ente
federativo;
 Estabelecer , custear, embaraçar o funcionamento ou manter aliança com
religião ou culto religioso. Ressalva-se apenas, na forma da lei, a
colaboração de interesse público;

8. Bens:

 Fazer leitura comparativo entre art. 20 e 26;

~ 39 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

9. Intervenção Federal (Art. 34) X Intervenção Estadual (Art. 35):

Intervenção Federal – Art. 34 Intervenção Estadual – Art. 35

Em regra a União não poderá intervir nos Estados; Em regra o Estado não poderá intervir nos municípios;
Em regra a União não intervirá nos Municípios localizados em território federal, mas Não existe intervenção distrital, uma vês que não há em quem o DF intervir, já que ele
havendo necessidade poderá a união intervir em Municípios de território federal. não possui entes “autônomos”. O DF só sofre intervenção Federal.
União Território Estado

Estado/DF Município
 Competência: Privativa do Governador do Estado;
 Competência: Privativa do Presidente da República;  Mediante: Nasce de um ato do Governador (decreto);
 Mediante: Nasce de um ato do Presidente (decreto);  Poderá ser:
 Poderá ser:  Voluntária: Resulta da vontade do Governador do Estado, cumpridas as
 Voluntária: Resulta da vontade do Presidente da República, cumpridas as exigências da lei.
exigências da lei.  Sendo decretada pelo presidente a intervenção federal, deverá tal decreto
 Sendo decretada pelo presidente a intervenção federal, deverá tal decreto ser apreciado no prazo de 24h pela Assembléia legislativa;
ser apreciado no prazo de 24h pelo Congresso Nacional;  Decidindo o congresso pela não intervenção suspende-se a intervenção
 Decidindo o congresso pela não intervenção suspende-se a intervenção imediatamente;
imediatamente;  No caso de estar a Assembléia Legislativa em recesso faz-se a
 No caso de estar o CN em recesso faz-se a convocação extraordinária e convocação extraordinária e fica a Assembléia Legislativa obrigada à
fica o CN obrigado à comparecer em 24h e analisar em 24h (total de comparecer em 24h e analisar em 24h (total de 48h)
48h)  Provocada:
 Provocada:  Solicitação – Pedir que faça;
 Solicitação – Pedir que faça;  Feita pelo Poder Executivo (Prefeito) e Poder Legislativo (Câmara
 Feita pelo Poder Executivo (Governador) e Poder Legislativo (Câmara Municipal.)
Legislativa - DF - ou Assembléia Legislativa – Estados.)  Nesse caso o Governador poderá avaliar e decidir se acata ou não o
 Nesse caso o PR poderá avaliar e decidir se acata ou não o pedido pedido realizado.
realizado.  Requisição – determinar que seja feita.
 Requisição – determinar que seja feita.  Feita pelo Poder judiciário - TJ. Devido à:
 Feita pelo Poder judiciário sendo realizada apenas pelos seguintes ♦ Descumprimento de suas ordens judiciais;
tribunais STF, STJ e TSE. Devido à: ♦ o TJ poderá solicitar: para dar provimento à requerimento do
♦ descumprimento de suas ordens judiciais; ~ 40 ~ Procurador Geral de Justiça em ação direta de
Anotações
♦ o STF poderá solicitar: por descumprimento de ordens de Lílian Batista Ribeiro
de outros inconstitucionalidade interventiva. O pedido do PGJ tem o
tribunais que não os superiores e para dar provimento à ... propósito de dar proteção aos princípios constitucionais...
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

...requerimento do PGR em ação direta de inconstitucionalidade ... sensíveis. E também o de garantir a execução de lei federal.
interventiva. O pedido do PGR tem o propósito de dar proteção
aos princípios constitucionais sensíveis. E também o de garantir a
execução de lei federal.
 O presidente tem que decretar, ele não tem escolha. O decreto é
realizado nos termos da decisão judicial;
 Por ser uma decisão judicial o CN não aprecia esse decreto.

~ 41 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

VII – Processo Legislativo


(Art. 59 a 69)

1. Conceito  é o modo como as leis são instituídas no Brasil

2. Espécies normativas primárias:

 Emendas;
 Leis Complementares;
 Leis Ordinárias;
 Leis Delegadas;
 Medidas Provisórias;
 Decretos Legislativos;
 Resoluções.

Conforme entendimento do STF não há hierarquia entre espécies normativas


primárias.
Com relação à Emenda Constitucional fica subtendido a “hierarquia” dela sob as
demais, mas deve-se lembrar que ela promulgada é parte integrante da CF.

3. Espécies normativas secundários: São atos administrativos, não criam obrigação de fazer
ou deixar de fazer. Um exemplo de espécie normativa secundária são as portarias.

4. Emenda: Foi falada no item 3 do capitulo II que trata de poder constituinte. (À partir da
Página 11).

5. Leis:

5.1. Diferenças entre Lei complementar e Lei Ordinária.

Lei Complementar Lei Ordinária


É a lei comum, se não falar nada é a lei
Assunto Definido pela CF
ordinária.
Maioria Simples – Que é o comum dos
Maioria Absoluta Quoruns.
Quorum
(50% + 1 do Total dos membros) (50% + 1 dos presentes, devendo estar
presente pelo menos a maioria absoluta)
Parte da ideia de que “quem pode mais,
Lei ordinária não poderá tratar de
pode menos também” ou seja, Lei
“Invasão de assunto de Lei Complementar. Caso o
Complementar que trata de matéria de
assunto” faça a Lei em questão será declarada
Lei ordinária não será considerada
inconstitucional.
inconstitucional.

~ 42 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 11 - 23/03/2012

5. Leis (continuação):

5.1. Criação de Lei Ordinária e Lei Complementar (Processo Legislativo ordinário e


especial).

O processo legislativo da Lei ordinária é chamado de processo legislativo ordinário,


já o da lei complementar é chamado de processo legislativo especial.

5.1.1.Iniciativa: Art. 61, CF/88 + TCU (Art. XXX)

 Qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal


ou do Congresso Nacional;
 Presidente da República;
 Supremo Tribunal Federal;
 Tribunais Superiores;
 Procurador-Geral da República;
 Cidadãos (a assinatura de 1% do eleitorado [votantes] nacional, esses
distribuídos em no mínimo 5unidades federativas, tendo cada uma dessas
unidades assinatura de pelo menos 0,3% do eleitorado);
 TCU (Conforme art. Xxx)

5.1.1.1. Presidente da República: (Art. 61, §1º)

 Projeto de organização do Ministério Público é concorrente. Cabe ao


Presidente da República as normas gerais, enquanto que o PGR tem
responsabilidade de normas específicas. Art. 128, §5º.

~ 43 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

5.1.2.Bicameral:

Casa Iniciadora Casa Revisora


Recebe o projeto primeiro Recebe o projeto em um segundo momento.
O senado só será casa iniciadora quando o projeto de lei Quando uma for a casa iniciadora a outra será a casa
for de senador, nas demais a câmara será a casa revisora. revisora.
Passa por comissões:
Faz Exame de :
- Constitucionalidade:
Comissão de Constituição e Justiça na Câmara
E
Comissão de Constituição e Justiça no Senado
- Mérito  oportunidade e conveniência
Feita pela comissão temática
O Plenário poderá:
- Rejeitar  Arquiva-se
Matéria constante de projeto de lei rejeitado poderá ser novamente deliberada na mesma sessão legislativa,
desde que haja a solicitação da maioria absoluta de qualquer das casas do Congresso Nacional (Art. 67, CF-88)

Sanciona  promulga  Publicação


Quando a sanção é expressa o ato de sanção serve como
promulgação.
- Aprovar  Segue para o presidente da República que Total

Veto (15dias úteis)


Obs.26: Parcial (não pode haver veto
de palavras, frases ou trechos – art.66, §2º)
***Se dentro do prazo de 15dias para o veto o presidente não se manifestar sobre a sanção ou veto entende-se
como sanção tácita. ***

- Emendas –
 Estando na casa iniciadora, se o projeto for aprovado com as emendas encaminha para a casa revisora;
 Estando o projeto na casa revisora, encaminha-se de volta o projeto com as emendas para a casa iniciadora
apreciar a emenda. A casa iniciadora avaliará apenas se aprova ou rejeita a emenda não podendo fazer novas
emendas ao texto.

Obs.26:
O veto do Presidente deverá ser motivado e poderá ser Político – quando o projeto é
contrário ao interesse público – ou jurídico – quando ele percebe que não está de
acordo com a CF.
O presidente manda o veto para o Congresso Nacional no prazo de 48h. o CN terá
30dias para votar em manter ou derrubar o veto. O veto necessitará de maioria
absoluta do CN (sessão conjunta) para ser derrubado.
Mantido o veto arquiva-se, sendo ele derrubado encaminha-se o projeto para o
Presidente promulgar. Passada 48h se o presidente não promulgar, o presidente do
Senado terá 48h para promulgar e caso esse não faça o vice-presidente do Senado o
fará sob pena de responder por crime de responsabilidade.
Durante a apreciação do veto os parlamentares poderão apenas concordar ou
discordar com o veto, não poderão “emendar” o veto.

~ 44 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Deliberação
Parlamentar

Discussão Votação

É a apreciação do projeto pela casa. Momento em que o projeto é  Todo projeto de lei tem que passar nas duas casas para virar lei.
encaminhado ao poder Legislativo para que esse faça a apreciação do projeto.  Sendo iniciado em uma casa, a outra casa é automaticamente a casa
revisora do projeto.
 O projeto só tem por casa iniciadora o Senado, nos casos em que o projeto
for proposto por um senador ou por comissão do Senado, nos demais
Faz Exame de : casos a casa iniciadora é sempre a câmara.
 Deve ser aprovado por maioria simples ou relativa:
- Constitucionalidade:  Se aprovado  segue para discussão e votação na casa revisora;
 Se rejeitado  o projeto é arquivado, e somente poderá ser
Comissão de Constituição e Justiça na Câmara proposto novamente na mesma sessão legislativa por meio de
E proposta da maioria absoluta dos membros da câmara ou do
1ª Fase. Das Comissão de Constituição e Justiça no Senado senado.
comissões
 Estando o projeto na casa revisora, esse será discutido novamente,
- Mérito  oportunidade e conveniência passando pelo exame de constitucionalidade ou de mérito e seguindo
para a votação, onde para ser aprovado necessitará novamente da
Feita pela comissão temática maioria simples ou relativa:
 Se rejeitado  o projeto é arquivado, e somente poderá ser
O poder legislativo poderá propor modificações ao projeto, proposto novamente na mesma sessão legislativa por meio de
essas modificações são chamadas de Emendas. Podem ser proposta da maioria absoluta dos membros da câmara ou do
Apreciação de vários tipos. senado.
*Vide mapa mental sobre emendas à projetos.  Se aprovado 
 Sem emendas  projeto segue para deliberação executiva
(sanção ou veto presidencial)
 Com emendas  volta a casa iniciadora para deliberação
definitiva, onde as emendas podem ou não serem aceitas,
seguindo então para a deliberação executiva (sanção ou veto
presidencial)

~ 45 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Procedimento Legislativo Ordinário - Esquema

Volta à casa
Voltando à casa iniciadora, está delibera definitivamente sobre o Casa Iniciadora iniciadora.
projeto, aceitando, ou não, as emendas e encaminha o projeto para
deliberação executiva (sanção ou veto presidencial), independente
da decisão quanto as emendas. Discussão

Votação

 A Casa iniciadora só poderá rever os pontos que Aprovado Rejeitado  é arquivado podendo ser
foram alterados pela casa revisora; proposto novamente na mesma sessão
 Quanto as emendas, a casa revisora, só poderá legislativa por meio de proposta da
aceita-las ou rejeitá-las, não poderá fazer maioria absoluta dos membros da câmara
qualquer alteração. Casa Revisora ou do Senado.

Discussão

Votação

Aprovado
Rejeitado  é arquivado podendo
ser proposto novamente na mesma
sessão legislativa por meio de Sem Emendas Com Emendas
proposta da maioria absoluta dos
membros da câmara ou do Senado.

Segue para Deliberação Executiva


(Sanção ou Veto Presidencial)

~ 46 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Deliberação Executiva

Sanção Veto
É o ato do Presidente que denota concordância em relação ao projeto. É o ato em que o Presidente declara não concordar com o Projeto.
O prazo para o veto é de 15dias úteis, a contar do recebimento do projeto de lei. Caso
Sanção haja veto, o Presidente deve enviar mensagem ao Congresso, no prazo de até 48h, com
sua motivação.

Tácita Expressa Veto

Passados 15 dias do envio do projeto pelo Quanto à Extensão Quanto aos motivos
congresso, se o presidente não se
manifestar, o projeto será sancionado.
O presidente declara que concorda Total Parcial Político Jurídico
 A C.F fala apenas em 15dias, mas com o projeto
para harmonização com o art. 66, § 1º que
trata de 15 dias úteis como prazo para que O veto parcial não pode Ocorre por questão de Ocorre quando o
ocorra o veto presidencial, entende-se ser de apenas uma mérito, decorre do juízo de Presidente veta um
15dias úteis para a sanção tácita ocorrer. palavra, tem que ser no conveniência e dispositivo por
mínimo de uma alínea, oportunidade do Presidente entendê-lo
um inciso, um parágrafo, da República. inconstitucional.
um artigo.
Se o projeto for proposto com violação à regra de iniciativa privativa O congresso tem o prazo máximo de 30dias para apreciação do veto em sessão
do Presidente, mesmo que esse sancione o projeto, o vicio de conjunta, caso não seja apreciado o veto trancará a pauta do congresso que não
iniciativa não é convalidado e a lei em questão é tida como poderá deliberar sobre mais nada até que seja votado o ato presidencial.
inconstitucional. O congresso aceitando o veto o projeto segue para promulgação com as devidas
suspensões. Se, porém, rejeitar o projeto seguirá para a promulgação do jeito que foi
aprovado no congresso. (a rejeição deverá ocorrer por maioria absoluta).

Tanto a sanção quanto o veto são atos de competência exclusiva do Presidente da República. Só há sanção ou veto para Lei. Não há sansão ou veto para
Emenda Constitucional, Lei Delegada, Decreto Legislativo nem para resolução.

~ 47 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

5.2. Processo Legislativo Sumário (Rápido).

A iniciativa do projeto é do presidente da república acompanhado do pedido de


urgência.
Tem mesmo procedimento do processo legislativo ordinário e especial tendo apenas
as seguintes diferenças:

 Como é de iniciativa do Presidente da República terá como casa iniciadora


necessariamente a Câmara dos Deputados;
 A sua fase legislativa termina em até 100dias já que o prazo sumário exige
que o procedimento de cada case dure no máximo 45dias (em cada casa) e
havendo emenda pela casa revisora a casa iniciadora terá 10dias para
avaliar a emenda.

Obs.27:
Os prazos do regime de urgência não são contados nos períodos de recesso parlamentar.
Obs.28:
A casa que perder o prazo sofrerá o sobrestamento (travamento) de sua pauta.
Obs.29:
O regime de urgência não pode ser aplicado aos projetos de Código.

5.3. Lei Delegada.

É uma lei feita pelo Presidente da República com autorização do Congresso


Nacional.

Esquema 16:
Presidente pede autorização
para o CN

Senado
É autorizado
então por meio de
Resolução do
Pedido de Congresso
Autorização Nacional
Câmara

Regras
 Assunto: Comum, não pode ser de lei complementar e não pode ser de matéria de iniciativa privativa de outra
pessoa, ou seja, só pode ser sobre matéria que o Presidente pudesse propor projeto de lei;
 Limite:
 Prazo: não é definido na CF, o CN é quem vai definir o prazo, mas de acordo com o STF o prazo não poderá
exceder a legislatura, pois é o Congresso de hoje, autorizando o presidente de hoje à fazer a lei, ultrapassando a
legislatura muda-se o Congresso e pode se alterar também o presidente.

* O fato do congresso autorizar o presidente à fazer uma lei não tira do CN o direito de fazer. Se o CN quiser poderá
fazer a lei mesmo tendo autorizado que o PR faça.
O CN poderá ou não apreciar o projeto antes que a lei seja criada, podendo concordar ou discordar. Concordando o
projeto é promulgado pelo Presidente da República, discordando arquiva-se o projeto.
~ 48 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 12 - 26/03/2012

6. Medida Provisória (Art. 62, CF):

Pelo principio da Simetria, adota-se também essa espécie normativa em nível


estadual

6.1. Iniciativa.

Só o Presidente da República, é competência indelegável – Na esfera Federal.

6.2. Requisitos.

 Relevância;
 Urgência.
Quem avalia a relevância e urgência das Medidas Provisórias é o próprio
Presidente. Faltando algum desses requisitos será a MP considerada Inconstitucional.

Esquema 17 – Findo esse prazo sobrestá-se a pauta da casa em que o projeto se


encontra. O STF entende que o sobrestamento é apenas para
45 Dias - para apreciação pelo CN. projeto de leis.
Presidente Edita em: 10/04
Dia 1 da Emenda Imediatamente Casa Iniciadora
(Câmara)

a
Rejeita Aprova

 Arquiva Casa Revisora


Motivos (Senado)
Comissão Mista Perde a
Analisa os eficácia
pressupostos e faz Rejeita Aprova
parecer sobre eles.
 Promulgação
Só parecer!!! Arquiva e Publicação
Feita pelo
Presidente da
Mesa do CN
(Presidente do
Senado)

Prazo de validade da MP 60 dias, prorrogável automaticamente por mais 60dias.


Começa a contar do 1º dia

Altera (emenda) Altera (emenda)

Segue para o Presidente Sancionar ou Vetar


~ 49 ~ e veto é o mesmo do Processo Legislativo Ordinário.
O processo de sanção
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Obs.30:
Medida provisória rejeitada não pode ser reeditada na mesma sessão legislativa.
Obs.31:
A contagem do prazo de validade da medida provisória é suspensa nos períodos de recesso
parlamentar.
Obs.32:
Após o 45º dia de sua edição a medida provisória entra em regime de urgência e provoca o
sobrestamento da pauta da casa em que for encontrada.
Obs.33:
Se for aprovado o projeto de lei de conversão (alteração da MP) a MP fica valendo não pelo
prazo definido, mas até que o projeto de lei seja sancionado ou vetado.

6.3. Perda da Eficácia.

 Rejeição Expressa;

 Rejeição Tácita;
 Decurso do Prazo

6.4. Proibições para MP.

 Uma MP quando aprovada é transformada em Lei ordinária, logo não


pode haver medida provisória que tenha assunto próprio de Lei
complementar. (Art. 62, §1º, III);
 O Presidente é que apresenta a MP, logo não pode tratar de assuntos
privativos que não sejam do Presidente;
 Nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito
eleitoral, direito penal, processual penal e processual civil;

Atenção!!!
Processual Civil não pode, mas direito civil pode sim!

Atenção!!!

Cabe MP para tratar de Direitos Fundamentais?


SIM
Cabe MP para tratar de qualquer direito fundamental?
NÃO.

- Direitos Individuais; PODE


- Direitos Sociais; PODE
Direitos Fundamentais - Direito de Nacionalidade; NÃO PODE
- Direitos Políticos; NÃO PODE
- Direitos Partidos Políticos; NÃO PODE

~ 50 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 O art. 150, III da CF trata do Princípio da Anterioridade tributária que diz


que só poderá ser instituído impostos para o exercício financeiro
seguinte, logo o art. 62, §2º diz que só valerá para o exercício financeiro
seguinte , mas não do dia em que foi editada a MP e sim ao exercício
financeiro seguinte ao que foi convertido em lei.

o Tem-se que tomar cuidado com as exceções que são as descritas


no art. 153, I, II, IV, V e art. 154, II:

 Art. 153
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a
títulos ou valores mobiliários;

 Art. 154
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos
extraordinários, compreendidos ou não em sua
competência tributária, os quais serão suprimidos,
gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

 Pode-se utilizar MP para regulamentar normas constitucionais. (Regra)


Não se pode utilizar MP para regulamentar todas as normas
constitucionais, pois a EC número 32 trouxe uma limitação para as
normas que tenham sido emendas entre o dia 1º de janeiro de 1995 e o a
EC nº 32 (de 11/09/2001), essas normas emendadas não poderão ser
regulamentadas por MP;

Esquema 18 – Alteração de norma constitucional por MP

Podem por MP Não Podem por MP Podem por MP

88 95 2001 ...

As emendas promulgadas nesse período


são às de número 5 até a de número 32.

 Sendo uma matéria for objeto de projeto de lei aprovado em ambas as


casas aguardando apenas sanção ou veto essa matéria não poderá ser
objeto de MP;

 Em matéria orçamentária só poderá utilizar-se de MP para situação de


calamidade pública (créditos extra-ordinários). Não cabe MP na LOA,
PPA, LDO.

~ 51 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

7. Decretos Legislativos e Resoluções:

São espécies normativas utilizadas somente pelo legislativo, não há nenhuma


participação do executivo.

Decretos Legislativos Resoluções


Da Câmara ou do Senado.
Assunto de
Do Congresso Nacional *Pode haver resolução pelo CN nos casos de Lei
competência:
Delegada.
Do Congresso nacional, mas a
atuação é Bicameral, ou seja, é Da Câmara ou do Senado conforme o assunto de
Competência
votada na Câmara e no Senado competência
separadamente.
Quorum Maioria Simples Maioria Simples na casa responsável pela resolução.
Presidente do Senado (que é o
Promulgação Presidente da casa responsável pela resolução.
presidente do Congresso Nacional).
Da Câmara Do Senado Do Congresso
Artigos Art. 49 Só nos casos de
Art. 51 Art. 52
Lei delegada

Atenção!!!
Decreto Legislativo é diferente de:
 Decreto Lei  Não existe mais;
 Decreto  Vamos estudar em Poder Executivo;
Decreto Autônomo  Vamos estudar em Poder Executivo.

~ 52 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 13 - 02/04/2012 acrescido de anotações da aula de


VIII – Poder Legislativo 04/04/2012 na turma da manha.
(Art. 49 à 69)
1. Imunidades

1.1. Material (Art. 53): Deputados e senadores são invioláveis civil e penalmente, por
opiniões, palavras e votos.

Pausa para o art. 5º.


Hoje toda forma de censura é inconstitucional, mas o que se fala gera o direito de resposta
proporcional ao agravo. Logo, todos respondem pelo que dizem, pois nada será afastado da percepção.

Deve-se atentar para o fato de que os parlamentares, mesmo fora de plenário,


se estiverem exercendo função “pública” terá imunidade parlamentar.

Obs.34: De acordo com o STF se um parlamentar estiver no recinto do Congresso Nacional, estará amparado
pela imunidade material independentemente do que falar.
Esse entendimento não diz que fora do CN não há imunidade. Só que parte-se do pressuposto que se ele
está dentro do CN ele estará, obrigatoriamente, no exercício da função.

1.2. Formal:

1.2.1.Prisão: Deputados e senadores só poderão ser presos em flagrante de crime


inafiançável devendo a autoridade que efetuou a prisão comunicá-la em no
máximo 24h à casa legislativa do parlamentar para que decida sobre a prisão.

1.2.2.Processo:

Esquema 19 – Foro privilegiado Se marcado o Julgamento pode cancelar a marcação, mas se o julgamento já está
ocorrendo não há mais que se falar em sustação do processo.

Comunica a casa respectiva do A sustação poderá


parlamentar (prazo de 24h) ser pedida à
Ofício
Crime Comum PGR qualquer tempo.
STF Réu
Competência: STF (Membro do MP) Antes do inicio do
Recebe a julgamento.
Denúncia ação Ação Penal
Poderá um partido político indicar que seja
O plenário terá 45 dias para
sustado o andamento da ação.
decidir se suspende ou não.

Sendo rejeitada a indicação de sustação: Essa indicação será votada em Plenário e para ser
 O processo será julgado normalmente pelo STF; aprovado necessitará do voto da maioria dos
 A pena deverá obrigatoriamente ser cumprida; membros da casa.
 A pena será a do crime cometido.
Sendo aprovada a indicação de sustação:
O processo fica suspenso até que o
Sendo condenado, poderá o plenário da casa decidir que o parlamentar não o seja mais, nesse caso a
parlamentar também tenha seu mandato cassado. Essa prescrição também fica suspensa.
decisão se dará pela maioria absoluta dos seus membros.

Poderá receber ou não a


denuncia. ~ 53 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Deputados Estaduais e Distritais têm as mesmas imunidades dos Deputados


Federais. Essas imunidades valem em todo o país.

Obs.35:
A CF/88 não deu aos Deputados Estaduais e Distritais o Foro privilegiado. Esses têm o foro privilegiado, mas
esse foro foi concedido pelas Constituições Estaduais, o foro privilegiado desses é o TJ do Estado, ou no caso
do DF o TJDFT.
A CF/88 deu ao Júri Popular prerrogativa especial para crimes contra a vida. No caso de parlamentares
federais mesmo sendo crime contra a vida serão julgados pelo STF uma vez que seu foro privilegiado é dado
pela própria CF, mas o mesmo não ocorre para os Parlamentares Estaduais/Distritais. Sendo o crime comum
doloso contra a vida os parlamentares estaduais/distritais serão julgados pelo Júri Popular já que seu foro
privilegiado não é dado pela CF e sim por lei e a CF é superior a lei.

Esquema 20 – Foro privilegiado Se marcado o Julgamento pode cancelar a marcação, mas se o julgamento já está
(Estados e DF) ocorrendo não há mais que se falar em sustação do processo.

Comunica a casa respectiva do A sustação poderá


parlamentar (prazo de 24h) ser pedida à
Ofício
Crime Comum PGJ qualquer tempo.
TJ Réu
Competência: TJ (Membro do MP) Antes do inicio do
Recebe a julgamento.
Denúncia ação Ação Penal
Poderá um partido político indicar que seja
O plenário terá 45 dias para
sustado o andamento da ação.
decidir se suspende ou não.

Sendo rejeitada a indicação de sustação: Essa indicação será votada em Plenário e para ser
 O processo será julgado normalmente pelo TJ; aprovado necessitará do voto da maioria dos
 A pena deverá obrigatoriamente ser cumprida; membros da casa.
 A pena será a do crime cometido.
Sendo aprovada a indicação de sustação:
O processo fica suspenso até que o
Sendo condenado, poderá o plenário da casa decidir que o parlamentar não o seja mais, nesse caso a
parlamentar também tenha seu mandato cassado. Essa prescrição também fica suspensa.
decisão se dará pela maioria absoluta dos seus membros.

Poderá receber ou não a


denuncia.

Obs.36: A imunidade formal e o foro privilegiado são adquiridos após a expedição do diploma.

O diploma de:

 Deputados estaduais/distrital e governadores é expedido pelo TRE local.


 Deputados federais, Presidente e Vice Presidente é expedido pelo TSE.
 Vereadores, Prefeitos e Vice Prefeitos é expedido pela junta eleitoral.

A diplomação é feita na 1ª quinzena de dezembro do próprio ano eleitoral.

~ 54 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Obs.37: Mesmo o crime tendo sido praticado antes da diplomação o competente para julgar é o STF (ou TJ
local para os Estados e o Distrito Federal), mesmo que o julgamento estiver ocorrendo o STF (ou TJ local
para os Estados e o Distrito Federal)é que realizará a finalização do julgamento, mas para crimes praticados
antes da diplomação não poderá haver suspensão do processo pela respectiva casa.

Obs.38: O privilegio é do cargo e não da pessoa, sendo assim, havendo a renuncia do cargo o STF deixa de
ser competente. Só continuará sendo julgado pelo STF no caso de haver a denuncia após o inicio do
julgamento, estando o julgamento já em andamento (não só marcado) o STF finaliza o procedimento
mesmo havendo a renuncia do parlamentar.

Vereadores só têm imunidade material e apenas dentro do Município.

2. Reuniões

2.1. Sessão Legislativa Ordinária:

De 02/02 a 17/07 e de 1º/08 a 22/12


Esquema 21 – Sessão Legislativa Ordinária

1º Período Recesso 2º Período


02/02 17/07 1º/08 22/12

Obs.39: O CN não entrará em recesso enquanto não houver aprovação da LDO.

2.2. Sessão Legislativa Extraordinária. (Art. 57, §6º):

Ocorrerá:
 Por convocação do presidente do Senado federal para o compromisso e
posse ao Presidente e Vice presidente;
 Por convocação do presidente do Senado Federal em caso de decretação
de estado de defesa ou de intervenção federal ou de pedido de
autorização para a decretação do estado de sítio;
 Por convocação dou Presidente da República ou dos presidentes da
câmara e do senado ou por requerimento da maioria dos membros de
ambas as casas em caso de urgência ou interesse público que exija
urgência não podendo esperar que se encerre o recesso parlamentar.

 Sendo realizada a convocação extraordinária solicitada pelo PR ou


pelo presidente da câmara ou do senado não fica obrigado a
aceitação da convocação, devendo a convocação ser aprovada
pela maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso
Nacional .

Não há mais pagamento excedente pelos trabalhos prestados nas sessões


legislativas extraordinárias.

~ 55 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Somente poderá o CN deliberará sobre matéria para a qual foi convocado. Com
exceção das medidas provisórias em vigor na data da convocação que deverão ser
incluídas em pauta obrigatoriamente.

2.3. Sessão Preparatória:

Ocorrerão à partir de 1º/02 no 1º e no 3º ano de cada legislatura.

No 1º ano de cada legislatura a sessão legislativa ordinária será iniciada em 1º/02


pois à partir dessa data ocorrerá a sessão preparatória.
Essa sessão nada mais é do que a preparação para a tomada de posse dos
parlamentares e para eleição e posse dos membros da mesa diretora.

Esquema 22 – Formação da Mesa Diretora:

Câmara CN Senado
Presidente Presidente do Senado Presidente
1º Vice-Presidente  1º Vice-Presidente da Câmara 1º Vice-Presidente
2º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente do Senado 2º Vice-Presidente
1º Secretário  1º Secretário da Câmara 1º Secretário
2º Secretário 2º Secretário do Senado 2º Secretário
3º Secretário  3º Secretário da Câmara 3º Secretário
4º Secretário 4º Secretário do Senado 4º Secretário

O mandato da mesa diretora é de 2anos, sendo vedada a reeleição para o mesmo cargo na mesma
legislatura.

No 3º ano de cada legislatura a sessão legislativa ordinária será iniciada em 1º/02


pois a partir dessa data ocorrerá a sessão preparatória. Essa sessão preparatória será
apenas para a composição da nova mesa diretora.

2.4. Sessão Conjunta:

Sessão Conjunta ≠ Sessão Unicameral.

Sessão Conjunta (Art. 57, CF/88) Sessão Unicameral (Art. 3º, ADCT, CF/88)
Tenho:
 513 Deputados
Tenho 594 Parlamentares (513 + 81)
E
 81 Senadores
Pode ocorrer em Casos exemplificativos Ocorrem em Casos Taxativos (Só esses
(podem haver outros) casos)

3. Comissões (Art. 58, CF/88)

3.1. Permanentes:

É uma espécie de “órgão” da casa. É aquela criada pelo regimento interno e não
tem prazo de validade.

~ 56 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Na composição delas é preciso preservar a proporcionalidade da representação


partidária.

É importante salientar alguns detalhes no que se refere a competência das


comissões:

 Estão descritas no Art. 58, §2º da CF/88. Esse rol é exemplificativo, ou


seja, os regimentos podem trazer mais competências do que apenas as
descritas na CF/88.
 Podem discutir e votar projeto de lei (lei ordinária).
o É só para projeto de lei e só lei ordinária;
o Isso se dá por delegação (delegação “interna corporis”) do
plenário que pode negar tal delegação por um décimo dos
membros da casa.
o Tal delegação pode ser avocada e tal avocação se dá apenas pelo
requerimento de um décimo dos membros da casa.
 Realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil. Um
exemplo é o movimento “acordar melhor”, do professor Ernani Pimentel e
Clayton Natal, que foi recebido pela comissão de Educação para falarem
sobre o acordo ortográfico;
 Convocar ministros de estado a prestar informações sobre assuntos
inerentes a suas atribuições.

3.2. Temporárias ou especial:

São criadas para um fim específico. Tem prazo de validade previamente definido.

3.2.1.CPI/CPMI: CPI - Comissão Parlamentar de


Inquérito  é formada por
Poderão tratar de qualquer assunto sobre o qual haja componentes de uma das casas
interesse público. Tem prazo certo e determinado CPI - Comissão Parlamentar
Não tem poder de processar e/ou julgar ninguém. Tem Mista de Inquérito  é formada
poder apenas de investigar, o trabalho realizado por uma por componentes de ambas as
CPI é parecido com o trabalho da Polícia, meramente casas
investigativo, identificando que houve um crime a CPI encaminha a informação ao
Ministério Público que se julgar necessário realiza os procedimentos para o processo.
Identificando irregularidade na administração Pública, comunica o órgão responsável
para que os procedimentos administrativos sejam tomados.

Exigências para instauração da CPI:

 Requerimento de 1/3 da casa;


 Tem que ter assunto determinado não poderá ser genérica. CPI´s
genéricas são inconstitucionais;

 Mesmo que durante a CPI identifique-se novos casos esses não


poderão ser tratados na mesma CPI, deve ser aberta CPI para
cada um dos assuntos.

Ex.: Renan Calheiros, surgiu a informação de que a pensão da


filha dele era paga por uma empresa que contratava com a
administração pública e em seguida surgiu também outros

~ 57 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

fatos como o caso dele ser dono de uma emissora de rádio e TV


em Maceió que estaria sob o nome de laranja. Foram abertas
um total de 5 (cinco) investigações diferentes, pois não poderia
ser aberta uma CPI Genérica para tratar de todos os assuntos
com nome “Renan Calheiros”.

 Se surgirem apenas novos “fatos” interligados aos demais


pode-se investigar na mesma CPI;

Ex.: Foi criada uma CPI para tratar do “Mensalão” envolvendo


“X” pessoas e no decorrer da investigação surgiram mais
pessoas e casos no “Mensalão”. Sendo assim, todos foram
tratados na mesma investigação .

 Tem que ter prazo estabelecido para finalização dos procedimentos;

 A CF não delimitou o prazo específico para finalização das


CPI´s, cada casa estabelece o “limite” dos prazos. O STF
determina que os prazos são definidos por cada casa, mas não
poderão exceder a legislatura;

Tem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, mas isso não quer
dizer que tenha todos os poderes judiciais, elas podem realizar apenas algumas
atividades dos juízes, mas nem tudo que um juiz faz uma CPI poderá fazer também. A
CPI não substitui o judiciário, mas pode executar algumas ações próprias desse poder.
Exemplos:

 A CPI não pode expedir mandado de prisão, isso é prerrogativa do


judiciário. A CPI só poderá prender em flagrante e isso ocorre porque
qualquer um pode prender em flagrante, esse não é um poder próprio do
judiciário.

O direito, do acusado, de se manter calado é explicito na CF, já o direito de mentir está implícito uma vez que
quem acusa é que deve provar o “crime” e quem é acusado não é obrigado à produzir provas contra si mesmo.

 Sendo uma pessoa intimida à depor e não comparecendo, a CPI poderá


fazer a condução coercitiva (à força) de testemunhas (a condução
O acusado pode se recusar coercitiva de investigado não poderá ser realizada pela CPI).
a ir e a CPI não poderá
levá-lo à força, mas a
testemunha, caso se
recuse a comparecer,  A CPI não emite mandado de busca e apreensão, pois a casa é asilo
poderá ser levada à força. inviolável podendo apenas o Judiciário fazer tal determinação, mas
poderá realizar busca e apreensão de documentos em instituições da
administração Pública, ela pode pegar documentos ligados ao caso
investigado pela CPI, não podendo buscar documentos de outra natureza
que não o da investigação realizada.

Conceito de casa   Art. 5º, XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
compartimento fechado, não podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso
aberto ao público em local onde de:
se deseja ter permanência.

~ 58 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 Flagrante delito  o crime acontece naquele momento


dentro da casa. Considera-se ainda flagrante delito:
o A perseguição que ocorre logo após o acontecimento
do crime, em que o “meliante” foge e a perseguição
ocorre nesse momento e permanece. Enquanto a
perseguição permanecer está o “meliante” sob
flagrante delito.
o Flagrante delito presumido que é quando não se viu o
crime, mas encontra-se alguém em circunstância que
“demonstre” o flagrante.
 Desastre;
 Prestar socorro;
 durante o dia por ordem judicial (onde não inclui-se a CPI)

Não há definição de “dia” (a não ser para o Código Civil que define como sendo de 6h às 20h) como não há tal
definição para o Dir. Constitucional, dá-se preferência ao critério físico - astronômico, que define como sendo dia
enquanto houver luz do sol.
Se encontrar em prova de constitucional o horário de 20h, considera-se esse horário como sendo noite.

 A CPI, havendo fundado elementos de suspeitas e como exceção, poderá


quebrar o sigilo de dados que são os sigilos:
 Bancário - movimentação bancária;
Esses sigilos de dados poderão
 Fiscal - patrimônios declarados, impostos, etc.;
ser quebrados apenas pela CPI
 Telefônica - telefônicos uma espécie de conta detalhada. Isso
ou por autoridade judicial.
nada tem haver com as conversas mesmo.

Sigilo telefônico (dados) é diferente de interceptação telefônica (voz). Só quem


poderá realizar a interceptação telefônica é o judiciário.

~ 59 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 14 - 09/04/2012 acrescido de anotações da aula de


IX – Poder Executivo 04/04/2012 na turma da manha.
(Art. 76 à 91)
1. Presidente da República

1.1. Sistemas de Governo:

Presidencialismo Parlamentarismo
Chefia monocrática Chefia Dual
Mandato por prazo certo Mandato por prazo indeterminado
Independência – executivo e legislativo não Interdependência – executivo e legislativo dependem um do outro.
dependem um do outro.
O chefe de Governo é um dos componentes do Parlamento e quem o
Cada poder é um poder. escolherá será o Parlamento, que poderá o destituir quando julgar
necessário.
O presidente tem a parcela maior de gestão O parlamento tem a parcela maior de gestão do Estado.
do Estado.

As doutrinas mais renomadas dizem que o Parlamentarismo é o sistema mais


democrático. Atenção, isso não é consenso.
O Brasil adota o Presidencialismo.
A primeira constituição, brasileira, a definir o sistema presidencialismo de
governo como sistema de governo no Brasil foi nossa segunda Constituição que foi a CF
de 1891.

Esquema 23 – Presidencialismo X Parlamentarismo

Presidencialismo Parlamentarismo

- Chefe de Estado - Chefe de Estado

- Chefe de Governo
- Chefe de Governo

Chefe de estado  trata das relações diplomáticas. Relaciona-se com outros países, trata das questões externas.
Chefe de Governo  gerencia os negócios internos do País.

No Brasil o Presidente acumula também a função de chefe das forças Armadas, então se houver particularização
dessa informação deve-se observá-la também. Exemplo, exercer o comando das forças armadas é função de chefe
de governo, mas particularizada é também chefe das forças armadas.

O presidencialismo, apesar da independência entre os poderes, não impede que,


por vezes, um poder escolha o representante de outro Poder, um exemplo disso é a
eleição indireta e também a escolha dos ministros do STF.
A CF define o presidencialismo de maneira explicita quando define o poder
executivo, mas a palavra presidencialismo só é encontrada uma vez na CF que é no
ADCT quando define a necessidade de plebiscito para definir o sistema de governo
decidido.

~ 60 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

1.2. Atribuições do Presidente (Art. 84):

No caso brasileiro, o chefe de governo acumula também as funções de chefe das


forças armadas, isso ocorre por uma situação histórica, uma vez que o militarismo tem
base na hierarquia e disciplina, logo tendo um civil eleito pelo povo no comando das
forças armadas dificultaria um possível golpe militar.

Decreto (decreto regulamentar)≠ Decreto Autônomo ≠ Decreto Legislativo ≠ Decreto Lei

 Decreto (do que trata o art. 84, IV);


 Decreto autônomo (do que trata o art. 84, VI);
 Decreto Legislativo ( exercido pelo poder legislativo);
 Decreto Lei (feito na constituição passada. Hoje é inconstitucional).

O inciso IV do art. 84 trás a informação de Decreto Regulamentar já no inciso VI do


mesmo artigo a informação é à respeito de Decreto autônomo. O Decreto Autônomo
só poderá ocorrer nas seguintes hipóteses:

 Organização e funcionamento da administração federal desde que não


implique em aumento de despesas nem criação ou extinção de cargos
públicos;
 Extinção de funções ou cargos públicos quando vagos.

O executivo não administra o funcionamento dos demais poderes, ou seja, o poder


legislativo e o judiciário tem autonomia para cuidar de suas próprias organizações,
dessa forma, de maneira atípica os próprios poderes administram. Partindo desse
pressuposto pode-se afirmar que o presidente não poderá, por exemplo, extinguir
cargos públicos vagos, por decreto, nem mesmo vagos ou providos, por lei.
Algumas competências presidências podem ser delegas, mas só podem as que o
parágrafo único define, ou seja, somente os incisos VI, XII e a primeira parte do XXV.

Atenção!!!
No inciso XXV só é delegável a parte que trata de prover cargos públicos, a
extinção não é delegável. Mas, o inciso VI é delegável e ele permite a extinção de
cargos públicos vagos, logo é delegável a extinção de cargo público vago através de
decreto, o que não é delegável é a possibilidade de extinção de cargos públicos
ocupados que deverão ser feitos por lei.

A delegação do provimento inclui, de maneira implícita, a delegação do


desprovimento do cargo.

Essas delegações só poderão ser feitas aos Ministros de Estado, ao PGR ou ao


AGU, quem recebe essas delegações devem cumprir os limites definidos na delegação.
As atribuições que poderão ser delegáveis serão:

 Inciso VI do art. 84 – Dispor mediante decreto sobre


 Organização e funcionamento da administração federal desde que
não implique em aumento de despesas nem criação ou extinção
de cargos públicos;
 Extinção de funções ou cargos públicos quando vagos.

~ 61 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 Inciso XII do art. 84 – Conceder indulto e comutar (abrandar penas) penas


com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei.
 1ª parte do Inciso XXV do art. 84 – Prover os cargos públicos federais, na
forma da lei.

Atenção!!!

Somente será delegável a 1ª parte do inciso indicado, ou seja, só o provimento desses cargos.

Extinguir (2ª parte do inciso) não poderá ser delegada.

Lembre-se “desprovimento” é diferente de “extinção”. Quem provê poderá desprover sem


problemas.

Ex.: Ministro da Justiça recebe delegação para provimento de cargos e efetiva uma nomeação, o
mesmo ministro aplica o desprovimento de demissão (com processo regular de PAD). A
demissão é válida!

1.3. Imunidade:

1.3.1.Formal:

Presidente da República não tem imunidade Material, tem apenas a Formal. Ou


seja, o presidente da república poderá responder por opiniões e palavras.

Atenção!!!

Segundo à CF, não se estendem à governadores e prefeitos mas a maioria das


constituições estaduais fizeram a extensão para eles, da possibilidade de não ser preso
durante o mandato enquanto não houver sentença condenatória, o que foi declarado
inconstitucional pelo STF. Os Governadores e Prefeitos possuem apenas o Foro privilegiado,
ou seja, os governadores e prefeitos serão julgados:

Comum Responsabilidade
Governador STJ ?
Prefeito TJ ?

Mas é possível que para que seja julgado haja autorização do poder legislativo da
respectiva esfera.

A imunidade é para Prisão e Processo:

1.3.1.1. Prisão – Art. 86, §3º: o Presidente da república não poderá ser preso,
nem mesmo em flagrante, enquanto não sobrevier a sentença
condenatória. Nas infrações penais comuns.

Atenção!!!

Não se exige transito em julgado, basta a sentença condenatória.

~ 62 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

1.3.1.2. Processo - Art. 86, §4º: o Presidente da República não poderá ser
responsabilidade por ato estranho ao exercícios de suas funções. Mas os
crimes cometidos nessa situação tem a prescrição suspensa durante todo o
mandato e no final do mandato o processo ocorre normalmente.

Ex.:
 Durante entrevista, o presidente mata o repórter. Nesse caso
pode ser processado normalmente.

 Durante briga de transito, o presidente mata o outro motorista.


Nesse caso não pode ser processado durante o mandato.

O presidente é julgado por:

 STF  nos crimes comuns;

Esquema 24 – Imunidade Processual do presidente. Sendo autorizado pela Câmara,


o STF decide se julga ou não. Julgamento:
Condenação
Ou
Crime Comum PGR Câmara STF Réu Absolvição.
Competência: STF (Membro do MP)
Recebe a ação
Denúncia Autoriza por 2/3. Ação Penal

 Senado  nos crimes de responsabilidade.

Crime de responsabilidade é qualquer ato que atente, descumpra a CF.


O rol inserido no art. 85 é exemplificativo.

Esquema 25 – Imunidade Processual do presidente.


Sendo autorizado pela Câmara, o
Senado deve Obrigatoriamente julgar.

Crime de Responsabilidade PGR Câmara Senado


Competência: Senado (Membro do MP)
Recebe a ação
Denúncia Autoriza por 2/3.
A condenação gera o impeachment.
A renúncia só impede o julgamento se
ocorrer antes da autorização, ou seja,
a renuncia após a autorização não
impede o julgamento.
O presidente do STF preside o julgamento,
Obrigatoriamente afasta o presidente por
mas não tem direito à voto.
até 180 dias, passado esse prazo se o
A condenação ocorre por 2/3 dos senadores.
julgamento não tiver sido encerrado, o
presidente volta as suas atividades.

As penas são cumulativas (somam-se): Perda da função pública e


suspensão dos direitos políticos.
~ 63 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 15 - 13/04/2012
Impeachment pode ser sofrido por qualquer autoridade que
2. Vice-Presidente cometa crime de responsabilidade. O impeachment nada mais
é que ser impedido de exercer a função.
2.1. Atribuições:

Substituir o Presidente da República em caso de impedimento.

A vacância é algo definitivo.


O impedimento é temporário.
Ex.: Falecimento, Impeachmet, Renuncia, deixar de tomar
Ex.: Viagens, licença médica, férias, posse injustificadamente 10dias após a data marcada,
afastamento devido ao processo afastamento do país por mais de 15dias sem autorização
por crime de responsabilidade, etc. do Congresso Nacional, etc.

Acompanhar o Presidente da República em suas viagens, quando convocado,


outras funções que lhe forem permitidas por Lei Complementar, integra o Conselho da
República e o Conselho de Defesa Nacional.

3. Conselho da República (Art. 89 e 90, CF)

É um órgão meramente opinativo. Eles opinam e o Presidente decide se acata ou não


a opinião exposta.
Poderá o presidente ouvir os Conselho da República quando tratar de assuntos
diversos sobre os quais haja relevância pública.
O Presidente estará obrigado a convocar e ouvir o Conselho da República nos casos
de:
 Estado de sítio; Nesses casos o presidente está obrigado apenas à convocar e
 Estado de Defesa; ouvir não sendo obrigado à seguir o que foi aconselhado.
 Intervenção Federal.

O Conselho da República é convocado e presidido pelo Presidente da república.

3.1. Composição:

 Vice-Presidente da República;
 Presidente da Câmara;
 Presidente do Senado;
 Lideres da Maioria na Câmara;  Com mais de 35anos de idade;
Não precisam ser  Lideres da Minoria na Câmara;  Todos com mandato de 3anos, vedada a
Brasileiros natos.  Lideres da Maioria no Senado; recondução.
 Lideres da Minoria no Senado;
 O ministro da Justiça;
 6 (seis) Cidadãos Brasileiros natos:
 2 (dois) nomeados livremente pelo Presidente;
 2 (dois) eleitos pelo Senado;
 2 (dois) eleitos pela Câmara.

~ 64 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

4. Conselho de Defesa Nacional (Art. 91, CF)

É um órgão meramente opinativo. Eles opinam e o Presidente decide se acata ou não


a opinião exposta.
O Presidente estará obrigado a convocar e ouvir o Conselho de Defesa Nacional nos
casos de:
 Estado de sítio; Nesses casos o presidente está obrigado apenas à convocar e
 Estado de Defesa; ouvir não sendo obrigado à seguir o que foi aconselhado.
 Intervenção Federal.

O Conselho de Defesa Nacional é convocado e presidido pelo Presidente da república.

4.1. Composição:
Todos são Membros Natos
 Vice-Presidente da República;
 Presidente da Câmara; Membros natos
 Presidente do Senado;
 O ministro da Justiça;
Não precisam
 O Ministro de Estado da Defesa; Membros Permanentes
ser Brasileiros
 O Ministro das Relações Exteriores;
natos.
 O Ministro do Planejamento;
 Os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Não tem mandato.

~ 65 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

X – Poder Judiciário
(Art. 92 a 126)

Órgãos de Superposição
STF

CNJ
Superiores
Tribunais

STJ TST TSE STM


Ministros Ministros Ministros Ministros

Desembargadores
Instancia

TJ´s TJDFT TRF´s TRT´s TRE´s -


Instancia

1ª Instancia
Juiz Juiz Juiz Juiz Juiz Juiz

Juiz de
Justiça Comum Justiça Especializada

~ 66 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

1. Estatuto da Magistratura

Será regulado por Lei Complementar que é de iniciativa privativa do Supremo Tribunal
Federal - STF. Até hoje não foi realizada a Lei complementar que cria o Estatuto da
Magistratura, fazendo as vezes do Estatuto há a Lei Orgânica da Magistratura (LOMA) que foi
recepcionada pela CF/88.

1.1. Ingresso na Carreira:

Observa-se que esse ingresso é na 1ª instância.


Inicia-se a carreira como Juiz Substituto e o ingresso é realizado por concurso
público de provas e títulos que deve ter todas as suas fases supervisionadas pela OAB
(essa informação foi acrescida pela EC nº 45).
As exigências Constitucionais para o ingresso na carreira:
 Ser bacharel em Direito;
 No mínimo 3anos de atividade jurídica.
O edital pode trazer outras exigências.

1.1.1.Vitaliciedade no ingresso da carreira:

Após 2anos de efetivo exercício tendo o magistrado realizado o curso de


capacitação ele poderá conquistar a vitaliciedade. Isso na primeira instância.
Os juízes vitalícios só podem perder o cargo por sentença judicial transitada em
julgado.
Administrativamente a maior punição que o juiz poderá receber é a
aposentadoria compulsória.
Tendo um juiz substituto adquirido a vitaliciedade ele não passa
automaticamente a ser Juiz Titular, para tanto ele deverá ser promovido.
Juiz substituto e Juiz Titular tem as mesmas atribuições e normalmente tem o
mesmo salário (pode mudar de acordo com o estado), mas o Juiz Substituto não
pertence à uma vara específica ele substitui o Juiz Titular nas ausências e os auxilia nos
processos.

1.2. Promoção:

A promoção se dá por Antiguidade ou Merecimento alternadamente (uma vez


por antiguidade outra por Merecimento).

Esquema 26 – Promoção por antiguidade.

Antiguidade
Listagem de A promoção por antiguidade pode ser negada desde que
todos os haja motivação dos desembargadores e para cada
juízes com a motivo exposto deve haver o contraditório e ampla
ordem da defesa, ou seja, o juiz que deseja a promoção deverá se
data da defender das “acusações” o quórum para rejeitar a
posse de promoção do juiz substituto deverá ser de 2/3.
cada um.

~ 67 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Esquema 27 – Promoção por Merecimento.


Poderá estar na lista de merecimento o que tiver
Merecimento merecimento. Constitucionalmente falando tem
merecimento o Juiz que tiver Produtividade e
Para cada
Participação em curso de formação (capacitação,
vaga de Juiz
extensão, doutorado, etc.).
Titular cria-se
Poderá figurar por merecimento os juízes substitutos que
uma lista
estiverem na 1ª quinta parte da lista de antiguidade e
específica
estar na entrância à pelo menos 2anos. Essa segunda
com 3 nomes.
exigência é só para a Justiça Estadual já que a Justiça
Federal e a Justiça do Trabalho não é dividida em
entrância.

O juiz que figurar na lista por merecimento pela terceira vez consecutiva ou pela
5ª vez consecutiva deverá necessariamente ser promovido.
não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder
além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou
decisão (essa informação foi acrescida pela EC nº 45).

1.3. Residência na Comarca:

O juiz deve residir na Comarca onde atua, salvo por autorização do tribunal (essa
informação foi acrescida pela EC nº 45).

1.4. Órgão Especial:

O tribunal que tiver mais de 25membros pode se dividir em órgãos.

Esquema 28 – Criação de órgãos.

STF TJDFT

11 Membros 35 Membros (Desembargadores)


(Ministros) Presidente, Vice-Presidente, Corregedor

Presidente 8 Turmas

2 Turmas  4 Câmaras

Pleno  Conselho
(órgão especial)

 Pleno

Um órgão especial deve ter o mínimo de 11 pessoas e o máximo de 25. Metade


das vagas deve ser composta dos membros mais antigos e a outra metade é composta
por membros eleitos.
Tem função administrativa e jurisdicional.

~ 68 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

1.5. Regra do “quinto constitucional”:

Define a formação dos TJ´s + TJDFT + TRF´s (Também se aplica a justiça do


trabalho: TRT´s + TST):

Advogado Reputação Ilibada e Esse é o 5º


1/5 notável saber Constitucional.
Membros do Ministério Público jurídico.

4/5 Promoção de juízes para desembargadores. Um juiz substituto


poderia ser promovido à desembargador, mas é pouco provável já que a preferência
seria para juiz titular.

Esquema 29 – Quinto Constitucional - Advogados.

OAB encaminha uma Tribunal escolhe 3 Chefe do executivo


lista com 6 nomes de desses nomes e escolhe 1 entre os 3
advogados. encaminha. nomes.

Esquema 30 – Quinto Constitucional – Membros do Ministério Público.

MP encaminha uma Tribunal escolhe 3 Chefe do executivo


lista com 6 nomes de desses nomes e escolhe 1 entre os 3
membros do MP. encaminha. nomes.

Atenção!!!

Para os tribunais superiores é necessário que o chefe do executivo mande para o


Senado o nome do escolhido para que o Senado aprove, logo para o TST o nome deverá
ser encaminhado ao Senado.
Além disso tanto para o TST quanto para o TRT a lista encaminhada pelo MP
deverá ser encaminhado pelo MPT.

O tribunal poderá negar toda a lista encaminhada pela OAB ou pelo MP, mas não
fica o órgão obrigado a mudar tal lista.

1.5.1.Vitaliciedade no ingresso dos tribunais de 2ª instância:

A vitaliciedade,para o ingresso na 2ª instância, é adquirida com a posse.

2. Garantias

2.1. Vitaliciedade:

A vitaliciedade dos ministros do STF foi relativizada pela Constituição, porque


poderão perder os cargos também por decisão política do Senado Federal
(Impeachment). A vitaliciedade é adquirida com a posse, excluindo-se dessa regra
apenas a vitaliciedade adquirida no ingresso da carreira na 1ª instância.
~ 69 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 16 - 16/04/2012

2.2. Inamovibilidade:

Juízes não podem ser removidos de uma comarca para outra compulsoriamente,
salvo por interesse público.
A remoção será feita de forma voluntária, em regra.

Obs.40: Quando a remoção é punição só poderá ser aplicada pelo tribunal Pleno ou
órgão especial ou pelo Conselho Nacional de Justiça. Alteração realizada pela EC
nº 45.

2.3. Irredutibilidade de Subsídio:

Protege o valor nominal do subsídio e não contempla o “poder aquisitivo” que


seria o valor de mercado de valores.
O STF entende que não há direito adquirido na manutenção de poder aquisitivo,
ou seja, se alguém recebe um valor que hoje consegue comprar um apartamento em
área nobre de Brasília, mas um tempo depois o mesmo valor só permite a compra de
um pequeno apartamento em uma das áreas mais pobres do estado não há que se
falar em irredutibilidade de Subsídio.
Juízes recebem subsídio.

2.3.1.Subsídio dos Magistrados (Art. 93, V - CF):

Esquema 31 – Subsídio dos Magistrados (Art. 93, V – CF)


Só vale para o judiciário Federal.
Para o judiciário Estadual não,
STF pois até a EC nº 45 cada estado
criava seus valores isso e traria a
Exatamente 95% do STF redutibilidade de subsidio.

STJ, TST, TSE e


Até 90,25% do STF
STM
Até 95% dos Tribunais superiores

2º Grau
Desembargadores

Escalonados entre si desde que


= respeitem o limite:
1º Grau Mínimo de: 5%
Juiz Máxima de 10%

~ 70 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

2.4. Autonomia:

Autonomia administrativa, financeira e funcional.

2.4.1.Autonomia Administrativa:

Em regra há a autonomia administrativa, mas há interferência incluída


pela EC nº45, são essas interferências:
 Os juízes continuam tendo duas férias por ano, mas não há mais as férias
coletivas nas justiças de 1º e 2º Grau que terão que funcionar
ininterruptamente inclusive aos sábados domingos e feriados dos
plantões.

Obs.41: No STF e nos tribunais superiores (STM, STJ, TST e TSE) permanece o direito
de férias coletivas.

 Juízes poderão delegar à servidores os atos que são de mero expediente


(marcação de férias, etc.) não há que se falar em delegação de julgar.

2.4.2.Autonomia Financeira:

A iniciativa de apresentação de Lei Orçamentária é do presidente, mas a


possibilidade de proposta de orçamento encaminhada ao executivo é permitida
ao judiciário e é pode ser encaminhada para o Presidente pelo STF ou pelos
tribunais superiores (STF, STM, TST e TSE).
Se o judiciário deixar de encaminhar a proposta o executivo não poderá
definir um valor que julgar razoável, ele simplesmente encaminha a mesma
proposta contida no ano anterior. No caso de o executivo não concordar com os
valores estipulados na proposta encaminhada pelo judiciário ele poderá fazer
ajustes.

2.4.3.Autonomia Funcional:

Os juízes tem livre convencimento.

Ex.:
Duas pessoas tem o mesmo direito á ser pleiteado no judiciário,
ambos contrataram o mesmo advogado, os pedidos foram feitos
idênticos e com mesma fundamentação, mas um dos processos foi para
o juiz “José” e o outro para o juiz “Antonio” e cada um julgou de maneira
diferenciada. Isso pode, já que os juízes tem livre convencimento e não
tem que se submeter a julgamento de outros juízes.

Há duas exceções:

 Súmula vinculante – Só são emitidas pela STF e foram incluídas no


ordenamento através da EC nº45:

 O STF pode fazer a Súmula Vinculante de Ofício ou por


Provocação através de Proposta de Súmula Vinculante
(PSV).

~ 71 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 A proposta de súmula vinculante pode ser feita pelos


42
Obs. : Jurisprudência – só se considera mesmos que podem propor a ação direta de
jurisprudência quando várias decisões inconstitucionalidade (Presidente da República, Mesa
forma tomadas no mesmo sentido e cria- do Senado Federal, Mesa da Câmara dos Deputados,
se então a jurisprudência daquela Mesa da Assembléia legislativa do DF, Governador do
situação. Todo tribunal tem suas Estado ou do DF, PGR, OAB, Partido político com
jurisprudência. representação no CN, Confederação Sindical ou
entidade de classe de âmbito nacional) até que a lei
Obs.43:É cabível reclamação para específica venha tratando do assunto.
comunicar ao STF o descumprimento de  Essa lei já existe e define que esses propostos pela CF
súmula vinculante. podem propor Súmula vinculante, mas outros
também podem (AGU, Tribunais Superiores – STJ,
STM, TSE e TST – Tribunais Regionais Federais e
Tribunais de Justiça – os estados que tiverem
Tribunais Militares esses também podem propor, já
que abrangem os Tribunais de justiça.).

Atenção!!!

Quando a questão tratar de proposta de súmula


vinculante deve-se observar que ao inserir os citados
no art. 103 ele deverá informar que isso é sem
prejuízo da Lei que trata das súmulas ou qualquer
referência ao fato de não serem apenas os expostos
no art. 103 e que há uma lei que regula isso.

 A ideia do STF criar súmula vinculante é para evitar que


decisões tomadas repetidas vezes pelo STF e que mesmo
assim ainda tragam discussões nas demais esferas
“abarrotem” o STF de recursos.
 Para que a súmula vinculante seja aprovada o quorum para
tanto é de 2/3;
 A partir da data de publicação da súmula ela se vincula à:

 Demais órgãos do Judiciário;


 Todos os órgãos da Administração Pública.

Atenção!!!
Não se Vinculam à Sumula Vinculante:

 O próprio STF que pode mudar sua opinião,


principalmente de acordo com as mudanças do
direito. Podendo então o STF revisar, cancelar, editar
e até modificar o texto a Súmula Vinculante.
 O legislativo na função típica, ou seja, a Súmula
Vinculante não impede o CN de legislar.

 Decisões do STF no controle concentrado de constitucionalidade tem


efeito vinculante.
Ex.: ADPF 54 (Anencéfalo).

~ 72 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

3. Vedações

 Juízes só podem acumular a função de juízes com uma função de professor (em
quantas instituições a compatibilidade de horário permitir);

 Juízes não podem advogar durante a magistratura e só vão poder a advocacia no


juízo de onde foram exonerados ou aposentados após 3anos, essa determinação
é chamada de quarentena;

Atenção!!!

A quarentena é para a Comarca e não apenas para a vara na qual se


aposentou. Lembrando que o DF não é dividido em Comarca, logo os juízes do DF
não poderão atuar em todo o DF.

 Juízes não podem exercer atividade político partidário, logo não podem concorrer
à cargo eletivo. A vedação para os juízes vale desde a promulgação da CF;

 Essa vedação surgiu para os membros do Ministério Público junto com a


EC nº 45 que determina também que essa vedação valeria apenas para
dali pra frente, logo quem até a EC nº 45 exercia atividade político
partidário pode continuar, mas dali pra frente não poderia mais.

 Juízes não podem tomar para si as custas judiciais;

 Juízes não podem receber auxílio, contribuições de Pessoas Físicas ou Jurídicas


públicas ou privadas, ressalvada exceções previstas em lei;

4. STF – Supremo Tribunal Federal – Art. 102, CF

 Primeiro nome: Casa dos Suplícios;

 Segundo nome: Superior Tribunal Federal; e

 Por último: Supremo Tribunal Federal.

4.1. Composição:

O STF é composto de 11 ministros que devem ser todos:

 Cidadãos brasileiros natos conforme art. 12 da CF  Essa exigência se dá


devido à sucessão presidencial tendo em vista que o presidente do STF
poderá ter que substituir o Presidente da República:

 O Presidente do STF tem mandato de 2anos vedada à


recondução e todos os membros do STF passam pela cadeira
presidencial.

 Mais de 35anos e menos de 65  Essa exigência se justifica pelo fato de


haver a necessidade de “maturidade” mínima – 35anos – e evitar que o

~ 73 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Ministro fique pouco tempo e já se aposente já que com 70anos a


aposentadoria é compulsória;

 Notável saber jurídico  Não há lei que regule o que é notável saber
jurídico, logo, é caráter subjetivo;

 Reputação ilibada  Não há lei que regule o que é Reputação Ilibada,


logo, é caráter subjetivo.

O ingresso como ministro no STF através de indicação do Presidente da República


e sabatina do Senado Federal que deverá aprovar por maioria absoluta.

4.2. Competência:

4.2.1.Originária (I): Inicia-se no STF;

 Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN – e Ação Declaratória de


constitucionalidade – ADCON;
 Julgar as seguintes pessoas:

Comum Responsabilidade
 Ministros (Desde que não estejam em crimes conexos
 Presidente da República e Vice-Presidente da com o Presidente ou Vice, quando serão julgados pelo
República; Senado Federal - Art. 52);
 Ministros de Estado;  O presidente do BACEN tem status de Ministro,
 O presidente do BACEN tem status de Ministro, logo entra também no rol de ministros julgados
logo entra também no rol de ministros julgados pelo STF originariamente.
pelo STF originariamente.  Ministros do TCU;
 Deputados e Senadores;  Ministros dos tribunais superiores;
 Ministros do TCU;  Comandantes Das forças armadas (Exército, Marinha
 Ministros do STF e Tribunais Superiores (TST, TSE, STM e Aeronáutica - Desde que não estejam em crimes
e STJ); conexos com o Presidente ou Vice, quando serão
 PGR; julgados pelo Senado Federal - Art. 52);
 Comandantes Das forças armadas (Exército, Marinha  Diplomatas (Só os lideres de funções diplomáticas:
e Aeronáutica); Embaixador e Cônsul).
 Diplomatas (Só os lideres de funções diplomáticas:
Embaixador e Cônsul).

Atenção!!!

 Presidente e vice presidente nos crimes de responsabilidade são julgados pelo SENADO FEDERAL;
 Os ministros de Estado são julgados por crime de responsabilidade pelo STF, a exceção é para o caso de estarem
crimes conexos com o Presidente ou Vice, nessa hipótese será julgado também pelo SENADO FEDERAL;
 Comandantes Das forças armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) serão julgados pelo Senado quando estiverem
em crimes conexos com Presidente e Vice Presidente.

~ 74 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 Julgar”Habeas Corpus”(HC) das seguintes autoridades, quando forem


pacientes:

 Presidente da República e Vice-Presidente da República;


 Ministros de Estado;
 O presidente do BACEN tem status de Ministro, logo entra
também no rol de ministros de Estados.
 Deputados e Senadores;
 Ministros do TCU;
 Ministros do STF e Tribunais Superiores (TST, TSE, STM e STJ);
 PGR;
 Comandantes Das forças armadas (Exército, Marinha e
Aeronáutica);
 Diplomatas (Só os lideres de funções diplomáticas: Embaixador e
Cônsul).

Quando essas autoridades forem coatora o”Habeas Corpus”será julgado


pelo STJ.

 Julgar”Habeas Corpus”(HC) das seguintes autoridades, quando forem


coatora:

 Tribunais Superiores;
 Autoridades com jurisdição direta do STF;
 Presidentes e governadores;
 Ministros do STF;
 Funcionários com jurisdição direta do STF;
 Diretores do STF.

Atenção!!!
Impetrante  é quem pede o”Habeas Corpus”– qualquer pessoa pode entrar
com”Habeas Corpus”por qualquer outra pessoa;
Beneficiado  Paciente;
Impetrado  Autoridade Coatora, quem realizou a prisão.

 Julgar Mandato de Segurança (MS) e Habeas Data (HD) contra atos:

 Do Presidente da República;
 Da Mesa da Câmara;
 Da Mesa do Senado;
 Do TCU;
 Do PGR;
 Do STF.

Atenção!!!
Em Regra julgamento de HC contra atos dos tribunais, sobe uma instância – No
caso do STF não sobe pois não há mais pra onde subir;
Já julgamento do MS e do HD contra atos dos tribunais ficará à cargo do
próprio tribunal. Se os atos forem de juízes o julgamento sobe também.

~ 75 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 Julgar litígios entre estado estrangeiro e:


 União;
 Estados;
 DF;
 Territórios.

~ 76 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 17 - 23/04/2012

 Julgar conflitos de competência entre:


 Tribunais Superiores;
 Tribunais Superiores e tribunais de 2º grau não havendo entre
eles vinculação;
o Conforme entendimento do supremo há vinculação entre
o STJ e os tribunais da justiça comum (TJ, TRF E TJDFT)

Atenção!!!
Se houver entre os tribunais a vinculação, o que tive a maior hierarquia vai
decidir.

 Julgar originariamente o pedido de extradição;

Atenção!!!
A reclamação nada mais é do que “reclamar” que uma decisão daquele
tribunal está sendo descumprida.
Cada tribunal é competente para julgar originariamente as reclamações de seu
próprio tribunal.

Atenção!!!
Revisão criminal é quando se propõem uma nova ação judicial para utilizar
argumento ainda não utilizado que posso demonstrar que você é inocente.
Sendo realizada a revisão criminal e verificado que o condenado era inocente
ele possui direito à indenização, deve ser determinado que se volte a condição
inicial, ou seja de réu primário.
No caso de revisão criminal quem condena é quem pode rever.
A ação rescisória tem o mesmo sentido, a diferença é que é matéria civil
enquanto que a revisão criminal é matéria penal.

Impetra-se o mandato  Julgar originariamente Mandado de injunção (nos termos do art. 102, I,
de injunção quando a “q”) quando a omissão é;
falta de uma
regulamentação  Do Presidente da República;
prejudica a utilização  Do Congresso Nacional;
de um direito.  Da Câmara dos Deputados;
 Do Senado Federal;
 Das mesas de uma das casas legislativas;
 Do Tribunal de Contas da União;
 De um dos Tribunais Superiores;
 Do Próprio STF.

 Julgar as ações contra o CNJ e contra o Conselho Nacional do MP.:

 Julgar ações de interesse da magistratura em geral, já que é o STF quem


cuida da organização da justiça:

~ 77 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

4.2.2.Recurso Ordinário (II): Recursos de matéria comum;

 Habeas Corpus, Habeas Data, Mandato de segurança e Mandato de


injunção:
 Que foi julgado originariamente pelos tribunais superiores, se a
decisão for denegatória (negada).
 Crime político.

4.2.3.Recurso Extraordinário (III): Recursos de matéria constitucionais

Inicia-se no STF.

Esquema 32 – Recurso Extraordinário

STF

STJ Recurso
Extraordinário
Ministros

Só sobe se tiver matéria


TJDFT constitucional.

Recurso

Juiz

Tem que tratar de matéria constitucional e a matéria constitucional têm


que ser direta (fundamenta-se o direito em algum inciso, artigo, parágrafo ou
alínea específicos – o contrário disso é matéria constitucional indireta ou
reflexa).
A matéria deve ser pré-questionada, ou seja, a matéria deve estar sendo
discutida ao longo do processo.
É preciso ter repercussão geral – nesse caso o recurso já está no STF e
quem decide se tem ou não repercussão geral é ele próprio. Para negar que haja
a repercussão geral o STF precisa da manifestação de 2/3 de seus membros. Art.
102, §3º - CF.

~ 78 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

5. STJ – Superior Tribunal de Justiça – Art. 104, CF

 Tribunal mais recente: Criado pela CF/88 com a intenção de ser guardião das leis
federais;

5.1. Composição:

O STF é composto de no mínimo 33 ministros. A quantidade de ministros pode


ser ampliada, ampliação essa que não precisa ser feita através de emenda a
constituição, pode ser feita apenas por lei. Os ministros do STJ deverão ter as seguintes
características:
 Ser cidadão Brasileiro;
 Ter mais de 35anos e menos de 65anos;
 Ter Notável saber jurídico  Não há lei que regule o que é notável saber
jurídico, logo, é caráter subjetivo;
 Ter Reputação ilibada  Não há lei que regule o que é Reputação
Ilibada, logo, é caráter subjetivo.

Esquema 33 – Composição do STF

11 11 11
Advogados 5
1/3 1/3
Juízes dos TJ Juízes dos TRF´s
Membros do MP 6

Presidente
Advogados OAB indica 6 STJ diminui para 3
escolhe 1

Senado
Sabatina

Membros do MP Presidente
MP indica 6 STJ diminui para 3
escolhe 1

Senado
Sabatina

~ 79 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

5.2. Competência (Art. 105):

5.2.1.Originária (I): Inicia-se no STF;

 Julgar as seguintes pessoas:

Comum Responsabilidade
 Governador;  Juiz de 2º Grau;
 Juiz de 2º Grau;  Membros do MP que oficiem junto à tribunais;
 Membros do MP que oficiem junto à tribunais;  Conselheiros dos Tribunais de Contas do Estado;
 Conselheiros dos Tribunais de Contas do Estado;  Membros dos Tribunais de Contas do Estado;
 Membros dos Tribunais de Contas do Estado;  Membros dos Tribunais de Contas dos Municípios,
 Membros dos Tribunais de Contas dos Municípios quando houver.
quando houver.

 Julgar”Habeas Corpus”(HC) das seguintes autoridades, quando forem


Coatora ou paciente:

 Governador;
 Juiz de 2º Grau;
 Membros do MP que oficiem junto à tribunais;
 Conselheiros dos tribunais de contas dos Estados;
 Membros do Tribunal de Contas do Estado;
 Membros do Tribunal de Contas do Município, quando houver.

 Julgar”Habeas Corpus”(HC) das seguintes autoridades, quando forem


Coatora:

 Comandantes do Exército, Marinha ou Aeronáutica;


 Ministros de Estado

 Julgar Habeas Data (HD) e Mandato de Segurança (MS) contra atos das
seguintes autoridades;

 Comandantes do Exército, Marinha ou Aeronáutica;


 Ministro do STJ.

Atenção!!!
Os magistrados todos tem foro privilegiado. Sempre julgados pelo tribunal
superior à ele ou por um igual;

 Julgar Recursos extraordinários de litígios entre estado estrangeiro e:


Julgamento originário é
realizado pelo Juiz Federal.  Município;
Art. 109 - CF  Pessoa que mora no Brasil.

~ 80 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Atenção!!!
Conflito apenas entre tribunais de segundo grau a competência para julgar é
do STJ;
Conflitos entre juízes de 1º grau de justiças diferentes (ex.: juiz eleitoral e juiz
do trabalho) a competência para julgar é do STJ.

 Julgar originariamente Mandado de injunção nos termos do art. 105, I,


“h”;
 Excluídas as do STF;

 Homologar ou não sentenças estrangeiras, que envolvam coisa ou pessoa


que esteja no Brasil. O país solicitante envia uma carta rogatória
solicitando o cumprimento da pena, o STJ homologando a sentença
concede o “exequatur” que é o “mandar cumprir” à essa carta e o juiz
federal executa a sentença estrangeira;
 A execução só se dará se o STJ homologar.

5.2.2.Recurso Ordinário (II): Recursos de matéria comum;

Atenção!!!
Supressão de instância - O recurso sobe direito para o STJ;

 Habeas Corpus:
 Que foi julgado em única ou última instancia pelos:

o TRF´s;
o TJ´s ; e
o TJDFT.

 Mandato de segurança:
 Que foi julgado em única instancia pelos:

o TRF´s;
o TJ´s ; e
o TJDFT.

~ 81 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 18 - 27/04/2012

5.2.3.Recurso Especial (III): Decisão proferida em única ou ultima instância por justiça
comum;

 A matéria legal tem que ser direta e não reflexa. Não pode ser baseada
só em princípios, deve-se discutir o que está presente na lei;
 A matéria tem que ser pré-questionada;
 Tem que esgotar todos os recursos (inclusive o embargo de declaração);
 Não há exigência de repercussão geral;

Recurso Especial - STJ Recurso Extraordinário - STF

 Guardião das Leis Federais;  Guardião da Constituição;


 Ato de governo local X Lei federal  Ato de  Lei Local X Lei Federal  Lei local contestado em
governo local contestado em face de lei federal; face de Lei Federal;

6. Justiça Federal (Art. 106)

São órgãos da Justiça Federal:

 Os Tribunais Regionais Federais (TRF´s);


 Juízes Federais

6.1. Tribunais Regionais Federais:

Os TRF´s devem ter o mínimo de 7 (sete) membros e seus membros devem ter
mais de 30anos e menos de 65anos;

6.2. Juízes Federais:

6.2.1.Competência (art. 109):

 Processar e julgar causas em que a União, entidade autárquica ou Empresa


Pública federal forem interessadas, em qualquer condição.
 Sendo autora (Art. 109, §1º): o processo corre e é julgado pela seção
judiciária onde tiver domicílio a outra parte;
 Sendo ré (Art. 109, §2º): poderá a causa correr:
 Na seção judiciário em que for domiciliado o autor;
 Onde houver ocorrido o ato ou fato (ou onde se localiza a
coisa);
 No DF (sede da União).
 Causas relativas a direitos humanos – se for crimes contra a humanidade o
julgamento pode ser realizado pelo tribunal penal internacional, se o Brasil
tiver aderido. E o Brasil ainda não fez isso formalmente, logo a ideia é que o
crime é julgado pelo Juiz Federal, mas pode ser julgado por tribunal penal
internacional;

~ 82 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 Os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por


lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira.

Atenção!!!

A justiça do trabalho não julga nenhum tipo de crime!!! Logo o crime contra a
organização do trabalho é julgado pela justiça comum.

 O Juiz Estadual da comarca que se encontre o réu ou autor pode, em casos


que sejam para beneficiá-lo, julgar processos de competência de Juiz Federal,
mas só para facilitar o processo para o autor ou réu, havendo recurso sobe
normalmente na Justiça Federal.

Os TRF´s devem ter o mínimo de 7 (sete) membros e seus membros devem ter
mais de 30anos e menos de 65anos;

7. Justiça do Trabalho (Art. 111)

São órgãos da Justiça do Trabalho:

 Juiz do Trabalho;
 Ingresso por concurso
 Tribunais Regionais do Trabalho - encontrados no Estados e no DF;
 Ingresso pelo 5º constitucional e promoção
 TST.
 Ingresso pelo 5º constitucional e promoção com aprovação pelo Senado
Federal.
Esquema 34:

TST
Ministros

TRT´s

Juiz

7.1. Competências (Art. 114):

 As ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público


externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do DF
e dos Municípios;
 O STF decidiu que esse inciso se aplica apenas a quem é empregado
público.
 Ações que envolvam o exercício do direito de greve;

~ 83 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 As ações de indenização por nado moral ou patrimonial, decorrentes da relação


de trabalho;

8. Justiça Eleitoral (Art. 118)

Não há carreira própria na justiça eleitoral, os membros ficam no cargo por um período
mínimo de 2anos e não mais do que 4anos consecutivos.
A composição da justiça eleitoral é realizada por membros de outras justiças que
acumulam função na justiça eleitoral.

São órgãos da Justiça Eleitoral:

 Juízes e Juntas Eleitorais;


 O juiz eleitoral é um juiz estadual escolhido pelo tribunal de justiça.
 Pode ser juiz substituto
 Tribunais Regionais Eleitorais;
 Possui 7 membros sendo eles:
 2 desembargadores de justiça (tribunal de justiça) – escolhidos
pelo Tribunal de justiça;
 2 juízes – escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
 1 juiz do TRF – escolhido pelo TRF;
 2 Advogados – Lista sêxtupla formada pela OAB.
 TSE.
 Possui 7 membros, sendo eles:
 3 ministros do STF;
• Dentre esses são escolhidos o Presidente e o Vice
presidente.
 3 ministros do STJ
• Dentre esses é escolhido o Corregedor.
 2 advogados – lista sêxtupla formada pelo STF

Esquema 35:

TSE Tendo em vista que o Presidente


Ministros do TSE é um ministro do STF,
posso concluir que o Presidente
e o Vice-Presidente do TSE é
TRE´s necessariamente brasileiro
nato.

Juízes e Juntas Eleitorais

8.1. TSE

Em regra as decisões do TSE são irrecorríveis já que em matéria Eleitoral a última


decisão é deles. As exceções à essa regra são:

 Quando o recurso tratar de matéria constitucional;


 Recurso ordinária de HC e MS (Vide competência do STF).
 Diploma Presidente e Vice presidente da república
~ 84 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

8.2. TRE

Possibilidades de recursos do TRE para o TSE:


 Quando tratar de matéria constitucional;
 Quando tratar de matéria de lei (lei que trata de matéria eleitoral);
 Inelegibilidade, cassação de registro ou de mandato;
o Apenas para mandatos eletivos federais e estaduais.
 Denegarem HC, MS, HD ou MI.

9. Justiça Estadual (Art. 125)

São órgãos da Justiça Estadual:

 Juízes;
 Tribunais de Justiça.

Tem competência residual, o que não é de competência da justiça especial ou da Federal


é da justiça estadual.

10. Justiça Militar (Art. 122)

São órgãos da Justiça Militar:

 Auditores/Circunscrições;
 STM.
 15ministros:
 10 militares;
• 4 exército;
• 3 marinha
• 3 aeronáutica
 5 cidadãos com mais de 35anos e menos de 65:
• 3 advogados;
• 1 juiz
• 1 membro do ministério público militar.

Esquema 36: Pode ser criado em


STM caso de guerra
Ministros

Auditores / Circunscrições

Julga crime militar nos termos da lei.


Julga tanto civil quanto militar, desde que a matéria do crime seja militar. Um civil que
pratica um crime militar vai ser julgado normalmente pela justiça militar.

~ 85 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

11. CNJ (Art. 103B)

Cuidar da parte administrativa (apenas), é parte do Judiciário e o seu julgamento é só


administrativamente;
É órgão do Judiciário, embora nem todos os seus membros sejam magistrados;
CNJ é um outro órgão não é parte do STF;
Tem sede em Brasília, mas não tem jurisdição em Brasília já que é órgão Federal;

11.1. Composição 1 representante de cada uma das


justiças.
15 conselheiros (membros): Cada tribunal superior escolhe o seu
ministro e toda a sua justiça:
 Presidente do STF;
 1 ministro do STJ;  TST
 1 desembargador do TST; o O ministro do TST;
 1 desembargador do TJ o O juiz do TRT;
 1 juiz do TRF; o O juiz do trabalho
 1 juiz do TRT;  STJ
 1 Juiz do Trabalho; o O ministro do STJ;
 1 juiz Federal; o O juiz do TRF;
 2 advogados – indicados pela OAB; o O juiz Federal.
 2 membros do ministério público;
 1 MPU; Os demais são escolhidos pelo STF.
 1 MPE.
 2 cidadãos;
 Câmara;
 Senado

Os membros terão mandato de 2anos admitida uma recondução apenas.


O presidente do CNJ será o Presidente do STF, o Corregedor será o presidente do
STJ.
A substituição do Presidente do STF é feita sempre pelo seu vice e é feita em todas
as suas atribuições, logo mesmo não integrando o CNJ o vice presidente do STF
substitui o Presidente quando necessário, também na presidência do CNJ.

~ 86 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

XI. Controle de Constitucionalidade


(Art. 76 à 91)
1. Presidente da República

Pressupõe falar da constituição rígida, ou seja, o controle de constitucionalidade só


ocorre com constituições rígidas.
Nem tudo o que é contrário a constituição é inconstitucional.
Tudo que é considerado Lei está sujeito a controle.

1.2. Espécies de inconstitucionalidade:

1.2.1.Material: Assunto da lei é contrário a constituição;

1.2.2.Formal: Falha no processo legislativo.

1.3. Quem pode fazer controle de constitucionalidade no Brasil:

Qualquer juiz ou tribunal. O STF também pode, mas não é apenas ele quem pode.

~ 87 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Há também, em outros países, o controle Político e o Misto. O


Aula 19 - 04/05/2012
Brasil adota o Jurisdicional Misto que é o que é feito pelo judiciário e
adota-se o Controle Difuso e o Concentrado.
2. Momentos Difuso: pode ser feito por qualquer juízo ou tribunal;
Concentrado: pode ser feito apenas pela corte máxima da esfera,
relativa à Constituição (seja ela federal ou estadual)

2.1. Preventivo – antes de surgir a lei inconstitucional. 2.1. Repressivo – depois de surgir a lei inconstitucional.

Pode ser feito no: É feito pelo controle jurisdicional, ou seja, aquele feito
pelo Judiciário.
 Executivo – pode fazer controle preventivo de
constitucionalidade ; Difuso.
 Pelo Veto.
 Legislativo - pode fazer controle preventivo de Jurisdicional ADI
constitucionalidade ; Misto ADC
 Pelo controle da Comissão de Constituição Concentrado ADO
e Justiça (CCJ) em cada casa. ADII
 Judiciário – em regra não pode fazer controle ADPF
preventivo de constitucionalidade
 Exceção à regra: Quando o STF julga
mandado de segurança impetrado por
parlamentar, para requerer o
arquivamento de proposição
inconstitucional. Nesse caso ele fará
controle preventivo de
constitucionalidade.

3. Controle Difuso (concreto)

Considera-se cada caso, ou seja, analisa-se o caso concreto, individualizado.


A Causa de pedir é “incidental” não é o pedido oficial, foi algo que acabou acontecendo
graças ao pedido, mas não é literalmente o desejado dentro do pedido.

Ex.:
João, preso por crime hediondo – que não permite progressão de pena -,
pede pra ter a progressão de pena, baseando-se na liberdade de locomoção e
na ideia de que deve haver a individualização da pena.
O juiz então julga procedente seu pedido e considera a
inconstitucionalidade da lei de crimes hediondos que “generaliza” essa
situação, não permitindo a progressão da pena.

A decisão do controle difuso tem efeitos:

 “inter partes”, ou seja, a decisão só vale para as partes daquele processo


discutido.
 Ex tunc – retroage. Mas só retroage para as partes do processo.

~ 88 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

3.2. Principio da reserva de plenário – Art. 97, CF/88 – as declarações de


inconstitucionalidade só podem ser dadas por maioria absoluta do Pleno ou do Órgão
Especial do Tribunal.

O juiz de 1º Grau não possui reserva de plenário (não há plenário para tal é
órgão “único”) , mas poderá de maneira incidental declarar a inconstitucionalidade,
pois ele não deixará de fazer o julgamento da lei só por não ter um plenário para
declarar a inconstitucionalidade difusa.

Sendo, o controle de inconstitucionalidade difuso, feito pelo STF da mesma


maneira os efeitos são “Inter partes” e “Ex Tunc”. Nesse caso o STF comunica de ofício
o Senado à esse respeito e o Senado se quiser poderá suspender, por resolução, a
execução, no todo ou em parte, dessa lei (Art. 52, X – CF). Essa resolução tem efeito
“Erga Omnes” – para todos – e “Ex Tunc” – retroage.

Atenção!!!

A resolução tendo efeito Ex Tunc ainda não é consenso na doutrina, há


divergências e alguns autores consideram como “Ex Nunc”, mas é um consenso da
maioria e na administração pública já há obrigatoriedade de que seja “Ex Tunc”.

4. Controle Concentrado (Casos Abstratos.)

4.2. ADIn (Ação Direta de Inconstitucionalidade) genérica :

 É proposta em duas vias;

4.2.1.Causa de pedir

Declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal, estadual


ou distrital de natureza Estadual.

4.2.2.Legitimados Art. 103, CF

 Presidente da República;
 Mesa do Senado Federal
 Precisa demonstrar interesse de agir ;
 Mesa da Câmara dos Deputados ;
 Precisa demonstrar interesse de agir ;

 A mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF;


 Precisa demonstrar interesse de agir ;

Atenção!!!
Quem pode propor ADIN é a Mesa e não o presidente.

 Governador do Estado ou do DF;


 Precisa demonstrar interesse de agir ;

~ 89 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Atenção!!!
Apesar de já ser legitimado o Governador do DF não
constava do texto constitucional, foi inserido pela EC nº
45, o que não quer dizer que ele não era legitimado.

 PGR;
 Conselho Federal da OAB.

Atenção!!!
Só o Federal, a secional DF, por exemplo, não poderia
propor.

 Partido político com representação no Congresso Nacional;


 Precisa contratar advogado;

Atenção!!!
Só os que tenham representação no CN.
O que importa é o momento da ação, logo se um
partido com representação entra com um pedido de
ADIN e esse pedido só é julgado quando o Partido já não
possui a representação, mesmo assim o pedido é
julgado.

 Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;


 Precisa demonstrar interesse de agir ;
 Precisa contratar advogado;

4.2.3.Relator: É o responsável pelo projeto. Recebendo a petição da ADIN o relator


pode tomar uma das seguintes atitudes:

 Rejeitar – por considerar inepta – infundada, incabível, incompleta.


 Dessa decisão cabe recurso. Esse recurso é chamado de
agravo regimental.

Agravo regimental é interposto sempre que um


tribunal pleno deveria decidir algo e a decisão foi
realizada por um único individuo.

 Marcar audiência pública.


 Determinar a produção de pericia – complementação dos dados, das
informações, mediante parecer técnico.

4.2.4.Participações obrigatórias:

 Procurador Geral da República - que terá o papel de fazer um parecer livre –


favorável ou contrário conforme julgar correto – quanto a
constitucionalidade da lei.

~ 90 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 Advogado Geral da União – que terá o papel de defender a


constitucionalidade da lei. O AGU atua então como o curador especial. Em
casos em que não há meios de defender lei que é visivelmente
inconstitucional o AGU pode não ser obrigado à defender a
constitucionalidade da lei.

4.2.5.Participação facultativa: “Amicus Curiae” – Amigos da Corte – são as pessoas que


não são obrigadas à participar da discussão, mas querem ser ouvidas para
prestar alguma contribuição.

Pedido feito ao relator que decide se aceita ou não o “Amicus Curiae”,


aceitando não cabe recurso da decisão, mas não sendo aceito o “Amicus Curiae”
caberá recurso e esse recurso será o agravo regimental.

Esse pedido de participação poderá ser por escrita ou mediante sustentação


oral na tribuna no dia da sessão de julgamento.

Obs.44:
A ADIN não admite intervenção de terceiros, mas “Amicus
Curiae” não é intervenção de terceiros.
A intervenção de terceiros é quando alguém é legitimado para
propor e quer ser ouvido.

4.2.6.Julgamento:

 É feito pelo Pleno;

 Presença: Para discussão é necessária a presença de no mínimo 8 ministros;

 Quorum: Para julgar como inconstitucional é necessário o voto da maioria


absoluta (6). Não havendo o mínimo de votos necessários considera-se a lei
constitucional;

4.2.7.Efeitos:

Declarada a inconstitucionalidade da lei os efeitos da decisão começaram


à ser produzidos a partir da publicação da ata da sessão de julgamento.

 “Erga Omnes” – efeito para todos;


 “ex tunc” – retroage ao inicio;
 Vinculante;
 Quanto ao descumprimento de decisão vinculante qualquer
pessoa poderá reclamar tal descumprimento.
 Repristinatório.

Atenção!!!

Modulação de efeitos – modificar a regra.

~ 91 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Transformar o efeito “Ex Tunc”, que é a regra, em “Ex nunc” ou outro para
proteger o Estado quando o efeito original gerar mais prejuízos que benefícios
para o Estado ou para a Sociedade.  Está na Lei.

Não realizar o efeito da repristinação. Lembrando que o efeito


“repristinatório” é tácito, portanto o tribunal deve deixar claro que o efeito em
questão não ocorrerá. Não está na lei, mas é feita porque se faz necessária.

Obs.45: A ADIN não admite desistência, porque não se pleiteia direito


próprio.
Obs.46: Na ADIN a causa de pedir é aberta, ou seja, podem ser
levantados novos argumentos que não foram levantados pelo autor da
ação.
Obs.47: Não cabe recurso de decisão proferida em ADIN exceto embargos
de declaração.
Embargos de declaração é um questionamento com relação ao
que foi colocado no acórdão, porque está incompreensível o que foi
escrito.
Obs.48: Não cabe ação rescisória em ADIN.

~ 92 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 20 - 07/05/2012

4.2.8.Cautelar (Liminar – Tecnicamente não são a mesma coisa, mas é muito utilizado
como sendo a mesma coisa):

- “Fumus boni iuris.” – Fumaça do bom


direito.
Parte-se do pressuposto de que o
pedido é certo, pois as evidências deixam
essa imagem.
Pode ser que a decisão final não seja
concordante com a liminar.
 Pressuposto de uma liminar:
- “Periculum in mora.” – Perigo da
Demora.
Entende-se que a demora na solução
pode gerar graves problemas para a parte.

Ex.: Aluno faz concurso da Policia Civil


e foi reprovado no psicotécnico com
justificativa de que não tinha perfil para
portar arma de fogo devido agressividade,
mas o aluno em questão é policia militar à
10 porta arma de fogo em suas atividades
e não possui nenhum problema na
corporação.
O Juiz determina liminar para garantir
que ele não será prejudicada e perder a
vaga pela demora.

 Julgamento: Pelo tribunal pleno com quorum de maioria absoluta, salvo nos
períodos de férias, recessos ou outras situações de urgências pois nesses
casos a liminar será decidida pelo relator com referendo do tribunal pleno .

 Esse referendo deverá ser na próxima sessão do pleno, o tribunal


pleno pode ou não referendar a decisão do relator.

 Efeitos: em regra tem efeitos:

 “Erga omnes”;
 “Ex nunc” – Não retroage;
 Vinculante - o cumprimento é obrigatório;
 Repristinatório - volta a valer o que estava antes.

~ 93 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

4.3. ADPF (Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental):

 É apreciada pelo STF – competência original;


 É proposta em duas vias.

4.3.1.Causa de pedir

 Declaração de inconstitucionalidade de:

o Lei ou ato normativo municipal ou distrital de natureza municipal;


o Lei ou ato normativo Federal, Estadual, Distrital ou Municipal por
ofensa a preceito fundamental.

 A ADPF é utilizada também para afastar a aplicação de leis anteriores à


constituição;

Esquema 37:

CONSTITUIÇÃO CONSTITUIÇÃO

67 88
Não cabe ADPF
nem ADIN, pois
a CF 67 não
existe mais.

Lei
contrária
à CF 67.

84 88

 A ADPF é uma ação residual, ou seja, só cabe ADPF quando não cabe
nenhuma outra ação judicial;

Obs.49: Em leis anteriores à CF, e contrárias à ela, não cabe ADIN, mas
caberia ADPF.

Não cabe ADIN uma vez que só pode ser declarado inconstitucional o que
surge depois da CF, o que é anterior a CF só se declara contrária a CF e
diz-se que não é recepcionado.

4.3.1.1. O que é preceito fundamental? (Rol Exemplificativo)

 Direitos e garantias individuais;

~ 94 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 Princípios fundamentais;
 Direitos Políticos;
 Separação dos poderes;
 Princípios constitucionais sensíveis;

Obs.50: Lei municipal ou distrital em matéria “municipal” que fira norma


constitucional cabe ADPF, já que não cabe ADIN pra Lei municipal ou
distrital em matéria municipal.

Obs.51:Lei estadual ou Distrital em matéria “estadual” que fira preceito


fundamental será tratada como ADPF.

Obs.52:No caso de ser proposta uma ADIN que na verdade seja uma
ADPF ou vice-versa a ação pode ser recebida como sendo o
procedimento correto no qual deveria ter sido proposto. O tribunal só
insere a informação de que recebe a proposição como sendo o
procedimento correto.

Daqui pra frente ADPF é idêntica à ADIN:


4.3.2.Legitimados Art. 103, CF

 Presidente da República;
 Mesa do Senado Federal
 Precisa demonstrar interesse de agir ;
 Mesa da Câmara dos Deputados ;
 Precisa demonstrar interesse de agir ;

 A mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF;


 Precisa demonstrar interesse de agir ;

Atenção!!!
Quem pode propor ADPF é a Mesa e não o
presidente.

 Governador do Estado ou do DF;


 Precisa demonstrar interesse de agir ;

Atenção!!!
Apesar de já ser legitimado o Governador do DF não
constava do texto constitucional, foi inserido pela EC nº
45, o que não quer dizer que ele não era legitimado.

 PGR;

~ 95 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 Conselho Federal da OAB.

Atenção!!!
Só o Federal, a secional DF, por exemplo, não poderia
propor.

 Partido político com representação no Congresso Nacional;


 Precisa contratar advogado;

Atenção!!!
Só os que tenham representação no CN.
O que importa é o momento da ação, logo se um
partido com representação entra com um pedido de
ADPF e esse pedido só é julgado quando o Partido já não
possui a representação, mesmo assim o pedido é
julgado.

 Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;


 Precisa demonstrar interesse de agir ;
 Precisa contratar advogado;

4.3.3.Relator: É o responsável pelo projeto. Recebendo a petição da ADPF o relator


pode tomar uma das seguintes atitudes:

 Rejeitar – por considerar inepta – infundada, incabível, incompleta.


 Dessa decisão cabe recurso. Esse recurso é chamado de
agravo regimental.

Agravo regimental é interposto sempre que um


tribunal pleno deveria decidir algo e a decisão foi
realizada por um único individuo.

 Marcar audiência pública.


 Determinar a produção de pericia – complementação dos dados, das
informações, mediante parecer técnico.

4.3.4.Participações obrigatórias:

 Procurador Geral da República - que terá o papel de fazer um parecer livre –


favorável ou contrário conforme julgar correto – quanto a
constitucionalidade da lei.

 Advogado Geral da União – que terá o papel de defender a


constitucionalidade da lei. O AGU atua então como o curador especial. Em
casos em que não há meios de defender lei que é visivelmente
inconstitucional o AGU pode não ser obrigado à defender a
constitucionalidade da lei.

~ 96 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

4.3.5.Participação facultativa: “Amicus Curiae” – Amigos da Corte – são as pessoas que


não são obrigadas à participar da discussão, mas querem ser ouvidas para
prestar alguma contribuição.

Pedido feito ao relator que decide se aceita ou não o “Amicus Curiae”,


aceitando não cabe recurso da decisão, mas não sendo aceito o “Amicus Curiae”
caberá recurso e esse recurso será o agravo regimental.

Esse pedido de participação poderá ser por escrita ou mediante sustentação


oral na tribuna no dia da sessão de julgamento.

Obs.53:
A ADPF não admite intervenção de terceiros, mas “Amicus
Curiae” não é intervenção de terceiros.
A intervenção de terceiros é quando alguém é legitimado para
propor e quer ser ouvido.

4.3.6.Julgamento:

 É feito pelo Pleno;

 Presença: Para discussão é necessária a presença de no mínimo 8 ministros;

 Quorum: Para julgar como inconstitucional é necessário o voto da maioria


absoluta (6). Não havendo o mínimo de votos necessários considera-se a lei
constitucional;

4.3.7.Efeitos:

Declarada a inconstitucionalidade da lei os efeitos da decisão começaram


à ser produzidos a partir da publicação da ata da sessão de julgamento.

 “Erga Omnes” – efeito para todos;


 “ex tunc” – retroage ao inicio;
 Vinculante;
 Quanto ao descumprimento de decisão vinculante qualquer
pessoa poderá reclamar tal descumprimento.
 Repristinatório.

Atenção!!!
Modulação de efeitos – modificar a regra.

Transformar o efeito “Ex Tunc”, que é a regra, em “Ex nunc” ou outro para
proteger o Estado quando o efeito original gerar mais prejuízos que benefícios
para o Estado ou para a Sociedade.  Está na Lei.

Não realizar o efeito da repristinação. Lembrando que o efeito


“repristinatório” é tácito, portanto o tribunal deve deixar claro que o efeito em
questão não ocorrerá. Não está na lei, mas é feita porque se faz necessária.

~ 97 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Obs.54: A ADPF não admite desistência, porque não se pleiteia direito


próprio.
Obs.55: Na ADPF a causa de pedir é aberta, ou seja, podem ser
levantados novos argumentos que não foram levantados pelo autor da
ação.
Obs.56: Não cabe recurso de decisão proferida em ADPF exceto embargos
de declaração.
Embargos de declaração é um questionamento com relação ao
que foi colocado no acórdão, porque está incompreensível o que foi
escrito.
Obs.57: Não cabe ação rescisória em ADPF.

4.3.8.Cautelar (Liminar – Tecnicamente não são a mesma coisa, mas é muito utilizado
como sendo a mesma coisa):

- “Fumus boni iuris.” – Fumaça do bom


direito.
Parte-se do pressuposto de que o
pedido é certo, pois as evidências deixam
essa imagem.
Pode ser que a decisão final não seja
concordante com a liminar.
 Pressuposto de uma liminar:
- “Periculum in mora.” – Perigo da
Demora.
Entende-se que a demora na solução
pode gerar graves problemas para a parte.

Ex.: Aluno faz concurso da Policia Civil


e foi reprovado no psicotécnico com
justificativa de que não tinha perfil para
portar arma de fogo devido agressividade,
mas o aluno em questão é policia militar à
10 porta arma de fogo em suas atividades
e não possui nenhum problema na
corporação.
O Juiz determina liminar para garantir
que ele não será prejudicada e perder a
vaga pela demora.

 Julgamento: Pelo tribunal pleno com quorum de maioria absoluta, salvo nos
períodos de férias, recessos ou outras situações de urgências pois nesses
casos a liminar será decidida pelo relator com referendo do tribunal pleno .

 Esse referendo deverá ser na próxima sessão do pleno, o tribunal


pleno pode ou não referendar a decisão do relator.

~ 98 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 Efeitos: em regra tem efeitos:

 “Erga omnes”;
 “Ex nunc” – Não retroage;
 Vinculante - o cumprimento é obrigatório;
 Repristinatório - volta a valer o que estava antes.

4.4. ADC (ADECON – Ação Declaratória de Constitucionalidade):

 Adicionada à CF pela EC nº 3.

4.4.1.Causa de pedir

 Declaração de constitucionalidade de:

o Lei ou ato normativo Federal.

 Tem que existir controvérsia à cerca da aplicação da lei

o O Presidente da República pode deixar de cumprir e ainda proibir a


administração pública inteira de cumprir uma lei que ele julgue
inconstitucional, logo a ADECON serviria para cessar a controvérsia
que haja com relação à uma lei.

o Essa controvérsia tem que estar descrita, claramente, na ADECON


tendo em vista que se não houver tal descrição a ação pode não ser
recebida.

4.4.2.Legitimados Art. 103, CF

Obs.58: Até a EC nº45 os legitimados não eram os mesmos.

 Presidente da República;
 Mesa do Senado Federal
 Precisa demonstrar interesse de agir ;
 Mesa da Câmara dos Deputados ;
 Precisa demonstrar interesse de agir ;

 A mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF;


 Precisa demonstrar interesse de agir ;

Atenção!!!
Quem pode propor ADC é a Mesa e não o presidente.

~ 99 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 Governador do Estado ou do DF;


 Precisa demonstrar interesse de agir ;

Atenção!!!
Apesar de já ser legitimado o Governador do DF não
constava do texto constitucional, foi inserido pela EC nº
45, o que não quer dizer que ele não era legitimado.

 PGR;

 Conselho Federal da OAB.

Atenção!!!
Só o Federal, a secional DF, por exemplo, não poderia
propor.

 Partido político com representação no Congresso Nacional;


 Precisa contratar advogado;

Atenção!!!
Só os que tenham representação no CN.
O que importa é o momento da ação, logo se um
partido com representação entra com um pedido de ADC
e esse pedido só é julgado quando o Partido já não
possui a representação, mesmo assim o pedido é
julgado.

 Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;


 Precisa demonstrar interesse de agir ;
 Precisa contratar advogado;

4.4.3.Relator: É o responsável pelo projeto. Recebendo a petição da ADECON o relator


pode tomar uma das seguintes atitudes:

 Rejeitar – por considerar inepta – infundada, incabível, incompleta.


 Dessa decisão cabe recurso. Esse recurso é chamado de
agravo regimental.

Agravo regimental é interposto sempre que um


tribunal pleno deveria decidir algo e a decisão foi
realizada por um único individuo.

 Marcar audiência pública.


 Determinar a produção de pericia – complementação dos dados, das
informações, mediante parecer técnico.

~ 100 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

4.4.4.Participações obrigatórias:

 Procurador Geral da República - que terá o papel de fazer um parecer livre –


favorável ou contrário conforme julgar correto – quanto a
constitucionalidade da lei.

O PGR participa de todas as ações de competência do STF.

Não faz sentido o AGU participar dessa ação, já que não há o que ele fazer tendo
em vista que seu papel seria defender a constitucionalidade da Lei e quem propõe a
ADC já faz essa defesa.

4.4.5.Participação facultativa: “Amicus Curiae” – Amigos da Corte – são as pessoas que


não são obrigadas à participar da discussão, mas querem ser ouvidas para
prestar alguma contribuição.

Pedido feito ao relator que decide se aceita ou não o “Amicus Curiae”,


aceitando não cabe recurso da decisão, mas não sendo aceito o “Amicus Curiae”
caberá recurso e esse recurso será o agravo regimental.

Esse pedido de participação poderá ser por escrita ou mediante sustentação


oral na tribuna no dia da sessão de julgamento.

4.4.6.Efeitos:

Declarada a constitucionalidade da lei os efeitos da decisão começaram à


ser produzidos a partir da publicação da ata da sessão de julgamento.

 “Erga Omnes” – efeito para todos;


 Incluindo o Presidente da República que não poderá mais
recusar-se à seguir a lei e nem proibir a Administração Pública
de cumpri-la, uma vez que o guardião da CF já afirmou que a
lei é constitucional.
 “ex tunc” – retroage ao inicio;
 Vinculante;
 Quanto ao descumprimento de decisão vinculante qualquer
pessoa poderá reclamar tal descumprimento.
 Não há efeito Repristinatório;
 Já que a lei foi julgada válida e o efeito repristinatório seria
para o caso de a lei não ser válida.

Atenção!!!

Modulação de efeitos – modificar a regra.

Transformar o efeito “Ex Tunc”, que é a regra, em “Ex nunc” ou outro para
proteger o Estado quando o efeito original gerar mais prejuízos que benefícios
para o Estado ou para a Sociedade.  Está na Lei.

~ 101 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Não realizar o efeito da repristinação. Lembrando que o efeito


“repristinatório” é tácito, portanto o tribunal deve deixar claro que o efeito em
questão não ocorrerá. Não está na lei, mas é feita porque se faz necessária.

Obs.59: A ADC não admite desistência, porque não se pleiteia direito


próprio.
Obs.60: Na ADC a causa de pedir é aberta, ou seja, podem ser levantados
novos argumentos que não foram levantados pelo autor da ação.
Obs.61: Não cabe recurso de decisão proferida em ADC exceto embargos
de declaração.
Embargos de declaração é um questionamento com relação ao
que foi colocado no acórdão, porque está incompreensível o que foi
escrito.
Obs.62: Não cabe ação rescisória em ADC.

Daqui pra frente ADCON é idêntica à ADIN e ADPF:


4.4.7.Relator: É o responsável pelo projeto. Recebendo a petição da ADIN o relator
pode tomar uma das seguintes atitudes:

 Rejeitar – por considerar inepta – infundada, incabível, incompleta.


 Dessa decisão cabe recurso. Esse recurso é chamado de
agravo regimental.

Agravo regimental é interposto sempre que um


tribunal pleno deveria decidir algo e a decisão foi
realizada por um único individuo.

 Marcar audiência pública.


 Determinar a produção de pericia – complementação dos dados, das
informações, mediante parecer técnico.

4.4.8.Julgamento:

 É feito pelo Pleno;

 Presença: Para discussão é necessária a presença de no mínimo 8 ministros;

 Quorum: Para julgar como inconstitucional é necessário o voto da maioria


absoluta (6). Não havendo o mínimo de votos necessários considera-se a lei
constitucional;

~ 102 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

4.4.9.Cautelar (Liminar – Tecnicamente não são a mesma coisa, mas é muito utilizado
como sendo a mesma coisa):

- “Fumus boni iuris.” – Fumaça do bom


direito.
Parte-se do pressuposto de que o
pedido é certo, pois as evidências deixam
essa imagem.
Pode ser que a decisão final não seja
concordante com a liminar.
 Pressuposto de uma liminar:
- “Periculum in mora.” – Perigo da
Demora.
Entende-se que a demora na solução
pode gerar graves problemas para a parte.

Ex.: Aluno faz concurso da Policia Civil


e foi reprovado no psicotécnico com
justificativa de que não tinha perfil para
portar arma de fogo devido agressividade,
mas o aluno em questão é policia militar à
10 porta arma de fogo em suas atividades
e não possui nenhum problema na
corporação.
O Juiz determina liminar para garantir
que ele não será prejudicada e perder a
vaga pela demora.

 Julgamento: Pelo tribunal pleno com quorum de maioria absoluta, salvo nos
períodos de férias, recessos ou outras situações de urgências pois nesses
casos a liminar será decidida pelo relator com referendo do tribunal pleno .

 Esse referendo deverá ser na próxima sessão do pleno, o tribunal


pleno pode ou não referendar a decisão do relator.

 Efeitos: em regra tem efeitos:

 “Erga omnes”;
 “Ex nunc” – Não retroage;
 Vinculante - o cumprimento é obrigatório;
 Repristinatório - volta a valer o que estava antes.

~ 103 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

4.5. ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão):

4.5.1.Causa de pedir

 Declaração de inconstitucionalidade da falta de norma regulamentadora da


Constituição.

Mandado de Injunção X ADO


Mandado de injunção é controle difuso (caso concreto – só vale para as partes daquele
processo) e ADIN por omissão (ADO) controle concentrado (casos abstratos).
São ações parecidas, mas não tem o mesmo objeto.

4.5.2.Participações obrigatórias:

 Procurador Geral da República - que terá o papel de fazer um parecer livre –


favorável ou contrário conforme julgar correto – quanto a
constitucionalidade da lei.

 Advogado Geral da União – poderá ser ouvido na ADO, desde que por
determinação do Tribunal Pleno.

4.5.3.Participação facultativa:

Atenção!!!

Até 2009 não valia, desde 2009 vale!!!

“Amicus Curiae” – Amigos da Corte – são as pessoas que não são obrigadas à
participar da discussão, mas querem ser ouvidas para prestar alguma
contribuição.

Pedido feito ao relator que decide se aceita ou não o “Amicus Curiae”,


aceitando não cabe recurso da decisão, mas não sendo aceito o “Amicus Curiae”
caberá recurso e esse recurso será o agravo regimental.

Esse pedido de participação poderá ser por escrita ou mediante sustentação


oral na tribuna no dia da sessão de julgamento.

Obs.63:
A ADO não admite intervenção de terceiros, mas “Amicus
Curiae” não é intervenção de terceiros.
A intervenção de terceiros é quando alguém é legitimado para
propor e quer ser ouvido.

~ 104 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

4.5.4.Efeitos:

Declarada a inconstitucionalidade da falta de regulamentação da


constituição o STF determinará que essa seja feita porém não estabelecerá
prazo.

Efeito declaratório e mandamental, pois


declara a inconstitucionalidade e manda
que faça a lei, mas sem estabelecer prazo.

No entanto quando a omissão for de órgão ou de autoridade


administrativa será estabelecido um prazo de 30dias para que a
regulamentação seja feita.

 “Erga Omnes” – efeito para todos;


 “ex tunc” – retroage ao inicio;
 Vinculante;
 Quanto ao descumprimento de decisão vinculante qualquer
pessoa poderá reclamar tal descumprimento.
 Repristinatório.

Atenção!!!
Modulação de efeitos – modificar a regra.

Transformar o efeito “Ex Tunc”, que é a regra, em “Ex nunc” ou outro para
proteger o Estado quando o efeito original gerar mais prejuízos que benefícios
para o Estado ou para a Sociedade.  Está na Lei.

Não realizar o efeito da repristinação. Lembrando que o efeito


“repristinatório” é tácito, portanto o tribunal deve deixar claro que o efeito em
questão não ocorrerá. Não está na lei, mas é feita porque se faz necessária.

Obs.64: A ADPF não admite desistência, porque não se pleiteia direito


próprio.
Obs.65: Na ADPF a causa de pedir é aberta, ou seja, podem ser
levantados novos argumentos que não foram levantados pelo autor da
ação.
Obs.66: Não cabe recurso de decisão proferida em ADPF exceto embargos
de declaração.
Embargos de declaração é um questionamento com relação ao
que foi colocado no acórdão, porque está incompreensível o que foi
escrito.
Obs.67: Não cabe ação rescisória em ADPF.

~ 105 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

4.5.5.Cautelar (Liminar – Tecnicamente não são a mesma coisa, mas é muito utilizado
como sendo a mesma coisa):

Atenção!!!

Até 2009 não valia, desde 2009 vale!!!

- “Fumus boni iuris.” – Fumaça do bom


direito.
Parte-se do pressuposto de que o
pedido é certo, pois as evidências deixam
essa imagem.
Pode ser que a decisão final não seja
concordante com a liminar.
 Pressuposto de uma liminar:
- “Periculum in mora.” – Perigo da
Demora.
Entende-se que a demora na solução
pode gerar graves problemas para a parte.

Ex.: Aluno faz concurso da Policia Civil


e foi reprovado no psicotécnico com
justificativa de que não tinha perfil para
portar arma de fogo devido agressividade,
mas o aluno em questão é policia militar à
10 porta arma de fogo em suas atividades
e não possui nenhum problema na
corporação.
O Juiz determina liminar para garantir
que ele não será prejudicada e perder a
vaga pela demora.

 Julgamento: Pelo tribunal pleno com quorum de maioria absoluta, salvo nos
períodos de férias, recessos ou outras situações de urgências pois nesses
casos a liminar será decidida pelo relator com referendo do tribunal pleno .

 Esse referendo deverá ser na próxima sessão do pleno, o tribunal


pleno pode ou não referendar a decisão do relator.

 Efeitos: em regra tem efeitos:

 “Erga omnes”;
 “Ex nunc” – Não retroage;
 Vinculante - o cumprimento é obrigatório;
 Repristinatório - volta a valer o que estava antes.

~ 106 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Daqui pra frente ADO é idêntica à ADIN, ADPF e ADCON:


4.5.6.Legitimados Art. 103, CF

 Presidente da República;
 Mesa do Senado Federal
 Precisa demonstrar interesse de agir ;
 Mesa da Câmara dos Deputados ;
 Precisa demonstrar interesse de agir ;

 A mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF;


 Precisa demonstrar interesse de agir ;

Atenção!!!
Quem pode propor ADO é a Mesa e não o presidente.

 Governador do Estado ou do DF;


 Precisa demonstrar interesse de agir ;

Atenção!!!
Apesar de já ser legitimado o Governador do DF não
constava do texto constitucional, foi inserido pela EC nº
45, o que não quer dizer que ele não era legitimado.

 PGR;

 Conselho Federal da OAB.

Atenção!!!
Só o Federal, a secional DF, por exemplo, não poderia
propor.

 Partido político com representação no Congresso Nacional;


 Precisa contratar advogado;

Atenção!!!
Só os que tenham representação no CN.
O que importa é o momento da ação, logo se um
partido com representação entra com um pedido de ADO
e esse pedido só é julgado quando o Partido já não
possui a representação, mesmo assim o pedido é
julgado.

 Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;


 Precisa demonstrar interesse de agir ;
 Precisa contratar advogado;

~ 107 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

4.5.7.Relator: É o responsável pelo projeto. Recebendo a petição da ADPF o relator


pode tomar uma das seguintes atitudes:

 Rejeitar – por considerar inepta – infundada, incabível, incompleta.


 Dessa decisão cabe recurso. Esse recurso é chamado de
agravo regimental.

Agravo regimental é interposto sempre que um


tribunal pleno deveria decidir algo e a decisão foi
realizada por um único individuo.

 Marcar audiência pública.


 Determinar a produção de pericia – complementação dos dados, das
informações, mediante parecer técnico.

4.5.8.Julgamento:

 É feito pelo Pleno;

 Presença: Para discussão é necessária a presença de no mínimo 8 ministros;

 Quorum: Para julgar como inconstitucional é necessário o voto da maioria


absoluta (6). Não havendo o mínimo de votos necessários considera-se a lei
constitucional;

4.6. ADII (Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva):

4.6.1.Causa de pedir

 Pedido de intervenção federal no estado ou no DF por ofensa à principio


constitucional sensível.

4.6.2.Legitimados

 PGR;
 O Estado se defende e marca-se o julgamento.

4.6.3.Julgamento:

 É feito pelo Pleno;

 Presença: Para discussão é necessária a presença de no mínimo 8 ministros;

 Quorum: Para julgar como inconstitucional é necessário o voto da maioria


absoluta (6). Não havendo o mínimo de votos necessários considera-se a lei
constitucional;

4.6.4.Efeitos

 Tendo aceito o pedido de intervenção o efeito é a requisição da intervenção


federal ao Presidente da república pelo STF.

~ 108 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 O Presidente da república não tem opção, ele é obrigado à cumprir a


intervenção federal nos termos propostos pelo STF.
 Nesse caso o Senado não tem apreciação na requisição.

4.6.5.Requisição

 Tendo aceito o pedido de intervenção o efeito é a requisição da intervenção


federal ao Presidente da república pelo STF.

5. Controle de Constitucionalidade Estadual

É o controle de lei perante a constituição Estadual ou a Lei Orgânica do DF.

Esquema 38: Lei estadual ou distrital questionado ao Tribunal de Justiça em face da


constituição estadual não admite recurso extraordinário (RE) porém se for norma de
repetição obrigatória será cabível o RE.

CONSTITUIÇÃO Não é norma de repetição


Estadual obrigatória.

-x
ADIN

Controle
concentrado.
Lei Não cabe recurso ao STF.

x
Se proposto recurso, caberá
CONSTITUIÇÃO recurso extraordinário para o
Federal STF, já que fere também a CF.

-x
Norma de
repetição
obrigatória.
CONSTITUIÇÃO
Estadual
Considerou a Lei
ADIN -x inconstitucional com
relação à Constituição
Controle Estadual
concentrado.
Lei

~ 109 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Quando a norma é de repetição obrigatória e o STF julga sobre ela ADIN ou ADPF não
caberá questionamento ao Tribunal de Justiça, já que o que o STF decide é vinculante.

Se forem propostas ações, simultaneamente, ao TJ e ao STF o TJ suspenderá o julgamento


e aguardará decisão do STF, uma vez que o que o STF decide é vinculante.

Quando lei Estadual ou municipal afrontam, simultaneamente, a constituição do Estado e


a constituição Federal será cabível controle concentrado perante o Tribunal de justiça e
perante o STF. Caso o TJ declare a inconstitucionalidade da lei após o transito em julgado
da decisão não caberá questionamento ao STF, pois a lei não mais existirá. Todavia, se o
TJ considerar a constitucionalidade da lei, mesmo após o transito em julgado da decisão,
caberá ainda controle concentrado ao STF.

~ 110 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

XII – Direitos e Garantias Fundamentais


(Art. 5º ao 17)

1 Direitos X Garantias:

Direitos Garantias
- É Primário - É Secundário

2 Organização na CF:

 Direitos e Deveres individuais e Coletivos – Art. 5º;


 Direitos Sociais – Art. 6º ao 11;
 Direitos de Nacionalidade – Art. 12 e 13;
 Direitos Políticos – Art. 14 a 16;
 Partidos Políticos – Art. 17.

Essa classificação não é taxativa é apenas exemplificativa, tendo em vista que


outros artigos da Constituição Federal trazem também direitos e garantias
fundamentais. Além disso localizamos também outros direitos e garantias
fundamentais em leis infraconstitucionais ou nos tratados internacional em que o
Brasil seja parte.

Atenção!!!

Tratado internacional aceito pelo Presidente e referendado pelo Congresso


Nacional tem valor de lei.

Tratado internacional sobre direitos humanos aceito pelo Presidente e


referendado pelo Congresso Nacional tem valor supra legal.

Tratado internacional sobre direitos humanos aprovados no Congresso com


processo de emenda à constituição tem valor de emenda constitucional.

3 Origem:

 Liberdades negativas (Direito Negativo);


o Negativas para o Estado que fica proibido de agir contra o povo.
 Liberdades positivas (Direito Positivo);
o É obrigação para o Estado.

~ 111 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 21 - 11/05/2012

4 Classificação:

1ª Geração (Dimensão) 2ª Geração (Dimensão) 3ª Geração (Dimensão)


Fraternidade
Liberdade Igualdades
(Surgiu da revolução francesa)

Direitos Positivos
Exceções:
• Art. 8º - CF é de direito negativo, apesar de ser de
Direitos Negativos Direito Difuso (Não se consegue identificar o possuidor)
2ª Geração e ser um Direito Social;
• Art. 9º - CF é de direito negativo, apesar de ser de
2ª Geração e ser um Direito Social.

Ex.:
- Direito ao Meio Ambiente equilibrado;
Ex.: Ex.: - Proteção ao Patrimônio histórico e cultural da Humanidade;
- Direito à Propriedade, - Direitos Sociais (Em Regra); - Direito a moralidade na Administração Pública.
- Direitos Individuais. - Direitos Econômicos.
*Esses são direitos sociais de 3ª geração porque são direitos
difusos.

Há autores que definem outras gerações, mas só há consenso nessas três à cima. Apesar de não haver consenso vamos falar sobre as seguintes
gerações:

 4ª Geração;

 Possui três teses, há saber:

~ 112 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

 1ª Tese: Não existe a quarta geração – são defendidas com os


seguintes argumentos:


Tem que haver um fato histórico para determinar uma
nova geração, até a terceira foi defendida pela
revolução francesa e não houve fato histórico
posterior que a definisse;


Entende que não houve possibilidade de se aplicar
nem até a terceira geração, logo a quarta seria utopia.

 2ª Tese: A quarta geração é identificada por direitos globalizados,


uma tendência que globalizou;

 3ª Tese (deve-se dar preferência à essa): A quarta geração protege a


origem da vida.


Segundo essa tese é ela quem cuida das discussões
sobre utilização de embrião e mutação de alimentos.

 5ª Geração:

 Possui três teses, há saber:

 1ª Tese: Não existe a quinta geração;


 2ª Tese: A quinta geração protege a origem da vida;
 3ª Tese: Utilização da tecnologia cibernética.

4.1 Direito a sindicalização (Art. 8º - CF):

É uma exceção, pois apesar de ser de 2ª Geração e um Direito Social ele é um


direito negativo.
Podem existir várias associações de uma profissão em uma mesma unidade da
federação, mas sindicato só poderá haver um por unidade da federação.
Ninguém é obrigado a sindicalizar nem permanecer sindicalizado.

Definida em Lei  Tributo (não é imposto ou taxa,


é contribuição que é um espécie de tributo assim
como as demais).

• Todos os trabalhadores e profissionais


autônomos, independente de serem
sindicalizados ou não, pagam.
• Quem é associado ao Conselho de sua profissão
e necessita dessa associação para exercer a
profissão também paga, mesmo que não esteja
exercendo a profissão.
Contribuição Sindical

Definida em Assembléia Geral  Confederativa

• Só os sindicalizados pagam.
~ 113 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

O aposentado sindicalizado tem os mesmos direitos que os demais


sindicalizados.
É obrigatória a participação do sindicato em todas as negociações coletivas de
trabalho.

4.2 Direito de greve (Art. 9º - CF):

Refere-se apenas ao trabalhador privado;


Deve ser comunicada a intenção de greve com antecedência, devem manter o
mínimo dos serviços essenciais em funcionamento;

5 Características:

5.1 Universalidade:

São extensíveis a brasileiros, estrangeiros e as pessoas jurídicas naquilo que


lhes couber;
Apesar dos estrangeiros e as pessoas jurídicas terem os direitos fundamentais
garantidos, eles não teriam todos os direitos.

Ex.:
As pessoas jurídicas não tem direito à certidão de nascimento por
exemplo.

Os direitos inseridos no caput do art. 5º da CF (Vida, liberdade, igualdade,


segurança e propriedade) são direitos básicos, ou seja, os demais decorrem desses
cinco, podendo decorrer de todos ao mesmo tempo ou não.

5.1.1 Pólo Ativo X Pólo Passivo:

Pólo Ativo  os indivíduos;


Pólo passivo  é o garantidor do direito.

Esquema 39:

Ativo Passivo

Indivíduos Estado

5.2 Limitabilidade:

Os direitos fundamentais não são absolutos, poderão ser relativizados desde


que haja razoabilidade.
Hoje no Brasil o direito a não extradição de brasileiro nato e a vedação a
tortura e a tratamento desumano ou degradante é absoluto, ou seja, não pode ser
relativizado, mas isso pode mudar conforme o País veja necessidade, essa mudança

~ 114 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

de visão ocorreu nos E.U.A com relação à tortura, que também era absoluta lá, e
passou a ser relativizada quando encontraram alguém que sob tortura denunciou o
local onde o Bin Laden se encontrava.

5.2.1 Limite dos limites:

A razoabilidade impõe limites as próprias limitações estabelecidas aos Limites


fundamentais.

5.3 Irrenunciabilidade:

Os direitos fundamentais são irrenunciáveis de maneira definitiva.


Pode ocorrer renuncia temporária desde que preservem a dignidade da pessoa
humana.

5.4 Inalienabilidade:

Os direitos fundamentais não podem ser vendidos, dados em pagamento.


Os modelos não vendem o direito de imagem, vendem apenas uma imagem
(foto, vídeo) e não o seu direito de imagem.

5.5 Imprescritibilidade:

Os direitos fundamentais não perdem a validade.


Há direitos que duram até mesmo após a morte, como exemplo temos o direito
a honra em que mesmo estando o individuo morto não poderá ser “difamado”, pois
tem uma história de vida à ser preservada.

5.6 Outras Características:

 Efetividade;
 Complementaridade;
 Interdependência.

~ 115 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

XIII – Remédios Constitucionais


(Art. 5º)

1 Introdução:

São garantias constitucionais, consequentemente cláusulas pétreas.


Se dividem em:

 Administrativos;
 Direito de Petição;
 Direito de Certidão
 Judiciais.
 Habeas Corpus;
 Habeas Data;
 Mandado de Segurança;
 Mandado de Injunção;
 Ação Popular.

2 Administrativos

Não há necessidade de advogado para proposição, uma vez que não usa-se do
judiciário, a decisão tomada não é definitiva, uma vez que pode-se levar para a
instancia judiciária.

2.1 Direito de Petição:

Direito à todos assegurado de pedir providências ao poder público à cerca de


atos ilegais, abusivos, ou inconvenientes, independentemente da cobrança de taxas,
ou seja, a cobrança de taxas para execução do direito de petição é inconstitucional.

Ao realizar uma petição se tem o direito de obter uma resposta, mesmo que o
pedido não seja aceito e que a resposta seja negativa, mas deve haver uma
resposta, não havendo uma resposta ou sendo a resposta negativa pode-se levar ao
judiciário inclusive com outros remédios constitucionais.

2.2 Direito de Certidão:

Direito à todos assegurado, independentemente do pagamento de taxa.

Exceção é a justiça local (Estadual, Distrital ou Municipal) que não consegue


exercer ela mesma os serviços e terceiriza o serviço através de cartórios. O
cartório cobra a taxa pois é uma atividade de fim lucrativo.

Direito de receber do poder público documento que possa provar dados à


respeito da pessoa requerente.

Não trata-se de certidão de patrimônio ou certidão de registros (Nascimento e


Óbito), trata-se sim de certidão relacionada à pessoa (“Nada consta” por exemplo).

Se ao realizar o Pedido de Certidão e não for concedida deve-se impetrar


“Mandado de injunção” e não “Habeas Data” uma vez que a Certidão é um

~ 116 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

documento que comprova um dado à seu respeito e o “Habeas Data” é só para


informação.

3 Judiciais

Em regra há necessidade de advogado para proposição.

3.1 Habeas Corpus:

Em regra os remédios judiciais exigem um advogado, mas o “Habeas Corpus”


não exige.
É uma ação gratuita.
Admite-se liminar de Habeas Corpus.

3.1.1 Causa de Pedir:

Quer dizer “tome o corpo” e tem por objeto a proteção da liberdade


de locomoção.

A Liberdade de locomoção contempla o direito de ir, vir e


permanecer, além de contemplar também o patrimônio, porém o”Habeas
Corpus”contempla apenas o direito de ir, vir e permanecer e não
contempla o patrimônio.

A Autoridade Coatora (que comete a prisão) na precisa ser agente


público.

3.1.2 Impetrante:

Pessoa física brasileira ou estrangeira independentemente de


capacidade civil e pessoas jurídicas.

O”Habeas Corpus”só precisa ser escrito, em língua portuguesa e


assinado. Se o”Habeas Corpus”não contiver as informações necessárias o
Juiz pedirá por essas informações antes de julgar.

O Ministério Público pode impetrar “Habeas Corpus”.

O Juiz não poderá impetrar o “Habeas Corpus” pois o Juiz é quem


julga o”Habeas Corpus”(Atenção! Um juiz preso pode impetrar”Habeas
Corpus”em favor de sua liberdade de locomoção pois ele nesse caso será
réu e não julgador). O juiz poderá determinar de oficio a liberdade de um
preso, trata-se nessa circunstância de um”Habeas Corpus”de Oficio.

3.1.3 Beneficiado (Paciente):

Pessoa física brasileira ou estrangeira. Coisas NUNCA poderão ser


pacientes nesse remédio.
Instituições, públicas e privadas, poderão impetrar “Habeas Corpus”,
mas não poderão ser beneficiado.

~ 117 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

3.1.4 Impetrado:

Autoridade pública ou privada que está restringindo a liberdade de


expressão. É mais comum encontrar autoridade pública como impetrado
uma vez que normalmente quando um particular está executando a
restrição de liberdade ele está cometendo crime.
Exemplo de restrição cometida por autoridade privada: Paciente
hospitalizado foi diagnosticado com uma doença grave e contagiosa e por
questão de segurança à vida da população o paciente recebe a
determinação de permanecer no hospital até que seja curado do
problema.

~ 118 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula Extra -
12/05/2012
Extra – Aula de Exercícios
(Poder Judiciário)

1- (FCC – 2012 – TJ/RJ – Analista Judiciário – Execução de Mandatos) Nos termos da


Constituição da República, é necessária a manifestação de dois terços dos membros do
Tribunal para:

a) A declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.


b) O ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse
público.
c) A aprovação de súmula de efeito vinculante, pelo superior tribunal de justiça.
d) A produção de eficácia contra todos e efeito vinculante nas ações diretas de
inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade.
e) A recusa ao prosseguimento de recurso extraordinário, por não demonstração da
repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso

2- (CESPE – 2012 – TJ/PI – Juiz) À luz da disciplina constitucional pertinente ao Poder


Judiciário, assinale a opção correta.

a) Compete ao STJ, como guardião do ordenamento jurídico infraconstitucional,


julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância,
pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais dos estados, quando a decisão
recorrida julgar válida lei local contestada em face de lei federal
b) A União, quando for autora, deverá, obrigatoriamente, propor ação na seção
judiciária onde tiver ocorrido o ato ou fato que tenha dado origem à demanda
c) Nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, deverá ser
constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco
membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais da
competência do tribunal pleno
d) A CF permite que os tribunais de justiça, os tribunais regionais federais e os
tribunais regionais do trabalho instalem a justiça itinerante, visando à realização
de audiências e demais funções jurisdicionais, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, e autoriza que, para esse fim, sejam utilizados equipamentos públicos e
comunitários
e) A competência dos tribunais de justiça está definida na CF, sendo a lei de
organização judiciária de iniciativa do governador, mediante proposta do tribunal
de justiça

3- (CESPE – 2012 – TC/DF – Auditor de Controle Externo) O Conselho Nacional da Justiça


dispõe de poderes para, pelo voto da maioria absoluta dos seus integrantes,
determinar a remoção de magistrado, a disponibilidade deste ou a sua aposentadoria
compulsória, com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço, bem
como para aplicar-lhe outras sanções administrativas.

4- (CESPE – 2012 – TC/DF - Auditor de Controle Externo) A regra do quinto constitucional


se aplica aos tribunais regionais federais, aos tribunais dos estados, ao TJDFT e aos
tribunais do trabalho.

~ 119 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

5- (FCC – 2012 – TRE/CE – Analista Judiciário – Área Judiciária) Tales, Ministro de Estado,
e Igor, chefe de missão diplomática de caráter permanente, cometeram,
respectivamente, infração penal comum e crime de responsabilidade. Nesses casos
serão processados e julgados:

a) originariamente pelo Supremo Tribunal Federal.


b) Originariamente pelo Superior Tribunal de Justiça.
c) Por meio de recurso extraordinário pelo Supremo Tribunal Federal.
d) Por meio de recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.
e) Por meio de recurso ordinário pelo Supremo Tribunal Federal.

6- (FCC – 2012 – TRE/PR – Analista Judiciário – Área Judiciária) A Constituição da


República estabelece igualmente para membros do Poder Judiciário e do Ministério
Público que:

a) os integrantes das carreiras deverão residir na comarca da respectiva lotação,


salvo autorização do Tribunal.
b) a vitaliciedade será adquirida após dois anos de exercício da função, dependendo a
perda do cargo, inclusive nesse período, de sentença judicial transitada em julgado
c) o exercício da advocacia no juízo ou Tribunal do qual se afastaram é vedado antes
de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou
exoneração
d) o exercício de atividade político-partidária é proibido, salvo exceções previstas em
lei
e) o ato de remoção por interesse público será fundado em decisão do órgão
colegiado competente, pelo voto de dois terços de seus membros, assegurada
ampla defesa.

7- (CESPE – 2011 – TRF 2ª Região – Juiz) De acordo com o disposto na CF sobre o Poder
Judiciário, assinale a opção correta:

a) Compete à justiça militar processar e julgar, singularmente, os militares das forças


estaduais nos crimes militares definidos em lei, bem como julgar as ações judiciais
contra atos disciplinares militares, sendo da competência dos juízes federais
processar e julgar os crimes militares cometidos contra civis.
b) O STF é o órgão competente para processar e julgar as causas fundadas nas
relações internacionais e as relativas à tutela da nacionalidade.
c) Compete aos tribunais regionais federais processar e julgar os juízes federais e os
desembargadores dos tribunais de justiça estaduais da área de sua jurisdição, nos
crimes comuns e de responsabilidade.
d) Em razão da chamada quarentena, os ex-ocupantes de cargos na magistratura
estão impedidos de exercer atividade advocatícia perante qualquer juízo ou
tribunal até que decorram três anos do afastamento por aposentadoria ou
exoneração.
e) Causas que envolvam grave violação de direitos humanos podem ser transferidas
para a justiça federal, mediante incidente de deslocamento de competência
suscitado pelo procurador-geral da República, em qualquer fase do inquérito ou
processo.

8- (CESPE – 2011 – AL-ES – Procurador) Assinale a opção correta no que concerne ao


Poder Judiciário:

~ 120 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

a) Compete ao presidente da República nomear todos os membros do CNJ após


aprovação da escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
b) O STF deverá extinguir o feito quando reconhecer sua incompetência para
processar e julgar a demanda.
c) Compete ao STF julgar as ações populares ajuizadas contra o presidente da
República.
d) A garantia da vitaliciedade admite relativização, já que os ministros do STF podem
perder o cargo em virtude de condenação por crime de responsabilidade, mediante
decisão do Senado Federal, sem a necessidade de decisão transitada em julgado
emanada do Poder Judiciário.
e) O CNJ é órgão do Poder Judiciário desprovido de função jurisdicional cujas
competências constam de rol taxativo previsto na CF.

9- (CESPE – 2011 – AL-ES – Procurador) A respeito da atuação dos órgãos do Poder


Judiciário, assinale a opção correta:

a) Compete à justiça federal processar e julgar prefeito por desvio de verba


transferida e incorporada ao patrimônio da municipalidade.
b) O município somente pode propor ao STF a edição de súmula vinculante
incidentalmente ao curso de processo do qual seja parte.
c) Compete ao STJ processar e julgar, originariamente, mandado de segurança contra
ato de outros tribunais ou dos respectivos órgãos.
d) É da competência da justiça comum estadual o julgamento de ações indenizatórias
por danos decorrentes de acidente de trabalho.
e) O presidente da República tem competência para nomear, após aprovação do
Senado Federal, dois advogados para compor o Tribunal Superior Eleitoral.

10- (CESPE – 2011 – AL-ES – Procurador) Assinale a opção correta com referência ao Poder
Judiciário.

a) A permuta de juízes dos TRFs e a determinação de sua jurisdição e sede se darão


por resolução do Conselho da Justiça Federal.
b) Aos juízes federais compete processar e julgar as causas em que a União e as
entidades da administração indireta forem interessadas na condição de autoras,
rés, assistentes ou oponentes, excetuando-se as de falência, de acidentes de
trabalho e as sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
c) A CF estabelece que as unidades federativas com elevado número de ações
judiciais devem constituir seções judiciárias nas capitais, cabendo aos juízes da
justiça local, nos estados em que não existirem varas federais, o exercício da
jurisdição e das atribuições cometidas aos juízes federais.
d) Afora a remoção de ofício, os magistrados podem ser removidos
independentemente de sua vontade, em razão de interesse público, por decisão
tomada pelo voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ,
assegurada ampla defesa.
e) Os membros da magistratura, incluídos os ministros do STF e os dos tribunais
superiores, somente perderão o cargo por decisão judicial transitada em julgado.

11- (CESPE – 2011 – Instituto Rio Branco – Diplomata) Com relação à organização do
Estado brasileiro e à disciplina constitucional sobre os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, assinale a opção correta.

~ 121 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

a) O Supremo Tribunal Federal (STF) é o órgão de cúpula jurisdicional e nacional do


Poder Judiciário, mas não, o órgão de cúpula administrativa, financeira e de
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, papel que compete, conforme
dispõe a CF, ao Conselho Nacional de Justiça.
b) Compete à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, em conjunto ou
separadamente, a criação das comissões parlamentares de inquérito, que têm
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e, portanto, podem
impor penalidades ou condenações aos infratores.
c) A iniciativa popular de lei caracteriza-se como forma direta de exercício do poder,
dispensado o intermédio de representantes para dar início ao processo legislativo
de formação das normas. Nesse sentido, a CF prevê expressamente a iniciativa
popular para a apresentação de projeto de lei e de proposta de emenda
constitucional.
d) De acordo com a CF, incluem-se entre as competências privativas do presidente da
República as de manter relações com Estados estrangeiros, acreditar seus
representantes diplomáticos e celebrar tratados, convenções e atos internacionais,
sujeitos a referendo do Congresso Nacional.
e) O Estado brasileiro, apesar de adotar o princípio da indissolubilidade do vínculo
federativo, caracteriza-se, assim como ocorre com as confederações, pela
soberania dual, na qual os entes federados são dotados de soberania, mas
convivem com a existência da soberania central, exercida pela União em nome da
Federação.

12- (CESPE – 2011 – STM – Técnico Judiciário – Área Segurança) A remuneração dos
ministros dos tribunais superiores deve corresponder a 95% do subsídio mensal fixado
para os ministros do STF, e os subsídios dos demais magistrados devem ser fixados em
lei e escalonados, em níveis federal e estadual, conforme as respectivas categorias da
estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a
10% ou inferior a 5%, nem exceder a 95% do subsídio mensal dos ministros dos
tribunais superiores.

13- (CESPE – 2011 – TJ/ES – Analista Judiciário – Área Administrativa) Os ministros do


Supremo Tribunal Federal (STF) devem ser nomeados pelo presidente da República,
após aprovação pela maioria simples do Senado Federal.

14- (FCC – 2011 – TER/PE – Técnico Judiciário – Área Administrativa) Aos juízes é vedado
o exercício da advocacia no.

a) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do


cargo por exoneração.
b) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do cargo
por exoneração.
c) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dez anos do afastamento do cargo
por exoneração.
d) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do cargo
por aposentadoria.
e) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quatro anos do afastamento do
cargo por aposentadoria.

15- (FCC – 2011 – TER/PE – Analista Judiciário – Área Judiciária) Maximiliano, Governador
de Estado, foi acusado da prática de crime comum e preso, desejando ingressar

~ 122 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

com habeas corpus para ser libertado, cujo remédio constitucional será processado e
julgado originariamente pelo.

a) Tribunal Regional Eleitoral competente do seu Estado de origem.


b) Supremo Tribunal Federal.
c) Superior Tribunal de Justiça.
d) Tribunal de Justiça competente do seu Estado de origem.
e) Tribunal Superior Eleitoral.

16- (FCC – 2011 – TER/PE – Analista Judiciário – Analista de Sistemas) Ao Poder Judiciário
é assegurada autonomia administrativa e financeira. Os tribunais elaborarão suas
propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais
Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. O encaminhamento da proposta, ouvidos os
outros tribunais interessados, compete, no âmbito da União,

a) ao Presidente da República, com aprovação do Supremo Tribunal Federal.


b) ao Presidente do Supremo Tribunal Federal com aprovação do Superior Tribunal de
Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral.
c) aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a
aprovação dos respectivos tribunais.
d) aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a
aprovação do Presidente da República.
e) ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, com aprovação da Ordem dos
Advogados do Brasil.

17- (FCC – 2011 – TCE/SP – Procurador) Ao assegurar a autonomia administrativa e


financeira do Poder Judiciário, a Constituição da República prevê que

a) os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites


estipulados pelo Poder Executivo na lei de diretrizes orçamentárias.
b) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito dos Estados,
aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos
tribunais.
c) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito da União, ao
Presidente do Supremo Tribunal Federal, ouvidos os outros tribunais interessados.
d) se as propostas orçamentárias do Poder Judiciário forem encaminhadas em
desacordo com os limites da lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Legislativo
procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual.
e) durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na
lei de diretrizes orçamentárias.

18- (FCC – 2011 – TRT – 14ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária) No que
concerne ao Poder Judiciário, a Constituição Federal estabelece a necessidade de ser
observado o princípio da alternância quanto aos critérios de antiguidade e
merecimento na promoção de entrância para entrância, atendida, dentre outras, a
seguinte norma:

~ 123 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

a) Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder
além do prazo legal, podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou
decisão.
b) A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva
entrância e integrar o juiz a primeira quarta parte da lista de antiguidade desta,
salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago.
c) Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de
produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência, sendo
dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de
aperfeiçoamento.
d) Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo
pelo voto fundamentado de um terço de seus membros, conforme procedimento
próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a
indicação.
e) É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco
alternadas em lista de merecimento.

19- (FCC – 2011 – TRF – 1ª Região – Analista Judiciário – Área Administrativa) Lei
complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados, dentre outros, os seguintes princípios:

a) o ato de remoção do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por


voto da maioria simples do respectivo tribunal, assegurada ampla defesa.
b) os servidores do judiciário receberão delegação para a prática de atos da
administração e atos de mero expediente sem caráter decisório.
c) ingresso na carreira, mediante concurso público de provas e títulos, com a
participação da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público em todas
as fases.
d) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública,
sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria relativa de seus membros.
e) a promoção, de entrância para entrância, por merecimento, pressupõe um ano de
exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista
de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar
vago.

20- (FCC – 2011 – TRE/RN – Técnico Judiciário) os juízes gozam da garantia da


vitaliciedade,que,

a) No primeiro grau, só será adquirida após três anos de exercício.


b) No primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício.
c) Será sempre adquirida após cinco anos d exercício, independente do grau.
d) Será sempre adquirida após três anos de exercício, independente do grau.
e) No primeiro grau, só será adquirida após cinco anos de exercício.

21- (FCC – 2012 – TRF – 2ª Região – Técnico Judiciário – área Administrativa) O Prefeito
do Município de São Paulo aprova, no mês de janeiro deste ano de 2012, ato
administrativo contrário a uma Súmula Vinculante editada pelo Supremo Tribunal
Federal. Paulo, atingido diretamente pelos efeitos do ato administrativo, deverá
apresentar.

~ 124 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

a) mandado de segurança diretamente ao Presidente do Tribunal de Justiça de São


Paulo.
b) mandado de segurança distribuído livremente a uma das Varas da Fazenda Pública
em primeira instância.
c) reclamação ao Supremo Tribunal Federal.
d) recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal.
e) correição parcial perante o Supremo Tribunal Federal.

22- (FCC – 2012 – TER/SP – Técnico Judiciário – área Administrativa) Nos termos da
Constituição da República, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar,
originariamente,

a) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente


interessados.
b) os desembargadores dos Tribunais Regionais Eleitorais, nos crimes comuns e de
responsabilidade.
c) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou
entre uns e outros.
d) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de
um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
e) os conflitos de competência entre Tribunais Superiores, ou entre estes e outro
tribunal.

23- (FCC – 2012 – TRF – 2ª Região – Técnico Judiciário – área Administrativa) Xisto,
membro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, é acusado de cometer
crime, em tese, de responsabilidade e, portanto, será processado e julgado
originariamente

a) pelo Supremo Tribunal Federal.


b) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
c) pelo Superior Tribunal de Justiça.
d) pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
e) pela Câmara dos Deputados

24- (FCC – 2012 – TJ/PE – Analista Judiciário – área Administrativa) A causa decidida, em
última instância, pelo Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, quando a decisão
recorrida contrariar lei federal, será julgada pelo

a) Supremo Tribunal Federal em recurso extraordinário.


b) Superior Tribunal de Justiça em recurso ordinário
c) Superior Tribunal de Justiça em recurso especial.
d) Supremo Tribunal Federal em recurso ordinário.
e) Tribunal Regional Federal competente.

25- (FCC – 2012 – TCE/AP – Técnico de Controle) Segundo a Constituição Federal, a


competência para homologar sentenças estrangeiras é do

a) Chefe do Poder Executivo.


b) Superior Tribunal de Justiça.
c) Conselho Nacional de Justiça.
d) Supremo Tribunal Federal.
~ 125 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

e) Congresso Nacional.

26- (FCC – 2012 – TRT – 11ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária) Ticio, jurista de
notável saber jurídico, Desembargador do Poder Judiciário de um determinado Estado
da Federação será nomeado pelo Presidente da República para compor o Superior
Tribunal de Justiça se a sua escolha for aprovada pela maioria absoluta

a) do Senado Federal e sua indicação recair em lista tríplice elaborada pelo Superior
Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.
b) do Congresso Nacional e sua indicação recair em lista sêxtupla elaborada pelo
Supremo Tribunal Federal e entregue ao Presidente da República.
c) da Câmara dos Deputados e sua indicação recair em lista tríplice elaborada pelo
Superior Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.
d) do Senado Federal e sua indicação recair em lista sêxtupla elaborada pelo Supremo
Tribunal Federal e entregue ao Presidente da República.
e) do Congresso Nacional e sua indicação recair em lista tríplice elaborada pelo
Superior Tribunal de Justiça e entregue ao Presidente da República.

27- (VUNESP – 2011 – TJ/RJ – Juiz ) Na hipótese de um Deputado Federal e um membro do


Tribunal de Contas do Estado serem pacientes do habeas corpus, a competência
originária para processar e julgar esse remédio constitucional será, respectivamente,

a) do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça.


b) do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Justiça do Estado.
c) do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal de Justiça do Estado.
d) do Tribunal Regional Federal e do Tribunal de Justiça do Estado.

28- (PONTUA – 2011 – TER/ SC– Técnico Judiciário – Área Administrativa) Considerando-
se as normas da Constituição da República Federativa do Brasil sobre o Supremo
Tribunal Federal, assinale a alternativa CORRETA:

a) A partir da Emenda Constitucional nº. 45, de 8 de dezembro de 2004, a função


precípua de guarda da Constituição, que até então era de competência do
Supremo Tribunal Federal, passou a ser do Conselho Nacional de Justiça.
b) Processar e julgar deputados federais e senadores por infrações penais comuns é
de competência originária do Supremo Tribunal Federal.
c) Os Ministros do Supremo Tribunal Federal são escolhidos e aprovados pelo
Congresso Nacional e nomeados pelo Presidente da República.
d) Somente poderão ser nomeados Ministros do Supremo Tribunal Federal os
brasileiros que tiverem mais de 35 e menos de 65 anos de idade e integrarem a
carreira da magistratura por concurso público de provas e títulos.

29- (FUNDEP – 2011 – MPE/MG– Promotor de Justiça ) Assinale a alternativa CORRETA:

a) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo-lhe processar e julgar, originariamente, entre outras, a ação direta de
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal e a
ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.

~ 126 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

b) Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva


norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das
providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo
em noventa dias.
c) O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de
inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo
Tribunal Federal.
d) As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas
ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, apenas
em relação aos demais órgãos do Poder Executivo.
30- (FESMIP/BA – 2011 – MPE/BA – Analista de sistemas ) Analise as seguintes assertivas
acerca do Supremo Tribunal Federal:

I. A Mesa de Assembléia Legislativa de estado membro da Federação poderá


propor ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal
Federal.
II. O cargo de Presidente do Conselho Nacional de Justiça será exercido,
obrigatoriamente, pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, sendo
substituído, em suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do
Supremo Tribunal Federal.
III. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante
decisão da maioria dos seus membros, após reiteradas decisões acerca de
matéria constitucional, aprovar súmula, que, observadas as formalidades
previstas na Constituição Federal, terá efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta,
nas esferas federal, estadual e municipal.
IV. O Supremo Tribunal Federal é composto de quinze Ministros.
V. O Supremo Tribunal Federal tem competência originária para processamento
e julgamento das infrações penais comuns praticadas pelos Comandantes do
Exército e da Aeronáutica.

Estão corretas as assertivas:

a) I, II e IV.
b) I, II e V.
c) I, III e V.
d) II, III e IV.
e) III, IV e V.

31- (FUMARC – 2011 – BDMG - Advogado ) Todas as afirmações abaixo são


corretas, EXCETO:

Compete ao Supremo Tribunal Federal, dentre outras, processar e julgar,


originariamente:

a) A extradição solicitada por Estado estrangeiro.


b) O litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado,
o Distrito Federal ou o Território.
c) A homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas
rogatórias

~ 127 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

d) As causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou


entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta

32- (FGV – 2010 – OAB – Exame de Ordem Unificado) Um juiz federal proferiu uma
sentença em processo relativo a crime político e outra sentença em processo movido
por Estado estrangeiro contra pessoa residente no Brasil. Os recursos interpostos
contra essas duas sentenças serão julgados pelo:

a) STF, no primeiro caso, e pelo TRF, no segundo caso.


b) TRF em ambos os casos.
c) STF, no primeiro caso, e pelo STJ no segundo caso.
d) TRF, no primeiro caso, e pelo STF, no segundo caso.

33- (FCC – 2011 – TRE/RN – Analista Judiciário – Área Judiciária) Um quinto dos lugares
dos Tribunais Regionais Federais será composto por membros do Ministério Público
com mais de

a) dez anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação


ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista
elaborada pelos órgãos de representação das respectivas classes, contendo dois
nomes de seus integrantes.
b) cinco anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação
ilibada, com mais de cinco anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista
sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
c) cinco anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação
ilibada, com mais de cinco anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista
tríplice pelos órgãos de representação das respectivas classes.
d) sete anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação
ilibada, com mais de sete anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista
sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
e) dez anos de carreira e de advogados de notório saber jurídico e de reputação
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista
sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

34- (FCC – 2011 – TRT – 14ª Região – Analista Judiciário – Área Execução de Mandatos) O
Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados
pelo Presidente da República após aprovação.

a) do Ministério Público Federal.


b) por dois terços da Câmara dos Deputados.
c) por dois terços de ambas as Casas do Congresso Nacional.
d) pela maioria absoluta do Senado Federal.
e) do Conselho Superior da Justiça do Trabalho.

35- (CESPE – 2012 – TJ/PI - Juiz) Assinale a opção correta acerca do controle de
constitucionalidade.

a) O STF entende que os governadores de estado e as demais autoridades referidas


na CF como legitimadas à instauração do controle concentrado de
constitucionalidade das leis e atos normativos, mediante ajuizamento de ação

~ 128 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

direta, não dispõem de capacidade postulatória, devendo estar representados no


processo por profissional da advocacia.
b) A inconstitucionalidade formal caracteriza-se quando o conteúdo de leis ou atos
normativos está em desconformidade com o conteúdo das normas constitucionais.
c) A inconstitucionalidade de lei federal, estadual, distrital ou municipal, reconhecida
em controle concreto, pode ser examinada pelo STF por meio de recurso
extraordinário, mas somente a ofensa direta, e não a reflexa, autoriza o recurso.
d) É pacífica, na jurisprudência do STF, a tese da abstrativização do controle difuso,
pela qual os efeitos inter partes dessa espécie de controle devem ser
excepcionalmente transformados em erga omnes, sem a necessidade de suspensão
da execução da lei pelo Senado Federal.
e) Não cabe ação direta de inconstitucionalidade contra decretos legislativos, atos
normativos destinados a veicular matérias de competência exclusiva do Congresso
Nacional, que não se submetem a sanção ou veto do presidente da República.

36- (FCC – 2012 – TRE/SP – Analista Judiciário – Área Judiciária) De acordo com o texto
da Constituição da República e com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em
matéria de controle de constitucionalidade é correto afirmar:

a) Viola a cláusula de reserva de plenário a decisão de órgão fracionário de tribunal


que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
b) A cláusula de reserva de plenário não se aplica aos processos de competência da
Justiça do Trabalho e da Justiça Eleitoral.
c) Aos magistrados dos juizados especiais é vedado o exercício do controle incidental
de constitucionalidade de leis e atos normativos.
d) As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas
ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de
constitucionalidade, produzem eficácia contra todos e efeito vinculante,
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário, mas não vinculam a atuação
da administração pública.
e) Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar as ações declaratórias de
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual.

37- (FCC – 2012 – TRE/SP – Analista Judiciário – Área Judiciária) Ao disciplinar o controle
de constitucionalidade de leis e atos normativos, a Constituição da República
estabelece que

a) o controle de constitucionalidade não pode ser exercido por juízes em estágio


probatório.
b) os atos normativos municipais não podem ser objeto de controle abstrato e
concentrado de constitucionalidade.
c) as decisões proferidas pela maioria absoluta dos membros dos Tribunais, no
exercício do controle incidental de constitucionalidade, produzem efeitos contra
todos e vinculantes relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário.
d) a pretensão deduzida em ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo prescreve em vinte anos.
e) todos os legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade
também o são, observados os demais requisitos, para promoverem a ação
declaratória de constitucionalidade.

~ 129 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

38- (CONSULPLAN – 2012 – TSE – Analista Judiciário – Área Judiciário) O controle de


constitucionalidade das leis e de atos normativos visa manter o ordenamento jurídico
pátrio íntegro.
Sobre este tema, é correto afirmar que

a) para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade são legitimados, dentre


outros, o Presidente da República, a Mesa do Congresso Nacional, o Governador de
Estado ou do Distrito Federal.
b) a perda de representação do partido político no Congresso Nacional, após
ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade por ele, descaracteriza a
legitimidade ativa para o prosseguimento da ação.
c) o Advogado Geral da União funciona como uma espécie de curador da presunção
de constitucionalidade dos atos emanados do Poder Público.
d) o STF tem competência originária para processar e julgar ação direta de
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal e ação
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.

39- (FGV – 2012 – OAB – Exame de Ordem Unificado) NÃO pode ser objeto de ação direta
de inconstitucionalidade.

a) Decreto que promulga tratado.


b) Decreto legislativo que aprova tratado.
c) Resolução.
d) Súmula vinculante.

40- (FGV – 2012 – OAB – Exame de Ordem Unificado) Suponha que o STF, no exame de um
caso concreto (controle difuso), tenha reconhecido a incompatibilidade entre uma lei
em vigor deste 1987 e a Constituição de 1988. Nesse caso, e correto afirmar que.

a) após reiteradas decisões no mesmo sentido, o STF poderá editar súmula


vinculante.
b) o STF deverá encaminhar a decisão ao Senado.
c) os órgãos fracionários dos tribunais, a partir de então, ficam dispensados de
encaminhar a questão ao pleno.
d) a eficácia da decisão é erga omnes.

41- (TRT 3ª Região – 2012 – TRT – 3ª Região) Leia as afirmativas abaixo e assinale a
alternativa correta:

I. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de


constitucionalidade apenas: o Presidente da República, a Mesa do Senado
Federal, a Mesa da Câmara dos Deputados, a Mesa de Assembléia
Legislativa, Governador do Estado ou do Distrito Federal, o Procurador-Geral
da República, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, partido
político com representação no Congresso Nacional e confederação sindical ou
entidade de classe de âmbito nacional.

II. Há o controle de constitucionalidade das omissões legislativas, na forma


concentrada, o qual abrange as ações diretas de inconstitucionalidade por
omissão e o mandado de injunção.

~ 130 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

III. A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente da


Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal e terá por objeto
evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder
Público. Caberá também arguição de descumprimento de preceito
fundamental quando for relevante a controvérsia sobre lei ou ato normativo
federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.

IV. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de


arguição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista
razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o
Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros,
restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a
partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser
fixado.

V. O controle difuso de constitucionalidade, também chamado de pela via da


exceção, ou defesa, ou controle aberto, pode ser realizado por qualquer juízo
ou tribunal do Poder Judiciário, observadas as regras de competência
processual. O controle difuso dá-se em um caso concreto e seus efeitos serão
“inter partes” (somente entre as partes do processo) e “ex tunc” (retroativos),
mas o Supremo Tribunal Federal também entendeu que estes efeitos podem
ser “ex nunc” ou para o futuro. O controle concentrado de
constitucionalidade de lei ou ato normativo concentra-se em um único
tribunal e pode ser verificado nas situações: de ação direta de
inconstitucionalidade genérica, arguição de descumprimento de preceito
fundamental, ação direta de inconstitucionalidade por omissão, ação direta
de inconstitucionalidade interventiva e ação declaratória de
constitucionalidade.

a) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.


b) Somente as afirmativas III e IV e V estão corretas.
c) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas.
d) Somente as afirmativas II, IV e V estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.

42- (CESPE – 2011 – TRF – 2ª Região – Juiz) No que se refere ao controle incidental de
constitucionalidade, à ação direta de inconstitucionalidade (genérica e por omissão), à
ação declaratória de constitucionalidade e à arguição de descumprimento de preceito
fundamental, assinale a opção correta.

a) Uma vez admitida, pelo STF, a ação declaratória de constitucionalidade, a


autoridade responsável pela criação da lei ou do ato normativo e o advogado-geral
da União deverão ser citados para se pronunciarem sobre o objeto da ação.
b) A ação direta de inconstitucionalidade por omissão tem como objeto omissão
administrativa que afete a efetividade da CF ou omissão legislativa de órgãos
legislativos federais, mas não estaduais, em face da CF.
c) Cabe arguição de descumprimento de preceito fundamental contra lei ou ato
normativo federal, estadual ou municipal, incluindo-se os anteriores à CF; nesse
sentido, pode-se dizer que tal arguição é cabível mesmo contra leis pré-
constitucionais.
d) No controle incidental ou concreto, a questão de constitucionalidade somente pode
ser suscitada pelas partes da relação processual.
~ 131 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

e) Podem ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade, além de leis de todas as


formas e conteúdos, decretos legislativos, decretos autônomos e decretos editados
com força de lei pelo Poder Executivo, resoluções do Tribunal Superior Eleitoral e
medidas provisórias, mas não resoluções ou deliberações administrativas de
tribunais, que não são consideradas atos normativos primários.

43- (CESPE – 2011 – TRF – 1ª Região – Juiz) Considerando a disciplina constitucional a


respeito do controle de constitucionalidade das leis e dos atos normativos, assinale a
opção correta.

a) A ADI admite a intervenção de terceiros, mas a ADC, não.


b) Uma vez proposta a ADI por omissão, todos os demais legitimados podem
manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a juntada de documentos
reputados úteis para o exame da matéria, no prazo das informações, bem como
apresentar memoriais.
c) Sendo a ADPF espécie de controle concentrado que visa evitar ou reparar lesão às
normas que, materialmente constitucionais, fazem parte da Constituição formal, e
não à Constituição em seu conjunto, não cabe reclamação para o STF no caso de
descumprimento da decisão.
d) O STF, seguindo a doutrina constitucional majoritária, entende que a ADPF é
cabível contra ato do poder público de natureza administrativa ou normativa, mas
não contra ato judicial.
e) A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo pelo STF está sujeita à manifestação, em um ou em outro sentido, de,
pelo menos, oito ministros, quer se trate de ADI, quer se trate de ADC.
44- (FCC – 2011 – TCE/PR – Analista de Controle) Como consequência do regime
constitucional adotado, os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
por três quintos dos votos dos respectivos membros,

a) não podem ser objeto de controle de constitucionalidade concentrado, mas apenas


de controle difuso, na medida em que, se afrontarem a Constituição, suscitarão
questões relacionadas à sua recepção e não propriamente à sua
constitucionalidade.
b) ingressam no ordenamento jurídico brasileiro com natureza de cláusulas pétreas e,
por isso, não poderão ser objeto de controle de constitucionalidade.
c) equiparam-se à manifestação do Poder Constituinte Derivado Reformador, razão
pela qual só poderão ser questionados quanto à sua constitucionalidade por meio
de um poder discricionário de natureza política do Executivo ou do Legislativo.
d) estão sujeitos a um prazo, contido no próprio texto do tratado ou da convenção,
para que possam ser objeto de ações de controle de constitucionalidade. Findo
esse prazo, não mais poderão ser questionados pela via judicial.
e) adquirem status de emenda constitucional e podem ser objeto de controle de
constitucionalidade tanto pela via difusa quanto pela via concentrada.

45- (FCC – 2011 – PGE/MT - Procurador) Ao julgar ações diretas de inconstitucionalidade


tendo por objeto dispositivos de lei definidora de critérios para o rateio dos Fundos de
Participação dos Estados e do Distrito Federal, o Supremo Tribunal Federal (STF)
declarou a inconstitucionalidade, sem pronúncia de nulidade, dos dispositivos
atacados, assegurada sua aplicação até 31 de dezembro de 2012 (ADI 875, ADI 1.987 e
ADI 2.727, Rel. Min. Gilmar Mendes, Plenário, publ. DJE de 30-4-2010).

~ 132 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

No caso em tela,

a) a decisão é nula, uma vez que o vício de inconstitucionalidade pressupõe a


nulidade do ato, devendo a declaração de inconstitucionalidade produzir efeitos
retroativos e eficácia contra todos.
b) a decisão é nula, uma vez que somente se admite a possibilidade de restrição do
alcance subjetivo da declaração de inconstitucionalidade em sede de controle
concentrado.
c) a decisão somente produzirá efeitos se vier a ser editada Resolução do Senado
Federal suspendendo a eficácia dos dispositivos legais declarados inconstitucionais
pelo STF.
d) as ações foram julgadas parcialmente procedentes, uma vez que não foi
pronunciada a nulidade dos dispositivos legais tidos por inconstitucionais.
e) o STF procedeu à modulação dos efeitos temporais da declaração de
inconstitucionalidade, consoante faculdade prevista expressamente em lei.

46- (FCC – 2011 – MPE/CE – Promotor de Justiça) A declaração pelo Supremo Tribunal
Federal, em sede de controle concentrado, da inconstitucionalidade de determinado
diploma legal, provoca, em relação aos atos normativos anteriores que foram
revogados pela lei proclamada inconstitucional, a sua

a) Recepção.
b) Repristinação.
c) Revogação.
d) Desconstitucionalização.
e) Deslegalização.

Gabarito

Gabarito.
Q R Q R Q R Q R Q R Q R Q R Q R Q R Q R
01 E 06 c 11 d 16 c 21 C 26 a 31 c 36 a 41 b 46 b
02 D 07 e 12 e 17 b 22 B 27 a 32 c 37 e 42 c
03 Certo 08 d 13 e 18 e 23 C 28 b 33 e 38 c 43 b
04 Certo 09 b 14 a 19 b 24 C 29 c 34 d 39 d 44 e
05 a 10 d 15 c 20 b 25 B 30 b 35 c 40 a 45 e

Comentários:

Questão 01:
a) Trata-se de maioria absoluta e não de 2/3.
b) Trata-se de maioria absoluta e não de 2/3.
c) O STJ não faz súmula vinculante. A súmula vinculante é feita apenas pelo STF e
tem quorum sim de 2/3. O erro da questão é só falar que o STJ faz súmula
vinculante.
d) O quórum de 2/3 é pra fazer a modulação do efeito ex tunc e do efeito
repristinatório.
e) CERTA - Art. 102, §3º - CF.

~ 133 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Questão 02:
a) Lei local em face de Lei federal é o STF quem julgará em recurso extraordinário.

 Isso ocorre porque não há hierarquia entre essas leis e quem decidirá então
qual a lei que ficará em vigor é a competência para legislar sobre o assunto,
quem define essa competência é a CF logo o julgamento ocorrerá no STF que
é o guardião da CF.

b) Em regra quando a União for parte quem julga é a Justiça Federal.

 Quando a União for autora é o juiz federal da outra parte;

c) Não deverá, poderá. É uma faculdade ao tribunal e não obrigação.


d) CERTA – Art. 125
e) Essa competência não é definida na CF, cada Estado define às suas ou seja, as CE´s
é que vão definir. A iniciativa não pode ser do Executivo já que se organiza o
judiciário, a iniciativa tem que ser do próprio judiciário e o executivo só vai
sancionar.

Questão 03: Certo

Questão 04: Certo – Art. 94 e Art. 111

Questão 05: “a” – Vide Tabela de Competência para julgar.

Questão 06:
a) Se aplica apenas ao juiz e não a membros ministério público.
b) Ambos tem a vitaliciedade, mas nos primeiros dois anos ele não é vitalício ainda
então não necessita de sentença transitada em julgada, valendo essa regra apenas
para quando são vitalícios, não incluindo por tanto o período necessário para
conquista da vitaliciedade;
c) Certo;
d) Após a EC nº 45 acrescentou a proibição, de exercício de atividade político-
partidária, aos membros do MPU (antes era só pra juiz) podendo apenas os
membros do MP que já exerciam tais atividades continuar exercendo. Ocorre que o
erro é dizer que há exceções previstas em lei para amos e a exceção só vale para os
membros do MP e não para os juízes;
e) Não é 2/3 é maioria absoluta.

Questão 07:
a) Essa é a competência da justiça militar estadual – Art. 125.
b) Essa competência é de juiz federal. – Art. 109;
c) Todos os juízes tem foros privilegiados é sempre um tribunal acima. A exceção é
apenas para ministro do STF que por crime comum serão julgados no próprio STF e
para crimes de responsabilidade julgados pelo Senado Federal.
d) Não é perante qualquer juízo é só na comarca na qual se aposentaram ou foram
exonerados.
e) Certo – Art. 109, §5º.

Questão 08:
a) Não são todos, um deles é o Presidente do STF e já é implícito de sua função, então
ele não passa por esse processo;
~ 134 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

b) Não extingue, ele apenas encaminha para o juízo competente;


c) Ação popular jamais será, originariamente, julgada por tribunal. A competência
será de juiz (de 1ª instancia, estadual ou de 2º grau);
d) Certo.
e) O erro é só que as competências do CNJ descritas no art. 103-B são apenas
exemplificativas.

Questão 09:
a) Prefeito é julgado por Tribunal de justiça.
b) Certo
c) Mandato de segurança contra ato de tribunal é julgado sempre pelo próprio
tribunal.

 Mandato de segurança julgado por juízes sempre sobe e o mesmo ocorre


para habeas corpus contra ato de órgãos do poder judiciário, só não sobe o
do STF, já que não tem pra onde subir julga-se no próprio STF.

d) A própria justiça do trabalho vai julgar essas ações. A EC. 45 tirou da justiça
comum para a justiça trabalhista.
e) Os membros do TSE são escolhidos assim:
 3 ministros do STF;
• Dentre esses são escolhidos o Presidente e o Vice
presidente.
 3 ministros do STJ
• Dentre esses é escolhido o Corregedor.
 2 advogados – lista sêxtupla formada pelo STF

Questão 10:
a) Lei que vai organizar;
b) Art. 109. Não é toda administração Indireta é só Autarquias e Fundações públicas;
c) ????
d) Certo.
e) Só vale para juízes vitalícios. Que também poderão perder o cargo por decisão do
Senado.

Questão 11:
a) ---;
b) Não podem julgar, não podem impor penas.
c) A iniciativa popular é para leis, não há iniciativa popular para proposta de EC;
d) Certa – Art. 84;
e) Não há soberania para os entes federativos, há só autonomia. A soberania é só
para a República Federativa do Brasil, ou seja, do Estado Federado.

Questão 12: Errado - Juízes não recebem remuneração, eles tem subsídio. O restante está
correto, vide esquema da página 70. Art. 93, V – CF.

Questão 13: Errado – Maioria absoluta do Senado Federal.

Questão 14:
a) Certa – atenção!!! Na prova se tivesse uma alternativa inserido a informação de
por exoneração ou aposentadoria estaria mais correta do que essa.

~ 135 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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Questão 15:
c) Certa.

Questão 16: Art. 99 - CF


c) Certa – Art. 99, §2º, I.

Questão 17:
a) O limite não é estabelecido pelo Poder Executivo e sim pelos três poderes. Em
acordo inserem na lei.
b) Certa – Art. 99, §2º, II.
c) Compete aos presidentes dos tribunais superiores com a aprovação dos respectivos
tribunais. Não compete só ao Presidente do STF.
d) O executivo fará os ajustes necessários – Art. 99, §4º.
e) Há a previsão das exceções que são as aberturas de créditos suplementares ou
especiais – Art. 99, §5º.

Questão 18:
a) O juiz não poderá devolve os autos ao cartório sem a devida decisão;
b) O juiz tem que integrar a primeira quinta parte da lista;
c) O curso de aproveitamento em cursos oficias ou reconhecidos de capacitação é
uma das exigências para critério de merecimento;
d) O quorum correto é 2/3.
e) Certa – Art. 93, I, “a”.

Questão 19:
a) Maioria absoluta;
b) Certa;
c) Só a OAB o MP não;
d) Maioria absoluta;
e) São 2anos de exercício e a lista é de merecimento.

Questão 20: “b”

 Na primeira instancia é conquistada só após 2anos de exercício efetivo, mas a partir


da 2ª instancia é com a posse.

Questão 21: “c”

Questão 22:
a) Competência originária do STF;
b) Certa;
c) Competência originária do STF;
d) Competência originária do Juiz Federal – com recurso ordinário ao STJ;
e) Competência originária do STF.

Questão 23:
c) Competência do STJ - Art. 105, I, a - CF;

Questão 24:
c) STJ em recuso especial – Art. 105, III;

Questão 25:
~ 136 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

c) Competência do STJ para homologar. O juiz federal executa;

Questão 26:
a) Certa;

 O STJ possui o mínimo de 33ministros, todos indicados pelo Presidente da


República e aprovados pelo Senado Federal.
Questão 27:
a) Deputado – STF – Art. 102, I, “d” – CF / Membros do TCE – STJ – Art. 105, I, “c”;

Questão 28:
a) Nunca! A competência de guarda da CF é do STF;
b) Certa;
c) Escolhidos pelo Presidente, Aprovada a escolha pelo Senado e nomeados pelo
Presidente da República;
d) Precisa ser Brasileiro Nato, com mais de 35 e menos de 65, notável saber jurídico e
reputação ilibada. Não precisam ser da carreira da magistratura.

Questão 29:
a) Não cabe a Ação Direta de Inconstitucionalidade para lei ou ato normativo
municipal, o que caberia é ADPF;
b) O prazo é de 30 dias e não de 90 dias – Art. 103;
c) Certa;
d) A eficácia é “Erga Omnes”, ou seja, vale para todos.

Questão 30:

I. Certo;
II. Certo;
III. Errado – pois o quorum é de 2/3 (qualificado). (maioria de seus membros é
maioria absoluta);
IV. Errado – São 11;
V. Certo.

b) Estão corretas a I, II e V.

Questão 31:
c) Competência do STJ.

Questão 32:
c) 1º Recurso ordinário ao STF e 2º Recurso extraordinário ao STJ.

Questão 33: “e”

Questão 35:
a) Só precisam de advogados os partidos políticos e confederações sindicais;
b) É inconstitucionalidade material (a formal é falha no processo legislativo);
c) Certa. Inconstitucionalidade reflexa é igual a inconstitucionalidade direta. É preciso
dizer qual norma foi prejudicada, não pode estar fundamentada em princípio
genérico;
d) Existe a tese, mas não é pacifica. Passa a ser erga omnes quando o SF aprova;
e) Cabe.
~ 137 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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Questão 36:
a) Certa. Viola sim a Reserva de Plenário (as declarações de inconstitucionalidade só
podem ser dadas por maioria absoluta do Pleno ou do Órgão Especial do Tribunal),
pois quando afasta a lei está declarando a inconstitucionalidade.
b) A reserva de plenário se aplica a tudo, não há exceção;
c) Pelo contrário. Trata-se de controle difuso;
d) Efeito vinculante para toda a administração pública sim;
e) Ação declaratória de Constitucionalidade é só para lei ou ato normativo federal. O
que pode ser aplicado também para os Estados é a Ação declaratório de
Inconstitucionalidade.

Questão 37:
a) Primeiro que juiz não tem estágio probatório. Segundo que controle difuso pode ser
exercido por qualquer juiz ou tribunal;
b) Não cabe a Ação Direta de Inconstitucionalidade, mas cabe ADPF que também é
controle concentrado;
c) Controle difuso de constitucionalidade só gera efeitos inter partes e ex-tunc;
d) Não há prescrição para tanto, a lei inconstitucional é nula e pronto;
e) Certo.

Questão 38:
a) Mesa do CN não propõe ADIN, quem propõem é a mesa da câmara ou a mesa do
senado e não a mesa do CN;
b) Errado, esse aspecto só importa para a propositura da ação;
c) Certo;
d) Não há o termo Ação direta de Constitucionalidade (a CONSULPLAN talvez tenha
querido dizer Ação direta de INCONSTITUCIONALIDADE) mas mesmo que estivesse
o termo correto não há ADIN para lei ou ato normativo municipal.

Questão 39: “d”

Questão 40: “a”

Questão 41:

I. Errado – ele disse que eram apenas essas e faltou a câmara legislativa;
II. Errado – mandado de injunção é controle difuso e não concentrado;
III. Certa – ADPF é uma ação residual só cabe quando não couber outra ação e
para esses casos isso ocorre;
IV. Certo – isso é modelação de efeitos;
V. Certo.

b) Somente III, IV e V estão corretas;

Questão 42:
a) O AGU não participa pois não há o que ele defender nessa situação;
b) Omissão de quem quer que seja;
c) Certa;
d) - ;
e) Só espécies primárias podem além disso Decreto lei é inconstitucional.

~ 138 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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Questão 43:
a) Nenhuma ação do controle concentrado admite terceiros;
b) Certo – nesse caso não se questiona uma lei, mas a falta dela;
c) Pode ser questionado;
d) Ato de qualquer natureza, inclusive judicial;
e) Oito ministros é exigência para presença para declaração de inconstitucionalidade
é maioria absoluta;

Questão 44: “e”

Questão 45: “e”  modulação de efeitos.

Questão 46: “b”

~ 139 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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Aula 22 - 14/05/2012
XIII – Remédios Constitucionais (Continuação)
(Art. 5º)
3 Judiciais (Continuação):

3.1 Habeas Corpus (Continuação):

3.1.5 Natureza:

Tem natureza penal, mas pode surgir uma ação penal dentro de uma
ação civil, logo, individuo preso por inadimplência de pensão alimentícia
mesmo tendo esse individuo pago a pensão, o que configura como uma
prisão ilegal, poderá impetrar “Habeas Corpus”.

3.1.6 Rito:

Rito sumário, ou seja, é um procedimento rápido.

3.1.7 Espécies:

 Preventivo – é quando antes da prisão ser efetuada o “Habeas


Corpus” já foi impetrado. O juiz ao julgar procedente o “habeas
Corpus” produzirá um “salvo conduto” que vai especificar que por
aquele motivo determinado no momento da impetração do
remédio constitucional o individuo não poderá ser preso.

 Para julgamento positivo deve haver, já no momento de


impetrar, uma ameaça concreta.

 Em regra, não há “Habeas Corpus” para


inquérito quando o fato investigado é crime ou
quando há nexo entre o crime e a pessoa
indiciada;
 Instaurado inquérito para apurar o que não é
crime, ou quando a pessoa é indiciada sem ter
nenhuma relação com a investigação, cabe
“Habeas Corpus” e o juiz poderá determinar o
trancamento do procedimento criminal, no caso
o inquérito.

 Repressivo (ou liberatório) – é a espécie comum, nela o individuo


já teve sua liberdade retirada. O juiz então ao julgar procedente o
“Habeas Corpus” produzirá um Alvará de Soltura ordenando a
soltura imediata do individuo.

Não é cabível “Habeas Corpus”:


Para combater o mérito de punição disciplinar militar.
Não é crime já que os militares tem regime próprio;
Não é que o juiz indefere, ele não chega nem mesmo a tomar conhecimento;
Se a punição foi dada por quem não tinha competência para dá-la, nesse caso,
caberá “Habeas Corpus”;
~ 140 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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Admite-se “Habeas Corpus”:

Para se retirar dos autos provas obtidas por meios ilícitos – esse “Habeas Corpus” é
preventivo;
 Apenas se retira os autos do processo, mas o processo não se torna nulo por isso;
 Provas obtidas a partir de uma prova ilícita são também ilícitas (Teoria da árvore
envenenada) por esse motivo são retiradas do processo;
 Prova obtida por meio ilícito poderá ser considera lícita se utilizada para defesa –
conforme caso concreto – poderá ser usada ainda para legitima defesa;
Apesar de poder ser utilizada para defesa não poderá ser utilizada para acusar o
verdadeiro culpado.

Para impedir a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico.


 Cabe quando a ordem for judicial. Quando a ordem for de CPI não caberá “Habeas
Corpus”;

3.2 Habeas Data (Art. 5º - LXXII –CF/88):

É um remédio gratuito.

3.2.1 Causa de Pedir:

Garante acesso, retificação ou complementação de informações da


pessoa do requerente que constam de banco de dados públicos (não
necessariamente banco de dados da administração pública, mas também
de particular exercendo atividade pública).
Só será cabível “Habeas Data” após ter sido feita a tentativa por meio
administrativo, ou seja, tem-se que pedir o acesso, a retificação ou a
complementação da informação e só após negada a atividade é que
caberá o “Habeas Data”.
É o único remédio constitucional cabível para retificação de dados,
mas não é a única ação cabível.

Atenção!!!
Princípio da inafastabilidade de jurisdição  A lei não excluirá da apreciação do judiciário
lesão ou ameaça ao direito.
Exceções:
“Habeas Data” - só poderá ser impetrado apos esgotadas todas as possibilidades
administrativas;
Lides Esportivas - isso ocorre pois a decisão no judiciário demora e se tudo pudesse ser
levado ao judiciário não só atolaria o judiciário, mas também inviabilizaria as competições uma
vez que a competição não poderia continuar antes de tomada a decisão do judiciário.
Lembrando que poderá sim ser levado ao judiciário, mas tudo deverá passar antes pela justiça
desportiva que nada mais é que um órgão administrativo;
Benefícios Previdenciários – para ingressar com uma ação cobrando um benefício
previdenciário, obrigatoriamente, deverá passar pela via administrativa.

~ 141 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

3.2.2 Impetrante:

Pessoas físicas ou jurídicas, desde que, titulares dos dados, “Habeas


Data” é ação personalíssima, ou seja, somente a pessoa titular dos dados
vai tomar conhecimento deles através de “Habeas Data”.

Ex.:

João Faleceu e a viúva dele deseja obter a informação à respeito de


João, ela poderá tomar ciência desses dados por outros meios, através do
“Habeas Data” não.

3.2.3 Impetrado:

Autoridade pública ou um particular no exercício da atividade pública.

3.2.4 Natureza:

É para Ação Civil não podendo ser tratados no âmbito penal. Havendo
algum crime nisso, o instrumento para solução não será o “Habeas Data”.

3.2.5 Rito:

Rito sumário, ou seja, é um procedimento rápido.

3.2.6 Liminar:

Embora não haja previsão legal admite-se liminar em “Habeas Data”.

3.3 Mandado de Segurança:


É o direito que já se
3.3.1 Causa de Pedir: pode usufruir.

Protege direito liquido e certo, não amparado por “Habeas Corpus”


ou “Habeas Data”. Deve-se provar que o direito é liquido e certo já na
petição inicial.
Não cabe Mandado de Segurança para normas programáticas já que
elas não são direito liquido e certo.

3.3.2 Impetrante:

Pessoa física ou jurídica titular do direito pleiteado.

Obs.68: O direito deve ser subjetivo. E o direito em que eu posso


individualizar o possuidor, ou seja, é o direito da pessoa em específica e
não direito difuso (da coletividade).
Mesmo em tratando-se do mandato de segurança coletivo o
direito será subjetivo pois eu conseguirei individualizar todos os
beneficiados.

~ 142 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

3.3.3 Impetrado:

Autoridade pública ou particular no exercício da atividade pública.

3.3.4 Natureza:

Possui natureza civil.


O Mandado de segurança possui natureza residual uma vez que há o
direito liquido e certo assegurado pelo “Habeas Corpus” e o assegurado
pelo “Habeas Data” ficando o “mandado de injunção” com os outros
direitos não assegurados pelos dois anteriores.

3.3.5 Liminar:

Cabe liminar em mandado de segurança.

Obs.69: Não cabe liminar para:


Liberar mercadoria de procedência estrangeira;
Conceder vantagens pecuniárias à servidores públicos.

3.3.6 Rito:

Rito sumário, ou seja, é um procedimento rápido.

3.3.7 Espécies:

 Preventivo – O ato ainda não ocorreu, mas diante da ameaça


ingressa-se com o mandado de segurança.

 Repressivo – o ato já ocorreu e só depois se ingressa com o


mandado de segurança.

3.3.8 Prazo:

Há prazo decadencial de 120dias, à contar da ciência do fato, para


impetração do Mandado de Segurança.
Esse prazo não está determinado na Constituição, mas em lei
específica.

Atenção!!!

A decadência não é do direito e sim do meio utilizado para pleitear o


direito, outros meios poderão ser utilizados.

Prazo decadencial X Prazo Prescricional

Na prescrição prescreve o direito e na Decadência decaí o direito de


utilizar o meio em questão

~ 143 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Não há prazo para o mandado de segurança preventivo já que não


houve ainda o fato que o justifique, o preventivo visa assegurar que o
“fato” não ocorra.

3.4 Mandado de Segurança Coletivo:

Igual ao mandado de Segurança, tendo como única diferença à exposta à baixo.


3.4.1 Impetrante:

Só é mandado de segurança coletivo quando uma das pessoas a


baixo puderem substituir os beneficiados no processo.

 Partidos políticos com representação no Congresso Nacional;


• Não precisa ter representação na câmara e no senado,
basta ter em um dos dois;
• Não substituem a sociedade eles substituem os associados
ao partido.
 Sindicatos ou entidades de classes; e
• Substituiriam os sindicalizados no pleito.
 Associação legalmente constituída e em funcionamento à pelo
menos 1 ano.
• Não basta ser uma associação de fato, deve ser associação
legalmente instituída, ou seja, ter personalidade jurídica;
• A exigência de funcionamento à pelo menos um ano é só
para associação e se deve ao fato de que no Brasil é muito
fácil criar uma associação então essa exigência é para evitar
que sejam criadas associações única e exclusivamente para
impetrar mandado de segurança coletivo;
• Substituiriam os associados no pleito.

~ 144 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 23 - 18/05/2012

3.5 Mandado de Injunção:

3.5.1 Causa de Pedir:

É usado quando a falta de norma regulamentadora torna inviável a


aplicação de dispositivo da constituição. Leva-se a situação concreta ao
conhecimento do judiciário.
Mandado de Injunção é diferente de ADIN por omissão. No MI há
controle difuso, ou seja, em regra, a decisão favorável só vale para as
partes que levam um caso concreto à justiça, já na ADIN por omissão a
ausência de lei é apresentada em caso abstrato.

3.5.2 Impetrante:

Pessoa física ou jurídica quem for titular do direito.

3.5.3 Impetrado:

Autoridade pública responsável pela omissão, normalmente é o poder


legislativo, mas pode ser, por exemplo, o poder executivo que teria a
iniciativa de propor a lei, mas não propôs.

3.5.4 Natureza:

Natureza civil.

3.5.5 Rito:

Rito especial, ou seja, próprio do mandado de injunção, não é nem o


sumário (rápido) nem o ordinário (comum do judiciário).

3.5.6 Competência:

STF STJ Justiça Eleitoral


Originária: 102, I, “q” Originária: 105, I, “h” Art. 121, §4º, V
Recurso ordinário: 102, II, “a”

O TRE julga
originariamente e o TSE

3.5.7 Posicionamento do STF sobre o Mandado de Injunção:

Até 2007 o STF adotava o posicionamento não concretista que


acabava por inutilizar o Mandato de Injunção, uma vez que definia que
não podia obrigar o Legislativo à fazer a lei e também não podia legislar
sobre o assunto.
Em 2007, com o Mandado de segurança impetrado pela falta de
regulamentação do direito de greve do servidor pública, isso mudou, pois

~ 145 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

o STF passou a adotar o posicionamento concretista. Ele não pode


legislar, não pode obrigar o legislativo à fazê-lo, mas definiu que a lei de
greve aplicada aos trabalhadores privados seria aplicado aos servidores
públicos até que fosse criada a legislação que exige a constituição.

3.6 Ação Popular:

3.6.1 Causa de Pedir:

Protege o meio ambiente o patrimônio público e a moralidade


administrativa.

3.6.2 Impetrante:

Somente o cidadão brasileiro, ou seja, aquele que é capaz de exercer


seus direitos políticos que nada mais é do que o direito a votar.
Deve-se provar a condição de cidadão brasileiro na petição inicial da
ação popular.
O que legitima uma pessoa a propor uma ação popular é a cidadania
e nada mais, no caso dos maiores eleitores com idade inferior à 18anos
podem impetrar a ação popular, mas serão representados através de
tutor.

3.6.3 Impetrado:

Autoridade pública ou o particular.

3.6.4 Natureza:

Ação civil, a ação popular não avalia o crime, mas pode ocorrer
paralelamente com a ação penal no caso de crimes que possam ter ação
popular impetrada.

3.6.5 Rito:

Ordinário, ou seja, comum do judiciário.

3.6.6 Liminar:

Cabe liminar, para evitar que os prejuízos sejam irreparáveis.

3.6.7 Espécies:

 Preventiva;
 Repressiva.

3.6.8 Gratuita:

A Ação Popular é em regra gratuita, salvo comprovada má fé do


cidadão, nesse caso o cidadão será obrigado à pagar as custas do
processo, os honorários advocatícios do ônus da sucumbência.

~ 146 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

3.6.9 Competência:

Quem julga é o juiz de primeira instância, conforme a situação será o


Juiz Estadual ou Federal (dependendo de quem é o impetrado – federal ou
estadual).

3.6.10 Duplo grau de jurisdição:

Nada mais é do que dois julgamentos do mesmo fato por instâncias


diferentes.
O duplo grau de jurisdição obrigatório não é um direito fundamental
ou garantia constitucional.
Na Ação Popular quando o cidadão perde há duplo grau de jurisdição
obrigatório. O juiz após julgar encaminha diretamente ao próximo grau
para que haja nova avaliação, não é necessário pedir recurso.

~ 147 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

IX – Nacionalidade
(Art. 12 e 13)
1 Introdução:

São normas materialmente constitucionais.

2 Nacionalidade Primária - Nato

É aquela definida no nascimento. A pessoa nasce com ela.

2.1 Critérios definidores de nacionalidade.

 “ius solis” ou “jus Solis”;

 Definido pelo lugar do nascimento;


 É mais comum nos continentes Americanos.

 “ius sanguinis” ou “jus sanguinis”;

 Leva em consideração a descendência da pessoa;

 Apátrida – não tem pátria;

 Polipátrida – tem mais de uma pátria.

2.2 No Brasil.

Só a CF poderá definir os critérios da nacionalidade primária (nato). Esses


critérios foram definidos da seguinte forma:

 “Ius Solis”

 Aquele que nasce no Brasil é brasileiro nato, salvo se for filho de pais
estrangeiros sendo suficiente que um deles esteja à serviço do país de
origem.

 “ius sanguinis” + Serviço

 Filho de brasileiro nascido fora do Brasil será brasileiro nato se um


dos país estiver à serviço oficial do Brasil (à serviço de qualquer dos
entes federados na condição de agente público).

 “ius sanguinis” + opção

 Filho de brasileiro nascido fora do Brasil será brasileiro nato se vier


residir no Brasil e optar pela nacionalidade brasileira à qualquer
tempo desde que já tenha atingido a maioridade.

 “ius sanguinis” + registro

 Filho de brasileiro nascido fora do Brasil será brasileiro nato


necessitando apenas do registro em embaixada brasileira. Caso não
~ 148 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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haja embaixada brasileira no país em que houver ocorrido o


nascimento, poderá ser procurada qualquer embaixada brasileira em
qualquer outro país.

3 Nacionalidade secundária - Naturalizado

É aquela em que a pessoa escolhe.


O Brasil não dá, naturalmente, nacionalidade à ninguém, é necessário que haja
um pedido, uma manifestação de vontade em ter a nacionalidade brasileira.
A naturalização é formalizada na CF e em Lei (Estatuto do estrangeiro) e exige
alguns requisitos. Em regra, cumprimento dos requisitos não vincula a decisão de
naturalizar a pessoa.

3.1 Na CF

 Países de Língua Portuguesa - Tem exigências menores que os demais


países, são elas:

 Um ano ininterrupto de residência no Brasil;


 Idoneidade moral;

 Outros Países (trata-se de naturalização quinzenária ou extraordinária).

 15anos ininterruptos de residência no Brasil;


 Não ter condenação criminal.

Obs.70: o cumprimento dos requisitos vincula a decisão de


naturalizar a pessoa. É uma exceção à regra e se baseia na
ideia de que fere a dignidade da condição depois de cumprida
a exigência de morar por 15anos no Brasil seja negada a
naturalização desse estrangeiro. Só vale para esse caso.

3.2 Algumas possibilidade em Lei.

 Possibilidade de naturalização por radicação precoce.

 Uma criança estrangeira que morou no Brasil a vida toda, poderá pedir
a nacionalidade até 2anos após completar a maioridade.

 Possibilidade de naturalização depois de estudo.

 Um estrangeiro vem para o Brasil antes de completar a maioridade


para estudar e após a colação de grau terá até um ano para solicitar a
nacionalidade.

 Estrangeiro que fale a língua portuguesa.

 O estrangeiro fala e escreve a língua portuguesa e tem condições para


morar no Brasil poderá pedir a nacionalidade.

~ 149 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

3.3 Equiparação

 Portugueses com residência PERMANENTE no país, se houver reciprocidade


em favor dos brasileiros serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro,
salvo nos casos previstos na CF;

4 Tratamento diferenciado entre brasileiros.

Em regra, não pode haver diferença entre brasileiros natos e naturalizados, a


exceção são as distinções previstas já na CF e só ela poderá trazer essas exceções.

4.1 Exceções:

4.1.1 Cargos (Art. 12, §3º da CF) /Funções(Art. 89 da CF)  alguns cargos
são privativos de brasileiros natos. Isso se dá para garantir a
segurança e a soberania do país.

 Soberania – são cargos/funções que auxiliam ao presidente ou


podem assumir a presidência de maneira natural ou por
sucessão e por isso só é permitida à brasileiros natos:

 6 Brasileiros do conselho da República – aconselham o


presidente;
 Presidente da República e Vice-Presidente da
República;
 Para ser Senador ou Deputado não precisa ser
brasileiro nato, mas para ser o presidente do senado
ou da câmara precisa pois poderá substituir o
presidente da república;
 Ministros do STF, qualquer deles já que em teoria
todos chegam a presidência do STF e o presidente do
STF pode precisar assumir a presidência da república.
O presidente do CNJ é o presidente do STF, por esse
motivo o presidente do CNJ não pode ser brasileiro
naturalizado.
 Carreira diplomática;
 Segurança:

 Oficial das forças armadas;


 Em regra não entram aqui os oficiais das
policias militares e corpos de bombeiros.
 Ministro de Estado da Defesa.

4.2 Extradição:

 Brasileiro Nato  Jamais extradita;


 Brasileiro Naturalizado  Pode por:

~ 150 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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 crime anterior a naturalização;

 Tráfico Ilícito de Substancias entorpecentes à qualquer tempo.

4.3 Propriedade (Art. 222):

O brasileiro naturalizado só poderá ser proprietário de empresa jornalística ou


de rádio difusão de sons ou de sons e imagines se contar com mais de dez anos de
naturalizado

5 Perda da Nacionalidade

Tanto brasileiro nato, quanto naturalizado, pode perder a nacionalidade


brasileira. Os casos em que isso pode ocorrer:

 Se fizer opção por outra nacionalidade (nato e naturalizado);

 Caso a pessoa desista e queira voltar a ser brasileiro para tanto


deverá abrir mão da outra nacionalidade.

 Ato nocivo a interesse nacional (naturalizado);

 Esse ato é um crime que trás a insegurança nacional, após então ser
julgado pelo crime que praticou o juiz, no caso concreto, avalia se o
crime é nocivo ao interesse nacional podendo então condenar e
aplicar, além da pena de natureza penal, uma pena de natureza civil
que seria a perda da nacionalidade.

 Esse poderá voltar à ser brasileiro, apenas, por nova


decisão judicial se provando inocente do crime que
resultou na punição de perda de nacionalidade.

6 Dupla Nacionalidade

Em regra, quando se adquire outra nacionalidade perde-se a brasileira, mas há


exceções, são elas:

 Quando trata-se de uma imposição da lei do outro país;

Ex.:
Caso de jogadores de futebol que vão jogar em países onde há limites
de estrangeiros no país e que para continuarem jogando precisam
adquirir a nacionalidade do país.

 Reconhecimento da nacionalidade brasileira.

 O outro país reconhece a sua nacionalidade como sendo brasileira e


mesmo assim te dá o direito a nacionalidade daquele país.

~ 151 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Ex.:

Caso da Itália que considera o critério “ius sanguinis” e mesmo tendo


um filho de um italiano que não estava à serviço no país nascido no
Brasil, sendo considerando por tanto brasileiro nato, reconhece, nesse
filho, a nacionalidade brasileira e fornece também a italiana.

~ 152 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

X – Direitos Políticos
(Art. 14 a 16)

1 Introdução:

A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal (exercício dos direitos
políticos, votar e ser votado, capacidade eleitoral ativa e passiva).
O voto é diferente de sufrágio.

 Sufrágio – direito de votar e ser votado;

o É universal, ou seja, para todos;

 Voto – é como se concretiza o direito. É a materialização do sufrágio..

o Direto/personalíssimo – é aquele que só o próprio leitor pode


votar. É a regra;
o Indireto – é aquele em que a população não vota diretamente.

 Só ocorre Quando o cargo de presidente e vice presidente


(chefe do poder executivo) ficam vagos 2anos, ou menos,
antes da eleição.

o Secreto – ninguém pode saber em quem a pessoa votou;


 Não é qualquer voto que é secreto é o do sufrágio. O voto
no CN, por exemplo, pode ser secreto ou aberto, que é
aquele em que todos conhecem a opinião do voto.

o Tem valor igual para todos, ou seja não há peso diferenciador;

o Não é irrestrito – existem restrições, não podendo exercê-lo:

 Estrangeiros;
 Conscritos – os militares que passam pelo serviço
obrigatório;
 Menores de 16 anos

Obs.71: Não podem se alistar, sendo portanto inalistáveis e por


isso são proibidos de votar ou ser votado:

 Estrangeiros;
 Conscritos.

o É livre, pois não se é obrigado à escolher nenhum candidato.

o Voto obrigatório:

 A partir de 18anos e menores de 70anos.

~ 153 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

o Voto facultativo:

 Menores de 18 e maiores de 16 anos;


 Analfabetos;
 A partir de 70anos.

o Voto Proibido:

 Aos inalistáveis:
• Estrangeiros;
• Conscritos.

~ 154 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana

Aula 24 - 25/05/2012

2 Sufrágio Negativo:

2.1 Inelegibilidades:

2.1.1 Absolutas – CF;

 Inalistável – é aquele que não pode se alistar como eleitor;

♦ Estrangeiros; Não podem nem votar, já que são


♦ Conscritos; inalistáveis, quem dirá ser votado.

 Analfabetos;

2.1.2 Relativas (CF + Lei Complementar).

 Em razão da função exercida:

♦ 3º mandato consecutivo;

Obs.72: A inelegibilidade nesse caso é para o titular,


podendo então o vice se candidatar novamente à vice ou a
efetivo, mas não poderá o efetivo se candidatar novamente
nem para efetivo, nem para titular (vice).

♦ Para outros cargos;

Obs.73: Presidente da república, governadores e prefeitos


são inelegíveis para outros cargos, salvo se renunciarem
com pelo menos 6meses de antecedência das eleições.

♦ Reflexa– cônjuges e parentes até o 2º grau civil do


presidente da república, dos governadores e dos
prefeitos são inelegíveis para qualquer cargo na área
de atuação do titular, salvo se já titulares de cargos
eletivos e candidatos à reeleição.

Obs.74: Cônjuge – considera-se união estável também,


mesmo que homo-afetiva.

Obs.75: Área de atuação:

 Prefeito – município;
Prefeito, vereador.
 Governador – Estadual;
Prefeito, vereador, Deputado Distrital, Deputado
Estadual, Senador e Governador.

~ 155 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro
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Caso:

João é governador do Estado de São Paulo, Maria é sua esposa. Com base nessas
informações julgue:

I – Maria poderia se candidatar a presidência da República?


Resposta: Verdadeiro.
Comentário: O campo de atuação de João é só o Estado de São Paulo.

I – Tendo Maria sido eleita presidente tanto ela quanto João cumprido seus mandatos
poderiam se candidatar a reeleição de seus respectivos cargos?
Resposta: Falso.
Comentário: Não poderiam os dois, uma vez que tendo João sido governador
novamente se trataria de uma reeleição, já que a eleição para presidente e governador
ocorrem juntos e Maria foi eleita enquanto João reeleito, não podendo então João ter o
terceiro mandato consecutivo.

Obs.76: O mandato do cônjuge soma ao mandato do atual


ocupante do cargo.

Obs.77: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no


curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no
§7º do artigo 14 da Constituição Federal. – Súmula
Vinculante nº 18.

Mantém a inexigibilidade quando o fim do relacionamento


ocorre durante o mandato, tendo um prefeito se separado
da esposa no 1º mandato e ter sido reeleito, após o fim do
2º mandato dele, a ex-esposa poderia se candidatar pois a
separação não ocorreu no mandato em questão.

 Militar:

♦ Com mais de 10anos de carreira  ele fica agregado


(licenciado) até as eleições e se eleito vai
imediatamente para a inatividade;

♦ Com menos de 10 anos de carreira  ele é afastado


imediatamente, e definitivamente, das funções
militares.

~ 156 ~
Anotações de Lílian Batista Ribeiro

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