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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

INSTITUTO DE PESQUISAS HIDRÁULICAS


SISTEMAS DE ÁGUA E ESGOTOS

Projeto de um Sistema de Abastecimento de Água

Reservação e Redes de Distribuição

Allinson Von Muhlen Taborda


Gabriel de Araújo Bittencourt
Gabriel Villarinho Van der Kouwe de Jong
Juliano Campos Marques
Maurício Pertile

Porto Alegre, Junho de 2017


Sumário
INTRODUÇÃO 4

OBJETIVOS 4

CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO 4

RESERVAÇÃO 6
LOCALIZAÇÃO DO RESERVATÓRIO 6
VOLUME DO RESERVATÓRIO 6
A) MÉTODO DA ADUÇÃO CONTÍNUA 6
B) MÉTODO DA ADUÇÃO DESCONTÍNUA 8
C) MÉTODO DA CURVA SENOIDAL 10
D) MÉTODO PRÁTICO 10
COMPARAÇÃO DOS MÉTODOS 10
DIMENSÕES DO RESERVATÓRIO 10
ENTRONCAMENTO COM A ADUTORA 11
DIMENSIONAMENTO DE CONJUNTO MOTOR-BOMBA 11
TRECHO DE RECALQUE 12
TRECHO DE ADUÇÃO 13
ESCOLHA DO CMB 13
ESQUEMA DO RESERVATÓRIO 15

REDES DE DISTRIBUIÇÃO 17
CÁLCULO DAS REDES PRINCIPAIS 18
CÁLCULO DAS REDES SECUNDÁRIAS 22
VERIFICAÇÃO DAS PRESSÕES 23
RAMAL PREDIAL 24

MEMORIAL DESCRITIVO 24
TUBULAÇÕES 24
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS DE REDE 25
VÁLVULAS DE FECHAMENTO 25
VÁLVULAS DE DESCARGA 25
VENTOSAS 25
HIDRANTES 26

ORÇAMENTO 27

REFERÊNCIAS DO PROJETO 29

TERMO DE ENCERRAMENTO 30

2
LISTA DE ANEXOS

Anexo I – Perfil altimétrico: Corte A-A

Anexo II – Representação Reservatório e Entroncamento com Adutora

Anexo III – Rede de distribuição

Anexo IV – Orçamento

3
INTRODUÇÃO
Sendo a água um elemento essencial à vida, o desenvolvimento de uma região
é diretamente ligado à eficiência de um sistema de abastecimento visto que ele
proporciona aos habitantes água de qualidade adequada e quantidade
suficiente para atender suas necessidades e proporcionar saúde e bem-estar.
Define-se Sistema de Abastecimento de Água como o conjunto de obras,
equipamentos e serviços destinados ao abastecimento de água potável de uma
comunidade para fins de consumo doméstico, serviços públicos, consumo
industrial e outros usos.
O presente trabalho dedica-se a apresentar as etapas de dimensionamento do
sistema de reservação e da rede de distribuição de um loteamento situado em
Porto Alegre-RS operado pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos
(DMAE). Para isso, foram necessárias uma série de etapas que serão descritas
na sequência deste relatório como interpretação do perfil altimétrico do terreno,
posicionamento de reservatório, levantamento da necessidade de um conjunto
motor-bomba, distribuição de condutos para atender a totalidade dos lotes
observando as recomendações de pressão e estimativa de custo do projeto
com o intuito de realizar um dimensionamento racional.

OBJETIVOS
O trabalho em questão tem por objetivo aplicar os conhecimentos
desenvolvidos em sala de aula e favorecer a compreensão por parte de futuros
engenheiros no que tange a organização e funcionamento de um sistema de
abastecimento de água. Assim, será desenvolvido um estudo de caso para um
projeto de reservação e de distribuição, através de cálculos, planilhas e plantas
desenvolvidas para esse fim.

CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO
O loteamento a ser servido encontra-se no Bairro Alto Petrópolis, município de
Porto Alegre, coordenadas (30º01’52,94’’S; 51º07’49,31’’O) e acesso principal
pela Rua Ary Tarragô.

4
Figura 1 – Localização do loteamento

Contando com a existência de 535 lotes organizados em 33 quadras, deve-se


estimar o consumo e determinar o parâmetro-chave vazão para cada etapa do
dimensionamento.
Adotar-se-á como parâmetros de projeto os seguintes dados:
o coeficiente do dia de maior consumo – K1= 1,2;
o coeficiente da hora de maior consumo – K2= 1,5;
o consumo per capita – q= 200 L/habitante/dia;
o densidade populacional – 7 habitantes/lote

Logo, a população a ser considerada para o loteamento é de:


ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑃=7 . 535 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠 = 3745 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑙𝑜𝑡𝑒

E os parâmetros-chave para o dimensionamento do sistema de reservação e


de distribuição são, respectivamente:

𝐾1.𝑞.𝑃 1,2.200.3745
𝑄𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣 = = = 898,8 m3/dia
1000 1000

𝐾1.𝐾2.𝑞.𝑃 1,2.1,5.200.3745
𝑄𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟 = 1000
= 1000
= 1348,2 m3/dia

5
RESERVAÇÃO
A reservação em um sistema de abastecimento de água é empregada com a
finalidade de uniformizar o fornecimento de água com propósitos de compensar
variações do consumo, regularizar pressões na rede e atender demandas de
emergência (incêndio, ruptura ou interrupção na rede, etc).

Localização do reservatório
Primeiramente foi realizada uma análise do terreno e de seu perfil altimétrico
para determinação da localização do reservatório. Com o intuito de economia
no projeto, optou-se pela implantação em local próximo ao consumo, pois
quanto mais próximo menor serão as cargas necessárias para suprir as perdas
das tubulações de distribuição, e, no ponto mais alto para fornecer a maior
carga possível por diferença de cotas e assim, tentar realizar a distribuição
garantindo pressão mínima apenas por gravidade. Deste modo, o
posicionamento do reservatório ficou definido na cota de 69 m.
O Anexo I apresenta o corte A-A utilizado para a determinação do reservatório.
Este corte segue desde o entroncamento com a adutora, passando pelo ponto
mais alto do terreno até o ponto de menor cota.

Volume do reservatório
Para o cálculo do volume do reservatório, foi realizada a comparação dos
quatro métodos usuais: adução contínua, adução descontínua, método da
curva senoidal e método prático.

a) Método da adução contínua

No caso de adução contínua, considera-se adução durante as 24 horas do dia,


levando-se em conta a análise do dia de maior consumo. E a reta de adução,
que considera uma vazão constante, é definida com a vazão média do dia
menos favorável.
Para o método, é necessário conhecer o consumo discriminado a cada hora do
dia. Como não possuímos observações de campo (dados estatísticos) sobre
esse consumo hora a hora, o grupo resolveu adotar como referência o exemplo

6
dado em sala de aula multiplicando os consumos por um fator de correção.
Esse fator de correção foi adotado como a razão entre volume consumido
diário do projeto (898,8m3) e o volume verificado no exercício de aula
(1540,8m3/dia), logo, de valor 0,183055.
Em seguida, verificou-se para cada hora do dia, a diferença entre o volume
demandado e o fornecido pela adução. A diferença entre o maior valor
encontrado nessa subtração (correspondente ao maior volume disponível), e o
menor (correspondente ao maior déficit), resulta no volume do reservatório
necessário pelo método da adução contínua, que neste caso foi de 178,63m3.
Na tabela a seguir, encontram-se os valores detalhados do cálculo e na figura,
o diagrama de massas com as linhas de adução e consumo acumulados. É
interessante notar que é possível saber quando o reservatório está enchendo
os esvaziando ao reparar na inclinação das tangentes às retas: quando a
inclinação da tangente à curva de consumo for menor que a inclinação da reta
de adução acumulada, o reservatório está enchendo e no caso contrário,
esvaziando.

Figura 2 – Diagrama da adução contínua

7
Tabela 1 – Método da adução contínua

b) Método da adução descontínua

Este método é muito semelhante ao anterior, mas ao invés de considerar a


adução 24h/dia, faz-se uso de uma adução por bombeamento no período de
maior consumo. Baseando-se nos mesmo dados utilizados para o Método da
adução contínua, foi escolhido um bombeamento por 12horas, das 6h da
manhã até as 18h da noite, período esse de maior consumo.
Do mesmo modo, apresenta-se abaixo a tabela de cálculo e o diagrama de
massas e, pela diferença o valor máximo e mínimo da diferença entre a adução
acumulada e o consumo acumulado, encontrou-se um volume de reservatório
de 292,89m3.

8
Tabela 2 – Método da adução descontínua

Figura 3 – Diagrama da adução descontínua

9
c) Método da curva senoidal

Este método é adequado quando não se dispõe de dados de consumo horário,


e adota-se, então, uma curva senoidal como representação do comportamento
do consumo.

O cálculo do volume do reservatório se dá pela fórmula a seguir:


𝐾2−1 1,5−1
𝑉𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣 = . 𝑉𝑑 = . 898,8 = 143,05 m3
𝜋 3,14

d) Método prático

Também adequado quando não se tem dados de consumo, é um método


bastante ágil para ter uma estimativa da capacidade do reservatório de
distribuição. Admite-se como volume, o correspondente a um terço do consumo
máximo diário das áreas dele dependentes. Assim sendo:
𝐾1 .𝑞 .𝑃 1,2 .200 .3745
𝑉𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣 = = = 299,60 m3
3 3

Comparação dos métodos

Tabela 3 – Quadro comparativo

Por fim, ao comparar os quatro métodos, percebeu-se que os resultados do


Método da Adução Descontínua e do Método Prático são muito próximos,
entretanto, o volume escolhido foi, por segurança, o mais conservador, logo, os
299,60m³ do Método Prático.

Dimensões do reservatório
A forma mais econômica de um reservatório é a circular na proporção 1:2
(altura: diâmetro) porque é a que apresenta o menor gasto com material de

10
construção. Assim, o grupo optou por este formato para calcular as dimensões
do reservatório.
Na definição das dimensões do reservatório, além de levar em conta o volume
de reservação determinado, é necessário ponderar sobre as folgas entre os
níveis máximo e mínimo de água. Para o nível máximo de água, foi
considerada uma folga de 0,5m com o teto do reservatório e para o nível
mínimo, foi considerada a posição da tubulação de saída para que fosse
evitado o arrasto de sedimentos no fundo do reservatório. Assim sendo, as
dimensões totais escolhidas foram uma altura total de 5 metros e um diâmetro
de 10 metros que, satisfaz de volume necessário e respeita a condição de
economia 1:2.

Entroncamento com a adutora


O detalhe do entroncamento da tubulação de entrada no loteamento com a
adutora do DMAE na Rua Ary Tarragô está representado no Anexo II.
Para o presente projeto, a tubulação da adutora foi considerada como sendo de
Ferro Fundido pelo fato de possuir provavelmente mais de 400mm de diâmetro
e a tubulação de captação até o reservatório foi definida em PEAD (Polietileno
de Alta Densidade).
Para o ponto de captação localizado abaixo do terreno e na cota 53, admitiu-se
uma pressão disponível de 20mca. A partir deste ponto, foi traçada a tubulação
até o reservatório e verificada a necessidade de um conjunto motor-bomba já
que a pressão de 20mca não era suficiente para vencer a diferença de cotas
com a entrada no reservatório e a perda de carga ao longo da tubulação.
O traçado desde a captação até o reservatório pode ser conferido no Anexo III.

Dimensionamento de Conjunto Motor-Bomba


Para dimensionar o conjunto motor-bomba, é necessário conhecer a elevação
do reservatório. Todavia, as pressões na rede de distribuição também
dependem dessa elevação à medida que dependem da cota no nível mínimo e
no nível máximo de água dentro do reservatório. Sendo assim, a altura da torre
do reservatório foi definida de modo a respeitar as condições de pressão
mínima e máxima na rede de distribuição (cálculo detalhado posteriormente no

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trabalho) e utilizar-se-á, portanto, para o dimensionamento do Conjunto Motor-
Bomba, as seguintes medidas:

Figura 4 – Alturas do reservatório

Foi definido para este projeto que a bomba funcionaria por 12 horas diárias e
que estaria localizada na base do reservatório, estando distante deste modo
294m do entroncamento com a adutora (trecho de adução) e 17,5m com a
entrada do reservatório (trecho de recalque) e que ela funcionaria por 12 horas
diárias. Assim, o parâmetro-chave para o dimensionamento do CMB é de:
𝑄𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣 898,8m3/dia
𝑄𝑏 = 𝑛º ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 = = 74,88m³/h (ou 20,8l/s)
𝑓𝑢𝑛𝑐. 12ℎ/𝑑𝑖𝑎

Trecho de recalque

Para calcularmos o diâmetro de recalque, utilizamos inicialmente a equação de


Bresse que nos fornece uma estimativa do diâmetro econômico para a linha de
recalque.
𝐷 = 𝐾 √𝑄𝑏

Adotando um coeficiente K unitário, encontramos D=0,144m. Decidimos,


portanto, por um diâmetro nominal de 150mm para a tubulação de recalque
que provoca um escoamento a uma velocidade de 1,177 m/s, valor razoável
entre os limites 0,6 e 3m/s.
Utilizando a equação de Hazen-Williams podemos obter a perda de carga
unitária para a tubulação em questão, lembrando que o material é PEAD
(C=130) e estimar, desta forma, as perdas de carga linear e singular:
1,85
𝑄
𝐽=( ) ℎ𝑙 = 𝐽. 𝐿
0,2785. 𝐶. 𝐷2,63

𝑉²
ℎ𝑠 = Σ𝐾𝑠 .
2. 𝑔

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Tabela 4 – Dados do recalque

Trecho de adução

Para a tubulação de adução, que corresponde ao trecho do entroncamento até


a bomba, foi definido um diâmetro comercial maior que o do recalque, 200mm,
e as perdas de cargas singulares foram desprezadas, visto que o comprimento
da tubulação supera o diâmetro em mais de 500 vezes.
𝐿 294
= = 1470 > 500
𝐷𝑁 0,2

Tabela 5 – Dados da adução

Escolha do CMB

A AMT (altura manométrica total) é a altura exigida pelo sistema, a qual a


bomba deverá ceder energia suficiente ao fluido para vencê-la. Considerando
que no entroncamento com a adutora temos uma pressão de 20 mca, teríamos
5,25 disponível na entrada da bomba e, portanto, para atingir a entrada do
reservatório e vencer a altura de recalque, adotamos uma AMT de 12m.
Para a escolha do conjunto motor-bomba mais adequado, traça-se a curva do
sistema hidráulico a partir do ponto de shut off (Q=0) e de três pontos de par

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ordenado (Q, AMT) considerando diferentes valores de Q –vazão de projeto,
uma vazão superior e outra inferior. Assim, ao sobrepor essa curva do sistema
com as curvas das bombas na seleção em catálogos, encontra-se o ponto de
operação e as características da bomba, conforme a Figura 5 e a Tabela 6.

Figura 5 – Curvas do sistema hidráulico e da bomba

Tabela 6 – Dados da bomba

A potência consumida pela bomba pode calculada pela seguinte expressão:


𝛾. Q. 𝐴𝑀𝑇
𝑃=
75. η
E o acréscimo de potência a ser considerado na instalação pode ser obtida
pela Tabela 7.

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Tabela 7 – Acréscimo de potência

Assim, para a bomba em questão é necessária uma potência consumida de


5,55CV e uma potência instalada de 6,66CV.
Ainda, para evitar a vaporização do líquido e problemas com cavitação no
interior da tubulação, deve ser verificada a altura positiva líquida de sucção
atendendo o seguinte critério:

𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟 < 𝑁𝑃𝑆𝐻𝐷

Sendo,

𝑁𝑃𝑆𝐻𝐷 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝑃𝑣 + ∆𝑍𝑎𝑠𝑝 ∆ℎ𝑝,𝑎𝑠𝑝

Onde:
𝑃𝑎𝑡𝑚 = pressão atmosférica local (m);
𝑃𝑣 = pressão de vapor da água (m);
∆𝑍𝑎𝑠𝑝 = diferença de cota na aspiração (m);
∆ℎ𝑝,𝑎𝑠𝑝 = perda de carga na aspiração (m).
.
O valor fornecido pela fabricante foi de 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟 = 6𝑚 e o calculado pela fórmula
acima, de 𝑁𝑃𝑆𝐻𝐷 = 9,91m, o que garante uma segurança de 3,91m a cavitação.

Esquema do reservatório
O reservatório será construído sobre superfície plana, em concreto armado
com paredes de 15cm de espessura, suportado por pilares calculados por
projeto estrutural e compartimentado para que seja vantajoso no caso de
reparo ou limpeza. Sua laje de apoio deverá ter uma declividade de 0,5% em

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direção ao ponto de esgotamento para facilitar operações de lavagem. A sua
cobertura deverá ser completamente impermeável como prevenção contra
contaminações por infiltrações de águas de chuva, bem como posicionada de
tal forma que não permita a penetração dos raios solares os quais poderiam
favorecer o desenvolvimento de algas na água armazenada, e com uma tampa
de inspeção de diâmetro de 60cm. Ainda, por se tratar de um reservatório
elevado, será necessário prever proteção contra descargas elétricas
atmosféricas e sinalização luminosa noturna.
Além do mais, o reservatório deverá contar com um registro na entrada em um
na saída para que seja possível interromper o fluxo e realizar eventuais
manutenções. Tais registros serão de ferro fundido e protegidos por caixa de
manobra com tampa tipo boca de chave.
Quanto às tubulações que nele chegam:
o A tubulação de entrada foi determinada a partir do dimensionamento
do conduto de adução, será DN= 150 mm e estará localizada 0,2m
abaixo do teto do reservatório;
o A tubulação de saída foi determinada com base na velocidade de
saída do reservatório e no diâmetro das tubulações da rede primária
na qual ela está ligada. Terá DN= 200 mm e sua posição no
reservatório será 0,2m acima do nível do fundo do reservatório para
que os sedimentos que venham a se acumular no fundo não
comprometam a qualidade da água fornecida.
o A tubulação de limpeza será junto ao fundo e servirá para possibilitar
a limpeza de tempos em tempos do reservatório e dos sedimentos
acumulados. Seu diâmetro será DN= 400 mm para que se possa
esvaziar o reservatório rapidamente e assim, retomar o fornecimento
o quanto antes.
o O extravasor que, será de um diâmetro comercial maior que a de
entrada, logo DN= 200 mm, possuirá comprimento até a base do
reservatório (L=16m). Calculando-se a perda de carga máxima
admitida para o extravasor, define-se que ele estará localizado 0,4m
abaixo do nível máximo de água;

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o O respiro 0,1m abaixo do teto do reservatório terá DN= 100 mm e
deverá ser protegido, assim como o extravasor, contra a entrada de
insetos com uma tela metálica.

O esquema representativo do reservatório é encontrado no Anexo II.

REDES DE DISTRIBUIÇÃO
As redes de distribuição constituem a estrutura do sistema mais integrada à
realidade urbana e a mais dispendiosa, correspondendo geralmente de 50 a
75% do custo total. São constituídas de tubulações e órgãos acessório s
interligados e instalados ao longo de vias pública, passeios, junto aos edifícios,
etc, que conduzem a água em quantidade, qualidade e pressão adequados aos
pontos de consumo.
Do ponto de vista hidráulico, existem dois tipos de redes de distribuição:

➢ Rede ramificada: o abastecimento se faz a partir de uma tubulação


tronco e pode-se estabelecer o sentido de escoamento da água. Mas
possui como inconveniente o fato de que todo abastecimento fica
condicionado ao funcionamento da canalização principal. É muito
usado em comunidades menores e com expectativa de crescimento
linear.
➢ Rede malhada: constituídas por redes principais que formam anéis
ou blocos. A priori, não se pode, a priori, estabelecer o sentido de
escoamento da água porque as canalizações são interligadas em
pontos de cruzamento conhecidos como nós.

Figura 6 – Rede ramificada Figura 7 – Rede malhada

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O grupo optou pelo padrão de rede malhada porque, em detrimento da rede
ramificada onde todo abastecimento fica condicionado ao funcionamento da
canalização tronco, permite que qualquer ponto do sistema possa ser
abastecido por mais de um caminho, garantindo assim maior flexibilidade em
satisfazer a demanda e manutenção da rede com o mínimo de interrupção
possível no fornecimento de água.
Para o traçado da rede, definiu-se a canalização principal, que possui maior
diâmetro e abastece canalizações secundárias, como direcionadas às zonas de
maior demanda e sempre localizadas em vias ou áreas públicas. Já as
canalizações secundárias, que por sua vez, abastecem diretamente os pontos
de consumo, foram dispostas sob os passeios (uma tubulação para cada
passeio) e como ramificações da rede primária alimentadas assim, por uma de
suas extremidades. O traçado de toda a rede de distribuição do loteamento
encontra-se representado no Anexo III.

Cálculo das redes principais


Para o cálculo das redes principais, será utilizado o Método de Hardy-Cross,
que é uma aplicação particular de um método mais geral, conhecido por
“Relaxation Method”). Com o Método de Hardy-Cross, determinaremos as
vazões e os diâmetros dos trechos, sendo conhecida as vazões de entrada e
de saída do anel. Além disso, a resolução de tal método é baseada em duas
leis:
➢ 1a lei – Lei dos Nós: a equação da continuidade permite afirmar que,
em cada nó da rede, a soma algébrica das vazões é igual a zero.
➢ 2a lei – Lei das Malhas: em um circuito fechado (ou anel) da rede, a
soma algébrica das perdas de carga é igual a zero.

Apesar dessas equações resumirem os fundamentos hidráulicos do método,


são necessárias outras simplificações para determinar as incógnitas do
problema. Assim, admite-se que as vazões distribuídas em marcha ao longo de
cada trecho, localizam-se no nó a jusante do trecho.

18
Em conseguinte, o procedimento de cálculo se passou da seguinte forma:
o definição dos pontos de carregamento das vazões;
o consideração de sentido no escoamento;
o conhecimento dos pontos de entrada e saída das vazões (nós e
reservatório);
o determinação do comprimento dos trechos e das cotas do nós;
o estabelecimento de uma primeira distribuição de vazões;
o aplicação da primeira lei em cada nó (convenção de sinal -> Regra
da Mão Direita);
o adoção de um diâmetro para cada trecho do anel (a partir da tabela
8);

Tabela 8 – Vazões e velocidades máximas em função do diâmetro


Diâmetro Vmáx Qmáx
(mm) (m/s) (l/s)
50 0,50 1,0
75 0,50 2,2
100 0,60 4,7
150 0,80 14,1
200 0,90 28,3
250 1,10 53,9
300 1,20 84,8
350 1,30 125,0
400 1,40 176,0
450 1,50 238,0
500 1,60 314,0
600 1,80 509,0

o cálculo das perdas de carga em cada trecho (optou-se por Hazen-


Williams e pelo desprezo das perdas de cargas singulares)
1,85
𝑄
𝐽=( )
0,2785. 𝐶. 𝐷2,63

ℎ𝑝 ≃ 𝐽. 𝐿
o verificação da segunda lei nos nós:
➢ se ela for respeitada, a rede está equilibrada;
➢ se ela não for respeitada, a vazão deve ser corrigida e com a
nova vazão repete-se os procedimentos acima descritos até

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que a lei seja respeitada e tenha-se também, uma rede
equilibrada
−ΣΔℎ𝑖
∆𝑄𝑖+1 =
Δℎ
𝑛. Σ 𝑄 𝑖
𝑖

Onde:
n= expoente da incógnita da vazão, ou seja, n=1,85 (Hazen-Williams)
ou n=2 (Darcy-Weisbach)

OBS: considera-se aceitável para o respeito da 2a lei: 𝛴ℎ𝑝 ≤ |0,50|m

Assim, foram definidos dois anéis principais, um próximo ao reservatório e


outro mais afastado, na região mais baixa do loteamento. O primeiro anel ficou
composto pelos nós A, B, C e D e o segundo, pelos nós E, F, G e H, sendo
ambos interligados pelos nós D e E.
Em seguida, definiu-se a população representativa de cada nó a partir das
áreas de atendimento e aplicou-se a equação da distribuição:
𝐾1. 𝐾2. 𝑞. 𝑃
𝑄𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟 =
86400

Considerando a vazão de distribuição a partir do reservatório já calculada,


1348,2m3/dia (equivalente a 15,604 L/s), pode-se estabelecer a Tabela 9:

Tabela 9 – Vazões de cada nó/área de atendimento


Anel Nó / Área Nº de lotes Vazão (L/s)
A 72 2,10
B 70 2,04
I
C 80 2,33
D 39 1,14
E 58 1,69
F 120 3,50
II
G 38 1,11
H 58 1,69
Reservatório 15,604
soma anel II 7,99

Após, foi possível iniciar o cálculo e preenchimento da Planilha de Cálculo para


Redes de Distribuição do tipo Malhada. Segue abaixo, as 4 iterações

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necessárias para que o cálculo convergisse e que as duas leis fossem
respeitadas.
Tabela 10 – Iteração 1
Cálculo de Redes - Método Hardy - Cross
Iteração 1 NÃO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Anel Trecho Q i (l/s) L (m) DN (mm) J (m/m) △Hp (m) △Hp/Q △Q Q i+1 (l/s)
A-B -5,70 160 150 8,13E-04 -0,13 22,82 0,66 -5,04
B-C -3,66 348 100 2,58E-03 -0,90 245,06 0,66 -3,00
I C-D -1,33 237 75 1,60E-03 -0,38 285,42 0,66 -0,67
D-A 7,80 436 150 1,45E-03 0,63 81,21 0,66 8,46
SOMA -0,772 634,512
D-E 7,99 470 150 1,52E-03 0,71 0,09
E-F -2,30 202 100 1,09E-03 -0,22 95,89 -1,02 -3,33
F-G 1,20 353 75 1,32E-03 0,47 389,01 -1,02 0,17
II G-H 2,30 143 100 1,09E-03 0,16 67,88 -1,02 1,28
H-E 4,00 404 100 3,03E-03 1,22 306,55 -1,02 2,97
SOMA 1,626 859,329

Tabela 11 – Iteração 2
Cálculo de Redes - Método Hardy - Cross
Iteração 2 NÃO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Anel Trecho Q i (l/s) L (m) DN (mm) J (m/m) △Hp (m) △Hp/Q △Q Q i+1 (l/s)
A-B -5,04 160 150 6,48E-04 -0,10 20,55 0,28 -4,76
B-C -3,00 348 100 1,79E-03 -0,62 206,99 0,28 -2,72
I C-D -0,67 237 50 3,24E-03 -0,77 1147,40 0,28 -0,39
D-A 8,46 436 150 1,69E-03 0,74 87,01 0,28 8,74
SOMA -0,757 1461,962
D-E 7,99 470 150 1,52E-03 0,71 0,09
E-F -3,33 202 100 2,16E-03 -0,44 131,12 -0,29 -3,62
F-G 0,17 353 50 2,65E-04 0,09 540,50 -0,29 -0,12
II G-H 1,28 143 75 1,50E-03 0,21 167,17 -0,29 0,99
H-E 2,97 404 100 1,75E-03 0,71 238,31 -0,29 2,68
SOMA 0,580 1077,091

Tabela 12 – Iteração 3
Cálculo de Redes - Método Hardy - Cross
Iteração 3 NÃO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Anel Trecho Q i (l/s) L (m) DN (mm) J (m/m) △Hp (m) △Hp/Q △Q Q i+1 (l/s)
A-B -4,76 160 150 5,83E-04 -0,09 19,58 0,06 -4,71
B-C -2,72 348 100 1,49E-03 -0,52 190,44 0,06 -2,66
I C-D -0,39 237 50 1,19E-03 -0,28 723,28 0,06 -0,33
D-A 8,74 436 150 1,79E-03 0,78 89,46 0,06 8,80
SOMA -0,112 1022,762
D-E 7,99 470 150 1,52E-03 0,71 0,09
E-F -3,62 202 100 2,52E-03 -0,51 140,84 -0,31 -3,93
F-G -0,12 353 50 1,30E-04 -0,05 389,34 -0,31 -0,43
II G-H 0,99 143 50 6,70E-03 0,96 966,81 -0,31 0,68
H-E 2,68 404 100 1,45E-03 0,59 218,27 -0,31 2,37
SOMA 0,988 1715,262

Tabela 13 – Iteração 4
Cálculo de Redes - Método Hardy - Cross
Iteração 4 OK
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Anel Trecho Q i (l/s) L (m) DN (mm) J (m/m) △Hp (m) △Hp/Q △Q Q i+1 (l/s)
A-B -4,71 160 150 5,70E-04 -0,09 19,37 0,00 -4,70
B-C -2,66 348 100 1,43E-03 -0,50 186,92 0,00 -2,66
I C-D -0,33 237 50 8,77E-04 -0,21 628,88 0,00 -0,33
D-A 8,80 436 150 1,82E-03 0,79 89,98 0,00 8,80
SOMA -0,005 925,145
D-E 7,99 470 150 1,52E-03 0,71 0,09
E-F -3,93 202 100 2,94E-03 -0,59 151,09 0,04 -3,89
F-G -0,43 353 50 1,42E-03 -0,50 1170,32 0,04 -0,39
II G-H 0,68 143 50 3,33E-03 0,48 701,09 0,04 0,72
H-E 2,37 404 100 1,15E-03 0,47 196,50 0,04 2,41
SOMA -0,154 2219,002

21
A tabela 14, resume as informações finais para cada trecho da rede primária.

Tabela 14 – Parâmetros Rede Primária


Trecho Comprimento (m) Q (l/s) DN (mm) J (m/m) △Hp (m)
Reservatório - A 68 15,604 200 1,29E-03 0,09
A-B 160 -4,71 150 5,70E-04 0,09
B-C 348 -2,66 150 1,99E-04 0,07
C-D 237 -0,33 75 1,22E-04 0,03
D-A 436 8,80 150 1,82E-03 0,79
D-E 470 7,99 150 1,52E-03 0,71
E-F 202 -3,93 150 4,08E-04 0,08
F-G 353 -0,43 75 1,97E-04 0,07
G-H 143 0,68 75 4,62E-04 0,07
H-E 404 2,37 150 1,60E-04 0,06

Repara-se que alguns diâmetros foram aumentados em relação ao resultado


das iterações para respeitar o diâmetro mínimo de 75 mm estabelecido em
norma para rede primária e para se adequar à implantação dos hidrantes, que
exige diâmetro mínimo de 150 mm.

Cálculo das redes secundárias


Adotando para a rede de distribuição secundária o diâmetro mínimo definido
pela NBR 12218, ou seja, DN=50 mm, calculamos o número máximo de lotes
que poderia ser atendido por cada rede secundária. Era sabido pela Tabela X
que a vazão máxima deveria ser de 1l/s para cada ramificação e assim:
𝑄𝑚𝑎𝑥 ∗ 86400
𝑛=
𝑝 ∗ 𝑞 ∗ 𝑘1 ∗ 𝑘2

Que resulta em 34 lotes (ou um consumo de 240 habitantes).


A distribuição foi realizada de modo a alcançar todos os pontos de consumo
respeitando essa limitação de número de lotes e também a limitação de
extensão máxima de 600 m.
Por fim, as redes secundárias também se encontram representadas no Anexo
II, com uma nomeação de acordo com a área de contribuição na qual se
encontram e um número ordinal.

22
Verificação das pressões
Conhecidas as vazões e diâmetros de cada trecho seja da rede primária como
da secundária, é possível obter as pressões disponíveis de cada ponto no
loteamento. Caso estas acarretem em valores inadequados, ou seja, pressão
estática superior a 50mca ou dinâmica inferior a 10mca, é necessário tomar
alguma medida para readequação, como:
o remanejamento dos condutos da rede, alterando os seus
diâmetros ou natureza;
o adaptação da altura/nível do reservatório;
o implantação de CMB (caso pressão insuficiente);
o válvula redutora de pressão (caso pressão excessiva).

O grupo conseguiu definir a altura da torre de sustentação do reservatório de


modo a satisfazer esse critério. O cálculo da pressão dinâmica e estática
disponíveis em cada nó da rede primária está representado na Tabela 15. A
pressão dinâmica foi calculada a partir do NAmín do reservatório e seu valor
depende da cota piezométrica, assim:
𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 𝐽 = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎𝑀 − 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑀−𝐽

𝑝𝑑𝑖𝑛â𝑚𝑖𝑐𝑎,𝑚í𝑛 = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑝𝑖𝑒𝑧𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 − 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜

Já a pressão estática foi calculada a partir do NAmáx do reservatório, pela


diferença de cotas do terreno.
𝑝𝑒𝑠𝑡á𝑡𝑖𝑐𝑎,𝑚á𝑥 = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑁𝐴𝑚á𝑥 − 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜

Tabela 15 – Pressões nos nós e ajuste no reservatório

23
Também foram verificadas as redes secundárias, em pontos críticos como os
locais de menor altitude e maior altitude e os mais distantes, e eles também
passaram na verificação.

Ramal Predial
Como a responsabilidade da distribuidora termina no hidrômetro de cada local
de consumo, os ramais prediais que farão a ligação com as redes de
distribuição deverão ser definidos de acordo com o órgão contratante do
projeto e respeitando os detalhes da Figura 8.

Figura 8 – Ramal predial

MEMORIAL DESCRITIVO

Tubulações
A rede, tanto primária quanto secundária, deverá seguir o traçado estabelecido
em projeto, conforme Anexo III e as dimensões descritas na Tabela 14.
Além disso, estarão dispostas sob os passeios, a uma profundidade mínima de
1m, dependendo da caracterização do solo no solo (rochoso, arenoso ou
argiloso). Em particular, como citado anteriormente, a tubulação secundária
não terá comprimento maior que 600m e será disposta nos passeios de cada
lado da rua.

24
Quanto ao material, a tubulação da rede de distribuição será de PVC CL-15
(cloreto de polivinila de classe 15 – resistência de 75 mca) e a tubulação entre
a adutora, o conjunto motor-bomba e o reservatório será PEAD (Polietileno de
Alta Densidade).

Equipamentos e acessórios de rede


A malha de distribuição da rede não é composta somente de tubos e conexões.
Dela também fazem parte peças especiais que permitem a sua funcionalidade
e operação satisfatória do sistema, tais como válvulas de manobra, ventosas,
descargas e hidrantes.

Válvulas de fechamento

Serão do tipo gaveta com cabeçote e sem volante nos seguintes locais:
o interligação de três ou mais trechos para possibilitar o fechamento de
cada trecho e permitir possíveis reparos ou manobras;
o na extremidade das tubulações secundárias junto ao ponto de
ligação com as tubulações primárias;

Válvulas de descarga

o nos pontos baixos da rede de distribuição.

Todos esses registros acima identificados, deverão ser instalados em caixas de


proteção conforme dimensão e modelo adequados, e deverão possuir diâmetro
nominal igual ao das próprias tubulação quando DN for menor ou igual a 75mm
e de 100mm para DN maiores.

Ventosas

o nos pontos mais altos para expurgo de possíveis acúmulos de ar no


interior da tubulação;

25
Hidrantes

Hidrantes serão dispostos a cada 500m nas vias principais (o mínimo


recomendado pela norma é 600m) e, em sua instalação, deve-se ter o esmero
na drenagem do local de instalação para que não haja perigo de contaminação
da rede por retorno de água esgotada.

Figura 9 – Modelo para Registros Figura 10 – Modelo para Hidrante

Figura 11 – Modelo para Ventosa

26
ORÇAMENTO
Para a previsão do orçamento, foi necessário realizar inicialmente um
levantamento de todos os itens a serem considerados para a execução da
obra.
De posse da planilha com os quantitativos, obtiveram-se os custos unitários a
partir da base de dados do SINAPI 1 para que, desta forma, os custos diretos,
ou seja, aqueles decorrentes especificamente da execução do serviço objeto
do orçamento, pudessem ser estimados. Uma vez o custo direto total definido,
foi estimado o custo global da obra através da inclusão dos Benefícios e
Despesas Indiretas, o BDI. Este índice, que corresponde aos custos indiretos
como os custos com administração central da empresa, com contrato, seguros,
garantias, tributos e também o lucro e margem de incerteza, foi tomado como
30% do valor.
Assim, a obra do SAA para o loteamento em questão ficou orçada em
R$3.100.700,00.
A distribuição do custo total por item do orçamento está expressa na Figura 12.

Figura 12 – Porcentagem do custo total por serviço

1http://www.caixa.gov.br/ -> SINAPI_Custo_ref_Composições_RS_04/2017_Não-


Desonerado

27
Analisando o custo de outras maneiras, tem-se que o custo unitário por metro
de rede e unitário por ligação são os seguintes:

3100700
𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑑𝑒 = = 𝑅$ 333,00/𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜
9311,5

3100700
𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜 = = 𝑅$ 5795,69/𝑙𝑖𝑔𝑎çã𝑜
535

No Anexo IV, encontra-se o orçamento detalhado com as especificações,


quantitativos, preços unitários e valores totais.

28
REFERÊNCIAS DO PROJETO

As bases para a elaboração do presente projeto foram:

➢ NBR 12211/1989 – Estudo de concepção de sistemas públicos de


água.

➢ NBR 12214/1990 – Projeto de sistema de bombeamento de água


para o abastecimento público.

➢ NBR 12215/1991 – Projeto de adutoras de água para o


abastecimento público.

➢ NBR 12217/1994 – Projeto de reservatório de distribuição de água


para o abastecimento público.

➢ NBR 12218/1994 – Projeto de redes de distribuição de água para o


abastecimento público.

➢ A Portaria do Ministério da Saúde, MS nº. 518/2004, referente à


qualidade da água para consumo humano - fornece importantes
orientações para a concepção e o projeto de instalações de
abastecimento de água.

➢ A Lei 9433/1997, que institui a Política Nacional de Recursos


Hídricos.

➢ O Regulamento dos Serviços de Água e Esgoto (RSAE) da


CORSAN, datando de 01/07/2009.

➢ Notas de Aula do Professor Dieter Wartchow referentes à disciplina


de graduação Sistemas de Água e Esgotos da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul

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TERMO DE ENCERRAMENTO

Contratado
Equipe Técnica AGGJM

Contratante
Prefeitura Municipal de Porto Alegre

Resumo do Contrato

Projeto de Execução de Reservatório com uso de conjunto Motor Bomba e de


Rede de Distribuição para o loteamento localizado no município de Porto
Alegre com acesso principal pela Rua Ary Tarragô.

Obra orçada no valor de R$ 3.100.170,00

__________________________________
Engenheiro Civil - AGGJM
< Allinson Von Muhlen Taborda>

__________________________________
Engenheiro Civil - AGGJM
<Gabriel de Araújo Bittencourt>

__________________________________
Engenheiro Civil - AGGJM
<Gabriel Villarinho Van der Kouwe de Jong>

__________________________________
Engenheiro Civil - AGGJM
<Juliano Campos Marques>

__________________________________
Engenheiro Civil - AGGJM
<Maurício Pertile>

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