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SUPLEMENTO

SUMARIO

GOVERNO DDE PROVINCIA

DIPLOMA LEGISLATIVO N⁰. 865

Aprova o regulamento complementar da Ocupação e concesão de Terrenos na Provinvia de Timor.

GOVERNO DA PROVINCIA

Diploma Legislativo n⁰. 865

Como a publicaçãodo Decreto n⁰.43 894, de 6 de Setembro de 1961, qua aprovou o Regulamento da
Ocupação e Concessão de Terrenos nas províncias ultramarinas, foi reunida e uniformizada num só
diploma a legislação dispersa e ultrapassada dos diversos territórios, respeitante à concessão de terras
do Estado no Ultramar.

De aplicação imediata às províncias de Angola e Moçambique, veio aquele Decreto a ser extensive a
Timor, com algumas exclusões e adaptações, pela Portaria Ministerial n⁰ 21 283, de 11 de Maio de 1965.

Visando abreviar, até aos limites do possível os termos do processo de concessão de Terras,
simplificando-o o definindo exactamente os trâmites a seguir em todas as suas fases e nos casos de
litígio, a nova lei alterou profundamente o sistema adoptado até à sua promulgação e trouxe novos
preceitos cuja execução, na prática, levantou certas dificuldades em aspectos de pormenor e na
interpretação de algumas disposições.

Em obediência ao estabelecido no único do artigo 271.⁰ do Regulamento da Ocupação e Concessão de


Terrenos supracitado, foi publicado o Diploma Legislativo n.⁰ 718, de 7 de Maio de 1966, providência da
maior utilidade mas resumida, sem abarcar numa visão de conjunto todos os problemas suscitados.

Houve, pois, que proceder-se à elaboração dum regulamento complementar que englobasse, para mais
fácil consulta, todas as disposições de base, devidamente esclarecidas e ordenadas por modo a dar-se
principalmente sequência a cada passo do processo, nos diversos casos contemplados, fixando-se
claramente o modo de proceder e os termos a seguir até final.

No decorrer do trabalho realizado teve-se sempre em atenção que os artigos 83.⁰, 85.⁰, 108.⁰,
126.⁰, 2.⁰ do artigo 187.⁰, 221.⁰ e 2.⁰ do artigo 266.⁰, do Regulamento da Ocupação e
Concessão de Terrenos expressamente remetem para a regulamentação complementar da
província a sua concretização.

Por outro lado, procura-se facilitar a execução e nos n.⁰ 3.⁰ e 9.⁰ do artigo 158.⁰ do citado
Regulamento da Ocupação e Concessão de Terrenos.
Muito se aproveitou da experiência colhida, em anos de trabalho prático, pelo antigo
funcionário encarregado da organização dos processos na comissão de Terras, da Carta de Lei
de 9 de Maio de 1901, assim como do seu regulamento de 2 de Dezembro de 1910.

Embora tivesse havido a preocupação dominante de editar, numa só providência, um trabalho


completo, isento de lacunas, apto a dar maior repidez e regularidade processual às concessões
de Terrenos, salvaguardando a justiça na distribuição e garantinho a valorização de Terras, isso
não significa que, no future, se não venham a mostrar necessárias algumas correcções.

Assim:

No uso da competência atribuída pelo artigo 10.⁰ do Estatuto Político-Administrativo da


Província, conforme voto do Conselho Legislativo, o Governador de Timor determina o
seguinte.

REGULAMENTO COMPLEMENTAR

DA OCUPAÇÃO E CONCESSÃO DE TERRENOS

NA PROVÍNCIA DE TIMOR

ARTIGO 1.⁰

Distinção de terrenos

Os Terrenos na província de Timor podem distinguir-se em terrenos de domínio public de


Estado e das autarquias locais, do património privado de província, das reservas, das
povoações, de propriedade particular e do património public da província.

ARTIGO 2.⁰

Domínio public do Estado

1. Pertencem ao domínio public do Estado:


a) Os leitos ou álveos das águas marítimas ou interiores, incluindo lagos, lagoas e
cursos de água navegáveis ou flutuáveis, e os que, por decreto especial forem
reconhecidos de utilidade pública como aproveitáveis para a produção de energia
eléctrica ou para irrigação;
b) A plataforma submarina contígua à costa marítima portuguesa, limitada por uma
linha de 200 metros de profundidades das águas, salvo se existir uma linha de
separação se a plataforma se estender até às costas marítimas de outro Estado;
c) Os terrenos das ilhas, ilhotas e mouchões formados junto à costa marítima, na foz
dos rios ou nos leitos das correntes navegáveis ou flutuáveis;
d) Os terrenos das valas abertas pelo Estado;
e) As zonas territoriais reservadas para a defesa militar;
f) Os terrenos ocupados por aeródromos de interesse public, estradas e caminhos
públicos;
g) Os terrenos situados numa zona considerada contìnuamente e no contorno de
quaisquer baías estuários e esteiros, até 80 metros medidos no plano horizontal, a
partir da linha das máximas preiamares;
h) Os terrenos situados numa zona contínua de 80 metros do nível normal das águas,
confinantes com lagos navegáveis ou rios abertos à navegação internacional.
2. No caso de existência da cais, molhes, muros ou suportes de aterros ou de a costa ter
conformação que impeça a determinação da linha das máximas preia-mares, os 80
metros serão contados a partir das cristas de coroamento ou da oral acessível do
terreno litoral, conforme os casos.
3. Entende-se por corrente navegável a que, em todo o ano ou na sua maior parte , é
acomodada à navegação com fins de barços de qualquer forma, construção e dimensão,
e por flutuável a que nos períodos acima indicados, sirva para derivação de objectos
flutuáveis com os mesmos fins, e quando só uma parte de corrente for navegável ou
flutuável, só a esta caberá a correspondente classificação.

ARTIGO 3.⁰

Domínio público das autarquias locais

Pertencem ao domínio public das autarquias locais os terrenos que forem delimitados pelo
Estado no acto de concessão de foral a uma autarquia local.

ARTIGO 4.⁰

Património privado da província

Constituem património privado da província os terrenos vagos que, mediante despacho do


governador sejam:

a.) Destinados à construção de edifícios para instalação de serviços públicos não dotados
de personalidade jurídica, incluindo os seus logradouros;
b.) Destinados ao funcionamento de serviços públicos não dotados de personalidade
jurídica, até ao limite, por cada prédio, de 10 hectares sendo nas povoações
classificadas e 100 hectares nos restantes terrenos que não sejam para atribuição
conjunta a população.
ARTIGO 5.⁰

Reservas

Denominam-se reservas os terrenos excluídos do regime geral de uso e ocupação, tendo em


vista fins especiais, distinguindo-se em reservas totais, em que não é permitido qualquer uso ou
ocupação por entidades públicas ou particulares, salvo os necessários à conservação das
reservas ou à sua exploração para efeitos científicos ou turísticos, e reservas parciais, em que só
é permitido o uso ou ocupação para fins visados ao constituí-las.

ARTIGO 6.⁰

Povoações

Pertence às povoações, a área delimitada para a sua instalação, incluindo os subúrbios,


conforme as plantas apresentadas e aprovadas pelo diploma da sua criação.

ARTIGO 7.⁰

Propriedade particular

Consideram-se como propriedade particular, os terrenos sobre quais recaiam um direito de


propriedade perfeita ou propriedade imperfeita proveniente de conceção definitive.

ARTIGO 8.⁰

Património public da província

Constituem património public da província os restantes terrenos, que se consideram terrenos


vagos, por não terem entrado definitivamente no regime de propriedade privada ou que não
tenham entrado no domínio public do Estado ou das autarquias locais ou património privado da
província.

DOS TERRENOS DO DOMÍNIO PÚBLICO DO ESTADO

ARTIGO 9.⁰
Uso dos terrenos de Domínio public

1. Os terrenos mencionados no artigo 2.⁰ só poderão ser objecto de uso privativo, nos
termos dos artigos seguintes e sobre eles jamais poderão ser adquiridos direitos por
meio de prescrição.
2. No entanto, desde que incultos e devolutos, poderão ser ocupados, precàriamente,
pelos vizinhos das regedorias a fim de intalarem as suas habitaçõe, culturas ou
apascentamento de gados, mas sobre eles não poderão ser adquiridos direitos por
aforamento ou arrendamento.

ARTIGO 10.⁰

Uso do leito do mar e plataforma submarina

O leito do mar na plataforma submarina só poderá ser utilizado mediante autorização do


Conselho de Ministros, sob proposta do Ministro do Ultramar, a quem os interressados deverão
formular as suas pretensões, mas o seu uso será sempre a título precário e de acordo com a Lei
n.⁰ 2080, de 21 de Março de 1956.

ARTIGO 11.⁰

Autorização para utilização dos terrenos

1. Os terrenos das ilhas, ilhotas ou mouchões formados juntos à costa marítima, na foz dos
risco ou nos leitos das correntes navegáveis ou flutuáveis e numa zona contínua de 80
metros nos contornos de baías, estuários e esteiros e do nível normal das águas
poderão ser ocupados mediante autorização do Governador da província, mas sempre a
título precário .
2. Os interresados, em requerimento apresentado na secretaria da comissão de Terras e
dirigido ao Governador, formularão as suas pretensões, e aquela comissão, após
informação da autoridade administrativa da área onde se situam os terrenos e dos
serviços de marinha, elaborará parecer fundamentado, submetendo o processo a
despacho do Governador, que após audição do conselho de Governo proferirá a
decisão.
3. Em caso de autorização, será passada licença de ocupação, assinada pelo president da
comissão de Terras.

ARTIGO 12.⁰

Inclusão de terrenos de domínio public


1. Os terrenos mencionados nas alíneas g) e h) do artigo 2.⁰ poderão ser incluídos no
domínio public das autarquias locais mediante autorização exigidas por lei e inclusão em
forais, e também com prévia autorização do Ministro do Ultramar poderão fazer parte
da área delimitada para povoações clasificadas.
2. A inclusão será feita por portaria, após parecer do conselhode governo sobre processo a
instruir na comissão de Terras.
3. Embora os terrenos fiquem sujeitos ao regime geral dos terrenos nas povoações
classificadas, a sua concessão dependerá, em cada caso, de autorização do Ministro do
Ultramar, ou por delegação deste, do Governador da província.

DO DOMINIO PÚBLICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS

ARTIGO 13.⁰

Transferência de terrenos

1. Os terrenos são transferidos para o domínio public das autarquias locais, mediante a
concessão de foral ao respective município.
2. As tranferência só pode abranger áreas de povoações de concelho, mas dentro do
mesmo concelho poderão ser incluídas no foral áreas de várias povoações.

ARTIGO 14.⁰

Concessão de terrenos

Uma vez transferidos para o domínio public da autarquia local, os terrenos poderão ser
concedidos por esta a particulares, nos termos, Segundo os princípios e com as limitações do
presente regulamento.

ARTIGO 15.⁰

Aquisição de direitos sobre terrenos

1. Sobre o terrenos do património das autarquias locais não poderão ser adquiridos
direitos por meio de prescrição, embora na posse de particulares que não possuam
títulos válidos de propriedades ou de concessão, ainda que já tenha decorrido o prazo
fixadona lei civi, para aquisição de direitos imobiliários por prescrição.
2. Igualmente não poderá haver aquisição por justificação de mera posse.

ARTIGO 16.⁰

Competência para autorga de foral

Compete ao Governador da província a concessão de foral às autarquias locais, desde que


estejam em condições de o receber.

ARTIGO 17.⁰

Proposta de concessão de foral

1. Os municípios interessados deverão formular proposta para a concessão de foral,


devidamente fundamentada e acompanhada de esboço topográfico da área pretendida.
2. A proposta evidenciará a importância da povoação a beneficiar e a influência que a
concessão poderá vir a ter no seu desenvolvimento e deverá comprovar que a referida
povoação já dispõe de plano de urbanização aprovado, a existência de serviços
municipais de cadastro e caso a importância da povoação o justifique, que se mostra
assegurado a abastecimento de água, o fornecimento de energia eléctrica e o
saneamento.

ARTIGO 18.⁰

Processo de concessão de foral

Com base nessa proposta, será organizado na comissão de Terras o processo de concessão de
foral, devendo reunir-se as informações de todas as entidades que possam ter interesse na
criação da povoação com foral, e com parecer fundamentado será submetido à decisão do
Governador.

ARTIGO 19.⁰

Acto de concessão
1. Após parecer do conselho de Governo, o Governador da província decidirá a concessão,
que deverá revestir-se de forma de portaria, onde detalhadamente se deifinirá a área
abrangida pelo foral.
2. A autarquia local procederá em seguida à delímitação da área, colocando marcos que
assinalem o perímetro dessa área.

DO PATRIMÓNIO PRIVADO DA PROVÍNCIA

ARTIGO 20.⁰

Processo de tranferência

O processo de transferência de terrenos para o património privado da província, para os fins


mencionados no artigo 4.⁰, será organizado na comissão de Terras, com base na proposta
apresentada pelo serviços interessados, que permitem avaliar a necessidade e oportunidade da
ocupação do terreno para os fins indicados e os reflexos que a aquisição poderá ter
relativamente aos interesses dos particulares na respective área.

ARTIGO 21.⁰

Publicidade da pretensão

1. Será dada a necessária publicidade à pretensão, quer através de avisos a publicar no


Boletim Oficial, quer por editais a afixar na administração do concelho onde se situar o
terreno.
2. Os respectivos administradores dos concelhos, sempre que possível, providenciarão
através das autoridades tradicionais que a pretensão chegue ao conhecimento de toda a
população.

ARTIGO 22.⁰

Decisão do processo

1. O processo será submetido a despacho do Governador da província com parecer


fundamentado da Comissão de Terras.
2. No caso de transferência, o Governador marcará no despacho e ficará consignado no
título da aquisição, o prazo dentro do qual o terreno deverá começar a receber a
ocupação prevista, prazo esse que não poderá exceeder dois anos.

ARTIGO 23.⁰

Título de aquisição
O título de aquisição a favor do património privado da província sera passado pelo presidente
da comissão de Terras, com base no despacho do Governador da província, e será registado na
conservatória do Registo Predial para poder ter eficácia relativamente a terceiras.

ARTIGO 24.⁰

Anulação do título por falta de ocupação

1. Se no prazo fixado, o terreno não começar a receber a ocupação prevista, o comissão de


Terras, por iniciativa própria ou de qualquer outra entidade, poderá propor ao
Governador a anulação do título, perante a justificação apresentada pelo serviço
interessado.
2. Atendendo àquela justificação, o Governador poderá ainda prorrogar o prazo de
ocupação por mais dois anos.
3. Findo esse novo prazo, sem que se verifique a ocupação, o título deverá ser anulado por
despacho do Governador, sobre informação da comissão de Terras.

ARTIGO 25.⁰

Anulação do título por falta de utilização

1. Serão também anulados os títulos da aquisição quando os terrenos adquiridos pela


província deixarem de ser utilizados pelos serviços públicos a que inicialmente se
destinavam.
2. A reversão ao regime de terrenos vagos, por anulação do título deverá ser proposta pela
comissão de Terras ao Governador da província, podendo também, conforme as
circunstâncias do terreno e as conveniências da Administração, determinar-se que o
mesmo terreno continue em regime de propriedade privada da província.

ARTIGO 26.⁰

Processo gratuito

O processo para inclusão de terrenos no património privado da província será inteiramente


gratuito, incluindo o dispêndio com a piblicidade e o registo na Conservatória, salvo as
reclamações apresentadas pelos interessados.
DAS RESERVAS

ARTIGO 27.⁰

Reservas totais

São reservas totais os parques nacionais e as reservas naturais definidas e estabelecidas como
zona de protecção da flora ou da fauna.

ARTIGO 28.⁰

Reservas parciais

Podem ser constituídas as seguintes reservas parciais:

a) Reservas para povoações, conforme decisão do Governador e com vista à criação de


povoações;
b) Reservas de povoamento com vista a modificar ou aumentar o povoamento nas
respectivas áreas, incluindo zonas de protecção para captação de águas para
abastecimento das povoações e os terrenos livres destinados a construções de
habitações para classes econòmicamente débeis;
c) Reservas florestais de harmonia com a legislação especial relative a florestas;
d) Reservas para fins de saúde pública, para instalação de estabelecimentos oficiais ou
particulares de saúde em zonas mais convenientes pelas suas condições naturais ou por
outras circunstâncias, designadamente a necessidade de isolamento;
e) Reservas para instalação de serviços públicos, incluindo os terrenos livres que para este
fim forem destinados nas povoações classificadas;
f) Reservas de fronteira, com largura efectiva de dois quilómetros, susceptível de ser
alargada até dez quilómetros, não impedindo todavia o estabelecimento de povoações
e a utilização de terrenos destas reservas nas formas permitidas na lei;
g) Reservas para aproveitamentos hidroeléctricos ou hidroagrícolas, em terrenos
adjacentes aos troços de cursos de água, que se mostrem próprios para o efeito, em
largura não superior a seis quilómetros para cada um dos lados do curso de água, e que
só são ocupáveis, a título precário, pelos serviços ou empressas a quem for confiada a
construção ou utilização do aproveitamento hidroeléctrico ou hidroagrícola;
h) Reservas para explorações pecuárias, de harmonia com a legislação especial relativa
ao fomento pecuário.

ARTIGO 29.⁰

Processo de constituição de reservas


A entidade interessada no estabelecimento da reserve, enviará proposta fundamentada com o
esboço do terreno a reservar, desde que não esteja já cadastrado, à comissão de Terras, a
quem cabe coligir os elementos que julgar úteis à apreciação da pretensãoe fazendo a
necessária publicidade, e, finalmente, com o seu parecer fundamentado sobre a pretensão e
sobre as reclamações, submeterá o processo à decisão do Governador.

ARTIGO 30.⁰

Forma da constituição da reserva

A constituição da reservas será feita por meio de diploma legislativo, quando constituído pelo
Governador da província, ou por simples portaria ministerial no caso de reservas de
povoamento.

ARTIGO 31.⁰

Coexistência de reservas

As reservas podem coexistir quando os seus fins forem compatíveis e Segundo as formas de
conjugação indicadas nos diplomas que as constituírem.

ARTIGO 32.⁰

Efeitos de constituição de reservas

A constituição de uma reservas não prejudica os direitos anteriormente constituídos, mas faz
caducar as autorizações para o uso ou ocupação a título precário, e também faz cessar as
demarcações provisórias, salvo se a licença de demarcação contiver expressamento indicação
genérica ou especial de que são conformes com os fins da reserve.

ARTIGO 33.⁰

Delimitação de reservas

Cada reserva será delimitada geográfica, corográfica e tipogràficamente, descrevendo-se todos


os elementos que permitem uma rápida identificação da região reservada e serão colocados
marcos que localmente permitam o reconhecimento da área.
ARTIGO 34.⁰

Levantamentos de reservas

1. Tal como na constituição, o levantamento da reserva será feito mediante proposta da


entidade interessado, devidamente informada pela comissão de Terras, ou por iniciativa
desta, que depois será submetida à decisão do Governador.
2. O levantamento das reservas deve ser feito por diploma legislative.

ARTIGO 35.⁰

Efeitos de reservas para povoações

Quando a reserva foi feita para criação de povoações, a área delimitada fica imediatamente
sujeita ao regime estabelecido para a concessão de terrenos para construção.

ARTIGO 36.⁰

Processo gratuito

O processo para a constituição e levantamento de reservas é inteiramente gratuito, incluindo a


publicidade no Boletim Oficial e o registo na conservatória, salvo as reclamações de quaisquer
interessados.

DAS POVOAÇÕES

ARTIGO 37.⁰

Classificação de povoações

1. As povoações serão classificadas como povoações de primeira ordem e de segunda


ordem, para serem incluídas numa Lista de Classificação de povoações, a aprovar por
diploma do Governador e publicada no Boletim Oficial, contend a descrição de cada
povoação e seus subúrbios.
2. Enquanto não funcionarem na província serviços próprios de agrimensura e cadastro,
poderá ser dispensada a classificação das povoações, sem embargo de delimitação por
diploma do Governador, de área da povoação existente ou a vir a ser criada.

ARTIGO 38.⁰

Povoações de primeira ordem


Serão povoações de primeira ordem, as que tenham planta topográfica aprovada abrangendo
os subúrbios e que já tenha implantada no terreno o plano de urbanização ou na falta deste o
plano de divisão em talhões ou quarteirões.

ARTIGO 39.⁰

Povoações de segunda ordem

Serão povoações de segunda ordem aquelas em que já se tenha feito um levantamento


expedito ou fotografia aérea vertical, e de cujo traçado já tenham sido aprovados pelo
Governador os esboços para fins de desmarcações e concessões.

ARTIGO 40.⁰

Outra classificação de povoações

1. Poderão ainda distinguir-se povoações comerciais, povoações suburbanas e povoações


marítimas.
2. Designam-se povoações comerciais ou de carácter comercial, as concentrações
populacionais que possuam determinadas características qualificadas em diploma
especial e ainda as povoações sedes de concelho, circunscrição ou posto administrativo.
3. Designam-se povoações suburbanas as que se formarem nos subúrbios de outras
povoações e para elas não serão fixados subúrbios.
4. Designam-se povoações marítimas aquelas em que o seu perímetro confiner com o mar
ou com terrenos da faixa marítima aré 80 metros do contorno de quaisquer baías,
estuários ou esteiros, em pelo menos dois terços da sua extensão.

ARTIGO 41.⁰

Processo de classificação de povoações

1. O processo de classificação ou definição da área das povoações será organizado na


Comissão de Terras, com base numa proposta feita pela autoridade administrativa do
concelho ou circunscrição, ao qual deverá ser junto o levantamento expedito ou a
planta topográfica abrangendo também a área dos subúrbios da povoação.
2. As plantas ou esboços do traçado das povoações devem mencionar os terrenos
reservados para a instalação dos serviços públicos e para a construção de habitações
para classes econòmicamente débeis, os quais só poderão ser desafectados desses fins,
por imposição de ordem urbanística e desde que outros terrenos se área equivalente
sejam atribuídos para tal fim.
ARTIGO 42.⁰

Publicidade da proposta

A comissão de Terras dará publicidade à proposta por meio de avisos no Boletim Oficial e
editais a afixar nas administrações de concelho ou postos administrativos da área onde se situar
a povoação, a fim de quaisquer interessados poderem deduzir as suas reclamações.

ARTIGO 43.⁰

Pareceres e informações sobra a proposta

1. A comissão de Terras solicitará pareceres e informações que julgar úteis a quaisquer


serviços, sobre as condições económicas e socias da povoação e sobre as obras já
realizadas ou a realizar para a sua conveniente urbanização, sendo sempre obrigatório o
parecer da secção de urbanismo dos serviços de Obras Públicas e Transportes.
2. Quando as povoações abranjam, no todo ou em parte, terrenos sobre os quais tenham
jurisdição os serviços de Marinha, os dos Portos ou os de Aeronáutica, devem ser
sempre solicitados os pareceres daqueles serviços e em qualquer dos casos será
solicitado o parecer dos serviços de Obras Públicas e Transportes.

ARTIGO 44.⁰

Publicidade das plantas ou esboços

As plantas ou esboços aprovados para povoações classificadas, bem como quaisquer


modificações introduzidas, estarão patentes ao public na sede da Comissão de Terras e nas
secretarias dos postos, concelhos ou circunscrição administrativa em que fique situada a
povoação.

ARTIGO 45.⁰

Plantas de devisão em talhões ou esboços para desmarcação

1. No caso de os serviços de Obras Públicas e transportes reconhecerem a necessidade de


prévia elaboração de plantas de divisão em talhões ou esboços para desmarcação, serão
estes elementos preparados por aqueles serviços com base em elementos fornecidos
pela comissão de Terras.
2. Os elementos para desmarcação referidos no número anterior são sempre exigíveis
desde que as povoações sejam sede de administração de concelho ou circunscrição, ou
outras que, não o sendo, apresentarem iniciativas ou ocupação merecedoras da atenção
especial em matéria urbanística.

ARTIGO 46.⁰

Decisão do processo

1. Concluído o processo a Comissão de Terras formulará o seu parecer sobre a proposta e


reclamações se existirem, submetendo o processo à decisão do Governador da
província.
2. A decisão revestirá a forma de portaria.

ARTIGO 47.⁰

Areas das povoações classificadas

1. As áreas e limites das povoações classificadas e as dos seus subúrbios, serão fixados, em
cada caso, Segundo a importância daquelas.
2. Classificada a povoação, os serviços de Obras Públicas e Transportes providenciarão a
implantação no terreno e as Obras necessárias, de acordo com a planta ou esboço
aprovados.

ARTIGO 48.⁰

Alteração das plantas e esboços

As plantas das povoações classificadas como de primeira ordem e os esboços dos traçados das
povoações de segunda ordem poderão ser rectificados ou alterados, sem prejuízo de direitos
que tenham sido constituídos sobre os respectivos terrenos, desde a sua classificação.

ARTIGO 49.⁰

Inclusão de terrenos de domínio public

A área duma povoação classificadas pode englobar terrenos de domínio public do Estado,
mencionados nas alínea g) e h) do artigo 2.⁰, mediante autorização do Ministro do Ultramar e a
concessão desses terrenos dependerá, em cada caso, da autorização ministerial ou do
Governador da província, por delegação.

ARTIGO 50.⁰

Reconhecimento de direito de propriedade


1. O estado só reconhece direitos de propriedades devidamente titulados.
2. Quando a execução do cadastro ou de operações de demarcação forem invocados
direitos não titulados conforme o presente diploma, será marcado um prazo para
requerer o título.
3. Passado o prazo fixadoem ter sido apresentado o requerimento ou quando se verifique
que o prédio não pode ser demarcado por impossibilidade de identificação, será
proposto ao Governador o cancelamento oficioso da descrição e das inscrições que
relativamente a ele existirem no registo predial.
4. O despacho do Governador será publicado no Boletim Oficial e será fixado um prazo
para reclamações de terceiros, e não havendo reclamações ou sendo elas julgadas
improcedentes, a comissão de Terras requisitará o cancelamento dos registos.

ARTIGO 51.⁰

Validade de títulos anteriores

1. Os possuidores de quaisquer títulos anteriores de concessão e para cuja substituição


tenha sido marcado certo prazo, e este já tenha decorrido sem que se tenha
providenciado a substituição por títulos de concessão ao abrigo do Regulamento da
Ocupação e Concessão de Terrenos e diplomas complementares, não poderão fazer
valer os seus direitos perante o Estado ou terceiros.
2. No entanto, se durante as operações de demarcação, se verificar que dentro da área
requerida existem terrenos devida e efectivamente aproveitados, correspondendo a
algum título que já não seja válido e reconhecido, o seu possuidor poderá deduzir
reclamação e com parecer da Comissão de Terras, o Governador poderá fixar um prazo
para o interessado solicitar a concessão da área ocupada, nos termos do presente
diploma, suspendendo-se o processo no qual se fazia a desmarcação.
3. Passado o prazo fixado sem ter sido apresentado o requerimento da concessão, o
possuidor do título não mais poderá invocá-lo para quaisquer fins, mencionadamente
para reclamar contra a ocupação do terreno por terceiros.

ARTIGO 52.⁰

Propriedade perfeita não títulada

1. Aos titulares de propriedades perfeita, não adquirida por concessãodo Estado, sobre
prédios identificados quanto à localização, área e forma pelos processos de demarcação
definitiva, poderá ser passado título.
2. O requerimento dos interessados será instruído com certidão da Conservatória do
Registo predial de que conste a descrição do prédio, a inscrição da propriedade plena a
favor do requerente e todos os actos de aquisição originária ou derivada relativa ao
prédio.
3. O requerente deverá juntar a importância do emolumento fixo de 200$.
4. Será recusada a passagem do título quando da certidão apresentada resultem dúvidas
acerca do direito invocado pelo requerente.

ARTIGO 53.⁰

Substituição de títulos

1. Os concessionários de terrenos ao abrigo de legislação anterior, e cujos títulos não


tinham prazo para substituição, poderão requerer a substituição dos seus títulos por
outros passados nos termos deste diploma, quando os respectivos terrenos, estando
registados na Conservatória, se encontrem definitivamente cadastrados e se reconheça
a validade das concessões cujos títulos se pretenda substituir.
2. As substituição dos títulos só pode ser autorizada quando o requerente entregar o título
anterior e o objecto da concessão puder identificar-se, não respondendo o Estado por
qualquer prejuízo que para o concessionário possa advir da redução da área ou da
impossibilidade de demarcação.
3. Os conservadores, quando lhes seja entregue ou remetido o novo título, verificacarão os
registos já feitos e consignarão essa circunstância nas notas do registo que lançarem
nesse título da Conservatória as anotações ou averbamentos correspondents.

ARTIGO 54.⁰

Aquisição de propriedade perfeita pela província

Se a província vier a adquirir, por qualquer título a propriedade perfeita de terrenos que
tenham entrado definitivamente no regime de propriedade particular, serão as benfeitorias
neles existentes sujeitas a avaliação, e atendendo ao resultado desta, o Governador poderá
mandar sujeitar ao regime de terrenos vagos ou mantê-los for a deste regime.

PATRIMÓNIO PÚBLICO DA PROVÍNCIA


ARTIGO 55.⁰

Terrenos vagos

Consideram-se vagos e pertença do património public da província os terrenos que não tenham
entrado definitivamente no regime de propriedade particular ou de domínio public do Estado
ou das autarquias locais ou no património privado da província.

ARTIGO 56.⁰

Direitos da província sobre os terrenos vagos

A província goza, relativamente aos terrenos vagos, dos seguintes direitos:

a) Dispor deles, nos termos estabelecidos neste diploma e mais legislação especial;
b) Fazer utilizer pelos seus serviços, os terrenos para eles reservados;
c) Aproveitar os produtos dos terrenos, com sujeição aos regulamentos que disciplinarem
as várias formas de aproveitamento.

ARTIGO 57.⁰

Autorização para utilização de terrenos vagos

1. A autorização para utilizer terrenos vagos pode ser dada tanto a serviços dotados de
personalidade jurídica, como aos restantes, e deverá especificar as condições a que fica
sujeita a utilização, designadamente quanto ao pagamento de taxas se a natureza do
serviço o permitir.
2. O disposto no número anterior não impede a de personalidade jurídica e os organismos
de coordenação económica gozam para este efeito dos mesmos direitos atribuídos aos
serviços públicos.
3. As taxas pela utilização não excederão um terço das que forem estabelecidas para
particulares e dentro deste limite serão fixadas atendendo às possibilidades financeiras
da entidade interessada e á projecção do empreendimento.

ARTIGO 58.⁰
Classificação de terrenos vagos

Os terrenos não classificadas, em atenção ao fim a que se destinam, em:

a) Terrenos destinados a cultura, incluindo nestes os terrenos demarcados para atribuição


conjunta aos vizinhos das regedorias;
b) Terrenos destinados a pecuária, idem;
c) Terrenos destinados a fins industriais, idem;
d) Terrenos destinados a construção, incluindo os terrenos dentro da área das povoações
classificadas.

ARTIGO 59.⁰

Uso e ocupação dos terrenos

1. Os terrenos situados nas povoações classificadas devem ser destinados a construção de


edifícios para residências, estabelecimentos comerciais ou industriais, incluindo as
respectivas dependências e logradouros ou outros fins urbanos e os situados nos
subúrbios das povoações urbanas não podendo estas cobrir área superior a um por
cento do terreno concedido, desde que não esteja aprovado o respective plano de
atalhoamento.
2. Nos terrenos destinados a fins agrícolas, agropecuárias ou industriais, podem fazer-se as
construções ou instalações necessárias à exploração.

ARTIGO 60.⁰

Disposição de terrenos vagos

A disposição de terrenos vagos poderá ser feita a favor do património privado da província, a
favor do património public duma autarquia local mediante a concessão de foral e a favor de
particulares.

ARTIGO 61.⁰

Proibição de aquisição de direitos por prescrição


Sobre terrenos vagos não podem ser adquiridos direitos por meio de prescrição ou acessão
imobiliária.

ARTIGO 62.⁰

Proibição de aquisição de direitos por mera posse

Também é absolutamente proibida a aquisição de terrenos vagos por justificação de mera


posse, mesmo com registo dessa mesma posse, como se admite no artigo 1295.⁰ do Código
Civil, salvo os casos expressamente previstos neste diploma, ou estabelecidos na lei.

ARTIGO 63.⁰

Disposição de terrenos a favor de particulares

A disposição dos terrenos vagos a favor de particulares poderá ser feita por concessão por
aforamento, concessão mediante arrendamento, alienação por vendo e mediante licença para
ocupação.

ARTIGO 64.⁰

Autorização de utilização a título precário

1. O Governador da província poderá autorizar o demarcante de terrenos destinados a fins


agrícolas a ocupá-los e a explorá-los antes da concessão provisória, sem prejuízo do
regular andamento do processo de concessão, mas tal autorização não obrigará o
Estado à autorga da concessão nem dará ao interessado direito à retenção de
benefeitorias que introduza no terreno nem a qualquer indemnização pelos prejuízos
que venha a ter ainda que o terreno não lhe seja concedido.
2. Esta autorização não deverá ser dada, em regra, antes de vistoriada a demarcação.
3. Desde a data da notificação do despacho que autorizar a ocupação dos terrenos até à
publicação do despacho de concessão provisória o demarcante ou detentor do terreno
pagará anualmente uma taxa igual à importância do foro correspondente ao terreno,

ARTIGO 65.⁰
Terrenos que não podem ser objecto de disposição

1. Não são alienáveis nem concedíveis:


a) Os terrenos que só possam ser ocupados por meio de licença especial;
b) Os terrenos abrangidos por uma reserva total;
c) Os terrenos destinados aocupação conjunta por vizinhos das regedorias, salvo
quando seja autorizada a ocupação individual por qualquer vizinho que tenha
instalado, com carácter estável, povoações e culturas.
2. Os terrenos das reservas parciais só são alienáveis ou concedíveis para os fins especiais
para que tinham sido constituídas.

ARTIGO 66.⁰

Competência do Ministro do Ultramar

1. É da competência do Ministro do Ultramar, relativamente aos terrenos vagos:


a) Conceder, mediante aforamento, terrenos de área superior a 2 500 hectares quando
destinados a cultura, pecuária ou a fins industriais;
b) Conceder, mediante arrendamento, terrenos de área superior a 12 500 hectares
quando se destinem à pecuária ou a insdústrias dela derivada ou a exploração de
florestas espontâneas;
c) Conceder, por contrato, áreas superiores às referidas na alínea a), até ao limite de
100 000 hectares e com autorização dp conselho de Ministros até ao limite máximo
de 250 000 hectares.
2. A competência referida no corpo do artigo respeita a concessão provisórias, competindo
ao Governador da província a concessão definitiva, salvo os casos de concessão por
contrato especial que abrange a concessão a título provisório ou definitive.

ARTIGO 67.⁰

Competência do Governador da província

1. É da competência do Governador da província, relativamente aos terrenos vagos:


a) Alienar terrenos por venda ou dispor a favor do património privado da província;
b) Conceder terrenos para construção nas povoações classificadas;
c) Sencionar a demarcação de terrenos para atribuição conjunta a vizinhos das
regedorias;
d) Conceder terrenos para pecuária, para cultura, para construção e para fins
industriais, quando a competência não pertence ao Ministro do Ultramar;
e) Conceder foral às autarquias locais que estejam em condições de receber;
f) Autorizar o uso ou ocupação do terreno, a título precário.
2. Antes de ser proferida a decisã, é obrigatório o parecer do Conselho de Governo, salvo
para disposição a favor do património privado da província, para concessão de terrenos
para construção nas povoações classificadas ou quando od terrenos a conceder sejam
de área não superior a 1000 hectares ou 2500 hectares, conforme se trate dde
aforamento o arrendamento.

ARTIGO 68.⁰

Competência dos administradores de conselho

É da competência dos administradores de conselho ou de circunscrição, mediante


arrendamento anual, de terrenos até 1000 metros quadrados, para fins comerciais e em
povoações de carácter comercia, sendo como tal consideradas as povoações sedes de conselho,
circunscrição ou posto administrativo.

ARTIGO 69.⁰

Limites das áreas a conceder a cada pessoa

Para além dos limites fixados, em geral, para cada uma das formas de concessão , para regiões
onde as circunstâncias o aconselhem, o Governador da província poderá fixar, em portaria,
limites especiais de áreas a conceder dentro da sua competência a cada pessoa sigular ou
colectiva, podendo ainda definir, em funções das condições locais, os títulos de propridedade
ou exploração técnica e econòmicamente preferíveis.
ARTIGO 70.⁰

Forma das áreas concedidas nas povoações

A forma dos prédios a conceder nas povoações subordinadar-se-á ao plano de urbanização ou


de divisão em talhões e quarteirões e aos esboços aprovados, e, na falta destes, às normas
gerais da disciplina urbanística.

ARTIGO 71.⁰

Forma da parcela limítrofe à faixa marítima

1. Nas concessões de terrenos limítrofes ás faixas marítimas e zonas contínuas confinantes


com lagos ou lagoas com o mínimo de um quilómetro de extensão e de qualquer rio ou
canal navegável ou flutuável e ainda de terrenos contíguos às estradas e caminhos
públicos, a dimensão que confronta com essa zona, Estrada ou caminho, não poderá
exceder um terço da dimensão Segundo a normal a esse lago.
2. Quando se prove a manifesta impossibilidade de aplicar o disposto no número anterior,
o Governador poderá aprovar uma conformação diferente de que não resultem
prejuízos para o Estado.

ARTIGO 72.⁰

Configuração das parcelas

A todas as parcelas a conceder, será dada quanto possível, configuração de polígonos de


poucos lados, de preferência quadriláteros, cabendo à comissão de Terras e à Repartição
Provincial de Obras Públicas e Transportes alterar a forma das demarcação que sem motive
justificado desobedeçam a esta regra.

ARTIGO 73.⁰

Prazo de concessão a título provisório


1. As concessões são dadas inicialmente a título provisório pelo prazo máximo de 5 anos e
só se converterão em definitivas se no decurso desse prazo forem cumpridas as
cláusulas de aproveitamento mínimo prèviamente estabelecidas e se o concessionário,
após a aceitação desse aproveitamento, cumprir as formalidades necessárias para a
demarcação definitive.
2. O prazo de 5 anos para o aproveitamento mínimo do terreno é imporrogável, mas não
serão contados neles os anos em que a exploração seja prejudicada por circunstância de
força maior reconhecidas pela entidade concedente.

ARTIGO 74.⁰

Concessão a serviços públicos

1. A concessão a serviços públicos dotados de personalidade jurídica é definitive desde o


início, mas é resolúvel a qualquer tempo pela aplicação dos terrenos para fins diversos
dos dia concessão.
2. A resolução será determinada por despacho do Governador, sob proposta da comissão
de Terras e ouvido o serviço interessado.

ARTIGO 75.⁰

Legitimidade para adquirir concessões

Podem adquirir direitos sobre terrenos vagos, ainda não demarcados para atribuição conjunta a
populações das regedorias, por concessão ou licença:

a) Os portugueses;
b) Os estrangeiros, salvas as limitações legais;
c) As sociedades comerciais portuguesas ou equiparadas, e as sociedades comerciais
estrangeiras, observado o disposto no Decreto de 23 de Dezembro de 1889, desde
que no seu objecto se incluam os fins para que a concessão é feita;
d) As entidades portuguesas de direito public que tenham capacidade de gozo de
direito de propriedade sobre imóveis;
e) As entidades estrangeiras de direito public, quando assim o estabeleçam acordos
internacionais ou nos respectivos países seja dada recíprocidade a entidades
portuguesas e tanto pela sua lei como pela lei portuguesa possuam capacidade de
gozo de direitos.

ARTIGO 76.⁰

Concessões a estrangeiros

1. Os estrangeiros e as entidades estrangeiras, além das condições e restrições


estabelecidas por legislação especial, devem declarer no pedido inicial, expressamente,
que em tudo se submetem às leis, autoridades e tribunais portugueses e que renunciam
nas questões com o Estado, a qualquer foro ou processo judiciário estrangeiro.
2. Nas concessões feitas aos estrangeiros, a remissão do foro só pode ser autorizada por
despacho do Ministro do Ultramar, sobre informação do Governador.
3. Os estrangeiros não poderão adquirir, por transmissão, quaisquer terrenos concedidos,
cujo foro já se encontre remido, sem autorização prévia da autoridade competente para
outorgar as respectivas concessões.

ARTIGO 77.⁰

Condições para concessão de terrenos nas povoações marítimas

Nas áreas das povoações marítimas ou nas áreas destinadas à sua natural expansão as
concessões ou subconcessões de terrenos ficarão sujeitas às seguintes regras:

a) Não poderão ser feitas a estrangeiros sem aprovação do Conselho de Ministro;


b) Serão condicionadas ao efectivo aproveitamento dos terrenos pelos concessionárias
ou subconcessionários, com as suas instalações comerciais ou industriais, ou com
prédios de habitação.

ARTIGO 78.⁰

Terrenos requeridos para fins especiais


Sendo o terreno requerido para fins especiais, deve o requerente estar habilitado para o
exercício da respectiva actividade.

ARTIGO 79.⁰

Concessões gratuitas

Poderão ser feitas concessões gratuitas de terrenos nos vagos a colonos e a militares das forças
armadas na disponibilidade que se queiram fixar na província para fins agrícolas, para a
pecuária e indústrias afins.

ARTIGO 80.⁰

Limites de aquisição de terrenos

1. Cada pessoa singular ou colectiva não poderá receber na província a concessão de


terrenos em área superior aos limites fixados em cada forma de concessão ou alienação.
2. As sociedades em nome colectivo ou por quotas em que metade do capital pertença às
mesmas entidades, não se consideram pessoas diferentes para efeitos deste artigo.
3. As concessões pertencentes aos cônjuges, seja qual for o regime de bens e a filhos
menores, adicionam-se para efeitos deste artigo.

ARTIGO 81.⁰

Limites de concessão dentro de povoações

1. Cada pessoa

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