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I N F O R M A T I V O S.T.F.

* 11 a 15 de setembro de 1995 - nº 5*

Sessões Ordinárias Extraordinárias Julgamentos

Pleno 13.09.95 14.09.95 07


1ª Turma 12.09.95 15.09.95 427
2ª Turma 12.09.95 15.09.95 354

Índice de Assuntos

Revogação durante Vacatio Legis


Tempestividade do Preparo
Legitimidade Ativa de Acionista
Trânsito em Julgado e Crime Hediondo
Direito de Apelar em Liberdade
Conselho de Assessoramento do MP da União
Vaga de Juiz Classista
Vantagem Funcional e Direito Adquirido
Publicidade Restrita (CF, art. 93, IX, 2ª parte)
Isenção de Correção Monetária
Precatórios e Art. 33, ADCT
Alegações Finais e Nulidade
Confederação Sindical e ADIn
Participação Feminina - I
Participação Feminina - II

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Julgamentos da Primeira Turma

Revogação durante Vacatio Legis

O art. 263 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - que


previu para o crime de estupro contra menor de 14 anos pena de 4 a 10 anos de
reclusão - foi revogado antes de entrar em vigor pela Lei 8072/90 ("Crimes
Hediondos"), que fixou para o estupro, independentemente da idade da vítima,
pena de 6 a 10 anos. Com esse fundamento, a 1ª Turma denegou habeas corpus
impetrado em favor de paciente que praticara o referido crime contra menor de 14
anos, na vigência da Lei 8072/90. HC 72.435-SP, rel. Min. Celso de Mello, sessão
de 12.09.95.

Isenção de Correção Monetária - ADCT

Interpretando o art. 47, § 3º, III, do ADCT, a 1ª Turma entendeu que a


demonstração pela instituição credora de que a "produção" do mutuário pode fazer
frente a sua dívida afasta o reconhecimento do benefício da isenção. Apenas o
estabelecimento do devedor, sua casa de moradia e instrumentos de trabalho e de
produção foram excluídos dessa demonstração pelo ADCT. RE 159.014-SP, rel.
Min. Sydney Sanches, sessão de 15.09.95.

Precatórios e Art. 33, ADCT

A 1ª Turma não conheceu de RE fundado na alegação de contrariedade


ao art. 33 do ADCT - que facultou às Fazendas Públicas a liqüidação dos
precatórios pendentes de pagamento na data de promulgação da Carta de 1988, no
prazo de oito anos -, ao fundamento de que, tendo havido quebra na ordem
cronológica dos precatórios, fica afastada a incidência do referido dispositivo
transitório, sendo irrelevante, para esse efeito, a circunstância de o crédito mais
recente haver sido pago com deságio, por força de acordo firmado entre as partes.
RE 132.031-SP, rel. Min. Celso de Mello, sessão de 15.09.95.

Alegações Finais e Nulidade

Com amplo levantamento da jurisprudência do Tribunal - cujos


precedentes, em sua maioria, não se acham publicados na RTJ - e crítica a posições
doutrinárias discordantes, a 1ª Turma reiterou entendimento no sentido de que a
falta de alegações finais não é causa de nulidade do processo criminal, se o
advogado do réu foi devidamente intimado para apresentá-las. HC 72.723-PI, rel.
Min. Moreira Alves, sessão de 15.09.95.
Julgamentos da Segunda Turma

Tempestividade do Preparo

O prazo para pagamento do preparo (dez dias) deve ser contado da


data da respectiva intimação, não da publicação do despacho que tenha
simplesmente admitido o extraordinário. À vista desse entendimento, a 2ª Turma
rejeitou embargos declaratórios opostos a acórdão que conhecera e dera
provimento a RE interposto na vigência da Lei 8038/90, na parte em que o
embargante-recorrido sustentava a intempestividade do pagamento das despesas de
processamento do recurso. RE 146.908-RJ (EDcl), rel. Min. Maurício Corrêa,
sessão de 12.09.95.

Legitimidade Ativa de Acionista

A 2ª Turma, por maioria de votos, decidiu ser parte legítima para a


impetração de mandado de segurança contra ordem de liquidação extra-judicial de
companhia seguradora, acionista que, por força do ato impugnado, fora afastado da
presidência da empresa e de seu conselho de administração. RMS 21.960-DF, rel.
orig. Min. Francisco Rezek; rel. p/ ac. Min. Maurício Corrêa, sessão de 12.09.95.

Trânsito em Julgado e Crime Hediondo

Se a sentença condenatória estabelece que a pena seja cumprida


"inicialmente" em regime fechado - a despeito de tratar-se de delito sujeito à
disciplina da Lei 8072/90 (Crimes Hediondos) -, e o Ministério Público deixa de
recorrer, impõe-se o reconhecimento do direito do condenado à progressão de
regime, em respeito à coisa julgada. Precedente: HC 68.847-RJ (RTJ 138/218). HC
72.897-CE, rel. Min. Maurício Corrêa, sessão de 12.09.95.
Julgamentos do Plenário

Direito de Apelar em Liberdade

Por seis votos contra cinco, o Pleno entendeu que a regra do art. 594
do CPP - "o réu não poderá apelar sem recolher-se à prisão,(...)" - continua em
vigor, não tendo sido revogada pela presunção de inocência do art. 5º, LVII, da CF
- que, segundo a maioria, concerne à disciplina do ônus da prova -, nem pela
aprovação, em 28.05.92, por decreto-legislativo do Congresso Nacional, do Pacto
de S. Jose, da Costa Rica. Ficaram vencidos os Ministros Maurício Corrêa,
Francisco Rezek, Marco Aurélio, Ilmar Galvão e Sepúlveda Pertence. HC 72.366-
SP, rel. Min. Néri da Silveira, sessão de 13.09.95.

Conselho de Assessoramento do MP da União

O Pleno, por maioria, decidiu não conhecer de mandado de segurança


impetrado contra o Procurador-Geral da República, na condição de Presidente do
Conselho de Assessoramento Superior do Ministério Público da União (LC 75/93,
art. 28), por entender que os pronunciamentos desse órgão - a que a lei confere
natureza meramente consultiva - não estão sujeitos à jurisdição do STF. Ficaram
vencidos os Ministros Octavio Gallotti, relator, Francisco Rezek, Carlos Velloso,
Néri da Silveira e Sepúlveda Pertence. MS 22.284-MS, rel. p/ ac. Min. Ilmar
Galvão, sessão de 13.09.95.

Vaga de Juiz Classista

Não se credencia à indicação de candidatos a vaga de juiz classista em


TRT, sindicato cujos atos constitutivos não estejam registrados no órgão
competente do Ministério do Trabalho (MI 144-SP, DJ 28.05.93). O acolhimento
dessa objeção - à vista da qual foi decidido o writ - tornou desnecessário o exame
de outras questões versadas na impetração, como a de saber se a prerrogativa de
indicar candidatos mediante lista tríplice pressupõe, ou não, coincidência entre a
base territorial da entidade sindical e a área coberta pela jurisdição do respectivo
TRT. MS 22.167-RJ, rel. Min. Maurício Corrêa, sessão plenária de 14.09.95.

Vantagem Funcional e Direito Adquirido


Examinando, em mandado de segurança, o problema da existência de
direito adquirido ao cômputo, para todos os efeitos, do tempo de serviço prestado
pelo impetrante a fundação autárquica federal, sob o regime da CLT, o Tribunal
decidiu acolher incidente suscitado pelo Min. Moreira Alves, tendo por objeto a
validade do art. 7º, I, da Lei 8.162, de 09.01.91, em face do princípio da
irretroatividade das leis (CF, art. 5º, XXXVI), uma vez que esse dispositivo legal
não permitiu a contagem do tempo de serviço público federal para fim de anuênios,
ao passo que o art. 100 da Lei 8.112, de 12.12.90, já a havia admitido para todos os
efeitos. Acolhido o incidente, o julgamento foi suspenso, abrindo-se vista ao PGR
(RISTF, art. 176, caput). MS 22.094-DF, rel. Min. Néri da Silveira, sessão plenária
de 14.09.95.

Publicidade Restrita (CF, art. 93, IX, 2ª parte)

Por maioria de votos, o Tribunal entendeu que o julgamento de


recurso contra decisão que ordenara o riscamento de expressões injuriosas (CPC,
art. 15, caput) deve ser realizado em sessão de publicidade restrita às partes e seus
advogados (CF, art. 93, IX, 2ª parte), à vista do interesse público que existe em
resguardar a inviolabilidade da honra e da imagem das pessoas envolvidas (CF, art.
5º, X). Ficaram vencidos os Ministros Marco Aurélio, relator, e Celso de Mello.
ADIn 1.231-DF (AgRg), sessão plenária de 14.09.95.

Confederação Sindical e ADIn *

Para legitimar-se à propositura da ação direta de inconstitucionalidade,


a confederação sindical deve preencher os requisitos da legislação pertinente, entre
os quais está o de ser constituída por no mínimo três federações sindicais (CLT, art.
535). ADIn 1.121-RS, rel. Min. Celso de Mello, sessão plenária de 06.09.95.

* Esse julgamento deveria ter sido noticiado no INFORMATIVO anterior.

Outras Informações

Participação Feminina - I

Os cinco Estados brasileiros com maior percentual de juízas em


primeira instância são: PA (61,11%), SE (51,39%), BA (41,62%), RS (34,87%) e
RJ (34,76%). O número relativo de mulheres é menor nos seguintes Estados: MS
(10%), RO (12,5%), AL (13,75%) e PE (15,32%). No Estado de São Paulo - onde
estão 1.256 dos 5.896 juízes estaduais do país - 16,88% dos membros da
magistratura são do sexo feminino. Média nacional: 24,47%. Fonte: BNDPJ.
Participação Feminina - II

Nos Tribunais de Justiça, o quadro é o seguinte: AL, AP, ES, GO, MG,
MS, PB, PE, PI, PR, RN, RO, RR, RS, SC, SP e TO, só desembargadores; BA, CE,
DF, MA, MT, e SE, uma desembargadora; AC, AM e RJ, duas; PA, quatro. Número
total de desembargadores, 680; de desembargadoras, 16. Fonte: BNDPJ.

Este INFORMATIVO não possui caráter oficial.


Sugestões: Ramal 5505.

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