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Atualmente o sistema de unidades oficial adota como medi- Dependendo do formato da trajetória o movimento é classi-
da de comprimento, o metro (m), como unidade de medida ficado em: retilíneo, curvilíneo, circular, elíptico etc.
de massa o quilograma (kg) e como unidade de medida de
tempo o segundo(s) que fazem parte do Sistema Interna- O formato da trajetória de um corpo em movimento depende
cional de Unidades (SI). do referencial adotado.
Exemplo:
Considere um corpo abandonado de um avião voando a
3. Conceito de Referencial, Movimento, uma certa altura. Despreze a resistência do ar.
Repouso e Trajetória
Para um observador no interior do avião a trajetória do
Iremos estudar os movimentos dos corpos e para isso corpo é retilíneo (queda livre). Para um observador na Terra
precisamos de alguns conceitos tais como: a trajetória é um arco de parábola.
Um corpo é chamado de ponto material quando suas Para localizarmos um ponto material em uma trajetória
dimensões não interferem no estudo de um determinado definimos uma origem, chamada origem das posições ou
fenômeno. origem dos espaços. A posição ou espaço ocupado por um
corpo em uma trajetória é a medida da distância do ponto
Exemplo: Quando estudamos o movimento de um caminhão ocupado pelo ponto material até a origem, obedecendo o
trafegando em uma autoestrada, suas dimensões não são sentido da trajetória.
relevantes, podendo ser associado a um ponto. Todavia
se formos estudar o movimento do mesmo caminhão atra- Representaremos a posição, usando a letra S ou x.
vessando uma ponte de tamanho pequeno, devemos levar
em conta pelo menos uma das dimensões (comprimento).
2) Movimento e Repouso:
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2 - Complemento
Exercícios resolvidos
Exercícios Propostos
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Complemento - 3
Como, no Sistema Internacional, o deslocamento é medido 08. O corredor Joaquim Cruz, ganhador da medalha
em metros e o intervalo de tempo é medido em segundos a de ouro nas olimpíadas de Los Angeles, fez o per-
velocidade média é expressa em metros por segundo (m/s). curso de 800m em aproximadamente 1min e 40s.
A velocidade média, em Km/h, nesse trajeto, foi de
É de uso corrente a velocidade média medida em km/h. aproximadamente:
a) 14 b) 23 c) 29
Para transformarmos km/h em m/s basta multiplicarmos o d) 32 e) 37
valor que temos em m/s por 3,6 e o resultado estará em km/h.
09. Um percurso de 310km deve ser feito por um ôni-
De forma inversa se multiplicarmos o valor da velocidade bus em 5h. O primeiro trecho de 100km é percorri-
em km/h por 3,6 o resultado estará em m/s. do com velocidade media de 50km/h, e o segundo
trecho de 90km, com velocidade média de 60km/h.
Exemplo: Que velocidade media, em km/h, deve ter o ônibus
Se dividirmos o deslocamento de 100m pelo intervalo de no trecho restante para que a viagem se efetue no
tempo de 10s temos a velocidade média igual a 10m/s tempo previsto?
a) 70 b) 80 c) 50
Assim, para uma velocidade de 10m/s temos: d) 90 e) 60
10 X 3,6 = 36km/h
10. Diante de uma agência do INSS há uma fila de
Uma velocidade média de 10 m/s corresponde a 36km/h. aproximadamente 100m de comprimento, ao
longo da qual se distribuem de maneira uniforme
200 pessoas. Aberta a porta, as pessoas entram,
Exercício resolvido durante 30s, com uma velocidade média de 1m/s.
O número de pessoas que entraram na agência e
03. Um móvel percorre uma distância de 200km em o comprimento, em metros, da fila que restou ao
2,4h e em seguida percorre mais 232km em 1,6h. Qual lado de fora são, respectivamente:
a velocidade média, em m/s, no percurso total? a) 70 e 60 b) 50 e 60 c) 60 e 70
d) 60 e 70 e) 60 e 50
S = 200km+ 232km = 432km
t = 2,4h + 1,6h = 4h 11. Um automóvel se move com velocidade cons-
tante igual a 112km/h, numa estrada plana e reta.
Uma cerca longa, com postes espaçados de 4m,
margeia esta estrada. Considerando o referencial
no automóvel, pode-se afirmar que o número de
postes que passam pelo carro, por segundo, é de:
a) 3 a 4 b) 5 a 6 c) 7 a 8
d) 20 a 21 e) 72 a 73
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4 - Complemento
Conceitualmente a velocidade instantânea é aquela medida Dada uma tabela do espaço pelo tempo, toda vez que pre-
para um intervalo de tempo t extremamente pequeno, ou cisarmos calcular a velocidade de um ponto material em
seja, quando tende a zero. MRU basta calcularmos a velocidade média para qualquer
intervalo de tempo considerado.
7. Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) – A equação horária s(t) para os dados apresentados será:
Função Horária a) s(t) = 5 + 9t b) s(t) = 5 + 4t
c) s(t) = 0,25t d) s(t) = 5 – 4t
É o movimento onde o ponto material percorre uma trajetória e) s(t) = 4 + 5t
retilínea efetuando deslocamentos iguais em intervalos de
tempos iguais, ou seja a velocidade escalar instantânea é Resolução:
constante e diferente de zero. Para determinar a velocidade basta pegarmos dois instantes
quaisquer e suas respectivas posições. Por exemplo:
Chamamos de velocidade escalar ao valor numérico da Para t = 0 s→ S = 5m e
velocidade (módulo ou intensidade), sem nos preocuparmos Para t = 4 s→ S = 21m
com a sua direção e o seu sentido.
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Complemento - 5
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6 - Complemento
a) 6s b) 8s c)
10s
d) 12s e) 14s
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Complemento - 7
Verifique que na fórmula estamos dividindo m/s por s ou seja: 2) Movimento contra a orientação da trajetória:
t(s) 0 5
v(m/s) - 40 - 60
05. Um automóvel percorrendo uma estrada a 90 km/h Movimento acelerado: velocidade e aceleração têm o
é freado e para em 5s. A aceleração média introduzida mesmo sinal!
pelos freios, em módulo e em m/s2 é:
a) 1 b) 2 c) 4 Quadro 1: Movimento retardado
d) 5 e) 10
1) Movimento a favor da orientação da trajetória:
Resolução: t(s) 0 5
v(m/s) +80 +40
Assim como foi dito para a velocidade instantânea, a acelera- a) No MRUV a função horária da velocidade é v = v0 + at,
ção instantânea é aquela medida para um intervalo de tempo como a função dada é v = 10 – 4t, por comparação temos que:
∆t extremamente pequeno, ou seja, quando tende a zero. v0 = 10m/s e a = -4m/s2
b) Para t = 2s temos:
V = 10 – 4 x 2 = 10 – 8 = 2m/s
Para t = 7s temos:
Representação matemática que diz: a aceleração instantâ- V = 10 – 4 x 7 = -18m/s
nea a é o valor limite para o qual tende a aceleração média
quando o intervalo de tempo ∆t tende a zero. No instante t = 2s temos:
V = 2m/s (velocidade positiva)
a = -4m/s2 (aceleração negativa)
12. Movimento Retilíneo Uniformemente Va-
Logo a velocidade e a aceleração têm sinais contrários e
riado (MRUV) – Função Horária da Velocidade o movimento é retardado.
O movimento é uniformemente variado quando sua acelera- c) No instante t = 7s temos:
ção instantânea é constante e não-nula em todos os instantes. V = -18m/s (velocidade negativa)
a = -4m/s2 (aceleração negativa)
Se em todos os instantes a aceleração é constante, decorre
que o valor da aceleração instantânea coincide com o da Logo, a velocidade e a aceleração têm sinais iguais e o
aceleração média. movimento é acelerado.
d) Instante em que v = 0
13. Função Horária da Velocidade Substituindo na função horária da velocidade temos:
0 = 10 – 4t → 4t = 10→t = 2,5s
Considere um móvel em MRUV, com velocidade V0 no (instante em que ocorre mudança no sentido do movimento)
instante t0 = 0 e velocidade V no instante t.
Verifique que o móvel partiu com movimento retardado (velo-
cidade diminuindo em módulo), parando no instante t = 2,5s
(instante em que muda o sentido do movimento) para seguir,
agora, em sentido contrário com movimento acelerado (mo-
vimento aumentando em módulo indefinidamente).
Exercícios propostos
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Complemento - 9
24. Um veículo parte do repouso em movimento retilí- 14. Gráfico da Velocidade e Aceleração
neo e acelera com aceleração escalar constante e
para o MRUV
igual a 2,0m/s2. Pode-se dizer que sua velocidade
escalar e a distância percorrida após 3,0 segundos, A função horária da velocidade do MRUV é dada pela rela-
valem, respectivamente: ção v = v0 + at (com a ≠ 0) que é uma função do 1º grau.
a) 6,0 m/s e 9,0m; b) 6,0m/s e 18m;
c) 3,0 m/s e 12m; d) 12 m/s e 35m; Ao estudarmos os gráficos do movimento retilíneo uniforme (item
e) 2,0m/s e 12m 6), observamos que o gráfico de uma função do 1º grau é uma reta.
25. Dois móveis A e B movimentam-se ao longo de Assim de acordo com o sinal da aceleração (a), podemos
uma trajetória , obedecendo às equações móvel ter dois tipos básicos de gráfico:
A: S A = 100 + 5,0t e móvel B: S B = 5,0t 2, onde
S A e S B são medidos em m e t em s. Pode-se
afirmar que:
a) A e B possuem a mesma velocidade;
b) A e B possuem a mesma aceleração;
c) o movimento de B é uniforme e o de A é acelerado;
d) entre t = 0 e t = 2,0s ambos percorrem a mesma distância;
e) a aceleração de A é nula e a de B tem intensidade
igual a 10m/s2.
07. Um carro faz um trajeto realizando movimentos 31. O gráfico seguinte mostra as velocidades de dois
retilíneos como mostrado no gráfico da velocidade em carros, A e B que trafegam no mesmo sentido ao
função do tempo da figura abaixo. longo de uma via plana e reta. No instante t = 0
os carros estão alinhados num mesmo semáforo.
Após quanto tempo o carro B alcançará o carro A?
a) 1s b) 2s c) 3s
d) 4s e) 5s
A sua velocidade média entre os instantes t = 0h e t = 4h
em km/h será: 32. O gráfico a seguir representa um automóvel que parte
a) 15 b) 20 c) 25 do repouso, se desloca em um intervalo de tempo
d) 30 e) 35 igual a 50s e para. Analise o gráfico ao lado e assinale
a alternativa que indica a distância percorrida pelo
Resolver automóvel no intervalo de tempo considerado.
A2 = 1 . -(60) = -60km
∆S = 120 + (-60) = 60
V = 60/4 = 15km/h
Portanto alternativa a.
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Complemento - 11
15. Função Horária do Espaço do Movimento d) o instante em que o ponto material atinge o marco
zero, ou seja, S = 0km;
Retilíneo Uniformemente Variado
e) a função horária da velocidade do ponto material;
Como sabemos o gráfico v x t para o MRUV é uma reta
inclinada em relação ao eixo t. f) o instante e a posição em que o ponto material muda
o sentido do movimento.
A área sob esse gráfico entre os instantes 0s e t nos dá,
numericamente, o deslocamento ∆S efetuado pelo móvel. Resolução:
a) comparando a função dada com a função horária do
espaço do MRUV, temos:
S = 4 – 5t +t2
S = S0 + v0t + a/2 t2
S0 = 4km
v0 = 5km/h
a = 2km/h2
onde a = 1; b = -5 ; c = -6
logo,
que é a função horária do espaço para o MRUV d) substituindo o valor S = 0 km na função horária dos
espaços, temos:
Esta expressão descreve o MRUV de um ponto material, 0 = 4 – 5t +t2 → t2 – 5t + 4 = 0
pois cada instante de tempo t ela faz corresponder uma Onde a = 1; b - -5; c = 4
única posição indicada pelo espaço S.
Logo
Exercício resolvido
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12 - Complemento
S = 4 – 5.2,5 +(2,5)2
S= - 2,25km.
A dedução da equação de Torricelli se inicia a partir das Substituindo os valores conhecidos na equação de Torricelli temos
equações 1 e 2. 202 = 102 + 2. 2. ∆S
→ 4 . ∆S = 400 – 100
∆S = 300/4= 75m
Exercícios resolvidos
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Complemento - 13
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14 - Complemento
Exercícios propostos
onde a = 1; b = -4 ; c =-12
34. Uma pedra largada (velocidade inicial igual a zero)
logo, do alto de um penhasco demora 3 segundos para
percorrer a primeira metade do percurso. Despre-
zando a resistência do ar, pode-se afirmar que o
tempo total da queda:
que fornece os seguintes resultados: a) depende da altura do penhasco
t = 6s e t = -2s b) depende da massa da pedra
c) depende da forma da pedra
Somente a primeira solução (6s) é fisicamente adequada, pois d) é menor que 6 segundos
t ≥0. Portanto o ponto material chegará ao solo no instante 6s. e) é igual a 6 segundos
e) para determinar a velocidade da pedra quando chega ao 35. Um jarro de flores cai do alto de um edifício de
solo é só substituir o instante t = 6s na equação da velocidade: 30m. A sua velocidade quando ele se encontra
a 10m do solo é: (despreze a resistência do ar)
V = 20 – 10.6 = - 40m/s (o sinal negativo indica que a pedra a) 10m/s b) 20m/s c) 30m/s
se move no sentido contrário ao da trajetória). d) 40m/s e) 50m/s
Para determinarmos as velocidades e posições nos instan- 36. Um gato consegue sair ileso de muitas quedas.
tes 1s e 3s baste substituirmos os valores dos tempos nas Suponha que a maior velocidade com a qual ele
equações das posições e das velocidades. possa atingir o solo sem se machucar seja de
8m/s. Então, desprezando a resistência do ar, a
Para t = 1s altura máxima de queda, para que o gato nada
S = 60 + 20.1 - 5 .12 = 75m sofra, deve ser:
V = 20 – 10.1 = 10m/s a) 3,2m b) 6,4m c) 10m
d) 8m e) 4m
Para t = 3s
V = 20 – 10.3 = -10m/s 37. A velocidade de um objeto em queda livre au-
S = 60 + 20.3 – 5.32 = 75m menta continuamente enquanto cai de pequenas
alturas com relação ao solo. Segundo Galileu, a
f) os gráficos solicitados se encontram representados abaixo. aceleração é igual para todos os objetos e tem in-
tensidade aproximada de 9,8m/s2, desconsiderada
a resistência do ar. Com base nessas afirmativas,
assinale a opção correspondente ao valor da ve-
locidade de um objeto, em m/s, após 5 segundos
de queda livre.
a) 59 b) 49 c) 39
d) 19 e) 20
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Complemento - 15
40. Em um local onde o efeito do ar é desprezível o 46. Para deslocar tijolos, e comum vermos em obras
g = 10m/s2, um nadador salta de um trampolim de construção civil um operário no solo, lançando
de 12 metros de altura e atinge a água a uma tijolos para outro que se encontra postado no piso
distância de 6 metros, medida horizontalmente superior. Considerando o lançamento vertical, a
da borda do trampolim, em um intervalo de tem- resistência do ar nula, a aceleração da gravidade
po de 2 segundos. A velocidade do nadador no igual a 10m/s2 e a distância entre a mão do lançador
instante do salto tem intensidade igual a: e a do receptor 3,2m, a velocidade com que cada
a) 3m/s b) 4m/s c) 1m/s d) 5m/s tijolo deve ser lançado para que cheguem as mãos
do receptor com velocidade nula deve ser de
41. Uma pedra é lançada verticalmente para cima, no vá- a) 5,2m/s. b) 6,0m/s. c) 7,2m/s.
cuo, onde a aceleração da gravidade é g = 9,8m/s2. No d) 8,0m/s. e) 9,0m/s.
ponto mais alto de sua trajetória, a velocidade é nula.
Neste ponto a aceleração da pedra é:
a) também nula.
b) vertical para cima e vale 9,8m/s2.
c) vertical para baixo e vale 9,8m/s2.
d) vertical para baixo e maior que 9,8m/s2.
e) vertical para baixo e menor que 9,8m/s2.
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